Solidão é tão mortal quanto a obesidade

Nos dias de hoje é raro haver alguém com iniciativas como antigamente.
Antigamente uma pessoa saía com os amigos ao fim-de-semana para irem ao cinema, acampar, ir à praia / piscina, eventos desportivos entre outros.
Contudo, as tecnologias e redes sociais vieram promover cada vez mais a solidão, o egoismo e a sensação do momento (Ser-se anti-social).
Infelizmente tive muitos amigos que deixaram de o ser por causa do vicio das redes sociais. Começam a desprezar os verdadeiros amigos e criam ilusões de pseudo-amigos nessas redes sociais, mas a vida é mesmo assim... Uns ganham outros perdem, possivelmente o Mark Zuckerberg nunca teve amigos e agora sente-se desejado por ter tantos usuários na sua aplicação anti-social. 

Hoje em dias as pessoas estão cada vez mais sós. Mesmo quando combinamos um encontro com as amigas e elas passam o tempo todo a olhar para o telemóvel, será que isso também não é solidão?
A solidão pode ser opcional (porque me apetece estar só) ou imposta (por abandono dos familiares e amigos). Acho que esta ultima opção é a mais mortal porque as pessoas não estão sozinhas de livre e espontânea vontade, mas sim porque foram postas de parte (e os motivos podem ser muitos).
A solidão por opção  não me incomoda. O problema é a solidão imposta. Seja pelos pais que trabalham muito e não têm tempo para estar com os filhos, seja pelos filhos que abandonam os pais porque são velhos e atrapalham ou até mesmo aquele amigo que é abandonado porque não combina com o resto. 

Que poderá a sociedade (ou nós individualmente) fazer para reverter este processo?
Não acho que se possa fazer alguma coisa. Se o karma realmente funciona, o que abandona hoje será o abandonado de amanhã.

Será que a solidão será mesmo uma epidemia futura?
Será que a solidão é uma realidade em todas as faixas etárias?
Que poderá a sociedade (ou nós individualmente) fazer para reverter este processo?

1 - Sim a solidão será uma epidemia no futuro. As crianças desaprenderam de brincar (na rua, nos jardins, nos parques) aprenderam a estar apenas ligdas "a corrente" com consolas, computadores, telemóveis. O convívio saudável começa a perder-se na infância para se "aprimorar" na adolescência e idade adulta (mensagens consecutivas para obterem contacto humano, Redes sociais para partilharem a vida.
Os empregos passarão a permitir que os empregados o façam de casa e até esse convívio  humano se vai perdendo.

2 - A solidão hoje abate-se sobre os mais idosos. Reformados que não encontram nada de útil para fazer e que ficam em casa porque têm medo de ser assaltados ou porque não têm capacidade económica para poder sair de casa e ir almoçar ou jantar com amigos. Os familiares estão tão ocupados com a sua própria vida que não têm tempo para lhes oferecer.
3- Podemos fazer pouco. Este tipo de vida é como uma bola de neve. Começa a rolar e... não se consegue parar.
Eu , com quase 70 anos, vivo só mas não sinto a solidão. Fui habituado desde pequeno ao convívio saudável com amigos.  Não amigos irreais. Mas, os vossos filhos  e, talvez, nem vocês os mais novos, estejam preparados para viver só sem estarem sós, Evitem que os vossos filhos estejam permanentemente  "LIGADOS" ofereçam-lhes a possibilidade de fazerem amizades. Promovam lanchinhos, festas do pijama, jogos como a caça ao tesouro. SE não puder ser todos os dias, pelo menos semanalmente. Verão  que só assim conseguirão que não pertençam a uma geração "Pasmada" em frente a um  ecrã.

É verdade o que vocês dizem, mas já pensaram que há pessoas que apenas se mantêm acompanhadas para não estarem sós? Ou seja, pelo seu comodismo, receios, baixa autoestima, etc... que as leva a manterem as mesmas relações constantemente, ir aos mesmos locais, estar com as mesmas pessoas... mesmo não tendo qualquer identificação com tudo isso?

Estas pessoas fazem-no porque talvez seja mais fácil para elas fazerem isso do que não fazerem nada. 

A opção de estar só, poderá ser sadia depois de várias experiências fracassadas de relacionamentos, pela necessidade de autoconhecimento, etc... e até como uma forma de erradicar maus hábitos e comportamentos enraizados de má influência social. Talvez por isso, mesmo na presença de muitas pessoas, se prefira estar só. 

Acho que isso acontece comigo. Apesar de ser sociável e de gostar de companhia, há certas pessoas com as quais tenho muito poucos pontos de afinidade e, por isso opto por estar só.

Não podia concordar mais Faty.
Também prefiro neste momento estar só do que com pessoas que não me preenchem emocionalmente/mentalmente.
Prefiro ficar em casa sozinha, a sair com pessoas que não me identifico só para dizer que saio imenso

Também penso que é benéfico se aceitarmos esse facto de estarmos mais sós que acompanhados com uma atitude saudável.

-Procriar mais (os bébés até são fofos)    para aumentar a população.
 

calma Cleo... se isto torna-se viral...toca tudo a fazer bebés.... (estou a brincar)...