Regressão a vidas passadas por hipnose

de facto uma experiência interessante

Simplesmentemaria, fico muito feliz por ter tido uma experiência tão pacífica como a sua.

Apenas vou tecer algumas considerações sobre aquilo que relatou, pois poderá ser do interesse de outros membros do fórum:

- Os processos são todos diferentes, pois dependem muito das técnicas que são utilizadas. Mas o objetivo é o mesmo.

- A fixação do olhar num ponto do teto é uma forma de indução para focalizar a sua atenção esquecer do restante à sua volta. Há quem peça para olhar para um pêndulo, para focalizar num ponto da sua mão entre muitos outros. O que lhe fizeram  foi a focalização no ponto com catalepsia de mão... o que é certo é que o braço fica mesmo pesado e há tendência para o baixar. Mas só o faz quando entra no relaxamento, ou seja ele é o sinalizador visual do seu aprofundamento.

- A contagem de descida é sempre decrescente... ou seja de 10 para 1 e é isto que assinala o aprofundamento.

- O lugar onde se sente tranquila é o chamado "lugar seguro". Ele é importante porque permite ancorar o sujeito num ambiente que lhe é aprazível. Este local pode ser muitas coisas, uma sala de luz, um guia protetor, etc...

- As escadas permitem um maior aprofundamento e à medida que desce... vai efetivamente relaxando. Esta metáfora é muito utilizada em regressão.

- Aqui foi utilizada a metáfora do espelho para haver dissociação, ou seja, o sujeito não tem que viver a vida passada como ator, mas sim como observador. Há quem utilize o écran de televisão e há utilize o livro da vida, ou registos akáshicos, que é o que eu faço.

- A regressão de anos, também é comum. Eu pessoalmente não a acho muito funcional pois não deixa de ser uma forma "subtil" de orientação ou sugestão. Eu prefiro fazer a regressão por idades nesta vida, ou seja imagine que tem 40 anos, vou pedir-lhe para visualizar, pensar ou sentir-se com 30, 20, 18, 16, 10, 4,.... até ao ventre da sua mãe. E depois, a partir dai que a sua mente inconsciente vá para o ano, local e situação que seja importante compreender. Ou seja, concedo mais liberdade ao espírito para viajar. Apesar disso, a exploração das datas é um procedimento comum, bastante utilizado por vários terapeutas, nomeadamente Brian Weiss.

- As perguntas são diversas e pretendem orientar o sujeito na procura de informação. Eu normalmente peço que procure uma indicação, um letreiro, qualquer coisa que dê indicação sobre a data dessa vida. E depois faço questões diversas sobre essa vida, como por exemplo, olhe para os seus pés, o que é que está a ver?, olhe para corpo e diga qual o seu sexo, o que tem vestido, que idade aparenta ter, se tem nome, olhe à volta e diga o que vê, onde está, encontre uma pista, em que data, encontre uma pista, está só ou acompanhado, reconhece algumas das pessoas desta vida atual, tem família, casado, tem filhos, eles estão consigo, em que é que você trabalha, gosta do seu trabalho, porque é que tem esse trabalho, qual a missão dessa sua vida, teve êxito nessa missão. Depois levo o sujeito para um momento significativo dessa vida, que o ajude a encontrar respostas para aquilo que pretende, e também para o momento anterior à morte... se for oportuno levo-o também para o momento da morte se isso for relevante.

- Depois você foi conduzida para o espaço entre vidas que para mim é sempre fabuloso ouvir os relatos. Não há ninguém, pelo menos até hoje, que tenha descrito esse lugar de forma negativa ou intranquila. É sempre um lugar de paz, de tranquilidade, com luz e presença de outras pessoas significativas. Nesse espaço entre vidas eu peço sempre ao sujeito para se lembrar das grandes aprendizagens realizadas e das que virão em seguida na próxima vida. A questão da missão cumprida ou por cumprir é sempre importante na vida atual.

- Ainda bem que ficou relaxada e tranquila após a regressão. Significa que foi tranquila e que regressou em paz. Mesmo que não se recorde, a sua mente inconsciente continuará a fazer o processo de integração de toda a informação e por isso aquilo que teve que compreender, compreendeu certamente.

- A consciência está sempre presente. É como se estivesse a sonhar. Se, por qualquer motivo você estiver em ameaça ou senti-la, você pode perfeitamente levantar-se e sair do transe. Por isso não há problema. Há situações em que o processo pode ser mais marcante e o terapeuta no regresso pede para o paciente se esquecer (como uma amnésia induzida) e se lembrar apenas daquilo que foi positivo.

Parabéns, pois acho que foi uma experiência boa. A próxima será melhor, pois já não será novidade e por isso tudo fluirá bem mais rapidamente.

Tudo de bom e obrigada pela partilha!

Vou fazer na 3ªF, regressão a vidas passadas por hipnose.
Dúvido imenso que resulte... mas como é grátis

Espero que seja uma excelente experiência.

Não penses já que não vai resultar, vai de mente aberta. Assim a predisposição para o relaxamento necessário para a hipnose é maior e há mais hipóteses de funcionar. 

Espero que seja uma excelente experiência.

Não penses já que não vai resultar, vai de mente aberta. Assim a predisposição para o relaxamento necessário para a hipnose é maior e há mais hipóteses de funcionar.  

Eu quero muito que resulte e acredito que resulte ---> com outras pessoas. O problema é que eu penso muito e tenho dificuldades em relaxar... Todas as meditações que fiz foram 99% em vão.

Pode ser que com uma pessoa ao lado para orientar o relaxamento o resultado seja diferente.

Quando estamos sozinhos é mais fácil a mente perder-se e divagar. Outra pessoa, com experiência, sabe "obrigar-nos" a manter o foco no sítio certo.

Pode ser que com uma pessoa ao lado para orientar o relaxamento o resultado seja diferente.

Quando estamos sozinhos é mais fácil a mente perder-se e divagar. Outra pessoa, com experiência, sabe "obrigar-nos" a manter o foco no sítio certo.

Sim, é essa a minha esperança
Gostava mesmo muito que resultasse.
Depois conto

Já fiz.

Foi interessante. Gostei da pessoa que me orientou.
Contudo, continuei muito atenta a barulhos exteriores... mas lá consegui desprender-me um pouco do consciente.
Quanto mais me afundava, mais me doía a cabeça.
Vi algumas coisas na minha mente, não sei se se trata de imaginação ou não.
Só tenho a certeza de ver muitas garrafas de vinho à minha frente e ficámos com a ideia de que eu bebia bastante.

Vais tentar mais vezes? Ouvi dizer que é normal nas primeiras vezes haver alguma dificuldade em aceder a vidas passadas. Mas já conseguiste alguma coisa, é um bom sinal.☺

Vais tentar mais vezes? Ouvi dizer que é normal nas primeiras vezes haver alguma dificuldade em aceder a vidas passadas. Mas já conseguiste alguma coisa, é um bom sinal.☺

Sim, eu tinha noção que ia ser complicado, mas vieram me algumas coisas interessantes à mente.
Vou fazer mais vezes sim

Depois conta aqui a tua evolução nas regressões😊

Uma vez que vais fazer mais vezes, com a prática vai-se tornar mais fácil desligar do mundo exterior. Mais fácil e com menos dores de cabeça, imagino eu.

Depois conta aqui a tua evolução nas regressões😊

Sim, eu tinha noção que ia ser complicado, mas vieram me algumas coisas interessantes à mente.
Vou fazer mais vezes sim

eu gostava de fazer para poder ver se encontro algumas respostas para esta vida que não tem sido nada fácil, o problema é onde posso fazer ?

Sim, eu tinha noção que ia ser complicado, mas vieram me algumas coisas interessantes à mente.
Vou fazer mais vezes sim

Sara é normal a dor de cabeça e também não veres nada nas primeiras sessões. A tua mente consciente está muito ativada e atenta... agora será mais simples, pois conheces um pouco melhor o trabalho da pessoa e isso cria um laço de maior confiança. Tenta, durante a regressão, não pensares se foi ou não imaginação, visualização ou pensamento... deixa apenas fluir na tua mente. Pode ser que só nas próximas sessões encontres vidas com marcas acentuadas nesta, ok?

A semana passada fiz uma regressão a uma menina que me disse não ser fácil descontrair, nem desligar. Optei por um aprofundamento muito profundo para ajudá-la e afinal foi algo relativamente tranquilo e rápido. Ela acedeu a uma memória em que era um homem, num tempo aC e que pregava ideais espirituais. Ele foi preso, ela viu-se na prisão e foi decapitado posteriormente. A irmã dele foi morta por causa dele. O que é certo é que ela vivenciou tudo isto novamente de forma muito tranquila e em paz. No final, conseguimos compreender a importância desta memória na vida atual dela, o que foi muito produtivo, pois foi em apenas uma sessão.

Vai partilhando por aqui ou por MP (se for algo mais pessoal), pois sabes que me interesso por estas partilhas.

Beijinho e bem-hajas!