Promessas na visão Espírita

- Muitos fazem de boa-fé, mas já é tempo de se entender que não se podem trocar bens materiais por favores espirituais.

É muito mesquinho: você faz isto, que faço aquilo.

Pode-se pedir, mas sabendo que, se for atendido, não precisará dar nada em troca.

Bastará agradecer.

- O que é certo pedir?

- O mais certo é fazer por si mesmo.

Mas pode-se pedir para melhorar, para ter paciência, ter forças, sabedoria, para trocar vícios por virtudes.

Isto é mais viável.

- Muitas pessoas fazem promessas.

Minha mãe fez uma pra eu cumprir, mas desencarnei e não realizei.

Ela achou, por isso, que eu estava no inferno.

Sofria e transmitia a mim sua agonia.

O padre aconselhou que ela mesma cumprisse.

Mamãe cumpriu e me deu sossego.

Senti muito quando ela me imaginava no inferno.

- O não cumprimento do que se prometeu incomoda a si mesmo.

Conheço pessoas que desencarnam e não têm sossego, ficam a vagar com aflição por não terem cumprido uma promessa.

Outros não cumpriram e até esqueceram; socorridos, ao lembrar, aprendem que esse fato não interfere no auxílio, quando desencarnam.

Bons espíritos não cobram.

É nosso costume cobrar de nós mesmos.

Mas, já que prometemos, trocamos favores, recebemos ajuda do outro, é honesto cumprir.

Não se pode prometer algo para outro cumprir.

Não somos responsáveis pelos pedidos e promessas de outros.

Quando os terráqueos evoluírem mais, não haverá promessa.

- Há os que fazem promessas cujo cumprimento é a melhora interior?

- Bem poucos.

Prometem muito e, às vezes, coisas muito difíceis de cumprir!

Raramente fazem promessa para melhorar, deixar um vício.



Fonte: Livro Vivendo no Mundo dos Espíritos, Cap. 13, Patrícia – Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho.

Faz muito sentido, boa partilha.

Por acaso tenho uma promessa por cumprir, quando a fiz nunca tinha tido estas reflexões e nem a espiritualidade ainda existia. Mas se prometi, agora vou cumprir, sem bem que o que conta é a intenção e o agradecimento e isso já o fiz.

Jesus disse-nos: " Misericórdia quero e não sacrifícios."
Os Bons Espíritos não precisam de bens materiais, ficam felizes pelo reconhecimento e pelo agradecimento. Quero acrescentar que eles não executam nada sem a permissão de Deus, assim que não se deve agradecer só ao Santo do pedido, mas primeiro a Deus por ter dado permissão para que a bênção se cumpri-se.

Educada numa família católica, cresci habituada a ver a minha mãe e outros familiares a irem de joelhos em Fátima, Sta. Quitéria, etc...

Em pequena, todos os anos ia vestida de anjo na procissão da aldeia. Quando fiquei maior fui vestida de santa padroeira de lá e a última vez fui vestida de noiva porque a minha avó prometeu. Por isso, para mim era normal que, nas aflições da vida, pedirmos muito aos santinhos pagando com sacrifícios, velas e outros materiais.

Hoje, penso que temos de pedir sim (e eu peço muitas vezes, também passo por algumas aflições), mas temos é de agradecer, principalmente com boas acções e tentando sempre melhorar enquanto seres humanos. Acho que essa é a verdadeira "paga" das promessas.

Por vezes o desespero leva-nos a fazer promessas, que mais tarde têm de ser cumpridas por uma questão de coerência. Se prometeu, cumpre.
Mas de facto, o melhor é agradecer o favor obtido. As promessas são rituais, a que os espiritos superiores, provavelmente, não ligam.

Mas por exemplo se uma pessoa toma consciencia não vejo a necessidade de cumprir o sacrificio ou oferta de bem material. Basta agradecer a Deus e ao Santo. As promessas devem sim ser cumpridas quando se trata de reforma intima ou deixar um vicio.
Este texto foi pra mim uma chapada de luva branca. Tenho por habito agradecer sempre os favores obtidos, mas aqui a uns anos pedi um bem material e em "troca" deixaria de fumar. O bem material foi me dado mas não cumpri, nem fiz esforços pra isso o que é certo é que passado 3/4 meses perdi esse bem e entendo perfeitamente o motivo. Não me revolto e tenho plena consciencia que merci essa perda. Serviu de lição