Transtorno dissociativo de personalidade (dupla personalidade)

Olá pessoal!
Neste tópico vou fazer uma espécie de resumo acerca de um tipo de transtorno psicológico chamado transtorno dissociativo de personalidade mas conhecido por dupla personalidade.
Este tópico é uma espécie de "segundo volume" de um tópico que iniciei anteriormente chamado "Transtorno obsessivo compulsivo, o que é? " e tal como no anterior descreve em linhas gerais o que é, dando ligeiramente alguns exemplos pessoais...

Transtorno dissociativo de personalidade

Este transtorno  é uma condição mental onde uma pessoa demonstra características de duas ou mais personalidades ou identidades distintas, cada uma com sua maneira de perceber e interagir com o meio. O pressuposto é que ao menos duas personalidades podem rotineiramente tomar o controle do comportamento do indivíduo.(esta condição não tem qualquer relação com esquizofrenia pois ao contrário do que se pensa esta doença, esquizofrenia, refere-se mais a uma fratura no funcionamento do cérebro do que da personalidade)

Define-se a dissociação como um processo mental complexo que promove aos indivíduos um mecanismo que possibilita-os enfrentar situações traumáticas e/ou dolorosas. Por outra palavras quando um indivíduo não consegue lidar com uma situação, por exemplo por ser demasiado stressante ou por se ver numa situação similar a uma trauma vivido, ele acredita que utilizar outra personalidade vai eliminar a causa da situação.

Causas e sintomas

Embora muitos profissionais disputem a existência do controverso diagnóstico, o Transtorno dissociativo de identidade tem sido atribuído por alguns à interação de diversos fatores, dentre os quais:
-Stress intenso;
-Capacidade dissociativa (incluindo a habilidade de não relacionar memórias, perceções ou identidades conscientemente);
-Falta de compreensão ao enfrentar situações limites na infância;
-Falta de proteção frente a situações limites, também na infância.
Crianças não nascem com um senso de identidade unificado — ele se desenvolve a partir de muitas fontes e experiências. Em crianças oprimidas, tal desenvolvimento é obstruído, e muitas partes que deveriam ser fundidas numa única identidade relativa acabam por permanecer em separado.
Outras causas podem ser abusos durante infância/adolescência, perdas de parentes próximos ou doenças sérias.

Pacientes geralmente demonstram uma grande variedade de sintomas que podem remeter a outros transtornos neurológicos e psiquiátricos, como transtornos de ansiedade, personalidade, humor ou esquizofrenia. Os sintomas deste transtorno, em particular, podem incluir:
-Depressão;
-Ansiedade (suores, pulso acelerado, palpitações);
-Fobias;
-Ataques de pânico;
-Cefaléias ou dores em outras partes do corpo;
-Nível instável das funções, de altamente efetivas a inoperantes;
-Lapsos e distorções na perceção do tempo, amnésia dissociativa;
-Transtornos alimentares;
-Stress pós-traumático;
-Preocupações ou tentativas suicidas;
-Uso ou abuso de substâncias psicoativas.
Outros sintomas podem incluir: despersonalização — que se refere a sentir-se irreal, removido de si próprio e desconectado do processo físico e mental do "eu"; o paciente sentir-se como um espectador ou observador de sua vida e pode enxergar a si próprio como se estivesse assistindo a um filme; desrealização — que se refere à perceção de pessoas familiares como se elas fossem estranhas ou mesmo irreais. Novamente, aqueles que tratam do paciente devem ser cautelosos quanto a assumir que o paciente possui o transtorno simplesmente por ele apresentar alguns ou todos os sintomas acima relacionados. Por exemplo, alguém pode manifestar ideias claramente suicidas e auto-mutilação — ambos os sintomas listados acima —, mas não pode ser diagnosticado com o transtorno pois é necessário que haja duas ou mais personalidades.

Indivíduos com Transtorno dissociativo de identidade geralmente relatam coisas que eles não lembram de terem feito ou mudanças notáveis em seu comportamento. Eles podem descobrir objetos, produções ou manuscritos que eles não reconhecem; eles podem se referir a si próprio na primeira pessoa do plural (nós) ou na terceira pessoa (ele, eles); e eles podem apresentar amnésia para eventos que ocorreram entre meados de sua infância e o início de sua adolescência. Amnésia para eventos recentes é normal e esporádico.

Diagnóstico e tratamento

Se os sintomas aparentam estarem presentes, o paciente deveria primeiramente ser avaliado por um completo exame físico e de seu histórico médico. Os vários testes diagnósticos, como raios X e testes sangüíneos, são utilizados para avaliar doenças físicas ou efeitos colaterais de medicamentos. Certas condições, incluindo doenças mentais, lesões na cabeça, intoxicação por álcool ou drogas e privação de sono, podem levar a sintomas parecidos com o dos transtornos dissociativos, incluindo a amnésia dissociativa.
Se nenhuma doença física é encontrada, o paciente pode ser encaminhado a um psiquiatra ou psicólogo. Estes dois profissionais utilizam tipos específicos de entrevista e ferramentas de avaliação de personalidade para diagnosticar um caso de transtorno dissociativo

A abordagem psicológica mais comum em relação ao tratamento leva em consideração os sintomas, para assegurar a integridade do próprio indivíduo e reconectá-lo às múltiplas identidades, estimulando-o a melhorar. Este processo é geralmente chamado de "integração". Existem, entretanto, outras modalidades respeitadas de tratamento que não dependem da integração das identidades separadas. A melhor abordagem de tratamento depende do indivíduo e do grau de severidade de seus sintomas. O tratamento geralmente inclui uma combinação dos seguintes métodos:
-Cooperação
-Terapias diversas, como familiar, comportamental ou cognitiva
-Arte terapia ou musicoterapia
-Hipnoterapia

Aqui está sobre linhas gerais e linguagem mais simplificada o que é o TDP, agora deixo aqui alguns exemplos pessoais que tive durante os meus 12-18 anos.
-Fazia-me passar por outras pessoas;
-Criava realidades paralelas com nomes diferentes, e histórias diferentes;
-Reagia de maneiras diferentes à mesma situação;
-Não me lembrava de muitas coisas que fazia ou dizia;
-Encontrava textos escritos por mim, os quais não reconhecia quer a letra quer o conteúdo, só sabia pois as pessoas afirmavam que o tinha escrito;
-Despersonalização, sentia-me como se observasse a minha vida, como se fosse um espetador...

Deixo aqui este tópico para acima de tudo ajudar alguém que precise, mas também para dar a conhecer às pessoas estas doenças, informá-las acerca destas realidades que muitas pessoas vivem diariamente, com quais sofrem muito, por medo do que a sociedade vai pensar por certas pessoas serem ignorantes e gozarem com as diferenças dos outros.
Desculpem o tamanho excessivo do texto
Tudo de bom,cumprimentos do cody

a minha professora de filosofia afirma ter esse problema, e é claramente notável por todos nós (alunos), porque ora já está tudo bem com ela e com a sua matéria, ora já fica totalmente farta do pessoal e deixa de dar a lição. é um pouco difícil ter uma professora assim, até há alguns que se aproveitam disso para gozar com ela. eles lá sabem, um dia também podem vir a ter o mesmo problema.

Era por isso quando eu estava no meu 7ºano, não andava com ninguém porque tinha medo que me gozassem...Além de ser alvo de inúmeras brincadeiras estúpidas...

muito interessante este tópico .

Olá pessoal!
Neste tópico vou fazer uma espécie de resumo acerca de um tipo de transtorno psicológico chamado transtorno dissociativo de personalidade mas conhecido por dupla personalidade.
Este tópico é uma espécie de "segundo volume" de um tópico que iniciei anteriormente chamado "Transtorno obsessivo compulsivo, o que é? " e tal como no anterior descreve em linhas gerais o que é, dando ligeiramente alguns exemplos pessoais...

Transtorno dissociativo de personalidade

Este transtorno  é uma condição mental onde uma pessoa demonstra características de duas ou mais personalidades ou identidades distintas, cada uma com sua maneira de perceber e interagir com o meio. O pressuposto é que ao menos duas personalidades podem rotineiramente tomar o controle do comportamento do indivíduo.(esta condição não tem qualquer relação com esquizofrenia pois ao contrário do que se pensa esta doença, esquizofrenia, refere-se mais a uma fratura no funcionamento do cérebro do que da personalidade)

Define-se a dissociação como um processo mental complexo que promove aos indivíduos um mecanismo que possibilita-os enfrentar situações traumáticas e/ou dolorosas. Por outra palavras quando um indivíduo não consegue lidar com uma situação, por exemplo por ser demasiado stressante ou por se ver numa situação similar a uma trauma vivido, ele acredita que utilizar outra personalidade vai eliminar a causa da situação.

Causas e sintomas

Embora muitos profissionais disputem a existência do controverso diagnóstico, o Transtorno dissociativo de identidade tem sido atribuído por alguns à interação de diversos fatores, dentre os quais:
-Stress intenso;
-Capacidade dissociativa (incluindo a habilidade de não relacionar memórias, perceções ou identidades conscientemente);
-Falta de compreensão ao enfrentar situações limites na infância;
-Falta de proteção frente a situações limites, também na infância.
Crianças não nascem com um senso de identidade unificado — ele se desenvolve a partir de muitas fontes e experiências. Em crianças oprimidas, tal desenvolvimento é obstruído, e muitas partes que deveriam ser fundidas numa única identidade relativa acabam por permanecer em separado.
Outras causas podem ser abusos durante infância/adolescência, perdas de parentes próximos ou doenças sérias.

Pacientes geralmente demonstram uma grande variedade de sintomas que podem remeter a outros transtornos neurológicos e psiquiátricos, como transtornos de ansiedade, personalidade, humor ou esquizofrenia. Os sintomas deste transtorno, em particular, podem incluir:
-Depressão;
-Ansiedade (suores, pulso acelerado, palpitações);
-Fobias;
-Ataques de pânico;
-Cefaléias ou dores em outras partes do corpo;
-Nível instável das funções, de altamente efetivas a inoperantes;
-Lapsos e distorções na perceção do tempo, amnésia dissociativa;
-Transtornos alimentares;
-Stress pós-traumático;
-Preocupações ou tentativas suicidas;
-Uso ou abuso de substâncias psicoativas.
Outros sintomas podem incluir: despersonalização — que se refere a sentir-se irreal, removido de si próprio e desconectado do processo físico e mental do "eu"; o paciente sentir-se como um espectador ou observador de sua vida e pode enxergar a si próprio como se estivesse assistindo a um filme; desrealização — que se refere à perceção de pessoas familiares como se elas fossem estranhas ou mesmo irreais. Novamente, aqueles que tratam do paciente devem ser cautelosos quanto a assumir que o paciente possui o transtorno simplesmente por ele apresentar alguns ou todos os sintomas acima relacionados. Por exemplo, alguém pode manifestar ideias claramente suicidas e auto-mutilação — ambos os sintomas listados acima —, mas não pode ser diagnosticado com o transtorno pois é necessário que haja duas ou mais personalidades.

Indivíduos com Transtorno dissociativo de identidade geralmente relatam coisas que eles não lembram de terem feito ou mudanças notáveis em seu comportamento. Eles podem descobrir objetos, produções ou manuscritos que eles não reconhecem; eles podem se referir a si próprio na primeira pessoa do plural (nós) ou na terceira pessoa (ele, eles); e eles podem apresentar amnésia para eventos que ocorreram entre meados de sua infância e o início de sua adolescência. Amnésia para eventos recentes é normal e esporádico.

Diagnóstico e tratamento

Se os sintomas aparentam estarem presentes, o paciente deveria primeiramente ser avaliado por um completo exame físico e de seu histórico médico. Os vários testes diagnósticos, como raios X e testes sangüíneos, são utilizados para avaliar doenças físicas ou efeitos colaterais de medicamentos. Certas condições, incluindo doenças mentais, lesões na cabeça, intoxicação por álcool ou drogas e privação de sono, podem levar a sintomas parecidos com o dos transtornos dissociativos, incluindo a amnésia dissociativa.
Se nenhuma doença física é encontrada, o paciente pode ser encaminhado a um psiquiatra ou psicólogo. Estes dois profissionais utilizam tipos específicos de entrevista e ferramentas de avaliação de personalidade para diagnosticar um caso de transtorno dissociativo

A abordagem psicológica mais comum em relação ao tratamento leva em consideração os sintomas, para assegurar a integridade do próprio indivíduo e reconectá-lo às múltiplas identidades, estimulando-o a melhorar. Este processo é geralmente chamado de "integração". Existem, entretanto, outras modalidades respeitadas de tratamento que não dependem da integração das identidades separadas. A melhor abordagem de tratamento depende do indivíduo e do grau de severidade de seus sintomas. O tratamento geralmente inclui uma combinação dos seguintes métodos:
-Cooperação
-Terapias diversas, como familiar, comportamental ou cognitiva
-Arte terapia ou musicoterapia
-Hipnoterapia

Aqui está sobre linhas gerais e linguagem mais simplificada o que é o TDP, agora deixo aqui alguns exemplos pessoais que tive durante os meus 12-18 anos.
-Fazia-me passar por outras pessoas;
-Criava realidades paralelas com nomes diferentes, e histórias diferentes;
-Reagia de maneiras diferentes à mesma situação;
-Não me lembrava de muitas coisas que fazia ou dizia;
-Encontrava textos escritos por mim, os quais não reconhecia quer a letra quer o conteúdo, só sabia pois as pessoas afirmavam que o tinha escrito;
-Despersonalização, sentia-me como se observasse a minha vida, como se fosse um espetador...

Deixo aqui este tópico para acima de tudo ajudar alguém que precise, mas também para dar a conhecer às pessoas estas doenças, informá-las acerca destas realidades que muitas pessoas vivem diariamente, com quais sofrem muito, por medo do que a sociedade vai pensar por certas pessoas serem ignorantes e gozarem com as diferenças dos outros.
Desculpem o tamanho excessivo do texto
Tudo de bom,cumprimentos do cody

alem de ser interessante,nunca tinha entendido as coisas desta forma

é verdade mestrejoaquim.

alem de ser interessante,nunca tinha entendido as coisas desta forma

Esse é um dos motivos pelo qual criei o tópico , para dar a conhecer um ponto de vista diferente destas doenças...
Já agora obrigado a todos por lerem...

Crumprimentos

na minha opinião, as pessoas que gozam com os problemas dos outros não passam de um bando de idiotas, porque hoje podem dizer que o "outro" tem duas caras, quando amanhã podem vir a sofrer com o mesmo problema ou pior. também são os mais fracotes, porque senão tentariam ajudar em vez de complicar as coisas. quando estes precisarem de ajuda não a terão por parte dos outros, de certeza.

na minha opinião, as pessoas que gozam com os problemas dos outros não passam de um bando de idiotas, porque hoje podem dizer que o "outro" tem duas caras, quando amanhã podem vir a sofrer com o mesmo problema ou pior. também são os mais fracotes, porque senão tentariam ajudar em vez de complicar as coisas. quando estes precisarem de ajuda não a terão por parte dos outros, de certeza.

Pela minha parte, bem que podem morrer à sede a 5 metros do rio...