Resolução Paradoxo da Omnipotência e de Epicuro

Paradoxo da Omnipotência:

Ou Deus consegue ou não consegue criar a pedra que não é possível erguer.
Se Deus consegue criar a pedra, não é omnipotente (já que não a consegue erguer).
Se Deus não consegue criar a pedra não é omnipotente (pois não a consegue criar).
Logo Deus não é omnipotente.

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Tentativas de Negação:

Outros, como Tomás de Aquino, defendem que o paradoxo se forma a partir de um mau entendimento do conceito de omnipotência.[5] O paradoxo pode ser visto como uma barreira capital à formação do conceito de omnipotência, uma vez que a inaptidão ("não consegue levantar") é um atributo que deveria constar da capacidade total ("omnipotência"), sem requerer argumentos para negar a existência de omnipotência.

Outros filósofos, como René Descartes, afirmam que Deus é absolutamente omnipotente, apesar do problema levantado.[6] Além disso, alguns filósofos consideram que a classificação de um ser como omnipotente ou não-omnipotente é um falso dilema, uma vez que negligencia a possibilidade de existirem diversos graus de omnipotência.[7] Algumas abordagens modernas ao problema envolvem debates semânticos onde se questiona se a língua, e consequentemente a filosofia, conseguem relatar fielmente o conceito de omnipotência em si.[8] Há ainda quem argumente que a omnipotência permite contornar a lógica, tornando o paradoxo inútil.

Qual é a solução espírita para o paradoxo? Ao que li vai de encontro a Tomas de Aquino.

Paradoxo de Epicuro:

Enquanto onisciente e onipotente, tem conhecimento de todo o mal e poder para acabar com ele. Mas não o faz. Então não é onibenevolente.

Enquanto omnipotente e onibenevolente, então tem poder para extinguir o mal e quer fazê-lo, pois é bom. Mas não o faz, pois não sabe o quanto mal existe e onde o mal está. Então ele não é omnisciente.

Enquanto omnisciente e omnibenevolente, então sabe de todo o mal que existe e quer mudá-lo. Mas não o faz, pois não é capaz. Então ele não é omnipotente

Mais ou menos a mesma questão, com outra abordagem. Qual a solução lógica?

Se um orador estiver a fazer um discurso para uma plateia de 100 pessoas, apesar de estarem todas a ouvir a mesma coisa ao mesmo tempo, cada uma delas vai reter coisas diferentes, experimentar coisas diferentes, e por vezes até compreender coisas diferentes.
A informação que recebemos é filtrada pela nossa mente, que contém as nossas experiências, únicas, e que molda a informação que chega, de modo a que esta se acomode naquilo que já existe dentro de nós.

Deus não dá palestras. Para chegar a Deus podemos fazê-lo pelas palavras de outros ou através das nossas próprias experiências, pensamentos e sentimentos. De uma forma ou de outra, há sempre pelo menos um filtro aí pelo meio: o nosso.

Será então possível definir o que é Deus, como é Deus, de uma única forma? Lógica e racional? Passível de ser entendida da mesma forma por todos nós?


Se admitimos que Deus é omnipotente, omnisciente e onibenevolente, e sendo assim, que andamos na vida a aprender qualquer coisa, ao pôr os atributos de Deus em causa não estaremos a querer ser mais que o mestre?

Ou então, admitimos que talvez Deus não seja nada daquilo, ou não seja exactamente assim, e nesse caso, talvez não saibamos afinal qual é a efectiva natureza de Deus.


Assim, é provável que os paradoxos se resolvam de uma forma simples: nós não compreendemos a natureza de Deus, mas iremos continuar a passar vidas inteiras a tentar fazê-lo, a tentar encaixar algo que nos ultrapassa nos conceitos criados pelas nossas mentes, com todas as limitações que isso possa trazer.

Qual é a lógica disso?

E a minha opinião também :-D. Aqui busquei algo mais palpável, do ponto de vista espírita