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  • Violência no namoro
    Iniciado por SaraRS
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Assunto que tem andado nos noticiários actualmente  :)
Qual a vossa opinião sobre o assunto?
Pensam que estes números retratam bem a realidade?

Um em cada quatro jovens acredita que a violência no namoro é normal
Um estudo da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) concluiu que mais de um quarto dos jovens considera a violência psicológica algo natural e cerca de 31% dos rapazes acha legítimo pressionar a parceira para ter relações sexuais

Estudo concluiu que 63 dos 456 jovens inquiridos acham natural a violência física no namoro desde que não deixe marcas.

Quando o assunto é violência no namoro o objectivo é estabelecer os limites entre o que é amor e o que é violência. Embora pareça simples, nem sempre as pessoas têm noção desses limites e muitos vivem relações violentas convencidos de que é tudo normal, de que é amor.

Um estudo realizado no âmbito do projecto Artways – Políticas Educativas e de Formação contra a Violência e Delinquência Juvenil comprovou isso mesmo concluindo que 27% dos jovens inquiridos consideram normal a violência psicológica e, pelo menos, 7% já foi vítima de agressão física. A violência psicológica é, por vezes, a que passa mais despercebida, mas que pode acontecer de várias formas que podem até ser muito simples. Actos como pegar no telemóvel do companheiro sem autorização ou proibir o uso de determinadas peças de roupa são considerados normais numa relação.

> O estudo apoiado pelo Programa Cidadania Activa da Fundação Calouste Gulbenkian apresentou esta terça-feira os primeiros resultados. Depois de questionar 456 jovens de 32 escolas do distrito do Porto, entre os 11 e os 18 anos, os resultados não foram animadores.

A violência psicológica não é a única a ser considerada normal. O estudo mostra que 63 dos 456 jovens inquiridos acham natural a violência física desde que não deixe marcas. Mas, a quantidade de rapazes a achar que a violência física é natural e legitimada é quase o dobro da quantidade de raparigas. Para Maria José Magalhães, o problema está na cultura do "amor cego", "de que o amor significa posse, de que a paixão é irracional e de que as pessoas podem fazer o que quiserem com o outro." "Para nós, esta cultura está na base do femicídio, da violência doméstica, da falta de respeito pelos direitos humanos em geral", refere, alertando para os resultados do inquérito sobre a reacção dos jovens depois da agressão: pelo menos 12% diz que acabou por perdoar o/a agressor/a e pelo menos 8% diz não ter dado importância ao sucedido, apenas 4% optou por pedir ajuda.

Entre as respostas, destaca-se ainda o facto de 31% dos rapazes contra 10% das raparigas considerar legítimo pressionar para ter relações sexuais.

Dados da PSP mostram o número de participações de casos de violência no namoro aumentou para o dobro de 2013 para 2014, registando mais de quatro participações por dia em 2014.


Texto editado por Andrea Cunha Freitas
Fonte: publico.pt

Não faço ideia do que se passará em algumas dessas cabecinhas ocas mas o que hoje é uma bofetada, amanhã poderá ser um tiro...

sofiagov
Citação de: Marlene em 04 junho, 2015, 09:01
Não faço ideia do que se passará em algumas dessas cabecinhas ocas mas o que hoje é uma bofetada, amanhã poderá ser um tiro...

:) :) :)

sinceramente? não acho que se possam chamar um casal de namorados alguém que se agride mutuamente, por palavras e atos, seja o homem à mulher ou vice-versa....talvez um par de lutadores de wrestling, perdoem-me a brincadeira..

O Amor não está presente nessas relações porque com o verdadeiro Amor vem o Respeito e todos os bons sentimentos, acções e escolhas que fazemos...não entendo como é que se pode dizer que amamos ao mesmo tempo que batemos...não acredito que exista sequer algum sentimento bom, quanto mais Amor.

Amar alguém é saber admitir a derrota mesmo quando sabemos que temos razão. É rir mesmo quando não tem piada. Chorar ao lado de quem chora para que não esteja sozinho. Segurar a mão da outra pessoa e olha-la nos olhos, apenas porque sim. E tantos outros exemplos que não caberiam neste tópico.

Bater no outro é violência gratuita, maldade, sensação efémera de um "poder" que na realidade não existe.
O Homem é do tamanho do seu Sonho!

Muito embora os casos denunciados possam ser percentualmente mais elevados, não acredito que retratem a realidade. A maior parte das jovens violentadas não apresentam queixa, muitas até com medo que as ocorrências cheguem ao conhecimento dos pais. A violência/coacção psicológica é também muitas vezes menosprezada e se considerarmos a pressão para que as raparigas tenham relações sexuais. por estas, isso é considerado um sinal de amor.

sofiagov
Citação de: oculto em 04 junho, 2015, 12:06
Muito embora os casos denunciados possam ser percentualmente mais elevados, não acredito que retratem a realidade. A maior parte das jovens violentadas não apresentam queixa, muitas até com medo que as ocorrências cheguem ao conhecimento dos pais. A violência/coacção psicológica é também muitas vezes menosprezada e se considerarmos a pressão para que as raparigas tenham relações sexuais. por estas, isso é considerado um sinal de amor.

infelizmente consideram isso um sinal de amor... :-\ :-\


Se a violência não é vista como tal, nunca poderá ser combatida eficazmente.
Penso que começa por sensibilizar as pessoas agressores e vítimas, para o que é a violência, suas características e a mudança de atitude para acabar com esses comportamentos.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Por mais sensibilização que haja, dúvido que mude grande coisa.
Mentalidade que não quer mudar, não muda.
Talvez com os mais novos haja alguma esperança, mas se não houver bons exemplos em casa, é dificil.

Quem Ama não agride (psicológicamente/fisicamente). Há muita confusão entre gostar e Amar.
Gostar é gostar de um hamburger ou de tomar banho.
Já Amar...não há palavras para tamanho sentimento.

Quem ama, compreende. Não pressiona. Ainda para mais em assuntos tão delicados como intimidade sexual.

Obrigada pelas respostas, em especial pela do silknet...gostei muito :)
Bem hajam.

quem ama... castiga...  ::)

não é isso que lhes andamos a ensinar desde pequeninos?  :-\

em casa o puto porta-se mal... leva porrada ou castigo... porque? porque os pais amam-no e só querem o bem dele...  ::)

na escola o puto porta-se mal... leva castigo... porque? porque a escola gosta dele e só quer o bem dele...  ::)

na religião... seja ela qual for... ou cumpre ou é castigado... com o inferno... ou outra ameaça qualquer... porque? porque Deus nos ama e só quer o nosso bem...  ::)

socialmente... a pressão das "modas" sobre os putos criada pela industria da musica e do entretenimento apenas com o objectivo de chegar à carteira dos pais, obriga-os a "acompanhar as tendências" ou são castigados... com segregação social, bulling ou outra cena qualquer... porque? porque todos gostamos muito da nossa juventude e queremos que eles tenham as possibilidades e as coisas materiais que nós não tivemos oportunidade de ter...  ::)

desculpem lá... mas... estão admirados com esta noticia sobre "violência no namoro" porque?  ::)

...a violencia está instalada em todos os campos das nossas vidas...
a minha religião é a verdade...

Puca
Como já referi num outro post, a palavra "respeito" está guardadinha no fundo de um baú onde ninguém quer mexer.

Ora sem respeito, não há mais nada, nem companheirismo, nem amizade e muito menos Amor. O oposto "desrespeito" é a ordem do dia, gera violência, abusos, etc. Mas todos estes jovens vivem neste conceito, não sabem proteger nem a sua integridade quanto mais a dos outros.

Devemos sugerir ao "novo acordo ortográfico" que crie uma palavra nova que se adeque a este tipo de relacionamento pois "namoro" não é, "Amor" muito menos.

Gostar de alguém (nem digo amar) é querer-lhe bem, respeitar, proteger...isto não é nada!

sofiagov
Citação de: Puca em 05 junho, 2015, 16:27
Como já referi num outro post, a palavra "respeito" está guardadinha no fundo de um baú onde ninguém quer mexer.

Ora sem respeito, não há mais nada, nem companheirismo, nem amizade e muito menos Amor. O oposto "desrespeito" é a ordem do dia, gera violência, abusos, etc. Mas todos estes jovens vivem neste conceito, não sabem proteger nem a sua integridade quanto mais a dos outros.

Devemos sugerir ao "novo acordo ortográfico" que crie uma palavra nova que se adeque a este tipo de relacionamento pois "namoro" não é, "Amor" muito menos.

Gostar de alguém (nem digo amar) é querer-lhe bem, respeitar, proteger...isto não é nada!

aplausos a ti Puca... :) que muito bem respondes :)

A violência, seja no namoro ou em qualquer outro tipo de relação, é sempre um abuso de poder de uma das partes. O problema é que entre as pessoas envolvidas se instaura uma dinâmica que por vezes é difícil de ser quebrada. Tem que haver um elemento suficientemente "inteligente" para não permitir que esse abuso seja reincidente.

A violência no namoro já é, por si só, um indicador relacional que deve ser tido em consideração. Se é assim durante o namoro, que fará se este avançar?

É aceite que os números não espelham a realidade. Porquê? Porque infelizmente ainda é preconceituoso falar sobre a violência e quando se toca ao nível do sentimento, existem sempre mil e uma desculpas para os atos violentos. Por outro lado, é raro que o agressor ou o agredido possuam consciência clara de que aquela situação é, na verdade, uma situação de violência. Não conferem às situações demasiada importância para as assumir enquanto tal. Com o tempo, estas situações que inicialmente são "esporádicas" tornam-se numa constante e o ciclo vicioso (comportamento gera comportamento) já está instalado!

Apesar da violência física ser a mais visível, existem outras formas de violência igualmente destrutivas e que, muitas vezes, não se tem consciência ou não se valoriza. A violência emocional/psicológica, tal como o texto refere, não deixa marcas físicas... mas as marcas que deixa são, muitas vezes, irreparáveis.
E este tipo de violência, infelizmente existe em todo o tipo de relações, onde subsiste sempre um elemento que faz mau uso do seu poder... Ela pode ser expressa por críticas, humilhações, falta de recetividade na aceitação de pontos de vista diferentes, palavras duras que usamos intencionalmente para magoar os outros, etc... etc... etc...   

Sou contra qualquer tipo de violência, seja ela do tipo que for e com quem for. Acima de tudo, não faço aos outros o que não gostaria que fizessem comigo. Por isso, o respeito por nós próprios prevalece em qualquer situação, mas efetivamente, pactuar ou não com situações de violência, é já uma questão de consciência individual. Por conseguinte, a sensbilização,nestes casos, pouco resultado traz. Pois numa sociedade como a atual, em que a sensibilização para a violência é grande, nem por isso faz reduzir os casos de violência... tudo é uma questão de consciência individual e esta tem que ser despertada logos nos primórdios da educação!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Podiam explicar aos homens como escolher a mulher:

Primeiro: deve despertar o instinto de a proteger. Não por ela estar numa situação de que precise de tal proteção imediata, mas por ser isso que sente perto dela... por tanto: de a proteger por sentir que é preciosa;

Segundo: que queira estar perto dela para beneficiar da energia positiva que sente vir dela. Esta energia assemelha-se nos seus efeitos a um íman/ "calor" transmitido agradável (não no sentido de despertar o desejo sexual, mas sim de fazer o homem sentir-se mais completo e feliz);

Terceiro: somente depois deve despertar no homem a vontade de namorar com a dita mulher.

Quarto: mesmo que a mulher desperte tudo isso no homem, e por essa ordem, mesmo assim só deve avançar se a mulher der sinais de interesse e/ ou aceitar explicitamente os avanços, de outra forma o homem deve continuar a procurar, pois existem sempre imensas mulheres com as quais se pode identificar ao longo da sua vida, conforme a sua evolução interior.

Entender a violência no namoro e nas outras relações é fácil, a sua origem vem do facto de as pessoas não cumprirem a Lei corretamente, o resultado acaba sempre por ser este que vivemos atualmente... mudará quando as pessoas todas passarem a cumprir a Lei integralmente.