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  • Médica do IPO de Lisboa, agride criança
    Iniciado por Faty Lee
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O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa está a apurar as circunstâncias em que uma anestesista daquele hospital agrediu, com uma estalada, uma criança de cinco anos. O caso foi denunciado à instituição pelos próprios pais, que ponderam apresentar queixa. "Foi possível ao Instituto apurar que a situação relatada, lamentavelmente, ocorreu. Estão já em curso procedimentos com vista a esclarecer, em concreto, as circunstâncias do que aconteceu, uma vez que a situação está em completa oposição ao tratamento que é oferecido nesta Instituição e ao comportamento que é exigido dos profissionais", confirmou o conselho de administração do IPO ao Público, através de uma resposta escrita.

A agressão ao menino de cinco anos com um rabdomiossarcoma pélvico (um cancro dos tecidos moles, frequente em idade pediátrica, que afeta músculos, tendões e tecidos) foi avançada pelo Correio da Manhã, que explicou que a agressão aconteceu na manhã de quarta-feira, quando a criança se preparava para realizar vários exames médicos no IPO. Na altura, o doente estaria inquieto, a fazer barulho e pouco colaborante.

De acordo com o mesmo jornal, a médica pediu desculpa aos pais logo após ter dado o estalo à criança, acrescentando que estava muito nervosa e com muito trabalho. Mas, apesar do pedido de desculpa, os pais decidiram escrever à instituição e ponderam apresentar queixa formal no gabinete do utente daquele hospital.

O IPO, por seu lado, adiantou ainda que "já fez contatos no sentido de apresentar à família da criança a sua posição e oferecer todos os esclarecimentos". O Público questionou o instituto no sentido de perceber quando haverá uma conclusão final sobre este caso e que sanções poderão ser aplicadas à médica, mas na resposta escrita nada foi dito sobre estes pontos.

O caso surge na mesma semana em que a Direcção-Geral de Saúde (DGS) fez saber que registou, entre Janeiro e Outubro de 2014,  um total de 477 casos de violência contra profissionais de saúde no local de trabalho, mais do dobro dos episódios registados em todo o ano de 2013, que se fixaram em 202 casos. Este número tem vindo a aumentar desde 2007, ano em que se somaram 35 relatos.

Fonte: Público 27 fev 2015

Ao que nós chegamos :-\
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

As pessoas estão cada vez menos tolerantes e depois descarregam em cima de quem nada devem :(
Se um rema e outro cruza os braços ou rema para outro lado... mais vale abandonar o barco e seguir sozinho.

É no mínimo triste. Embora entenda a pressão da médica... a saúde está num ponto de rutura completo, excessivas horas de trabalho, ninguém consegue respirar... é uma azáfama inacreditável... mas uma atitude assim, numa criança de 5 anos e ainda por cima com problemas de saúde... bem é complicado aceitar uma coisa destas. E isto não é difamação, já que ontem saiu a notícia e hoje o IPO já confirmou a ação da médica. Estão apenas a apurar os antecedentes que levaram à situação. Incrível!
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sofiagov
pois...li  esta noticia e realmente...nem me apetece comentar muito a triste realidade do acontecimento. >:( >:(

Ponham-na nas minhas mãos... que ela ia ver o que era uma estalada... de cada vez... >:( >:( >:(

Isa Mar
#5
Isto é um pau de dois bicos... como mãe e conhecendo o meu filho, se um médico desse um estalo nele, não concebo essa ideia sequer, reagia muito mal, já nem saía do hospital sem prestar queixa...
Agora pensando naquelas crianças, mal educadas, cujos pais não têm paciência e não têm o cuidado de os acompanhar, principalmente crianças com estas doenças, que precisam de apoio e suporte  incondicional dos pais... não seria desculpa para dar um estalo mas para não fazer mais nada e entregá-lo aos pais..

Reporta um bocado à situação dos professores, se antigamente estes esticavam-se e batiam nos alunos, agora são eles que são agredidos... por isso muita atenção com as circunstâncias.

Citação de: Isa Mar em 27 fevereiro, 2015, 10:31
Reporta um bocado à situação dos professores, se antigamente estes esticavam-se e batiam nos alunos, agora são eles que são agredidos... por isso muita atenção com as circunstâncias.

Isa, compreendo o que dizes e concordo contigo em relação aos professores, mas neste caso, caramba, é um menino de 5 anos, se calhar nem percebe porque está assim, e deve reagir como uma criança num hospital rodeada de médicos, exames, e tratamentos! Devia de estar era a brincar e não ali! Mas já nem entro por aí, essa anormal dessa médica, que está super pressionada com o trabalho ou com o raio que a parta, devia ter respirado fundo, ter contado até 10 ou 1000 ou o que quisesse, ou até sair da beira dele e ir apanhar ar. Tem de ter paciência! É a profissão dela! Pagam-lhe (bem ou mal, não interessa) para ser uma boa profissional! Olha se ela apanha aqueles velhinhos desorientados que agridem o pessoal e que acabam amarrados na cama e tudo... dá-lhes uma tareia, não??!!


Citação de: cepticooucrente em 27 fevereiro, 2015, 10:39
Isa, compreendo o que dizes e concordo contigo em relação aos professores, mas neste caso, caramba, é um menino de 5 anos, se calhar nem percebe porque está assim, e deve reagir como uma criança num hospital rodeada de médicos, exames, e tratamentos! Devia de estar era a brincar e não ali! Mas já nem entro por aí, essa anormal dessa médica, que está super pressionada com o trabalho ou com o raio que a parta, devia ter respirado fundo, ter contado até 10 ou 1000 ou o que quisesse, ou até sair da beira dele e ir apanhar ar. Tem de ter paciência! É a profissão dela! Pagam-lhe (bem ou mal, não interessa) para ser uma boa profissional! Olha se ela apanha aqueles velhinhos desorientados que agridem o pessoal e que acabam amarrados na cama e tudo... dá-lhes uma tareia, não??!!


Os médicos e enfermeiros do país realmente não passam dias fáceis, mas mandar um estalo numa criança é perder todo o profissionalismo .., se perde a paciência com uma criança de 5 anos por stressar , quando mais cuidará da saude do povo?
A verdade doi, mas liberta

Aliás, isto não é admissível em nenhum profissional que se intitula como tal, muito menos num profissional de saúde pública infantil... onde fica o juramento de Hipócrates?

O próprio conselho de administração do IPO referiu ao Público, em carta que este procedimento é completamente oposto ao tratamento que se oferece nesta instituição e o comportamento esperado por estes profissionais!
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Membro nr. 34334

Isa Mar
Citação de: cepticooucrente em 27 fevereiro, 2015, 10:39
Isa, compreendo o que dizes e concordo contigo em relação aos professores, mas neste caso, caramba, é um menino de 5 anos, se calhar nem percebe porque está assim, e deve reagir como uma criança num hospital rodeada de médicos, exames, e tratamentos! Devia de estar era a brincar e não ali! Mas já nem entro por aí, essa anormal dessa médica, que está super pressionada com o trabalho ou com o raio que a parta, devia ter respirado fundo, ter contado até 10 ou 1000 ou o que quisesse, ou até sair da beira dele e ir apanhar ar. Tem de ter paciência! É a profissão dela! Pagam-lhe (bem ou mal, não interessa) para ser uma boa profissional! Olha se ela apanha aqueles velhinhos desorientados que agridem o pessoal e que acabam amarrados na cama e tudo... dá-lhes uma tareia, não??!!


Cepticoucrente, entendo perfeitamente a tua indignação.
O meu rapaz já teve anestesia geral e com o aparato da situação, até ele ser anestesiado, ou quando faz análises ou outros exames, não saio do lado dele, pergunto como são feitos os exames, e explico-lhe para tentar que não fique tão assustado. Se não perceber o que a médica está a fazer, eu própria pergunto, posso passar por chata, mas é uma forma de nos tranquilizarmos. Actualmente, quando faz análises, com os nervos dá-lhe para rir, as enfermeiras fartam-se de brincar com ele.
Tenho um primo deficiente, a mãe ao ver a dificuldade dos profissionais a fazer certos procedimentos porque a criança não dá o geito que pretendem ou stressa em demasia, em procedimentos simples, pede para ser ela a fazer.
Pode ser que até tenho tido sorte com os profissionais, mas perante a irriquietude da criança, por razões lógicas, os pais devem ser os primeiros a acalmar a criança,e muitas vezes, eles próprios
carecem de apoio psicológico, porque ver um filho em certos estados, é de arrasar com qualquer pai.
Coloquemo-nos no lugar de um médico que quer fazer um exame, com a sala cheia de gente, saturado de horas de trabalho, com a responsabilidade de vidas nos ombros, com a pressão de outros casos..e com uma criança rebelde, assustada, aos saltos e a correr de um lado para o outro, e os pais nada.
Eu não estou a dar razão a ninguém, mas pensemos que se o país chegou a determinado estado, por alguma razão foi...
Essa do " pagam-lhe para isso", foi muito mázinha... provavelmente existe por aqui muita gente paga para trabalhar, e no entanto, anda por aqui no PP... 

Citação de: Isa Mar em 27 fevereiro, 2015, 11:28
Essa do " pagam-lhe para isso", foi muito mázinha... provavelmente existe por aqui muita gente paga para trabalhar, e no entanto, anda por aqui no PP... 

Isa, admito que sou muito pouco compreensiva e sim, sou má, sou muito má nestas questões. Primeiro, porque não sendo mais nem menos que ninguém, mas sou daquelas que chora baba e ranho com determinadas notícias, ou situações perto de mim, que envolvem crianças. Fico mesmo muito chocada com tudo o que envolve crianças. Mudo de canal quando posso, quando vejo as crianças doentes, choro, enfim... aliás, sei que não sou a única, mas fiquei assim desde que fui tia. Mato e morro pelos meus sobrinhos sem pestanejar.
Em segundo lugar, já vi o meu pai a ser menos bem tratado no hospital e te digo... eu fico cega. Se ele não tinha alta naquela altura... eu não sei, mas ia-me passar e não sei se ia dar na cara em alguém. Eu sei que não devo ser assim, e acredita que me esforço por mudar (engraçado que ainda ontem à noite tive esta conversa), mas ainda não consegui esta melhoria e passo-me da cabeça. Se esta médica fizesse isso a um sobrinho meu, simplesmente a enchia de pancada. Digo a verdade do que faria, não digo que é certo. Ia presa? Se calhar, mas ia satisfeita.
E dir-lhe-ia sim, que ela é paga para ser uma boa profissional, como disse anteriormente. Porque todos somos pagos para sermos bons profissionais, caso contrário podemos ser despedidos. E ela por mim até pode estar no PP ou onde quiser e o que lhe apetecer, desde que, quando intervém, tenha brio e profissionalismo. Obviamente que se estende a todas as profissões. Que é mal paga? Aposto que sim. Tenho muitos profissionais de saúde na família e sei bem o que se passa. Mas se há alguém que não tem culpa é aquele e todos os meninos que lá estão, certo?
Dar uma estalada a um miúdo sem ser o nosso acho que já é demais. Mas dar a um menino naquela situação... ui... que nervos...
Não quero ferir susceptibilidades, peço desculpa se o fiz, mas aqui podemos estar à vontade (não à vontadinha :D), certo?

Bem hajas. :)

#11
Se um pai bater numa criança por se portar mal, é um crime público; o que dizer de um médico que bate numa criança doente que apenas necessita de ser tratada. Isto não deveria ser sujeito a qualquer inquérito. A médica deveria ser de imediato irradiada pela Ordem dos médicos.
Talvez, a vão desculpar, dizendo que está com uma depressão ou uma crises nervosa.

Citação de: oculto em 27 fevereiro, 2015, 12:14
Se um pai bater numa criança por se portar mal, é um crime público; o que dizer de um médico que bate numa criança doente que apenas necessita de ser tratada. Isto não deveria ser sujeito a qualquer inquérito. A médica deveria ser de imediato irradiada pela Ordem dos médicos.
Talvez, a vão descuupar, dizendo que está com uma depressão ou uma crises nervosa.

Oculto, não sabemos o que lhe vai acontecer. Mas pelo que li, acredito que estes pais não ficarão de braços cruzados... é este o Amor Incondicional das profissões stressantes... gostaria de ver como ela se comportaria em África, cheia de doentes e sem quaisquer recursos  :-\
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Membro nr. 34334

Isa Mar
Cepticoucrente, agradeço o teu comentário, e continuo a dizer, sem qualquer dúvida, como mãe, como filha de uma doente com cancro reincidente, e outras situações familiares, que entendo o teu ponto de vista. Sempre que a minha mãe tem alguma dúvida acerca dos tratamentos, porque já tem certa idade, não hesito, ligo para o hospital e pergunto, se não fico satisfeita, ando até obter resposta, mas normalmente costumam ajudar.
Lamentavelmente não choro baba e ranho pelas crianças, tento fazer o que posso. Certa vez, um miúdo tinha os sapatos todos rotos, não chorei, entrei numa loja e comprei lhe uns tenis.
Há casos na escola do meu filho de agressão a professores, os pais são chamados, mas não aparecem, então, se um miúdo mal educado te batesse, os pais não quisessem saber, a justiça não faz nada, mas não se pode encostar um dedo neles, que chamam tudo e mais alguma coisa ao professor.
E trabalhei numa clinica, com profissionais de saúde, onde muitas vezes tinham no meio do que lhes pagam para fazer, fazer o que os filhos não fazem, dar lhes  alguma atenção. E os filhos que despejam os velhotes nos hospitais para irem passar o reveon sossegados, muitas vezes são os enfermeiros e os auxiliares e voluntários que têm que dar o que não têm em casa.
Infantários onde os miúdos são despejados é o que mais se vê, alguns porque os pais têm um horário terrível, e é vê los a pedir desculpas aos filhos e a sentirem se as piores pessoas do mundo, mas há quem possa ir buscá-los mais cedo e não queira saber.

E sou das pessoas que faz parte da minoria portuguesa que perde tempo a reclamar formalmente ou a questionar directamente.

Cada caso é um caso, não estou a dar razão à medica, pode até nem ter justificação, mas o certo é que acontecem outras situações também, e por isso é importante analisar as circunstâncias.

Bem haja!  :)  

Eu trabalho na área da saúde mas a minha área de formação é a da educação.

São duas áreas distintas e muito complicadas... Não concordo de todo com a violência mas, digo-vos, já contei muitas vezes até 100 antes de reagir a determinadas situações.

Os profissionais da saúde estão no seu limite, ele é excesso de trabalho, de carga horária, falta de material e apoio...