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  • Choped Literário - Abril '15
    Iniciado por Gawen
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Choped Literário - Abril '15

O que se pretende com este desafio é que os participantes escrevam um texto de sua autoria incluindo os 3 elementos apresentados.

Existe uma regra de ouro:
Os 3 elementos apresentados têm que ter um papel importante na história.

Por exemplo, um envelope, um palhaço e um fósforo. Os 3 elementos não podem ser logo descartados:

Era uma vez um palhaço chamado Anastácio, vivia sempre de terra em terra, acompanhando a restante trupe do circo. Certo dia, num acesso de raiva, pegou num fósforo e decidiu queimar o envelope que continha a senha das finanças. Logo se arrependeu e pediu uma segunda via. Nessa tarde, combinou com a Francelina, sua colega trapezista, irem dar uma volta...

Podem acrescentar-se elementos (a Francelina pode existir) mas os restantes elementos têm que existir ao longo da história ou ter um papel importante para a mesma.
Os elementos podem ser utilizados em qualquer ordem, independentemente da apresentada no enunciado do desafio.

Vencerá a história com maior número de gostos do sistema de gostos do fórum.

Dados e informação necessária para este desafio:
ELEMENTOS:
Mendigo
Cofre
Falésia

Data limite: 8 de Maio de 2015
Resultados: Sai vencedora a história com maior número de gostos até à data limite, portanto, apressa-te a participar!

Regras:
- Texto em Português e sem erros ortográficos.
- Texto original; não são permitidas cópias de textos existentes.
- Apenas um conto por utilizador.


Importante:
- Cada participante deverá submeter o seu conto neste tópico até às 23h59 do dia 8 de Maio.
- Será eleito vencedor o participante cujo conto seja o mais votado pelo sistema de gostos do fórum até à data limite do desafio, em caso de empate, será um dos moderadores do Cantinho das Artes a desempatar.
- Será atribuído o "Prémio Choped do Mês" ao conto vencedor, este prémio consiste para já num pequeno ícone de mérito junto ao vosso nome no fórum.

Qualquer dúvida, questão, crítica, sugestão, etc, apresenta-a aqui ou directamente por mensagem privada.

Boa sorte e, acima de tudo, esperamos que se divirtam e que apreciem os trabalhos que serão aqui apresentados.
E já sabem, sempre que tiverem alguma ideia entrem em contacto, todas as sugestões são bem vindas!  ;)

P.S. Os participantes são responsáveis pelo respeito às leis dos direitos de autor!

Bem, cá vai o meu contributo (agora fiquei viciada nisto). :)

"Há muitos anos atrás, numa terra longínqua, havia uma vidente. Não era muito boa a fazer previsões, mas utilizava por vezes os seus conhecimentos sobre as plantas para também fazer alguns curativos
Vivia numa casa isolada, no meio de uma floresta e aí viva calmamente. A terra dava-lhe tudo o que ela precisava para se alimentar, pelo que raramente ia até à vila. 

De vez em quando, lá lhe aparecia alguém em casa para pedir ajuda com alguma mezinha, para curar males de amor ou de estômago, mas pouco mais.
Numa das suas idas até à vila, encontrou a meio do caminho um mendigo, que se encontrava muito magro. Passou por ele e seguiu o seu caminho até à vila.
Quando regressava a casa, o mendigo continuava no mesmo local por onde tinha passado.

- Bem, está bem, venha lá comigo, mas devo avisar que a minha casa é uma casa muito pobre e não tenho muito para lhe oferecer. – disse-lhe ela.

- Se me oferecer um tecto e comida, já fico contente. – disse o mendigo.

E seguiram os dois até casa da vidente. O mendigo foi ficando, começou a ajudá-la em algumas coisas da casa e estava com um aspecto muito mais saudável.

Certo dia conversavam os dois, quando a vidente se vira para ele e diz:

- Um dia, vai ser um homem muito importante.
- Eu, um homem muito importante? – e deu uma gargalhada bem alta.

E não pensaram mais nisso. No dia seguinte, quando acordou, já o mendigo não estava lá. Tinha deixado um bilhete a agradecer toda a ajuda que lhe tinha dado e que tinha seguido o seu caminho.

........

Passaram uns anos. Certo dia bateram à porta de sua casa.
Abriu a porta e era um senhor, com vestes muito elegantes que trazia um pequeno embrulho.

- É a Dona Luísa?
- Sim. – respondeu ela. – E o senhor, quem é?
- Sou apenas um mensageiro que lhe traz uma oferta de um velho amigo.

E entregou-lhe o embrulho.

Ela ficou a olhar para o embrulho e lá resolveu abri-lo. Quando desembrulhou a oferta, verificou que era um pequeno cofre. Trazia um fio preso numa das asas com uma chave. Pegou na chave e abriu o cofre e este tinha lá dentro um belo fio de ouro e uma carta.

Abriu a carta e leu o seu conteúdo.

"Possivelmente já não se lembra de mim, mas eu lembro-me de si. Disse que um dia seria um homem importante. Quando fui embora de sua casa, caminhei durante bastantes dias e noites.
Num dos dias, ouvi gritos bastante aflitivos e corri nessa direcção. Era um coche que estava a ser atacado por bandidos e eu corri em auxílio de quem estava dentro do coche, sem sequer pensar nas possíveis consequências.
E ainda bem que o fiz. O coche transportava a filha do rei e as suas aias. Insistiram que eu tinha de conhecer o rei e que ele tinha de saber do meu acto heróico para as acudir.
O castelo ficava junto a uma falésia. Era o sítio mais belo que alguma vez tinha visto. Quando lá cheguei, o rei agradeceu-me e quis que eu ficasse a morar no castelo, como seu conselheiro. Como vê, a minha vida deu uma volta. E como me ajudou, também a quis ajudar.
Agora vá até lá fora."

A vidente ainda estava um bocado zonza com tudo aquilo e as lágrimas corriam-lhe pelo rosto, mas lá foi. À sua espera estava o mensageiro junto a um coche.

- Vamos? – disse ele.

E ela então seguiu com o mensageiro até ao castelo do rei. E aí ficou a morar durante os restantes anos da sua vida.

FIM"

"Seja você quem for ou o que faça, quando quer com vontade alguma coisa, é porque esse desejo nasceu na alma do Universo." Paulo Coelho

https://www.facebook.com/rock.solarys

#2
Ora aqui estou eu de novo com a minha história e espero sinceramente que todos participem! Boa sorte!

****

Esta é a história do João. O João tem apenas 6 anos de idade. A sua mãe morreu quando ele nasceu e o seu pai ficou com ele até aos 4 anos, altura em que se perdeu pelos meandros da bebida e começou a ter comportamentos violentos que forçaram o João a fugir de sua casa. Ele não sabia bem para onde poderia ir, pois não conhecia ninguém na sua família. Andava pelas ruas da cidade com as suas roupas esfarrapadas e os seus sapatos rotos, sobrevivendo à custa das esmolas que pedia às pessoas que por si passavam. Para muitas delas, mergulhadas na azáfama crescente da vida, a presença do João nem sequer se fazia sentir... para outras, a sua presença era um incómodo, afastando-se dele com uma atitude de reprovação.

João era um mendigo. Dormia na rua, onde encontrasse um lugar que o fizesse sentir aconchegado e protegido. Mas o que ele mais gostava era deitar-se à noite na relva do jardim (isto quando não chovia, claro) e olhar o céu. Pensava para si mesmo: "wow, o céu é tão grande, como eu gostava de encontrar um cantinho para lá viver". O seu entusiasmo crescia dentro do seu pequeno coração e esboçava-se um sorriso nos seus lábios finos e secos quando aparecia uma estrela. Como ele gostava de estrelas! Ele pensava que as estrelas eram as almas das pessoas que tinham morrido e que iluminavam o céu todas as noites, como se fossem pirilampos. Como ele gostaria de ser uma estrela também e assim, iluminar uma parte do céu em qualquer lugar do mundo. E todas as noites, invariavelmente, esta era a divagação do seu pensamento, que acabava por desaparecer com a lembrança do pequeno cofre que a sua mãe lhe deixara...

Sim, a sua mãe, antes de morrer, tinha-lhe deixado um pequeno cofre em forma de estrela que tinha inscrito o seguinte: "Tu és a estrela da minha vida!"... Este cofre era a única coisa que ele tinha consigo no bolso largo das suas calças esfarrapadas... e sempre que segurava nele, por entre as suas pequenas mãos, deixava simplesmente a sua mente viajar por todos estes pensamentos, sentindo um misto de alegria e de tristeza.... de alegria, porque ele era a estrela de alguém e tristeza, porque esse alguém estava ausente da sua vida...

Numa manhã, acordou muito cedo e estava disposto a procurar um lugar onde pudesse ser a estrela de alguém... e começou a andar sem destino. Após várias horas de uma longa caminhada e de pequenas paragens pelo percurso, ficou estarrecido com a paisagem que se vislumbrava à sua frente: uma enorme extensão de areia em tom de castanho dourado, onde as águas reluzentes do mar refletiam os raios de sol envergonhados dessa manhã solarenga...

- "wow, que bonito!" exclamou!

Começou a correr em direção a essa paisagem maravilhosa, deixando o seu cabelo espesso, sujo e longo esvoaçar na doce e suave brisa do vento que se fazia sentir. A sua alegria era tanta, a sua felicidade era enorme que nem sequer reparou na íngreme falésia que se esboçava à sua frente. Sem tempo para voltar atrás, escorregou e caiu. Tudo aconteceu tão rápido, que o seu último pensamento foi olhar o céu e pedir a Deus para ser aquela estrela que tanto desejava...

Durante a tarde, o seu corpo, sem vida, foi encontrado pela polícia marítima. Surpreendentemente, um sorriso estava configurado nos seus lábios finos e secos, marcados pela vida. Nessa noite, todas as pessoas repararam numa estrela, muito mais brilhante do que as demais que irrompeu no céu azul para o iluminar... E o céu ficou ainda mais belo... a partir dessa noite!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

#3
Apesar de ser fim do mês decidi participar mesmo sabendo de antemão que é impossível ganhar nesta altura do campeonato, porem como adoro escrever, aqui vai...

Como estamos num forum paranormal, não fazia sentido na minha perspectiva escrever sobre outra coisa que não fosse o ocultismo.

Aviso desde ja que AMO mesmo escrever e que se a historia for longa eu lamento mas eu entusiasmo-me e vibro mesmo com a escrita.

Mendigo................ Cofre..............E falésia.............

___________________________________________________________________________________________________


Mariana! Vem cá Mariana! Depressa! - entrou aos gritos eufórico o Filipe em casa - Tu não vais acreditar no que aconteceu mulher! Eu consegui arranjar emprego - continuou Filipe abraçado a mulher que chorava de alegria sem querer acreditar no que os seus ouvidos ouviam.
- A serio?? Onde?
- La em cima na falésia, naquela empresa onde constroem pranchas junto à praia.
Mas isso são excelentes noticias - diz Mariana batendo palmas de alegria
Mariana e Filipe eram um casal que tal como retrata a nossa sociedade de hoje em dia estavam ambos desempregados e com muita dificuldade em colocar comida na mesa para os seus 2 filhos de 2 e 4 anos, dai a importância que esse contrato de trabalho tinha.
- Quando começas? - Perguntou Mariana
- É já hoje à noite -  respondeu o Filipe com um sorriso de triunfo na cara.
E assim foi. Depois de mais 3 meses desempregado, Filipe iria iniciar o seu novo emprego como guarda nocturno na empresa.
O horário de entrada era às 20h, mas ele às 19:30h já la estava. Queria deixar uma boa impressão no trabalho, queria mostrar que realmente era um homem empenhado. O guarda que estava de serviço e que saia às 20h ao ve-lo contente, riu-se para si mesmo e pensou: Quando vires onde te vens meter ja não vais achar tanta piada. Aposto contigo que amanha ja não vens com esse sorriso pateta para o trabalho. Porem nada disse.
Mostrou-lhe as instalações, as cameras de filmar e levou-o ao outro ponto da empresa, local onde terminara a falésia.
Aqui -  explicou-lhe ele - será o sitio onde viras picar o ponto de 2 em 2h, esta é a maneira que a empresa tem de te controlar e saber que não dormes no horário de trabalho.
Por fim, levou-o novamente à sala dos guardas e saiu com um simples: Até Amanha!

Filipe sentou-se na sua cadeira e contemplou todo o seu local de trabalho, todos os botões e todas as cameras, porem, com o passar das horas o trabalho ia ficando mais "pesado". Felizmente tinha o radio que o ajudava a distrair um pouco.

Eram 2h da manhã quando se levantou para dar uma uma ronda pelo edifício. Tudo corria dentro da normalidade ate que ele chegou ao outro lado da falésia para picar o cartão de ponto e ficou a contemplar a empresa. Realmente estava num sitio fantástico. Porem alguma coisa lhe chamou à atenção no gabinete do patrão no segundo andar. Mas o que era aquilo? Seria um vulto? Seria um ladrão? Encheu-se de coragem e precipitou-se sobre as escadas que davam ao segundo andar.
Ao chegar à sala do patrão meteu a mão na porta mas... estava fechada! Não é possível! Ele jurava que tinha visto um vulto a movimentar-se la dentro. A medo, pegou no molho das chaves e deixo-o cair no chão.
Que porcaria - pensou ele - Se estava algum ladrão la dentro já deve ter fugido com o barulho que faço.
Pegou na chave e com a mão a tremer enfiou dentro da fechadura. Ainda a tremer e sem saber o que encontrar abriu a porta lentamente que rangeu.
Entrou com a arma apontada sem saber o que encontrar, deu uns passos em frente e...

E nada... Estava tudo vazio, sem ninguém, sem ruído. Ainda viu debaixo da secretaria, dentro dos armários mas nada. Ao abrir um dos armários viu la um cofre mas como tinha código pelo que não era possível abrir. Também jamais o Filipe pensaria em mexer nalguma coisa que não fosse sua. Era pobre mas honrado! Ainda sem saber bem o que pensar, saiu da sala do patrão fechando-a novamente e guardando o molho da chaves no bolso. Talvez tenha sido uma partida da minha cabeça do cansaço, talvez tenha sido o vento, mesmo tendo as janelas completamente trancadas, Filipe procurava uma explicação lógica para o que aconteceu.
Voltou para o seu gabinete e durante as 2h seguidas tentou ignorar o que aconteceu mas estava difícil.
4h da manha, hora de mais uma ronda. Levantou-se e mais uma vez veio-lhe a imagem do vulto. Mas que coisa estranha mesmo.
Voltou à outra ponta da falésia para picar o cartão de ponto sempre analisando qualquer movimento estranho. Olhou para o gabinete e nada, virou-se, picou o cartão e voltou a olhar para o gabinete e não quis acreditar no que os seus olhos viam... estava a ver um mendigo com uma faca espetada no coração, estendendo-lhe a mão como se fosse a pedir ajuda. Através do seu corpo dava para ver o resto da mobília com a luz de presença. Deste vez nao teve coragem e correu, mas não para o gabinete do patrão mas para o dele. As cameras tinham de ter filmado algo!


Nada... As cameras não tinham nada. Filipe não sabia o que pensar. Aquilo não podia ser uma partida... Ele sabia o que tinha visto. Enquanto estava sentado e focado a olhar para a camera na sala do patrão sentiu uma mão amigável a tocar-lhe no ombro. Olhou para trás e viu o mesmo mendigo com a faca espetada no coração. Filipe levantou-se num pulo, a musica que tocava alegremente na radio parou de tocar saindo uma fraca voz dizendo: ajuda - 2 - 1 - 6 - 3 - 8 - 5 - 6 - 7 - 4 - 9 - 0 cofre, repetindo 2 e 3 vezes. A medo, pegou num bloco e escreveu a sequência, o fantasma mendigo saiu da sala e mesmo sem saber como ou porquê, sentiu uma necessidade de o seguir, uma força maior que ele a empurra-lo e ele seguiu o fantasma que se direccionou ao gabinete do patrão.

Colocou a chave no cofre que depois de um clique a porta se abriu. La dentro encontrou documentos incriminatórios sobre o patrão que afinal não passava de um assassino que tinha matado o mendigo porque na realidade a fabrica e o terreno pertencia a ele, mas como ficou na falência perdeu tudo, desde família a bens e dinheiro, ficando um mendigo apenas com aquele terreno e mais nada, o patrão aproveitou e matou-o sem que ninguém desse pela sua falta. Porem ele tinha um sonho... doar aquele espaço para fazer uma instituição para todas as crianças, mulheres maltratados, mendigos como ele, pudessem ter um telhado onde dormir e uma tigela de sopa, mas o patrão matou-o antes disso para ficar com o terreno e re- erguer a fabrica.
Filipe chamou a policia pelo que o patrão horas mais tarde e vendo-se sem soluções, confessou ter morto o mendigo. Os colegas confessaram também ter visto o mendigo, inclusive o ultimo guarda contratado antes de Filipe tinha fugido a 7 pés e nunca mais voltou.
A noticia correu muita tinta pela impressa e como ja não havia familiares do mendigo vivos, o terreno passou a pertencer ao estado, pelo que fez a vontade do morto e criou uma instituição de caridade. Todos os trabalhadores que trabalham na antiga fabrica de pranchas e tinham ficado desempregados foram colocados ao serviço da instituição, assim como Filipe, contratado como motorista, mas a maior das alegrias foi quando Mariana também foi contratada para trabalhar na instituição e deste modo, aquela família não passou mais necessidades.

Quanto ao mendigo, apareceu uma vez no sono de Filipe agradecendo o que ele fez para o ajudar e dizendo que agora podia partir em paz que a sua missão estava feita. E desapareceu num feixe de luz.

Nunca mais ninguém o viu e os ruídos paranormais que os outros guardas se queixavam, não mais existiu.

________________________________________________________________________________________________

Peço desculpa pelo testamento e compreendo que vocês cheguem a meio e ja não leiam mais mas... eu entusiasmo-me :-)


BlackMiau
Gostei de todos, mas o da Dragona foi uma autêntica história digna de filme :)

Ainda bem que estão a gostar. Foram 2h bem aproveitadas! :-)

#6
Não costumo escrever mas hoje sem motivo aparente deu-me vontade de vos presentear com um pequeno texto.
Desculpem os erros e novamente se o raciocínio por vezes se pode perder um pouco mas como já indiquei antes, motivos profissionais.


Estamos a dia 22 de Outubro de 2015, sete horas da manhã, toca um dos muitos despertadores do mundo. Este era, o de Daniel. Rapaz jovem, 24 anos de idade, amante da natureza e de tudo o que a vida lhe pode oferecer.
Como em todos os outros dias, Daniel levanta-se para começar a sua rotina diária, uma de muitas, diferente de poucas.
Após alguns minutos sai de casa para a sua caminhada matinal que todos os dias gostava de fazer, era o seu momento do dia em contacto com a natureza. Neste dia não diferente dos outros, tudo mudaria.

Daniel caminhava junto a uma falésia quando pondo um pé em falso escorrega, com sorte, consegue-se agarrar a uma pedra que lá se encontrava e levantar-se de novo. Evitando uma queda de 80 metros que lhe seria morte certa.

"-Foi por pouco Daniel." exclama uma voz.

Daniel ainda assustado, olha em direção à voz, vê um mendigo.

"-Quem é você? Como sabe o meu nome?" pergunta Daniel ao mesmo tempo que avalia a imagem do mendigo.

Cabelo comprido, deslavado, barba grande, vestido com o que outrora teria sido uma manta ou uma toalha de mesa, chinelos gastos e pés sujos. Curiosamente segurando um cofre pequeno, escuro, com umas letras em si gravadas. Não perceptíveis dado a distância.

"- Daniel, não me reconhecereis? Fui outrora teu pai. Teu irmão. Teu amigo... Até aquele dia chegar..." respondeu o mendigo.

"- Que dia? Ao que se refere? Quem é você?" pergunta novamente Daniel.

"-Anda Daniel, senta-te aqui ao meu lado e partilha este momento comigo. Vês esta falésia, na qual ias caindo?"

"- Sim." responde Daniel intrigado.

"-Sabereis tu Daniel, quantas pessoas decidiram terminar a sua vida aqui de forma voluntária?" pergunta o mendigo.

"-Não. Quantas?" pergunta Daniel.

"-Centenas... Pessoas demais... 187 para ser preciso." afirmou o Mendigo.

"-Como sabe isso?" pergunta Daniel.

"-Vivi aqui toda a minha vida. Presenciei aqui todo o tipo de situações que podereis imaginar. Suicídios, homicídios. Mas também momentos bons. Recordo-me em meados de Janeiro de 1991, uma casal simpático. Concebeu aqui o seu filho. Que lindo menino se veio a tornar. Astuto e portador de conhecimento. Infelizmente para esse casal. Lágrimas invadirão a sua casa." desabafa o mendigo.

"-Como sabes isso tudo? Invadirão a casa deles porquê? Não entendo!" pergunta Daniel, confuso.

"- Daniel, presenciei todos os momentos que possas imaginar terem ocorrido. Lágrimas invadirão sua casa futuramente. Pobre criança, dotada de conhecimento, praticante do bem, não era a altura certa. Partiu. Não está mais entre eles.
Daniel este cofre, que carrego comigo à anos, mais do que possas imaginar, sabereis seu conteúdo?"

"-Não. O que contém?" pergunta curioso Daniel.

"- A resposta à maior pergunta da humanidade. "O que é a vida?", milhões de pessoas a perguntar isto nesta preciso momento, e a resposta encontra-se aqui dentro... deste cofre". Afirma o mendigo.

Daniel começando a duvidar da lucidez do mendigo decide perguntar ao mesmo;

"- Posso ver?"

"-Claro Daniel, és tu o portador da combinação do mesmo." exclama o mendigo.

"-Eu? como assim? como posso eu ter a combinação de algo que nunca vi antes?" pergunta Daniel já com o cofre em sua posse e olhando para o mesmo.

"-Daniel, sabereis o dia de hoje? Se sim, saberás a combinação do cofre."

Daniel olhando para o cofre experimenta colocar a combinação referente ao dia em que está, 22102015, ouvindo um clique e abrindo-se o cofre. Daniel olha surpreso.

"-Não têm nada cá dentro." afirma Daniel.

"- Claro que não Daniel, não significando por isso que a vida nada seja mas sim que a resposta para a pergunta que os humanos procuram encontra-se dentro deles próprios. Não em algo ou alguém como tanta pessoa acha procurando respostas eternamente nos sítios errados. Daniel, está dentro de ti a resposta ao que durante muitos anos procuraste. A resposta ao que é a vida, que tantas noites de sono te tirou, que tantas vezes perdeste horas no banho só a pensar nisso. Está dentro de ti. E encontraste-a agora." exclama o mendigo.

"-Como assim? Como sabe isso tudo sobre mim? Encontrei como?" pergunta Daniel.

"- Daniel, quando escorregaste na falésia na realidade não te conseguiste segurar, olha, olha lá para baixo e vê o teu corpo físico caído. Abandonaste-o nessa altura. Vim-te buscar na tua forma espiritual, para tomares o conhecimento outrora te prometido. Está na altura. Chegou esse momento. Lágrimas invadirão a casa dos teus pais pela tua partida repentina. Conceberam-te aqui numa noite de amor na sua forma mais pura e linda. E aqui vieste morrer.
Eu sou Jesus, teu pai, teu irmão, teu amigo. Caminhareis comigo para a salvação eterna."

Daniel partira assim deste mundo. Ficando apenas seu corpo caído na falésia junto do cofre que nada continha. INRI as letras identificadas no mesmo.



Homero e eu separamo-nos nas portas de Tânger. Creio que não nos despedimos.

Ainda bem que te deu a inspiração. Gostei muito do teor do conto. Excelente! Parabéns G A D U

Já estamos quase na data limite, mas cá estou eu pra escrever também uma história :) Espero que gostem da leitura.

Há muito, muito tempo atrás, existia um reino conhecido por seu esplendor e suas riquezas nos campos da magia e da tecnologia. Neste reino vivia um jovem chamado Nafir. Nafir era filho de um pobre camponês que em algumas ocasiões especiais se dirigia ao reino de Havilã onde sete vezes por ano aconteciam as Festividades de Nhaok.
Nafir já estava acostumado a passar meses sem seu pai em casa e ele próprio tinha que cuidar de sua irmã, Clarnuk, enquanto seu pai se encontrava nos momentos de adoração. Nafir tinha apenas catorze anos e sua irmã 7; ambos tinham perdido a mãe no parto da Clarnuk, por este facto Yadjuck, o pai, não se importava com a menina. O Reino de Havilã era um dos mais ricos de uma região conhecida como Cinturão de Ogim. Essa região era formada por sete reinos, os quais circundavam o monte sagrada, chamado Monte Sião. Muitas vezes esses reinos viviam em guerra. Tempos antes de Clarnuk nascer, uma grande guerra aconteceu entre os reinos de Riruk e Havilã.
Riruk é um reino majestoso, cujo rei Klajvöy, enfrentou e venceu os Khakh. Além desta incrível vitória, ele ainda fez com que o reino de Neph lhe servisse. E foi neste período que Havilã travou batalha com Riruk, os motivos até hoje são discutidos. Alguns dizem que a guerra se deu pelo domínio de certas porções de terra, outros dizem que tudo se deu por causa de uma mulher, a rainha Hazeera. Ainda tem os que dizem que na verdade forças ocultas estavam por trás disso. O que se sabe é que essa batalha durou 7 anos e ao fim desta guerra os grandes líderes desceram do Monte e se reuniram com os principais dos reinos. Barkayal, Azaradel, Moriak e outros grandes líderes deram privilégios e grandes honras para Hazeera, a rainha de Riruk. Também parece que lhe  ensinaram sortilégios e as leis ocultas da natureza.
No fim da grande guerra que durou 7 anos, no reino de Riruk nasceu Tradzëcka, filha de Hazeera. Neste dia houve trevas na face da terra, pois o sol se ocultou e a lua não deu seu brilho que costumava dar todas as noites.
Semanas mais tarde nascia a irmã de Nafir, no reino de Havilã. Seu pai, que havia lutado na grande guerra, nunca mais foi o mesmo. Sofria de visões estranhas, sempre via imagens de pessoas correndo de algo grande, mas ele não sabia o que era e sempre em suas visões as pessoas estavam com os rostos retorcidos. Jarisy era o amor de sua vida e a perda dela durante o nascimento de Carnuk destruiu sua vida. Por conta de seus traumas e os problemas em sua vida, Yadjuck sempre ia para os festivais, numa tentativa de aliviar as tensões que sentia.
Num desses festivais, em frente ao deus Molekh, um mendigo veio em sua direção e lhe segurou o braço. Yadjuck ficou assustado, mas antes que dissesse algo, o velho mendigo começou a falar: "Júpiter está a fascinar-nos e Vênus a brilhar. Três anos de paz você terá. Quando esse tempo acabar, uma jornada irá começar. A Lua todos os dias não mais brilhará e você em paz descansará. Seu filho, mande buscar e uma pedra irá encontrar. Essa pedra ajudará a humanidade a se salvar."
Totalmente assustado com aquela situação, Yadjuck foge sem saber ao certo os significados da palavra do velho mendigo. O tempo havia passado desde então e ele não contou sobre este episódio a ninguém. Foi então que num sonho ele viu uma bola de fogo que vinha do céu, ele a observava, até que ela passou por cima dele e foi embora. Porém, depois desta vinha outra, e essa ao passar por cima dele parava, crescia e ficava maior que a Lua. Até que de tanto crescer explodia e neste momento ele acordou assustado. Mais tarde naquele dia, ele resolveu falar com seu filho Nafir e contar todas aquelas palavras do velho mendigo. Além de contar as palavras do velho, contou também do seu sonho e Nafir espantado contou um sonho que parecia ser semelhante. No seu sonho três bolas de fogo vinham ao mesmo tempo e perto uma das outras; e enquanto ele olhava do outro lado do céu estava o Sol, mas era noite, e perto do Sol tinha a Lua, e entre ambos tinha algo que não era Sol nem Lua. A Lua então se encontrava com este objeto e Nafir se despertava do sonho. Por uma semana ele havia tido esse sonho todas as noites. Ambos, Nafir e seu pai não entendiam o significado do sonho, mas ficaram bastante atentos ao que poderia ser.
Quase três anos após as palavras daquele mendigo, Nafir e sua irmã Clarnuk estavam nos campos, colhendo o alimento daquele dia. Clarnuk contava agora com quase dez anos de idade. Ambos estavam fazendo seus trabalhos quando viram vir pelas colinas alguns cavaleiros. Ao se aproximarem, viram que com eles estava a princesa de Riruk, filha de Hazeera. Ao chegar perto, ela desceu do cavalo e perguntou com um tom forte: "Onde está seu pai?". Apesar de ter a mesma idade de Clarnuk, a princesa era bem diferente, parecia ser bem mais madura e conhecedora de segredos. Nafir diz então que não sabe onde seu pai esta, diz isso com medo que os cavaleiros façam algo contra seu pai. "Quando o encontrar, peça para se dirigir ao palácio de Riruk e diga que nos fale da profecia." Diz a princesa já se retirando sem mais uma palavra sequer.
Ao chegar em casa, Nafir conta tudo pra seu pai que fica assustado e não sabe o que é melhor de fazer, ir ou não ir ao palácio. Ao fim de nove dias pensando, ele fala com Nafir e resolve não ir. Porém, Clarnuk, ouvindo isso escondida, não se contentava, ela havia ficado curiosa do porque a princesa estava se importando tanto com isso e que profecias eram essas. No dia seguinte, sem que ninguém saiba, Clarnuk resolve ir até o palácio para falar com a princesa. Ao passo que Clarnuk se dirige ao palácio, coisas estranhas começam a acontecer. Sons começam a surgir do céu e Clarnuk assustada tenta tapar os ouvidos quando percebe então que o chão agora treme. Era um tremor sem igual. Ela estava presenciando agora o primeiro terremoto da história do mundo. Assustada, ela tenta voltar, mas quando se vira, vê uma cena que lhe deixou ainda mais assustada. Era o Grande Monte, estava agora sucumbindo diante de seus olhos. Ela estava longe, mas conseguia ouvir os gritos dos morados dos reinos próximos ao Monte. O Monte estava caindo, caindo sobre os reinos do Leste. Clarnuk desesperada não sabendo o que fazer se senta e começa a chorar. Sentando-se e se sentido em profunda angustia, ela vê um cofre, um cofre bonito, dourado e reluzente. Se aproximando, ela resolve pegar para ver o que tem dentro, e abrindo o cofre encontra uma carta, nela estão escritas as mesmas palavras que Clarnuk ouvira seu pai contar a Nafir. Palavras as quais o velho mendigo havia lhe dito. Neste momento ela ouve uma voz por detrás dela que assustada se vira aos poucos. Era um homem velho, olhando no fundo de seus olhos ele diz: "Não quero que você presencie tudo o que vai acontecer aqui. Pois tudo o que você esta vendo vai desaparecer, venha comigo. Conheço algumas pessoas que serão as únicas a sobreviver." Curiosa e ainda espantada, Clarnuk o indaga: "Como assim tudo isso vai desaparecer? Não entendendo o que você está querendo dizer." Tomando-lhe a mão o velho diz: "Venha comigo e você não vai morrer." Ela então decide ir com ele e ambos caminham por locais diferentes, locais que Clarnuk nunca tinha visto antes.
Até que de longe ela vê uma construção estranha, era como uma caixa, porém bem mais, gigantesca se comparada a uma caixa. Perto daquela caixa gigante ela vê muitos animais, bestas e tudo que ela nunca tinha visto. Sem entender, ela indaga: "O que é isto? O que eu vou fazer?" O velho segue calado, conduzindo ela então para uma falésia. De lá de cima ele diz: "Olhe tudo isso, o que você vê?" Sem entender muito, Clarnuk responde: "Vejo o mar". O velho virando-se pra ela diz: "Pois é assim que o mundo inteiro estará em breve. Você tem uma missão especial. Você sempre quis ser como a princesa, pois agora você é uma princesa. Você será responsável pela terra toda, não se esqueça do que eu digo. Tome este cofre, aprisionei nele BAZKBAAH. Nunca abra e nunca deixe ninguém tocar. Se um dia você abrir ou deixar alguém tocar, toda a maldição voltara pra terra. E tudo será destruído de novo, a Lua não será mais como você vê, seu brilho não será todas as noites, mas ela será visível todas as noites durante quatro semanas de maneira diferente. Representando os quarto espíritos de BAZKBAAH. Se você abrir ou alguém tocar no cofre, a maldição voltará, mas não se preocupe, se você esquecer e deixar o mal voltar, farei um novo plano para a paz da terra. Daqui a seis mil anos você me verá de novo. Não se esqueça, agora vá!"
Ainda sem ter entendido bem as palavras ditas por ele, Clarnuk se dirige àquela enorme caixa, se aproximando, ela contempla os animais e as bestas que nunca vira antes. Então ela percebe que a caixa ainda esta sendo finalizada; se aproximando de mulher que ali estava, ela explica tudo o que lhe acontecera. Então a mulher ergue os braços ao céu e pronuncia palavras desconhecidas para Clarnuk, porém, sendo agradáveis de se ouvir. Clarnuk então passa a viver ali, com aquela mulher, seu marido e seus três filhos.
Pouco tempo depois, quando a caixa já estava quase pronta, mais duas jovens se juntam ao grupo e juntos, todos eles entram na enorme caixa. Seguindo-se então os animais e as bestas, numa cena nunca vista antes na terra. Então, de repente, barulhos estranhos são ouvidos no céu, luzes estranhas também aparecem riscando o céu de leste a oeste. O gigantesco portão da caixa se fecha e todos lá dentro tem seu destino selado. Agora não tem mais volta. Clarnuk medita nas palavras do velho que conhecera anteriormente, quando do céu percebe que caem águas. E assim, Clarnuk passa seus próximos dias e semanas, presa nesta caixa, presa porém salva dos males que acontecem do lado de fora. Somente ela, as duas jovens, a senhora, seu marido e seus três filhos restam agora em todo o mundo. Porém, se algum dia, ela abrir o cofre, tudo voltará a ser como antes.

Bom, está foi a história que resolvi escrever aqui, passei quase duas horas eu acho escrevendo e pensando no jeito de fazer a história :) Espero que gostem e não se importem por ser uma história grande.
Cada pessoa é uma pessoa para cada pessoa

Aqui vai a minha história! Vai estar um pouco influenciada pelo que escrevo no meu livro, mas como é da minha autoria também, não deve haver problemas espero.

Espero que gostem!

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Haviam passados anos desde o exílio. A nova terra que os recebera era bela e as paisagens deslumbrantes, finalmente aquele povo encontrara paz e finalmente a linhagem de um grande homem de outrora fora capaz de descansar. Os Antigos, aqueles que os tinham recebido, já tinham partido para a sua viagem para lá do mundo, para lá da Eternidade do Conflito, rumo à Unidade da Existência, ao Caos e à Mão.

Com eles foram outros tantos escolhidos mas a grande maioria ficara para trás. E dessa maioria havia um povo diferente. E nesse povo havia um jovem com algo de especial nele. Era um mendigo de nome Janui. Tinha os seus 16 anos quando a sua história começara a ganhar importância; quando os resquícios da terra abandonada o seguiram, pois ele era o herdeiro do povo Inrod.

Foi então que certa vez, no oitavo dia do nono mês ele e Leonara, uma amiga especial de Janui, viajavam por Avaril, uma terra conhecida pelas suas paisagens magníficas. Nesse dia ambos olharam para as estrelas e viram o mar que corria do topo das montanhas para o grande lago debaixo do planalto.

Viram as estrelas dos grandes heróis de antigamente, que brilhavam em sua honra, e viram também aquelas que ainda restavam dos Primórdios do Mundo. Daqueles tempos em que todos brilhavam na sua imensa glória e tudo era como era, sem razões e sem dúvidas. Antes da Indagação.

Apesar de ser um mendigo e um descendente destes, havia algo no sangue e na postura de Janui que relembrava os homens de antigamente. E foi ao lado das verdejantes árvores que se abanavam lentamente com o murmúrio do vento que ele se lembrou vagamente dos seus sonhos de quando era jovem. De navegar para oriente como os seus antepassados e visitar Incaduv, Invaern Aeten, e todas as outra relíquias esquecidas e destituídas da sua antiga glória.

Mas havia uma força a movimentar-se nesse dia. Uma força poderosa e anciã. A Mão do mundo que lentamente acordava dum torpor após a partida dos Antigos. E a mão pôs em movimentação os desígnios do Mundo uma outra vez. E aí, só aí, Janui teve um instinto básico. Algo dizia-lhe para saltar a falésia que se estendia diante dele, o famoso salto de fé. Aquele que Valdashine tinha tomado outrora em Karandhrir.

E Janui levantou-se. Estava determinado, era aquilo que o seu pai lhe ensinara. Ouvir os sinais do mundo, ter fé, tomar a iniciativa e não ter medo. O que tivesse de ser seria. E quando se balançou sobre a falésia, sentiu o vento a soprar e uma voz maternal a acalmá-lo. Lentamente um pé e de repente caía vertiginosamente.

Estava tomada a decisão, Janui escolhera ouvir o seu instinto e caía em direção à água. Fechou os olhos e todo o seu mundo ficou preto e ao mesmo tempo vívido. Ele era livre e sentiu todas as sensações do mundo. Nadou e nadou até à luz e o que encontrou tomou-o de assalto. Um cofre antigo que brilhava e pulsava de uma energia poderosa! Ofuscou a sua visão aprimorada e cegou-o. Mas, Janui decidido, abriu o cofre na mesma e uma explosão atirou-o para longe.

Uma pedra, uma safira, explodiu e conhecimento e verdades universais enraizaram-se bem no seu ser. O mundo vibrou e tremeu, a falésia desfez-se e um caminho surgiu desde a sua base até ao topo. Para lá Janui caminhou, erguido, mendigo em corpo mas rico em espírito. É que ele tinha aberto um dos cofres do conhecimento e descoberto uma das gemas de poder.

E assim a sua alma completou-se mais um pedaço e o cavaleiro errante aproximou-se da mulher escondida.

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Espero que tenham gostado!
"To have faith is to trust yourself to the water. When you swim you don't grab hold of the water, because if you do you will sink and drown. Instead you relax, and float." - Alan Watts

Claro amiga o que conta da-lhe uma grande emoção, porque para si é um facto fora do comum, para nõs que vivemos isso de forma normal não é tão estranho. Temos dessas cenas todos os dias, são formas das entidades se apresentarem como querem e lhes apetecem para darem a conhecer as suas necessidades. No entanto tudo é diferente de caso para caso, no mundo espiritual não há metodos terrenos como muitos fazem quererem.
cumprimentos e gostei muito bem escrito.

E chegou ao fim mais um Choped Literário!

O conto vencedor é o do membro Faty Lee

Podem ler o conto vencedor aqui

Muitos Parabéns! :D

Segue abaixo a classificação geral de todos os participantes:

Faty Lee - 36
Super Dragona - 33
moragh - 15
G.A.D.U. - 14
Jedson F - 6
Fingarfan - 6

Muito obrigado a todos os participantes, por mostrarem o vosso talento e contribuírem para estes desafios que no fundo são uma partilha entre todos nós.
Aproveito para convidar os participantes que votam a mostrarem também o vosso talento nos desafios propostos!  :D

sofiagov
Muitos parabéns...
todos os textos tambem estavam  divinos. ..

Parabéns, Faty! :D

E parabéns também aos restantes participantes...
"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!

Como nao podia deixar de ser, saúdo e dou os parabéns à vencedora. Quanto a mim, fico-me por aqui. Eu gosto mesmo é de escrever, sem ter de angariar votos. Mesmo assim do dia 29 a 8, e sem conhecer quase ninguem pois so ca venho quando o rei faz anos, 33 votos dou-me por satisfeita e saio derrotada mas de cabeça erguida. Quanto a todos que gostaram do meu conto, o meu muito obrigado e como alguns pediram em breve vou criar um blog ou uma coisa qualquer para escrever os meus contos.

Mais uma vez, parabéns a todos, especialmente à vencedora, e mais uma vez, obrigado a todos!.