42 edifícios para descobrir este fim de semana

"Saia de casa este fim de semana para voltar a entrar em casa. Mas não na sua: entre nos 42 edifícios públicos e privados, símbolos da arquitetura do Porto, de Gaia e de Matosinhos, que estarão abertos à visita gratuita na primeira edição do Open House Porto.


A iniciativa, que junta os três municípios da Frente Atlântica, estreia-se na região. O Open House, que nasceu em Londres há 23 anos, chega hoje a 35 cidades de todo o mundo. Depois de Lisboa, aterrou no Porto para desafiar os arquitetos a mostrarem as suas obras à população e os proprietários privados e as instituições públicas a abrirem as portas dos edifícios.



Os horários de visita no sábado e no domingo, que podem ser livres (sem acompanhamento), regulares (orientadas por voluntários do Open House Porto) e comentadas pelos projetistas ou por convidados, estão disponíveis no site Open House Porto. A consulta desta página é fundamental para saber se necessita ou não de inscrição prévia. Essa obrigação é não imposta na maioria dos imóveis. O acesso é gratuito e estabelecido por ordem de chegada. A orientação será dada pelo voluntário da Open House Porto à entrada dos edifícios.

A lista de 42 imóveis inclui oito edifícios em Matosinhos, 26 no Porto e oito em Gaia. No Porto, é possível espreitar, por exemplo, os teatros do Rivoli e de S. João, o antigo matadouro industrial, várias casas particulares nas ruas do Breyner, dos Caldeireiros e da Vitória e a torre do Jornal de Notícias (as visitas regulares de grupos de 20 pessoas são no sábado às 10, às 12, às 15, às 16 e às 17 horas e a comentada será conduzida às 11 horas pelo Arquiteto Francisco Ferreira). Pode subir, ainda, ao terraço do edifício dos Paços do Concelho, conhecer as entranhas do Funicular dos Guindais e percorrer a Casa da Música, entre outros imóveis públicos e privados.

Em Matosinhos, os visitantes poderão conhecer a Casa de Chá da Boa Nova, o Farol de Leça, a Refinaria de Matosinhos, a Piscina das Marés, o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, o posto de turismo de Matosinhos, a Casa da Arquitetura e a Estratégia Urbana e Atelier Nuno Sampaio. Tanto na Refinaria como no Terminal de Cruzeiros, não será possível fotografar os espaços. Neste último edifício, que ainda espera pela inauguração, o acesso a jornalistas está vedado.

Em Gaia, o mosteiro e quartel da Serra do Pilar, o Convento Corpus Christi, o espaço Porto Cruz, o Palacete Marques Gomes (em Canidelo), a Capela de S. José (em Oliveira do Douro), o Centro Interpretativo do Património da Afurada e o Laboratório Engenheiro Edgar Cardoso, onde foram feitos os testes de conceção da Ponte de S. João, estarão de portas abertas. E, no laboratório, reserva-se uma surpresa a quem for à visita comentada ao meio-dia de sábado pelo engenheiro Paulo Cruz: será possível entrar na estrutura oca da Ponte de S. João. Uma visita "surpreendente", sublinhou o comissário do Open House Porto, Pedro Bandeira.

O Município de Gaia disponibiliza um autocarro, identificado com o logótipo do Open House Porto, para quem quiser visitar os imóveis no concelho. A viatura parte às 10 horas de sábado e de domingo do Convento Corpus Christi e fará a rota pelos oito edifícios de Gaia. As viagens, tal como as visitas, serão gratuitas. O autocarro circulará em permanência a partir das 10 horas e até às 19 horas.

A escolha dos 42 imóveis assentou em três critérios fundamentais. Alguns foram selecionados pelo seu "mediatismo e reconhecimento internacional", em que se distinguem as obras de Álvaro Siza Vieira e de Eduardo Souto Moura. O segundo critério contempla trabalhos de reabilitação de excelência no Centro Histórico e na Baixa do Porto. "O terceiro critério de seleção foi a leitura da cidade para lá do objeto arquitetónico para ver como a cidade se relaciona com as grandes infraestruturas, como o funicular dos Guindais, a Ponte de S. João e o teleférico de Gaia", explicou, ontem, sexta-feira, Pedro Bandeira na apresentação do Open House Porto.

Com as cidades à espera dos visitantes, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, agarra a oportunidade de acolher esta iniciativa internacional e já pensa no próximo ano. O Open House Porto deverá voltar em 2016 e em 2017 com outros edifícios para revelar."

Fonte: Jornal de Notícias

Pessoal que gostava de visitar o Palacete Marques Gomes, que supostamente se encontra assombrado, toca a aproveitar!

Tenho cá uma sorte!
Quando não estou no país é que fazem iniciativas destas!

Tem vários locais que quero conhecer, dois dias é pouco para tantos edificios. Adorei a iniciativa.

excelente Marlene 

boa partilha Marlene! Obrigado!