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  • França aprova sedação terminal
    Iniciado por Littlelight
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"Nova lei é vista como um primeiro passo para a legalização da eutanásia.

Os deputados franceses aprovaram hoje por maioria o projeto-lei que autoriza a sedação "profunda e continua" de doentes terminais. Com 436 votos a favor, 34 contra e 83 abstenções, esta aprovação é vista como um passo rumo à legalização da eutanásia.

A nova lei autoriza os médicos a sedar os doentes terminais caso estes o solicitem. Serão também cessados todos os tratamentos. Este foi um dos pontos mais polémicos na discussão do projeto-lei, pois aqueles que são contra a eutanásia consideram que retirar a alimentação e a hidratação é provocar sofrimento ao doente.

A outra alteração nesta lei é relativa aos testamentos vitais. Até agora, os médicos deviam ter em conta o desejo do doente, mas não eram obrigados a cumprir o que estava escrito. Com a nova lei, os clínicos têm de respeitar os testamentos vitais, caso o doente não esteja em condições de expressar a sua vontade.

Após a aprovação dos deputados, o projeto-lei será agora debatido no Senado e deverá ser aprovado antes do verão."

Fonte: DN

***

Tendo em conta a ligação que esta notícia faz à eutanásia, gostaria de saber a vossa opinião sobre este tema...
"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!

A meu ver, devia ser aprovada cá em Portugal!
Sou a favor da eutanásia em casos terminais. As pessoas só sofrem ou algumas já nem estão a viver, tudo desnecessariamente.

Aude id scire, memento, ut obliviscatur!
https://www.facebook.com/tutuga.fotografia.7?fref=ts

Eu ainda não tenho uma opinião muito definida... :-\

O testamento vital deveria ser respeitado. Prolongar a vida quando não há réstia de esperança é prolongar o sofrimento. Desligar o apoio de vida pode ser para o paciente encontrar a paz.

#4
Eu também sou a favor da eutanásia, desde que a pessoa em questão esteja mentalmente "disponível", para pedir por tal.Evita-se assim muito sofrimento desnecessário.

Quando não é o caso, por a pessoa estar em coma, ou casos similares, e não puder dizer tal coisa, aí o caso tem que ser devidamente estudado.
"Quem vive pela espada morre pela espada...Vivo pelo que digo, morrerei pela palavra"

Eu sou a favor da eutanásia quando muito bem definida interiormente. Uma opção consciente...

Se ainda não viram, vejam o filme Mar Adentro... lindo e compreende-se bem a intenção do personagem!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

sofiagov
Citação de: Faty Lee em 18 março, 2015, 14:29
Eu sou a favor da eutanásia quando muito bem definida interiormente. Uma opção consciente...

Se ainda não viram, vejam o filme Mar Adentro... lindo e compreende-se bem a intenção do personagem!
bom filme e um bom exemplo para tirar bastante conhecimento sobre o assunto.

Citação de: PouPou em 18 março, 2015, 10:50
A meu ver, devia ser aprovada cá em Portugal!
Sou a favor da eutanásia em casos terminais. As pessoas só sofrem ou algumas já nem estão a viver, tudo desnecessariamente.

eu também... principalmente no que diz respeito aos nossos politicos que "já deram as ultimas"...  ::)

...quanto aos doentes... isso é uma questão que nem se devia colocar... se fosse a escolha da propria pessoa ninguém devia ter o direito de lha negar...
a minha religião é a verdade...

Citação de: incertus em 18 março, 2015, 15:01
eu também... principalmente no que diz respeito aos nossos politicos que "já deram as ultimas"...  ::)

...quanto aos doentes... isso é uma questão que nem se devia colocar... se fosse a escolha da propria pessoa ninguém devia ter o direito de lha negar...
Depende dos doentes Incertus... há pessoas mais "tolerantes" ao sofrimento do que outras... No caso, por exemplo, deste filme, ele era um homem muito racional e dava razões muito fortes para aquilo que pretendia... há casos em que a eutanásia nem sequer passa pela decisão do próprio, mas sim de terceiros. Sob o ponto de vista espiritual, parece-me que tem que haver atenuantes diferentes para cada caso. Mas isso é aquilo que penso e por isso vale o que vale.
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

concordo que a coisa complica quando a decisão passa por terceiros... e nesse caso não sei muito bem o que pensar... mas nos casos em que a pessoa está consciente e quer... ninguém é ninguém para lho negar...
a minha religião é a verdade...

Citação de: incertus em 18 março, 2015, 15:15
concordo que a coisa complica quando a decisão passa por terceiros... e nesse caso não sei muito bem o que pensar... mas nos casos em que a pessoa está consciente e quer... ninguém é ninguém para lho negar...

Certamente! ai concordo plenamente caro Incertus!
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Membro nr. 34334

Bom, eu estou como a Cepticooucrente, não tenho uma posição bem definida. Por isso, vou pensar alto...

Se uma pessoa tem uma doença degenerativa que vai avançando sem piedade, e se vê numa situação terminal, consigo aceitar a eutanásia, independentemente das escolhas do próprio doente e da visão que ele teria enquanto se manteve saudável. À partida, o estado degenerativo já não tem solução. Já no caso duma pessoa que de repente sofre um acidente brutal, e vê-se num estado comatoso, eu pergunto-me até que ponto a ligação às máquinas iriam permitir que o organismo, assumindo que outrora tinha sido saudável, tenha a capacidade de recuperar de alguma forma. No entanto, a ligação às máquinas não deixa de ser uma "vida" artificial; se a pessoa em causa não tivesse sido ligada às mesmas após o tal acidente, o mais provável seria a morte decorrente da situação que provocou o coma.

E mais complicada parece ser a decisão dos familiares, no caso do paciente não ter manifestado a sua intenção de não ser de alguma forma reanimado. Acho que deve ser das decisões mais difíceis por que uma pessoa pode passar. No fundo, não sabemos até que ponto existe um sofrimento, seja físico ou de outro nível. Será que a consciência, o espírito, do doente, está ali presente? Poderá ser uma situação muito propícia a experiências fora de corpo. E será que esse tipo de situação não será o último desafio da vida do doente? Não será a última lição e aprendizagem da sua vida? Até que ponto se pode impedir que ele passe por essa vivência, por muito que custe aos familiares?

Provavelmente, a grande questão nem é a legalização da eutanásia, com a qual concordo à partida. A grande questão é mesmo as decisões a serem tomadas nestes casos, quando não exista uma vontade expressa do doente...

Obrigada pelas vossas opiniões.
"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!

Littlelight concordo com o seu raciocínio e logo à partida questões se me colocam espontaneamente.

Se um sujeito sofre de acidente, poderá ficar muito mal mas nunca ninguém sabe se ele sairá ou não do coma. Tantos casos já aconteceram estarem em coma e saírem dele sem contarem. Ainda há muito pouco tempo tive contacto com uma menina que tomou comprimidos a mais para morrer. Quando deram por ela ela foi para o hospital em coma. Os médicos não conseguiram fazer nada. Disseram aos irmãos para se preparem pois não havia qualquer resposta da parte dela que se anunciasse positiva. Quando estavam já a tomar a decisão ela simplesmente regressa e bem... sem qualquer tipo de sequela.... ficaram todos espantados. Fez inúmeros exames neurológicos, psiquiátricos, etc... e está tudo bem.. Foi para casa e está impecável. O irmão, após isso, veio falar comigo com um sentimento de culpa muito grande por ter pensado em desligar tudo

Acho que tudo deverá ser analisado caso a caso... e sempre com grandes reservas. Salvaguardo sempre o ponto de vista espiritual, porque me parece muito importante... teremos nós (terceiros) legitimidade espiritual para decidir se aquele espírito termina ali a sua missão?
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Membro nr. 34334

Exacto, Faty. Agora veja a seriedade do estado emocional que terá sentido esse rapazito por ter pensado em desligar as máquinas à irmã...

Este tema da eutanásia lembra-me um pouco o do aborto. Se assumimos que o ser que está para nascer, mesmo que tenha uma série de problemas congénitos, tem o direito à vida, tem o direito a nascer e viver com todas as dificuldades que a sua situação encerra, ou seja, cumprir a sua missão, porque vermos a eutanásia dum ponto de vista diferente? Será que aqueles dias, meses, e até anos e décadas, em que a pessoa está em estado terminal/comatoso, não são também parte da sua missão? Estes temas são tão difíceis...
"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!

Concordo com a Littlelight. Não sabemos se a missão daquela pessoa seria passar meses ou anos em coma. E quem nos garante que depois de tanto tempo em coma ela não volta à vida?
Quem somos nós para decidir sobre a vida de alguém? Todas as pessoas têm direito à vida mesmo que isso implique viver com muitas dificuldades.
Agora, quando a pessoa tem uma doença grave e não aguenta tanto sofrimento, acho que tem o direito de escolher desde que ela tenha capacidades mentais para tal. Ah e sem influencia de terceiros...