Atenção ciclistas, perigo nos trilhos.

Acho que é aqui que posso colocar este post, não é nada de paranormal...Bem! até é tem a ver com a "paranormaldidade" da maldade de ser humano.

Hoje fui surpreendida com a noticia abaixo e deixo aqui um alerta aos nossos ciclistas que se aventuram pelos trilhos da Natureza. Além dos perigos e desafios naturais deste desporto a maldade humana "inventou" mais um.

Os praticantes de BBT do Minho estão preocupados com a grande quantidades de armadilhas encontradas nos terrenos por onde passam. Nos últimos meses, segundo explica o Jornal de Notícias, têm sido encontrados cabos de aço e arame nos caminhos, de forma a fazer cair os betetistas e travar a sua passagem.

"Esperemos que não morra ninguém, porque da forma como os arames são colocados e à altura a que estão, entre o peito e o pescoço dos betetistas, podem causar a morte ou ferimentos muito graves em pessoas que só querem fazer desporto e andar na natureza", explicou ao JN, Rúbem Leite, praticante de BTT em Vila Nova de Famalicão.

Segundos os praticantes de BTT, há cada vez mais cabos de aço e arames, presos às árvores, nos montes de Braga, Guimarães, Famalicão e Monte Córdova, em Santo Tirso. Estas armadilhas podem causar a queda dos ciclistas e, em casos mais graves, ferimentos ou até a decapitação.

"No passado domingo, encontrámos uma corda de aço em Airão Santa Maria (Guimarães) que podia ter cortado o pescoço aos betetistas que iam na frente do grupo e que estava presa a dois eucaliptos", explicou ao JN Ricardo Araújo, praticante de BTT com um grupo informal de amigos que, nos dias bons, pode chegar aos 50 membros. O mesmo grupo já tinha encontrado arames nos trilhos de Castelões, em Famalicão.

De acordo com Nuno Lopes, da Associação de Ciclismo do Minho (ACM), o problema já tem meses. "Já na época passada tivemos casos idênticos, mas nunca se conseguiu apurar quem colocava as cordas", afirmou.

Entre os praticantes de BTT existe a convicção de que as "armadilhas" são colocadas por proprietários que não querem as bicicletas a passar pelos seus terrenos ou caçadores para quem as bicicletas parecem perturbar a caça.

"Nos terrenos onde há avisos a indicar que é propriedade privada, nós não entramos mas, nos montes que não estão vedados e onde já existe caminho, passamos porque não há nada a proibir a passagem"", explicou Ricardo Araújo. Em Santo Tirso, pelo menos uma pessoa teve de receber tratamento médico aos cortes que sofreu no pescoço quando "esbarrou" com um cabo de aço.

No final de 2013, armadilhas idênticas foram colocadas em vários percursos espanhóis, denunciou então o blog Iberobike, tendo provocado lesões perigosas nos ciclistas. Veja algumas das imagens publicadas no blog espanhol, no texto "Trampas para Ciclistas".

Isso é nitidamente um crime público. Isso é certamente feito pelos proprietários dos terrenos. O que seria interessante saber é porque as autoridades não investigam. Será que é proibido transpor essas propriedades por serem privadas?

Olá Oculto, segundo consta também se põe a hipótese de serem os caçadores, para que os ciclistas não "espantem" os animais.

Eu já tinha partilhado essa notícia no fórum dos soviéticos, pois achei uma aberração o facto de fazerem isso.

Anda um vídeo no youtube de terem feito isso na Polónia, mas o gajo foi apanhado a colocar o cabo e levou no corpo.

Pode ser que aqui aconteça o mesmo, afinal dizem que "tantas vezes o cantâro vai a fonte, que um dia deixa lá a asa"

Mas é bom que não demorem a tomar atitudes antes que alguém se magoe seriamente ou pior.

E estes não são Polacos ou Soviéticos, são Portugueses e Espanhóis, um deles com um grande ferimento no pescoço á conta desta estupidez, podem ser os nossos vizinhos ou amigos a apanharem com uma destas.

Fiquei indignada com isto!

isso deve doer... 

Infelizmente não se ficam por cabos de aço, inclusivamente já foram descobertas armadilhas em metal, que desconfiam terem sido feitas por serralheiros devido às soldaduras profissionais e buracos tapados para que caiam dentro dos mesmos

Olá Vodgas. Penso que essas são os laços ou mesmo armadilha de dentes para os javalis, outras mais pequenas para coelhos e perdizes. Também são ilegais, o meu gato já ficou preso num laço, sabe Deus como se safou, chegou a casa depois de 2 dias desaparecido com um cabo de metal bem apertado em volta do pescoço Sempre que vires algum desmancha-o com um pau. Mas estas normalmente não estão no meio dos trilhos, mais para as bermas.

O meu irmão já me tinha dito, ele costuma fazer BTT por Santo Tirso e arredores mas agradeço pelo aviso!

O meu irmão já me tinha dito, ele costuma fazer BTT por Santo Tirso e arredores mas agradeço pelo aviso!

Há 11/12 anos atrás percorria essa zona de jipe vezes sem conta e nunca tive chatices, nem se via nada...

Imagino se fazem isso na descida do francês no aérodromo, entre Vilar de Luz e Santo Tirso é a morte certa de qualquer praticante de BTT ou de alguém que lá vá andar de mota ou quad

Imagino se fazem isso na descida do francês no aérodromo, entre Vilar de Luz e Santo Tirso é a morte certa de qualquer praticante de BTT ou de alguém que lá vá andar de mota ou quad

Essa zona é muito frequentada por pessoal do BTT e pessoal que anda de mota. Felizmente o meu irmão já não vai para esses lados. Eu tenho um bocado de medo, por que ele é tolo e não pensa às vezes

Segundo li há duas ou três semanas no Jornal, acho que foi no Sol mas não tenho a certeza, segundo li dizia eu também têm cometido esta atrocidade no Norte de Espanha e um rapaz ficou desfigurado e outro paraplégico.

Fiz muitos anos BTT num grupo de desportos radicais e nós nunca estragámos nada a ninguém, e quando acampámos deixámos sempre o espaço limpo.

Tenho 27 anos, há 20 anos era puto mas recordo-me bem que na minha terra natal, que já era um meio digamos semi-urbano, não havia vedações nem portões, nós ainda andávamos dentro das terras de toda a gente que ninguém dizia nada, desde claro está que não pisássemos as culturas que então ainda existiam.

Eu era criança e corria aquelas propriedades todas, com os meus colegas de escola, subíamos às árvores, andávamos de bicicleta, depois já adolescente andava com os cães por vezes quilómetros entre hortas e quintas.

Tudo entretanto mudou, subitamente as novas gerações de proprietários começaram a vedar as terras, a pôr arame farpado e portões. Hoje em dia se entrarmos dentro da «propriedade errada» somos vistos como um potencial ladrão, as pessoas começaram a ficar paranóicas com a segurança, e para além disso com o cancro da construção civil e da valorização criminosa que essa actividade acarreta o sentimento de posse acentuou-se e as pessoas tentaram «apagar» os antigos caminhos pedonais agrícolas, com medo que roubassem «área de construção».

Sinceramente regredimos muito, éramos um país mais saudável quando toda a gente se conhecia nas aldeias, vilas e bairros urbanos, e quando podíamos passear no campo nos tempos em que este não estava em estado do guerra com vedações, arames farpados, muros, portões.