As vacas das Murtosa, as de Vila do Conde e a Ovniologia

Porque vi para aí falar de vacas, lembrei-me deste caso... Eu depois apago esta resposta seguida...

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Obrigado

Obrigada por partilhar estes casos portugueses de mutilação. Desconhecia este :-) Lembro-me de que aconteceu uma mutilação em ovelhas que nunca foi bem explicada e também vi exemplos aqui na minha aldeia em aves de capoeira.
Essa mutilação humana de que fala, ocurrida em Guarapiranga, Brasil, - para quem quiser ver as fotos que são horripilantes, pode procurar por uma página fenomenum (não posso incluír o link)- não é a única que aconteceu, desgraçadamente. Não sei se já ouviu falar de um senhor espanhol, ex-jesuita, e que há muitos anos estuda este fenómeno sobretudo na América Latina, Puerto Rico, onde trabalhava como missionário, Salvador Freixedo. Ele costuma contar um caso de mutilação humana, que acompanhou pessoalmente. Um agricultor escutou ruidos no seu terreno durante a noite e foi investigar porque é que as vacas estavam tão nervosas e viu um ovni a deixar caír uma delas no terreno, já completamente mutilada. O pobre homem disparou ao objecto e, segundo o filho, desapareceu naquela noite. Uns dias depois, uma metade de um corpo humano foi deixado caír sobre um automóvel que circulava por ali. A outra metade apareceu a vérios kms. O condutor e o amigo não sabem dizer de onde saíu a metade do corpo que lhes caíu em cima. Passaram o fim de semana na prisão até que decidiram que eles não tinham assassinado o agricultor. Salvador diz que o filho da vítima lhe disse sem rodeios: "A mi padre lo mató un ovni".
Há um caso de um militar que foi abduzido nas proximidades de uma Base americana e apareceu mais tarde também com mutilações semelhantes às de Guarapiranga e sem uma gota de sangue. O local donde fazem as extração dos orgãos internos aparece cauterizada. Suponho que foi isso que também aconteceu no caso das vacas :-)
É assustador, realmente.

Escrito em Dezembro de 2008


Não! Era impensável!... Apesar da recente febre de avistamento de OVNIS pelos céus de Portugal,  ninguém lhes podia atribuir a autoria daquilo que aconteceu às pobres vacas. Decorria talvez o ano de 1984...
Era eu ainda muito jovem quando, entusiasmada com as recentes notícias, à noite, de vez em quando, me especava a olhar para o céu e, se visse uma estrelinha tremeluzir mais um pouco do que seria habitual, logo perguntava se não seria uma nave espacial que tivesse no interior aqueles homenzinhos esquisitos. Já na altura se dizia serem verdes e terem uns olhos e uma cabeça demasiado grandes, se comparados com o resto do corpo.
Eram os últimos anos da década de 70, e os ecos desses supostos avistamentos, depois desse boom nos céus deste cantinho à beira-mar plantado, esfumaram-me quase completamente, quando as vozes eram quase sempre maiores do que as nozes.
Desses fenómenos e do entusiasmo que provocaram, num misto de curiosidade e de apreensão, apenas ficarem meia dúzia de pessoas interessadas em estudá-los, tentando entretanto a melhor explicação racional e científica para o assunto. E as explicações vieram, muitas vezes controvertidas pelos cépticos, outras vezes  acarinhadas pelos crentes que, na impossibilidade de um esclarecimento lógico dos acontecimentos, se socorriam e socorrem, até hoje, de um coisa semelhante à fé. De facto, só à luz da fé se acredita em coisas impossíveis de explicar de outra maneira...
Foi então que eu entrei numa instituição pública para iniciar um novo trabalho fascinante. Tinha muito para aprender sobre o mundo, tanto do mundo do crime como do outro mundo.
Descobrir coisas, trabalhar em prol do bem,  indo na calha dos malfeitores de todos os géneros e ajudar a metê-los,  tão rapidamente quanto possível,  na prisão era, a mim, como a todos quantos trabalhavam na instituição, demasiado grato para tudo ser tratado com leviandade. Ainda que o objecto do crime, em vez de ser uma pessoa assassinada barbaramente, fossem umas simples vaquinhas que se passeavam pelos pastos sem fazerem mal a ninguém, mortas em circunstâncias, por um lado aterradoras e, por outro,  inexplicáveis. O " louco" teria de ter uma força bruta ou, então, era uma associação de loucos que, segundo o grande chavão de que não há crime perfeito, um dia seria apanhada por um deslize qualquer, cometido por um dos tresloucados sanguinários.
E foi assim que o processo me chegou às mãos, já lá vão mais de 20 anos. O assunto está morto e mais do que morto, que é como diz, prescrito, enterrado num arquivo qualquer,  de difícil localização, contendo no seu interior um solene despacho de "arquive-se,  por insuficiência de provas".
As vacas eram esventradas pela zona vaginal,  e o criminoso arrancava-lhes todo o interior,  deixando-as morrer esvaídas em sangue. Na altura, falava-se de um terrível psicopata que se divertia a mutilar as vacas durante a noite,  sem se saber como, uma vez que nunca ninguém as ouvia gemer. Embora algumas estivesse em zonas de pasto,  nas proximidades das casas dos donos. Diziam os investigadores que aquele serviço só poderia ter sido feito por alguém muito forte, uma besta, munida de uma enorme forquilha capaz de arrancar tão desumanamente as entranhas aos pobres bichos.
Certo é que nunca nenhum rasto de sangue levou a nenhum suspeito, a nenhuma arma do crime, a nada e a ninguém. Os processos foram, simplesmente, arquivados.
Não sei se foi nessa altura que se começou a falar dos terríveis chupa-cabras, um animal impiedoso,  que matava as vítimas sugando-lhes o sangue.Lembro-lhe hoje disto (dia 15/12/2008) porque acabo de ver na televisão um programa de investigação sobre a existência, ou não,  de extraterrestres e de Ovnis. Alguns casos relatados envolviam exactamente vacas, o modus operandi era semelhante,  e as imagens eram idênticas às fotografias que eu vi por alturas de 1984, quando falar em Ovnis assassinos de vacas seria prematuro para o tempo. Seria demasiado ousado para a racionalidade das coisas em que se deve apoiar uma investigação criminal. Ao menos em Portugal e em 1984, como ainda hoje. Se calhar, presentemente, com os avanços da ciência, ainda por maioria de razão, seria mais estranho...
No caso televisivo que agora vi, para além das vacas, as mutilações estenderam-se aos humanos, nomeadamente a um homem que apareceu morto em S. Paulo, no Brasil, a quem removeram, através de buracos estreitíssimos, as vísceras, nomeadamente os olhos, entre outras coisas, o que, para os peritos médico-legais e investigadores forenses foi um quebra-cabeças.
Por cá, no tempo das vacas da Murtosa e de Vila do Conde, não fomos tão longe e, sem televisão por cabo, nem outras formas de ver o mundo  nas suas endemias e mistérios, nem sequer pensámos que, noutras latitudes, poderiam ter ocorrido acontecimentos semelhantes aos das pobres vacas.
Ainda há-de haver alguém que se lembre do assunto,  como eu, que tive os processos (Danos) nas mãos. Agora, se foram ou não extraterrestres a praticar o crime, isso talvez seja sempre uma incógnita...
Certo, certo, é que tudo foi arquivado sem se encontrar o ou os bárbaros culpados de semelhante acto.
É esta história que tenho para contar, baseada em factos verídicos e depois de ter visto um programa televisivo.
Templa, entre o mundo extraordinário e o outro  

Sim, já ouvi falar destes casos, sim...

Apagar.

Apagar.

Apagar? O quê? O que acabaste de escrever?

Apagar.

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