Em 2015 o "Inferno" vai descer à Terra

Nas últimas semanas temos assistido a um numero enorme de ignições no nosso país e por aquilo que hoje tem sido transmitido nos meios de comunicação, além da morte do eterno realizador Manuel de Oliveira, deduzo que teremos um ano de "gritos".

Os incêndios continuam na ordem do dia, infelizmente não só pelas áreas ardidas e bens perdidos, mas cada vez mais pela perda de vidas humanas, e  não esquecemos que em 2013 foram 8 as vidas de bombeiros que o fogo levou para longe das famílias e amigos.

A questão dos incêndios florestais em Portugal é demasiado séria e complexa para se conformar com leituras simplistas como as que abundantemente são emitidas a quente (em cima dos acontecimentos).

Os nossos governantes vão "chamando" a si os louros de pouco arder no verão passado (2014), dizendo que a estratégia foi bem montada.

Estratégia? Mas mudou alguma coisa?

Até agora nada mudou, rigorosamente nada, muitos dizem e fazem questão de afirmar que muito mudou, mas na realidade continua tudo na mesma.

Ainda há poucos dias o Comandante do Serviço Municipal de Proteção Civil aqui do concelho divulgou imagens do inferno que aqui foi à 10 anos... mas foram 10 anos de memória curta, as pessoas gritavam, pediam ajuda, mas nada faziam para que isso não acontecesse. Questionei o comandante "porque não divulga fotografias da limpeza que os proprietários deviam de ter feito para que isso não volte a acontecer"... recebi uma resposta vaga e seca, "defina limpeza".

A melhor estratégia para que não aconteça este flagelo é limpar terrenos, não deixar acumular lixo e vegetação, são os nossos principais inimigos e que dificultam em muito o trabalho dos bombeiros. Um terreno limpo é um "porto seguro" para quem combate um incêndio, é uma barreira natural que dificulta o avanço das chamas.

E onde está a estratégia de quem vai "chamando" a sí os louros? Existem muitas estratégias para diminuir o flagelo dos incêndios florestais, mas por comodismo e desleixo, deixa-se arder porque os bombeiros estão parados no quartel, à espera que algo aconteça...

Mas não, os bombeiros não estão parados no quartel à espera que algo aconteça, estão sempre prontos a responder ao toque da sirene, ajudar quem precisa, são na sua maioria voluntários que deixam o conforto do lar, o carinho da família, as lágrimas nos olhos dos filhos para ajudarem quem precisa, para salvar quem se encontra em risco.

2014 foi um ano em que a própria meteorologia ajudou a que o número de incêndio fosse reduzido, este ano isso infelizmente não vai acontecer e como não ardeu no ano passado, "confia-se" que este ano não vai arder e esse preço já está a ser cobrado.

Hoje o fogo de Sever do Vouga está a lavrar numa zona que conheço, sei que já estiveram colegas, cercados pelas chamas e que passaram momentos de aflição para se salvarem, felizmente nada aconteceu... e nada aconteceria se ouvesse tido uma estratégia, uma simples limpeza.

Ainda não sou bombeiro, sou um simples "recruta" que se encontra em formação depois do meu dia de trabalho, mas dentro de dias poderei responder ao toque da sirene, ao telefonema da central, porque precisam de mim, precisam do apoio da minha família e amigos... Sei que vou, mas não sei se volto...

A única coisa que sei, em 2015 o "Inferno" vai descer à Terra.

Como eu quero que estejas enganado, VodGas, como quero...

Encontrei esta informação, quem sabe se num futuro próximo seja viável...

Máquina inovadora apaga incêndios usando som

Dois estudantes de engenharia da Universidade George Mason (EUA) encontraram uma maneira de usar ondas sonoras para apagar incêndios.

Eles construíram um tipo de extintor que parece revolucionar a tecnologia de combate a incêndio.

Viet Tran, um engenheiro da computação, e Seth Robertson, um engenheiro elétrico, escolheram investigar a possibilidade de usar o som para apagar incêndios como projeto de pesquisa e agora acreditam ter encontrado algo que pode realmente funcionar.


Apagando incêndios no grito

Pesquisas anteriores demonstraram que as ondas sonoras podem impactar os incêndios, e outros pesquisadores já haviam investigado a possibilidade de usar o som para apagar o fogo, mas até agora, não existiam extintores à base de som.

A pesquisa da dupla pode mudar isso. Como os dois estudantes disseram à imprensa, o projeto começou com a simples ideia de que as ondas sonoras também são ondas mecânicas, o que pode causar um impacto sobre objetos ou, neste caso, sobre o material que está queimando e o oxigênio em torno dele.

Eles fizeram vários testes com alto-falantes, usando diferentes tipos de som e frequências para tentar apagar incêndios. Frequências ultra-altas não tiveram muito impacto, então eles baixaram gradualmente sua faixa de testes até 30 a 60 Hertz.

Como funciona

O extintor à base de som é composto por um amplificador, uma fonte de energia e um colimador feito de tubo de papelão (para focar as ondas). O resultado é um extintor de incêndio razoavelmente pequeno que funciona sem a utilização de água ou produtos químicos. A ideia inicial era usar o extintor para apagar pequenos incêndios na cozinha, mas agora os pesquisadores já acreditam que ele pode ter um uso muito mais amplo.


O futuro

Os dois estudantes reconhecem que ainda há muito trabalho a fazer antes saberem se esse extintor pode ser útil para combater incêndios reais. Até agora, só foi testado em pequenas chamas de álcool. A questão é se ele pode ser usado em incêndios maiores. Se puder, vai se tornar uma excelente invenção.

http://www.youtube.com/watch?v=uPVQMZ4ikvM


Fonte: hypescience.com/apagando-incendios-com-som/

o inferno vem adentrado devagar já há muito tempo Vodgas de várias formas e maneiras...infelizmente .

É triste pensar que tens razão...: (

Não se trata só de negligencia de proprietários... É uma negligência geral... Eu já vi incêndios muito perto de minha casa, mais vezes do que as que gostaria, mas tenho tudo limpo à volta, não há nada ali que me ponha os cabelos em pé, apesar de estar numa zona quase deserta e de bastante mato à volta. E agora se os proprietários dos matos não os limpam, eu não posso lá ir limpar, ainda levo uma chumbada...  Deviam criar umas equipas de limpeza que limpassem quer o proprietário quisesse ou não, sob pena de se houvesse incêndio terem que arcar com todas as despesas de danos que pudessem haver... Mas ito é aqui uma utopia minha...

Não se trata só de negligencia de proprietários... É uma negligência geral... Eu já vi incêndios muito perto de minha casa, mais vezes do que as que gostaria, mas tenho tudo limpo à volta, não há nada ali que me ponha os cabelos em pé, apesar de estar numa zona quase deserta e de bastante mato à volta. E agora se os proprietários dos matos não os limpam, eu não posso lá ir limpar, ainda levo uma chumbada...  Deviam criar umas equipas de limpeza que limpassem quer o proprietário quisesse ou não, sob pena de se houvesse incêndio terem que arcar com todas as despesas de danos que pudessem haver... Mas ito é aqui uma utopia minha...

Para quem está sentadinho em São Bento é uma utopia, para quem vive a realidade é um desejo... Essa é uma das muitas estratégias que deveriam de tomar, mas é mais fácil recolher os louros

Em Portugal infelizmente é assim... Pessoas têm terrenos abandonados, se alguém tenta mexer naquilo, para evitar um futuro incêndio, é alvo de processos judiciais por ter invadido propriedade.
Já vi muita gente no campo a fazerem queimadas ao ar livre (ramos de arvores secos, mato seco, entre outros)... basta uma fagulha saltar incandescente e há logo problemas... Ainda para mais as celuloses só investem em arvores de crescimento rápido e muitas delas devido às resinas que produzem, parecem acendalhas para o fogareiro...
Depois há os oportunistas que pretendem fazer negócio de terrenos, porém como o terreno poderá valer muito dinheiro colocam fogo para aquilo arder tudo e dessa forma desvaloriza mais de metade o valor do terreno (Muitas auto-estradas de Portugal foram negociadas dessa forma, para reduzir custos avolutados ao estado)...
Também existem os frustrados e os psicóticos que acham graça a verem as coisas dos outros arderem.
Finalizando... sabem aqueles sujeitos/as que gostam de ir a fumar no carro e não passam o dia sem o "prego" na boca? Esses a meu ver são os piores. Ignorantes como são, esquecem-se que há cinzeiros nos automóveis e deitam a beata incandescente para a rua.

Espero que estejas errado ...

E ainda a porcaria dos Eucaliptos que se plantam indiscriminadamente, ardem como fósforos, secam o terreno e tudo em volta. Mas é o negócio, o dinheiro que proporciona o seu rápido crescimento. Mas só se limpam os terrenos em altura de corte e se o vizinho chatear muito. Agora se vier o fogo o terreno não é de ninguém, ninguém se responsabiliza.

E a maltinha que vem para o mato fazer pic-nics, acender fogueira, fumar uns cigarritos e atirar beatas para o chão, além do esterco que deixam no local que ocuparam. E o pessoal que alegremente se passeia no seu carrinho e atira beatas janela fora. E os meninos do todo o terreno com os motores a deitarem fagulhas por todo o lado no meio de mato seco. São inúmeras as situações de negligência, eu no Verão pareço um guarda florestal a chagar o pessoal que por aqui se passeia, esquecendo-se que uns passeiam e outros vivem no local.

Mas o Inferno não vai descer á terra, já cá está com a inconsciência do bicho homem.

Como os nossos estabelecimentos prisionais estão cheios, talvez fosse uma boa oportunidade proporcionar aos reclusos a limpeza das matas. Para além de fazerem algo útil estariam a "pagar" à sociedade uma parcela do que esta gasta diariamente com eles.

Como os nossos estabelecimentos prisionais estão cheios, talvez fosse uma boa oportunidade proporcionar aos reclusos a limpeza das matas. Para além de fazerem algo útil estariam a "pagar" à sociedade uma parcela do que esta gasta diariamente com eles.

Essa podia ser outra das estratégias Oculto, mas isso dá trabalho e levanta muitas lebres.

E além das prisões, quem recebe o RSI e o RCI e tudo mais, nem que fosse uma semana por mês terem de prestar serviço à comunidade e limparem florestas, cursos de água para evitar cheias e muito mais, era prevenção, mas preferem remediar

Isto faz-me lembrar o Serviço Nacional da Saúde, deveria de mudar o nome para Serviço Nacional da Doença, porque a prevenção para a saúde é pouca ou nenhuma, 95% da vezes apenas serve para quando estamos doentes

Ainda aparecem entidades que ninguém conhece de parte alguma, a defender os direitos humanos, e que os "coitadinhos" dos reclusos, podem criar todo o tipo de crimes, porém não devem fazer nenhum tipo de actividade que ponha em risco a vida deles.... (Ironia)