Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.508
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • Médica do IPO de Lisboa, agride criança
    Iniciado por Faty Lee
    Lido 3.801 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
CitaçãoOs profissionais da saúde estão no seu limite, ele é excesso de trabalho, de carga horária, falta de material e apoio...

Isso não é desculpa para bater numa criança doente.

Citação de: Isa Mar em 27 fevereiro, 2015, 12:32
Cepticoucrente, agradeço o teu comentário, e continuo a dizer, sem qualquer dúvida, como mãe, como filha de uma doente com cancro reincidente, e outras situações familiares, que entendo o teu ponto de vista. Sempre que a minha mãe tem alguma dúvida acerca dos tratamentos, porque já tem certa idade, não hesito, ligo para o hospital e pergunto, se não fico satisfeita, ando até obter resposta, mas normalmente costumam ajudar.
Lamentavelmente não choro baba e ranho pelas crianças, tento fazer o que posso. Certa vez, um miúdo tinha os sapatos todos rotos, não chorei, entrei numa loja e comprei lhe uns tenis.
Há casos na escola do meu filho de agressão a professores, os pais são chamados, mas não aparecem, então, se um miúdo mal educado te batesse, os pais não quisessem saber, a justiça não faz nada, mas não se pode encostar um dedo neles, que chamam tudo e mais alguma coisa ao professor.
E trabalhei numa clinica, com profissionais de saúde, onde muitas vezes tinham no meio do que lhes pagam para fazer, fazer o que os filhos não fazem, dar lhes  alguma atenção. E os filhos que despejam os velhotes nos hospitais para irem passar o reveon sossegados, muitas vezes são os enfermeiros e os auxiliares e voluntários que têm que dar o que não têm em casa.
Infantários onde os miúdos são despejados é o que mais se vê, alguns porque os pais têm um horário terrível, e é vê los a pedir desculpas aos filhos e a sentirem se as piores pessoas do mundo, mas há quem possa ir buscá-los mais cedo e não queira saber.

E sou das pessoas que faz parte da minoria portuguesa que perde tempo a reclamar formalmente ou a questionar directamente.

Cada caso é um caso, não estou a dar razão à medica, pode até nem ter justificação, mas o certo é que acontecem outras situações também, e por isso é importante analisar as circunstâncias.

Bem haja!  :)  


Cara Isa, apesar e independentemente do que relatei, estou plenamente de acordo! E apesar de ter tido má experiências, as boas foram muitos mais! Tenho visto (mais vezes que as gostaria) profissionais de saúde maravilhosos! Que deviam ter os salários de muitos administradores e serem condecorados... a eles presto a minha homenagem!
Claro que, como em todo o lado, há de tudo. Neste caso, penso eu, foi de "gravidade grave"...

Isa Mar
Vocês desculpem-me mas tenho que dizer uma coisa, não para defender A ou B, mas para chamar a atenção do que será trabalhar nesta área, onde muitas vezes morrem pessoas nas mãos e se leva para casa o que aconteceu... Já tive oportunidade de ver pessoas a cair para o lado com paragem cardíaca, morriam ali se não fosse o sangue frio dos médicos, trabalham com a Vida, nada tem mais importância... trabalhar com esta pressão e lidar diáriamente com casos destes ao fim de um um tempo, e para mais no IPO...será que não têm o direito de criar uma certa frieza ou distância em determinadas alturas... são pessoas acima de tudo... e claro, há pessoas e pessoas.
Eu oiço que o IPO é dos sítios onde há mais tolerância e paciência com os utentes, precisamente porque já bem basta pelo que estão a passar.

Puca
É absolutamente inadmissível. Seja cansaço, pressão, desorientação, um profissional de saúde se não se sente capaz de lidar com a situação, simplesmente retira-se a passa para outro colega, não há justificação.
E não tem nada a ver com educação. Uma criança de 5 anos, doente, num ambiente hospitalar com um monte de desconhecidos á volta a agarrarem, picar, mexer, sem perceber patavina do que se está a passar, está naturalmente em pânico e o seu comportamento não vai ser cooperativo, muitas vezes nem os dos adultos. Podiam por exemplo ter administrado um ligeiro sedativo em vez de dar uma estalada. Esta médica simplesmente não está em condições de exercer a sua profissão e não aceito paninhos quentes.  >:(

Citação de: Puca em 27 fevereiro, 2015, 13:09
É absolutamente inadmissível. Seja cansaço, pressão, desorientação, um profissional de saúde se não se sente capaz de lidar com a situação, simplesmente retira-se a passa para outro colega, não há justificação.
E não tem nada a ver com educação. Uma criança de 5 anos, doente, num ambiente hospitalar com um monte de desconhecidos á volta a agarrarem, picar, mexer, sem perceber patavina do que se está a passar, está naturalmente em pânico e o seu comportamento não vai ser cooperativo, muitas vezes nem os dos adultos. Podiam por exemplo ter administrado um ligeiro sedativo em vez de dar uma estalada. Esta médica simplesmente não está em condições de exercer a sua profissão e não aceito paninhos quentes.  >:(
´
Concordo com o que refere. Aliás, não sei se sabem mas eu vou partilhar convosco. A maior parte das investigações em Portugal sobre burnout profissional estão voltadas para os professores. No entanto os estudos com os profissionais de medicina são relativamente recentes e os resultados têm sido assombrosos no que toca ao níveis de stress e de estratégias (inadequadas) para lidar com ele! Se tiverem interesse consultem os estudos de Maria Antónia Frasquilho. ;)
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Puca
Acredito que sim, ser médico no nosso SNS é um filme de terror, por isso não é para todos, é apenas para quem tem a sua inteligência emocional em níveis aceitáveis para desempenhar adequadamente as suas funções. Os outros que tenham o bom senso de meter baixa. Nestas coisas sou muito inflexível "Não consegue fazer bem, não faz." ainda para mais quando se lida com seres humanos em situações de sofrimento extremo.

Citação de: Isa Mar em 27 fevereiro, 2015, 13:08
Vocês desculpem-me mas tenho que dizer uma coisa, não para defender A ou B, mas para chamar a atenção do que será trabalhar nesta área, onde muitas vezes morrem pessoas nas mãos e se leva para casa o que aconteceu... Já tive oportunidade de ver pessoas a cair para o lado com paragem cardíaca, morriam ali se não fosse o sangue frio dos médicos, trabalham com a Vida, nada tem mais importância... trabalhar com esta pressão e lidar diáriamente com casos destes ao fim de um um tempo, e para mais no IPO...será que não têm o direito de criar uma certa frieza ou distância em determinadas alturas... são pessoas acima de tudo... e claro, há pessoas e pessoas.
Eu oiço que o IPO é dos sítios onde há mais tolerância e paciência com os utentes, precisamente porque já bem basta pelo que estão a passar.

Vês, Isa, a esses é que dou todo o meu valor e apreço, também já os vi a actuar... verdadeiros heróis ;)
Não sei se foste irónica (não nos conhecemos, não é, é normal :)), eu choro, comovo-me, revolto-me, mas também faço o que posso e sempre que posso. E realmente é bom quando podemos fazer alguma coisa. :) Embora ache que não é isso que está em causa, apenas quis explicar um pouco porque fico tão "doida" com estas coisas...

Bem hajas pela tua solidariedade. :)

Citação de: Puca em 27 fevereiro, 2015, 13:09
É absolutamente inadmissível. Seja cansaço, pressão, desorientação, um profissional de saúde se não se sente capaz de lidar com a situação, simplesmente retira-se a passa para outro colega, não há justificação.
E não tem nada a ver com educação. Uma criança de 5 anos, doente, num ambiente hospitalar com um monte de desconhecidos á volta a agarrarem, picar, mexer, sem perceber patavina do que se está a passar, está naturalmente em pânico e o seu comportamento não vai ser cooperativo, muitas vezes nem os dos adultos. Podiam por exemplo ter administrado um ligeiro sedativo em vez de dar uma estalada. Esta médica simplesmente não está em condições de exercer a sua profissão e não aceito paninhos quentes.  >:(

Plenamente de acordo! :)

Isa Mar
Só posso acrescentar o seguinte: trabalhei com um médico cardiologista excepcional, como profissional e como pessoa, trabalhava no hospital e tinha um consultório particular e atendia pessoas, às vezes sem cobrar o valor das consultas, acompanhava os doentes de risco na ambulância, fazia bancos, directas, nunca negou atender quem estivesse aflito, descobriu problemas que outros médicos não conseguiam descobrir, fez exames gratuitos a doentes, no hospital quando não havia lugar, contavam-me os doentes que ele desviava as camas e o mobiliário para instalar a pessoa no quarto com um pouco melhor de condições.... um dia a filha ficou bastante doente, via-se o ar de pai abatido, nunca o tinha visto assim... mas ele continuou a trabalhar e as pessoas a exigirem para ser atendidas... só quem vive estas situações é que sabe..
Se este Senhor for algum dia a Tribunal ou acusado de alguma coisa, eu vou lá estar para contar muitas coisas que ele fez, aliás certamente que eu e muita gente...
É muito estranho que aqui hajam pessoas que tanto apelam ao perdão, muito mais que eu, e de repente noutras situações... Desculpem lá qualquer coisinha...

Citação de: cepticooucrente em 27 fevereiro, 2015, 13:31)
Não sei se foste irónica (não nos conhecemos, não é, é normal :)), eu choro, comovo-me, revolto-me, mas também faço o que posso e sempre que posso. E realmente é bom quando podemos fazer alguma coisa. :) Embora ache que não é isso que está em causa, apenas quis explicar um pouco porque fico tão "doida" com estas coisas...

Bem hajas pela tua solidariedade. :)

Plenamente de acordo! :)

Cepticoucrente, por acaso fui um pouco irónica, mencionei porque muita pessoas se fazem de solidárias e sensíveis da boca para fora, para aparecer, e depois a realidade não é essa...
mas não é nada dirigido a ti particularmente, até porque já me apercebi noutras ocasiões que és mesmo uma pessoa que se comove realmente, desculpa-me se em algum momento pensaste que era para ti, mas neste caso não é, de todo, para ninguém em particular...

Obrigado :)

Isa Mar, agradeço o teu comentário. E digo-te, feliz de ti que conheceste um profissional assim. :) Mas confesso-te uma coisa: não sei quem é, não conheço, mas só pela descrição que fizeste não o imagino a dar uma estalada em ninguém, muito menos a um doente, adulto ou criança (entendes onde quero chegar?). Fizeste a descrição de alguém muito iluminado, isso sim. :) Deus lhe dê muita saúde.

Nós afinal estamos todos a conversar e temos vários pontos de vista! Ainda bem que assim é, senão não tinha piada nenhuma! E digo-vos que nestas conversas tenho aprendido mesmo muita coisa e boa. ;)
No que me diz respeito, posso dizer que sim, deveria estar a falar em perdão, assim como disse no tópico sobre o aborto, que não somos ninguém para condenar, sabe-se lá o que passou naquela cabeça... sim, é verdade, mas imaginar aquele menino a levar uma estalada... é que depois faço o cenário na minha cabeça: uma maca, fios, aparelhos, enfermeiras, a médica, tentam agarrar, ele não sabe o que se passa, tem medo, claro, faz as fitas todas, esperneia, quer a mãe, só vê estranhos... e acaba levando uma estalada... ai a sério... não consigo... a sério que não. Admito, sou mesmo muito quadrada nisto.  :-\

Isa, mas estamos bem, certo? :)

Isa Mar
Citação de: cepticooucrente em 27 fevereiro, 2015, 14:51
Isa Mar, agradeço o teu comentário. E digo-te, feliz de ti que conheceste um profissional assim. :) Mas confesso-te uma coisa: não sei quem é, não conheço, mas só pela descrição que fizeste não o imagino a dar uma estalada em ninguém, muito menos a um doente, adulto ou criança (entendes onde quero chegar?). Fizeste a descrição de alguém muito iluminado, isso sim. :) Deus lhe dê muita saúde.

Nós afinal estamos todos a conversar e temos vários pontos de vista! Ainda bem que assim é, senão não tinha piada nenhuma! E digo-vos que nestas conversas tenho aprendido mesmo muita coisa e boa. ;)
No que me diz respeito, posso dizer que sim, deveria estar a falar em perdão, assim como disse no tópico sobre o aborto, que não somos ninguém para condenar, sabe-se lá o que passou naquela cabeça... sim, é verdade, mas imaginar aquele menino a levar uma estalada... é que depois faço o cenário na minha cabeça: uma maca, fios, aparelhos, enfermeiras, a médica, tentam agarrar, ele não sabe o que se passa, tem medo, claro, faz as fitas todas, esperneia, quer a mãe, só vê estranhos... e acaba levando uma estalada... ai a sério... não consigo... a sério que não. Admito, sou mesmo muito quadrada nisto.  :-\

Isa, mas estamos bem, certo? :)

Cepticoucrente, por mim nunca estivémos mal, é assim mesmo que se aprende, com a troca de experiências de todos, e ás vezes com diálogos mais acesos... não podia estar mais de acordo contigo, estamos muito bem  :)
Bem haja!

Percebo que a mulher estivesse com muita pressão sobre ela, mas descarregar numa criança?!?
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

Estava agora aqui a pensar... por acaso os pais estavam junto da criança e se não estivessem? Será que ela dava uma bofetada ao miúdo ou simplesmente o espancava??
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

#27
Citação de: oculto em 27 fevereiro, 2015, 12:51
Isso não é desculpa para bater numa criança doente.

eu até sou a favor de umas palmadas quando for o caso... mas precisamente... a criança estava doente...  :-\ ...eu bem sei que neste caso merecia levar umas palmadas...
a minha religião é a verdade...