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  • Carta De Uma Mãe Com Alzheimer Para Sua Filha! Vale a Pena Ler
    Iniciado por cepticooucrente
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Querida filha, escute com atenção o que tenho para falar. No dia que esta doença se apoderar totalmente de mim e eu não for mais a mesma, tenha paciência e compreenda-me. Quando eu derrubar comida sobre minha roupa e esquecer como calçar meus sapatos, não perca a sua paciência.
Lembra-te das horas que passei a ensinar-te essas mesmas coisas.
Se ao conversar contigo repito as mesmas palavras e já sabes o final da historia, não me interrompas e escuta-me. Quando eras pequena tive que contar-te mil vezes a mesma historia para que dormisses.
Quando fizer as minhas necessidades em mim, não sintas vergonha nem fiques chateada, pois não posso controlar-me. Pense em quantas vezes, quando eras uma menina, eu te limpei e te ajudei quando também não conseguias controlar-te.
Não te sintas triste ao me ver assim. É possível que eu já não entenda as tuas palavras, mas sempre entenderei os teus abraços, teus carinhos e beijos.
Eu desejo-te o melhor para a tua vida com todo o meu coração.

Da sua mãe!





gandacena.net

Uma realidade dura...  :(  Não é fácil ver que as pessoas mais idosas perdem o controlo dos seus corpos e mentes, quando deveriam ter um final menos difícil. Obrigada pela partilha.
"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!

Citação de: Littlelight em 12 março, 2015, 10:59
Uma realidade dura...  :(  Não é fácil ver que as pessoas mais idosas perdem o controlo dos seus corpos e mentes, quando deveriam ter um final menos difícil. Obrigada pela partilha.

É, é uma realidade dura e tão triste, tão triste... é indescritível o sofrimento de quem assiste a esta decadência...
E ao próprio, enquanto ainda tem lembranças do que outrora foi...  :'(

Muito duro, mesmo. Já ouvi dizer que no fim da vida, vamos perdendo certas capacidades para nos prepararmos para a nossa morte. É um pouco o desligar do mundo exterior e o ligar o mundo interior. Mas, mesmo que haja algum fundo de verdade neste pensamento, isso não torna fácil assistir à degradação dos nossos amados...  :(
"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!

Citação de: Littlelight em 12 março, 2015, 11:16
Muito duro, mesmo. Já ouvi dizer que no fim da vida, vamos perdendo certas capacidades para nos prepararmos para a nossa morte. É um pouco o desligar do mundo exterior e o ligar o mundo interior. Mas, mesmo que haja algum fundo de verdade neste pensamento, isso não torna fácil assistir à degradação dos nossos amados...  :(

Pois, eu também já ouvi dizer, mas não sei mesmo se será assim, pois já vi os dois casos. No dia em que o meu avô faleceu, ele estava com a minha prima enquanto estavam à espera da ambulância e disse "estou a preparar-me para a minha viagem". Ela ficou muito impressionada (e eu também quando me contou), pois a ambulância já chegou tarde demais... E também, por exemplo, os doentes oncológicos, muitas e muitas vezes estão conscientes até ao fim. Nem imagino semelhante dor... só de imaginar enquanto escrevo sinto nó na garganta, quanto mais presenciar... :'(
Às vezes ponho-me a pensar se a perda de memória, de juízo, se não é para amenizar o sofrimento de está a aproximar-se do fim. Porque naquela altura não estão a sofrer, pois não sabem o que fazem nem conhecem ninguém. Enfim, é mais um mistério... :-\

sofiagov

Citação de: cepticooucrente em 12 março, 2015, 11:25
Pois, eu também já ouvi dizer, mas não sei mesmo se será assim, pois já vi os dois casos. No dia em que o meu avô faleceu, ele estava com a minha prima enquanto estavam à espera da ambulância e disse "estou a preparar-me para a minha viagem". Ela ficou muito impressionada (e eu também quando me contou), pois a ambulância já chegou tarde demais... E também, por exemplo, os doentes oncológicos, muitas e muitas vezes estão conscientes até ao fim. Nem imagino semelhante dor... só de imaginar enquanto escrevo sinto nó na garganta, quanto mais presenciar... :'(
Às vezes ponho-me a pensar se a perda de memória, de juízo, se não é para amenizar o sofrimento de está a aproximar-se do fim. Porque naquela altura não estão a sofrer, pois não sabem o que fazem nem conhecem ninguém. Enfim, é mais um mistério... :-\

Acho que a frase destacada define muito bem o que sentimos quando essas situações ocorrem. No fundo, não sabemos até que ponto estão a sofrer ou não. E isso é doloroso de reconhecer...  :'(
"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!

Citação de: Littlelight em 12 março, 2015, 11:32
Acho que a frase destacada define muito bem o que sentimos quando essas situações ocorrem. No fundo, não sabemos até que ponto estão a sofrer ou não. E isso é doloroso de reconhecer...  :'(

Tens toda a razão...

#8
Minha mãe morreu com Alzheimer e passei por tudo isso mas minutos antes de falecer, quando me cheguei a ela,deu-me um beijo e, ainda que quase não se pudesse  mexer, levantou a mão e escorregou pelo meu braço numa festa. Fixou-me de tal maneira, que eu tive a certeza que na hora da morte ficou lúcida.
Também a minha mulher que faleceu após uma doença oncológica de mais de 15 anos, quando me despedi dela, também me beijou e me fez uma festa no braço, tal como a minha mãe. Ela falava e sabia que ia morrer, em menos de uma hora, após eu sair, faleceu.
Por tudo o que já vivenciei, acredito que na hora da morte as pessoas estão lúcidas.

Dizem que as pessoas com doenças incapacitantes, sofrem muito e a familia também.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Citação de: cleopatra em 12 março, 2015, 14:04
Dizem que as pessoas com doenças incapacitantes, sofrem muito e a familia também.

Eu atesto que é verdade. :(

saryta
é uma doença ingrata, esquecem se dos filhos netos maridos da família inteira a maior parte das famílias são obrigadas a por as pessoas doentes em lares por falta de tempo ou paciencia o que acho muito triste.
nemtenho palavras pra descrever