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  • Privação garante equilíbrio para a vida?
    Iniciado por sofiagov
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sofiagov
Vou colocar aqui um história de duas irmãs para reflectir.

Maria queria aparecer diante de Deus, por isto fazia o que Deus valoriza.
Joana queria aparecer para todas as pessoas, por isto fazia o que as pessoas valorizam.

Maria comia com frugalidade, comia apenas o que necessitava, assim mantinha seu corpo saudável.
Joana comia para ter muito prazer, comia de tudo e muito, aos poucos seu corpo foi transformando.

Maria queria ter uma vida simples, evitava muitos desejos e fugia da ostentação.
Joana estava sempre desejando, queria muitas coisas e estava sempre a espera de conseguir algo novo.

Maria estudava muito para poder trabalhar com o máximo de eficiência e ser digna da sua remuneração.
Joana achava chato estudar e estudava o mínimo para passar de ano.

Maria queria ajudar a mãe no trabalho doméstico, pois assim era grata ao amor que recebia.
Joana achava que Maria era puxa saco e que a mãe a chateava com os pedidos de ajuda.

Maria cultivava a boa vontade, o bom humor e o sorriso de compreensão; sabia que mantendo sua vibração elevada geraria paz e justiça à sua volta.
Joana queria fazer apenas o que gostava  e sofria quando era obrigada a fazer algo que não queria.

Maria acreditava que cuidando de si com carinho, gerando boas energias e paz em sua mente, teria corpo saudável e mais bonito.
Joana queria vários tratamentos e cirurgias para ser bela, magra e desejável.

Maria vivia intensamente o que era realmente importante e superava os obstáculos sem desperdiçar esforços.
Joana se perdia entre tantos desejos e acabava vivenciando inúmeros conflitos.

O tempo passou e as duas envelheceram.


Joana era uma mulher desgastada pelos sofrimentos que suas escolhas criaram para ela.
Maria, ao contrário, tinha cada vez mais paz e sabedoria.

Joana desejava ter a vida de Maria, mas não queria ter os mesmos pensamentos, sentimentos e atitudes.
Maria observava a insatisfação da irmã e torcia para ela mudar suas escolhas.

Moral da história: quem não se priva constrói na própria mente pensamentos negativos, insensatos e de auto sabotagem. Foi exactamente isto que aconteceu com a Joana.

Para reflectir:

1-Uma vida equilibrada exige autocontrole. O treino do autocontrole é a auto-privação. A maioria de nós, espíritos encarnados, está na vida terrena para desenvolver esta habilidade em meio à abundância. Quanto mais se tem, mais necessário o autocontrole.

2 -A auto-privação, o sofrimento direccionado para o que é necessário, é fundamental para gerar força espiritual. Esta força espiritual é fundamental para sustentar o espírito nas grandes provações da vida. E o sofrimento direccionado é importante para gerar a percepção dos reais valores das coisas e das situações da vida. O treino é realizado no dia-a-dia. As situações quotidianas devem ser aproveitadas para treinar o autocontrole e a auto-privação.

3-Liberdade não é fazer tudo o que gostaríamos. Isto é escravidão! Deixar com que nossos desejos dominem nossa vida é uma forma fácil de gerar angústia, desilusão, preguiça, ineficiência, insucesso. O espírito forte observa a realidade e age segundo as oportunidades que aparecem, ao mesmo tempo em que traça metas de longo prazo e se dedica a atingi-la. Ele pratica a auto-privação voluntária, desta forma conquista muito mais e desfruta de muito mais paz, prazer e felicidade. Esta lição está gravada na mente de todos os espíritos encarnados, pois nas várias encarnações anteriores já aprenderam esta verdade.

caminhonobre


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Claramente que a culpa da Joana ser assim é da Maria, tanta coisa e não foi capaz de ajudar a irmã  ;D

Mas realmente a Maria parece-me um pouco enjoada demais, cheira me a falso, ou então é realmente muito superior espiritualmente.

O que me leva a pensar no seguinte:

Temos todos níveis de crescimento diferentes, e quem entende o funcionamento da necessidade do ciclo de reencarnação entenderá também que as pessoas não podem ser comparadas, claramente Maria já estava num nível superior e poderia ser a função dela ajudar a Joana no seu crescimento, que claramente era diferente. Mas pelo que vi não ajudou, apenas deixou a irmã com inveja e raiva da vida da Maria lol

Mas também podemos deturpar mais e ver de outra maneira:

Tanto Joana como a Maria vieram a esta nova existência sendo ambas seres espirituais superiores, que necessitavam a de viver a vida grosseira, de viver uma experiência de vida de energia baixa para que isso também fosse parte da sua aprendizagem, sendo assim Joana é que estava correcta e a Maria falhou na sua missão :)

Quero dizer com isto que a meu ver tudo é relativo, geralmente tendemos a ver o caminho que achamos que é moralmente correcto, sem querer analisar a outra possibilidade, neste caso da necessidade de vivenciar igualmente a vida menos espiritual, pois tudo faz parte do nosso crescimento, senão não haveria a necessidade de cá voltarmos tantas vezes.

sofiagov
 ;D ;D ;D ;D

gostei da sua resposta...

realmente a "enjoada" da Maria não foi capaz de ajudar a irmã a trilhar um caminho melhor.

e boa perspectiva quando deturpa a história...muito válida.


Pois...será que a Joana queria ser ajudada ?
Existem muitas Joanas que não sentem que estão a fazer alguma coisa errada e cada vez que lhes dão um conselho não estão nem aí ;D

sofiagov
boa resposta....
faz-nos pensar mesmo...gostei buterfly. :)

#8
Citação de: buterfly em 06 fevereiro, 2015, 17:47
Pois...será que a Joana queria ser ajudada ?
Existem muitas Joanas que não sentem que estão a fazer alguma coisa errada e cada vez que lhes dão um conselho não estão nem aí ;D

E tendo em conta o pressuposto que elas cresceram na mesma casa, andaram na mesma escola, tiveram os mesmos amigos, a mesma educação parental, então porque tanta diferença.

É a questão que se coloca.

Podemos falar de pré-disposição genética, que está provado que é a base da nossa personalidade, poderá ter a Joana criado bloqueios na sua infância perante a "boazinha" da Maria e por exemplo ser a favorita, tendo então a Joana continuado e criado uma personalidade do contra, tendo essa construção tornado-se solida e quando passou a fazer parte dela completamente já não conseguia viver sem essas atitudes, ou a até mesmo a um nível espiritual (para quem ve por esse prisma), e como indiquei era a sua função, ou pelo menos poderia ser a sua função melhorar essa condição, ou até mesmo vive-la tal e qual é.

O que quero dizer é que, tal como dizes existem muitas "Joanas", e também muitas "Marias", e neste texto ambas representam o extremo e sendo tão dispares representam a meu ver as duas um problema, claro que no meu ponto de vista, que a esta vida deve ser vivida, se dada as possibilidades claro, o mais equilibrado possível, vivenciar os benefícios da matéria, mas saber gerir essa condição.

Todos certamente tivemos os nossos problemas de infância que de uma forma ou de outra fazem parte de nós enquanto jovens adultos, caberá então a cada um se enquadrar no perfil que mais se adequa com base em todos os pontos antes descritos.

Eu prefiro ser um "Jonaria", um misto dessas duas personagens  ;D

Mesmo que sejamos uma Joana ou uma Maria dentro de nós temos sempre aspectos diferentes a ser batalhados na nossa vida. A Joana luta com os seus demónios interiores mas a Maria também os tem e disso não tenhamos duvidas nenhumas... ;)

Citação de: Acnamon em 06 fevereiro, 2015, 18:01
E tendo em conta o pressuposto que elas cresceram na mesma casa, andaram na mesma escola, tiveram os mesmos amigos, a mesma educação parental, então porque tanta diferença.

Genética ou algo mais eu e a minha irmã não somos nem Maria nem
Joana mas garanto que nem irmãs parecemos. Não é por aí..

Muito bom ponto de vista, tudo é importante de ser vivido.


Acho que tanto uma como outra pecam por exagero!


Puca
Eu voto no caminho do meio, a Mariana (Maria+Joana). ;)

Nem privar, nem excessos.

Citação de: Puca em 06 fevereiro, 2015, 23:40
Eu voto no caminho do meio, a Mariana (Maria+Joana). ;)

Nem privar, nem excessos.
Lol
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

#14
Citação de: Puca em 06 fevereiro, 2015, 23:40
Eu voto no caminho do meio, a Mariana (Maria+Joana). ;)

Nem privar, nem excessos.

tou consigo...  ;) até porque normalmente os excessos só são cometidos porque houve uma privação prolongada anteriormente...  ;)

dou como exemplo o alcool... quem comete "excessos" são as pessoas que normalmente não bebem, mas sairam com os amigos no sábado à noite e "abusaram"...

já outras pessoas bebem durante ANOS e muitas vezes ninguém se apercebe...  :P

nem tanto ao mar... nem tanto à terra...  ;)

mas sim... Privação garante equilibrio para a vida...

dou como exemplo os nossos politicos... se eles não tivessem nascido em berço de ouro e tivessem alguma vez experimentado algum tipo de privação... como por exemplo a quantidade de pessoas que estes dias têm andado agarrados aos sacos de água quente... quem sabe eles não fossem mais "equilibrados"... com as contas publicas  ::)
a minha religião é a verdade...