E então como é que se mudam as mentalidades?

(apenas uma possibilidade, pois nao conheco a senhora)
penso que senhora luta pela sua ideal... ela no fundo nao quer desistir do seu conjuge, apesar de saber que e QUASE impossivel de mudar mas e POSSIVEL
sendo eu como de fora, eu aconselhava a ela o que aconselhaste... pois nao vale a pena sofrer... mas se perguntarem a mim se desistiria de alguem que o faz parte como familia... eu diria NAO, e isso contradiz o que eu iria aconselhar

A sua resposta é muito sensata. Pois é precisamente nessa ambivalência que ela ainda se encontra... a parte racional diz-lhe "não" e a parte emocional diz-lhe "sim" e como ela ainda cede à parte emocional... por isso não consegue sair do ciclo vicioso onde se encontra. Mas eu acredito que ela irá sair... esta pode não ter a melhor opção dela, e ela tem disso consciência... mas acredito que novas oportunidades surgirão e que ela o irá fazer... Pensar que a separação numa situação destas resulta sempre em mortes e coisas afins é um pensamento catastrófico que em nada auxilia a pessoa... pelo contrário, alimentamos os medos já existentes. Por isso sou sempre positiva e partilho com ela os casos bem-sucedidos que são inúmeros!

Bem-haja pelo seu comentário.

Concordo plenamente com o que diz. Será que o nosso intuito é mudar mesmo a mentalidade, ou mostrar outras grelhas de leitura para as diversas situações?(1) Será que se não mostrarmos essas formas diferentes de analisar a realidade, não estaremos nós a pactuar para a manutenção da ilusão do conhecimento do outro?(2) E a nossa própria ilusão, onde é que ela se encaixa?(3)

  1-O egoísta, mais conhecido como pseudo-sábio, só quer mesmo é mostrar a sua grelha de leitura, afim de alimentar seu Orgulho.
  2- Estamos, e eis a nossa falta de caridade.
  3- Da nossa ilusão, apenas encaixa a parte verdadeira, excepto, quando o receptor estiver num patamar menos evoluído. No entretanto, devemos sempre dar a nossa visão, pode servir como semente.

Estas são algumas das minhas questões e também uma outra questão que me parece pertinente, sob o ponto de vista "teórico" da questão. Onde fica o papel do karma no meio desta mudança de mentalidades? Será que o sujeito não tem que compreender por ele próprio, chegar onde tem que chegar através dos seus próprios passos?

  Não é kharma. A evolução não é imposta. Tudo tem o seu tempo.
  Não se ensina no secundário o mesmo que num mestrado. Eis o porquê, de alguns não lhe fazer sentido certas coisas. É-lhes necessário, outro tipo de aprendizado, até começar a meditar, por si próprios, outras perspectivas. E isso não é kharma, é sim, resultante do nivel moral e intelectual do próprio.Mas sempre, da nossa parte, a caridade em transmitir o que julgamos mais correcto, pode servir, como uma luz ao próximo.
 
 Quanto à sua paciente, bem hajas pelas vezes que a impediste do suicidio. É extremamente agradável ler um relato desses.
 Mas kharma em relações amorosas numa vertente negativa, não existe. Por mais que todos o dizemos na brincadeira.

Abraço,  

João Paulo Soares, é sempre bom ler os teus comentários... sensatos e apaziguadores.

Bem-hajas!