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  • Opinião-Mudei a minha maneira de ser
    Iniciado por imdc
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Olá a todos do PP. Talvez o meu tópico não se enquadre neste fórum,mas gostava de uma opinião vossa.Sempre fui uma pessoa alegre e com uma infância feliz.Com a morte do meu pai aos meus doze anos,as coisas mudaram ca em casa financeiramente e aos 14anos fui trabalhar.Nesse trabalho sentia me bem,estava a vontade,eram como familiares.Assim me mantive durante 4anos ate decidir mudar de trabalho.A partir do momento que mudei de trabalho tornei me outra pessoa. E isto ja vai à mais de dez anos. Não consigo procurar outro trabalho. Tornei.me muito ansiosa,deprimida,oprimida. Sinto-me presa ali e totalmente insatisfeita. Até sonho com o trabalho como ja referi num topico anterior.Por ser um local público por vezes penso que devo atrair muita negatividade das pessoas. Quando algo corre mal fico em baixo e demoro muito a enfrentar as coisas e eu nao era assim.Sinto me presa...Desanimada mesmo.
Desculpem o testamento,mas precisava mesmo de desabafar.So queria perceber porque me tornei assim.

imdc, obrigada pelo seu relato. É sempre bom saber que há alguém que nos lê.

Pelo que entendi, perdeu o seu pai aos 12 anos de idade. Nesta idade, independentemente da relação que tinha com ele, não é fácil fazer um luto, pois nem sempre se compreende o fenómeno da morte. Naturalmente que este episódio de vida aportou-lhe algum tipo de impacto. No entanto, você cresceu e desenvolveu-se como pessoa. Naturalmente que este episódio possa ter condicionado a sua forma de ser, pensar, agir e sentir de algum modo também. Mas as mudanças, independentemente das perdas que existem, ocorrem de forma natural, ou seja, as mudanças fazem parte da nossa vida.

O facto de se sentir muita presa ao trabalho que realiza poderá ter inúmeras razões. Sabe que a mente humana é muito complexa e no que toca às emoções, ainda mais complexa se afigura. A compensação é um fenómeno que ocorre, muitas vezes, e poderá ser o que lhe aconteceu. Dedicar-se de corpo e alma a alguma coisa que no início era prazerosa, mas que com o tempo, a sua insatisfação se instala e acaba por retroalimentar os seus sentimentos e emoções que a deixam deprimida, oprimida e ansiosa, compreende? Torna-se quase num ciclo vicioso.

Agora a grande questão que lhe coloco para si mesma é esta: porque razão não procura um novo emprego? Será que está demasiadamente "acomodada" a pontos de não aceitar uma mudança na sua vida? De que é receia? A que é que se sente presa? Repare que a situação em que se encontra não é muito equilibradora, pois de alguma forma cria-lhe um determinado desequilíbrio. Este, por sua vez, acaba por ter influência direta nas suas emoções e sente-se mal com toda a situação, certo?

Por outro lado, creio que não tem estado até hoje (há mais de 10 anos) sempre neste registo, certamente que há momentos melhores e outros piores e talvez seja precisamente nos momentos piores que você coloque as dúvidas e as questões, será isso?

Bem-haja!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

a minha religião é a verdade...

Obrigada pela sua resposta.Sim,creio que me acomodei e como me arrependi de ter deixado o primeiro trabalho,temo que me vá arrepender novamente. A pessoa com quem estou a trabalhar está constantemente deprimida , é bastante crítica. Há dias em que até vou lidando com isso,mas ha outros que fico completamente arrasada. E assim foi desde o início. Alias acho que no início ainda foi pior...mas fui ficando por ali...mas o sentimento de opressão,de insatisfação está sempre presente.

Compreendo perfeitamente. Quando somos apenas nós a ter que lidar com as nossas emoções, as coisas já não são nada fáceis... agora ter que lidar com as emoções dos outros também.... acabamos por ter um duplo desafio :)

Compreendo, também, que não seja uma situação muito fácil. No entanto, se me permite, deve focalizar-se em si e naquilo que pretende. A nossa vida é feita de encontros e desencontros. As nossas decisões podem ser acertadas ou nem por isso, mas o importante é vivermos de forma positiva e olharmos para a frente, porque este é o caminho. Por isso, ainda está a tempo de tomar uma decisão na sua vida, se essa for a sua intenção. O que importa é que sorria novamente, que se sinta feliz e que faça as coisas acontecer na sua vida... deixar um emprego, não significa necessariamente uma perda... pode ser uma abertura muito grande para outras coisas maravilhosas que estão à sua espera ;)

Tudo de bom!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

imdc, obrigada pela partilha e, se me permite, foram dados muito bons conselhos. "Quem muda, Deus ajuda..." se não se sente bem actualmente, lute por melhor e nunca se arrependa disso! Eu também já passei por um emprego muito mau e, juntamente com outras questões claro, caminhava a passos largos para a depressão. Desde que me apercebi que não queria aquele trabalho tratei de começar uma nova procura activa. Que durou 1 ano e meio... mas consegui. É verdade que também pensei que este emprego ia ser outra coisa, mas a leveza que sinto desde que saí do anterior compensa tudo. Não me arrependo minimamente e, apesar de haver dias melhores e outros nem por isso, sei que tomei a decisão certa.

Vá por si, pelo que a sua intuição lhe diz. A intuição costuma ser boa conselheira. Não tenha medo, siga para a frente!

Como lhe disse o incertus e muito bem "muda de vida se tu não vives satisfeito"... é isso mesmo!

Tudo de bom!

Vermos a vida passar, sem nos sentirmos felizes com isso pode ser desesperante. Acho que todos nós sabemos isso infelizmente, quer seja numa situação passageira e leve, ou numa situação mais permanente como a sua e logo, consequentemente, com mais peso na nossa disposição. Concordo em absoluto com a Faty Lee quando fala em ciclo vicioso porque acho que é nisso mesmo que se transforma.
O facto de arcarmos todos os dias com a indisposição social de termos de suportar algo que não gostamos, cansa-nos fisicamente, espiritualmente e afecta a forma como o nosso cérebro pensa a saída dessa situação o que pode leva-la a entender a fase que atravessa. Creio que terá de efectuar um rompimento mais brusco para poder sair um pouco do marasmo onde vive. Pode passar por interpretar outra situação de vida tal como procurar um novo emprego, comprar uma roupa nova, um novo look, mudar os hábitos fora do trabalho para não cair na rotina esmagadora, arranjar um hobbie que a complete como pessoa (algo que sempre tenha gostado/querido fazer), uma actividade extra que a permita absorver ondas positivas e extrapolar do seu consciente o trabalho que a atormenta.
Faça greve à infelicidade combatendo-a no terreno que ela ilegalmente ocupou, a sua vida.

Espero que tudo lhe corra bem. ;) :)
O Homem é do tamanho do seu Sonho!

Citação de: silknet em 18 junho, 2015, 10:32
Vermos a vida passar, sem nos sentirmos felizes com isso pode ser desesperante. Acho que todos nós sabemos isso infelizmente, quer seja numa situação passageira e leve, ou numa situação mais permanente como a sua e logo, consequentemente, com mais peso na nossa disposição. Concordo em absoluto com a Faty Lee quando fala em ciclo vicioso porque acho que é nisso mesmo que se transforma.
O facto de arcarmos todos os dias com a indisposição social de termos de suportar algo que não gostamos, cansa-nos fisicamente, espiritualmente e afecta a forma como o nosso cérebro pensa a saída dessa situação o que pode leva-la a entender a fase que atravessa. Creio que terá de efectuar um rompimento mais brusco para poder sair um pouco do marasmo onde vive. Pode passar por interpretar outra situação de vida tal como procurar um novo emprego, comprar uma roupa nova, um novo look, mudar os hábitos fora do trabalho para não cair na rotina esmagadora, arranjar um hobbie que a complete como pessoa (algo que sempre tenha gostado/querido fazer), uma actividade extra que a permita absorver ondas positivas e extrapolar do seu consciente o trabalho que a atormenta.
Faça greve à infelicidade combatendo-a no terreno que ela ilegalmente ocupou, a sua vida.

Espero que tudo lhe corra bem. ;) :)

Excelente comentário. ;)

#8
Citação de: silknet em 18 junho, 2015, 10:32
Vermos a vida passar, sem nos sentirmos felizes com isso pode ser desesperante. Acho que todos nós sabemos isso infelizmente, quer seja numa situação passageira e leve, ou numa situação mais permanente como a sua e logo, consequentemente, com mais peso na nossa disposição. Concordo em absoluto com a Faty Lee quando fala em ciclo vicioso porque acho que é nisso mesmo que se transforma.
O facto de arcarmos todos os dias com a indisposição social de termos de suportar algo que não gostamos, cansa-nos fisicamente, espiritualmente e afecta a forma como o nosso cérebro pensa a saída dessa situação o que pode leva-la a entender a fase que atravessa. Creio que terá de efectuar um rompimento mais brusco para poder sair um pouco do marasmo onde vive. Pode passar por interpretar outra situação de vida tal como procurar um novo emprego, comprar uma roupa nova, um novo look, mudar os hábitos fora do trabalho para não cair na rotina esmagadora, arranjar um hobbie que a complete como pessoa (algo que sempre tenha gostado/querido fazer), uma actividade extra que a permita absorver ondas positivas e extrapolar do seu consciente o trabalho que a atormenta.
Faça greve à infelicidade combatendo-a no terreno que ela ilegalmente ocupou, a sua vida.

Espero que tudo lhe corra bem. ;) :)
Gostei de ler e confesso que tocou perto.

Gostava de acrescentar que por vezes pode haver a manifestação de um outro efeito secundário. A ira, ou constante irritação derivada de uma frustração contínua. A qual pode até ser exacerbada caso não se veja luz no fundo do túnel. Esta ira é muitas vezes mal direccionada e pessoas que até nem têm culpa de nada acabam por levar por tabela. Posteriormente vem a culpa, a auto recriminação e ficamos nisto como num disco riscado...

Escapar deste padrão é complicado... é necessário um grande esforço, sair da nossa área de conforto e explorar alternativas, diferentes percursos. É claro que isso nos expõe, nos deixa muito vulneráveis e há o risco de cair, e cair fundo... Custar levantar, ó se custa, mas temos que nos levantar, aprender e continuarmos ainda mais empenhados. Claro que isto é muito bonito de se dizer, mas na verdade é que a vontade de acabar com tudo vai estar lá a moer, a tentar debilitar a nossa força de vontade. É perfeitamente legitimo rendermo-nos a esse sentimento, certamente não faz de nós covardes, é apenas uma opção e uma nada fácil de tomar. Afinal, a dor espiritual e emocional pode ser tão debilitante, ou mais, que a dor física.

Acho que fugi um pouco ao tópico...
imdc força nisso e não desistas. Se me permitires fazer uma sugestão, tenta fazer voluntariado. Acredita que ajuda.