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  • Hitler terá fugido para Argentina?[completo]
    Iniciado por Jluis
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O livro "El Exilio de Hitler" do jornalista argentino Abel Basti, de 54 anos, sustenta que o líder nazista e sua mulher, Eva Braun, não se mataram. "Fugiram" para Barcelona, onde passaram alguns dias, e depois foram para a Argentina, onde morreu, nos anos 60. Dezenas de livros mais equilibrados sustentam que a polícia secreta comunista levou os restos mortais (queimados) de Hitler e Eva Braun para a União Soviética. Basti afirma, sem apresentar documentação confiável, que a informação não é verdadeira e que os nazistas, como Hitler, o chefe da Gestapo, Heinrich Müller, e Martin Bormann plantaram pistas falsas. Entrevistado pelo jornal "ABC", da Espanha, sustenta que "existem três documentos" que comprovam que o nazista não se matou: "Do serviço secreto alemão, que dá conta de que chegou a Barcelona, procedente de um voo da Áustria; do FBI, que indica que 'o exército dos Estados Unidos está gastando a maior parte de seus esforços para localizar Hitler na Espanha'; e um terceiro do serviço secreto inglês, que fala de um comboio de submarinos com líderes nazistas e ouro saindo rumo a Argentina, fazendo uma escala nas Ilhas Canárias".

O livro, publicado em maio deste ano, provoca sensação na Espanha, pelas revelações "surpreendentes" e, no geral, contestadas por historiadores profissionais. Mas as informações de Basti não deixam de ser curiosas, principalmente por ser correta mas óbvia a informação de que vários nazistas escaparam para a Argentina de Juan Domingo Perón.
Um jesuíta nonagenário é apresentado por Basti como uma de suas mais importantes fontes. Ele dispõe de muitas informações sobre a presença de Hitler na Espanha, segundo o jornalista. No livro, porém, não revela nada de sensacional.

Um documento secreto alemão aponta Hitler como passageiro de um avião que se dirigia da Áustria para a Espanha, em 26 de abril ou nas primeiras horas de 27 de abril de 1945. "Foi uma comunicação oficial secreta com cópias para o piloto Werner Baumbach, que imigrou para a Argentina e levou consigo uma cópia. Baumbach, junto a outros conhecidos pilotos nazistas, trabalhou no projeto aeronáutico de Perón."

Para não ser reconhecido, Hitler cortou o cabelo, ficou quase careca e raspou o bigode. Teria ficado irreconhecível. "O corte do bigode deixou à mostra uma cicatriz, sobre o lábio superior, que não era conhecida por gente comum." Sintomaticamente, no livro, Basti não enfatiza tais informações, que repassou ao "ABC".
A versão oficial garante que Hitler e Eva Braun se mataram em 30 de abril de 1945. Basti contesta: "Nunca houve provas de sua morte. Não há perícias criminalísticas que demonstrem o suicídio. O Estado alemão deu Hitler como morto quase 11 anos depois, em 1956, por presunção de falecimento. Ou seja, legalmente, para a Alemanha, Hitler estava vivo depois de 1945. Não só vivo — não era um homem condenado pela Justiça; não havia ordem de captura, nem processo judicial. Enquanto Hitler se encontrava na Espanha, no bunker se representava uma grande farsa, cujo ator principal foi um dos duplos [sósias] de Hitler. Durante as últimas horas, o duplo foi drogado e preparado para que representasse o ato final". Há livros que citam a possibilidade de um ou mais duplos de Hitler, como havia de Stálin, mas, no dia do suicídio, nenhum duplo estava na chancelaria. Basti não apresenta documentos e testemunhos confiáveis. Conta histórias próximas da ficção literária. O sósia que "morreu" no lugar de Hitler seria, conta Basti, um sujeito atrapalhado.
Basti assegura que "a fuga de Hitler estava prevista em um grande plano de evasão — de homens, capital e tecnologia — preparado pelos nazistas. Esse plano, em 1945, recebeu luz verde dos norte-americanos, como resultado de um pacto secreto militar. Os milhares de nazistas que puderam fugir para o Ocidente — dos quais cerca de 300 mil foram para os Estados Unidos — foram 'reciclados' [recrutados] para lutar contra o comunismo. Hitler se transformou num dinossauro vivo, protegido e refugiado".

O entrevistador Antonio Astorga menciona documentos secretos britânicos nos quais se revela que Hitler fugiu para a Argentina num submarino, "com escala técnica nas Ilhas Canárias". A versão de Basti: "Antes que o comboio de submarinos partisse da Espanha, a Armada [Marinha] norte-americana retirou todas as suas unidades navais do Atlântico Sul. Os submarinos nazistas 'trocaram mensagens' com a frota norte-americana. As mensagens foram interceptadas pelos ingleses". No livro, Basti amplia as informações, mas, como de hábito, não apresenta testemunhos fidedignos, exceto especulações. Baseia-se, no geral, em documentos antigos e, quando suas teses se tornam nada convincentes, alega que os governos, principalmente o norte-americano, não desclassificaram os documentos necessários à compreensão do caso.
Embora não hajam evidências em trabalhos substanciosos, como os de Ian Kershaw ("Hitler"), de Richard J. Evans ("A Chegada do Terceiro Reich" não trata do assunto, mas sua sequência, não publicada no Brasil, sim), de Marlis Steinert ("Hitler"), de Max Hastings ("Armagedón — La Derrota de Alemanha") e Henrik Eberle e Matthias Uhl (organizadores do esplêndido "O Dossiê Hitler — O Führer Segundo as Investigações Secretas de Stálin"), do que Basti apresenta no seu bombástico livro, citemos mais um trecho de sua suposta "pesquisa" (citada na entrevista ao "ABC"), que mais parece ficção: "Hitler, que chegou a Argentina com 56 anos, viveu como um fugitivo. Com identidade falsa e tratando de passar o mais despercebido possível. Nos primeiros anos, viveu numa estância nas proximidades de Bariloche, depois em outras partes do país, já que trocou de residência em mais de uma oportunidade. Sempre acompanhado de seguranças, às vezes três. Sua atividade política se limitou a algumas reuniões com velhos camaradas e com alguns militares argentinos. Hitler morreu na Argentina nos anos sessenta; Eva Braun, mais jovem, sobreviveu" ao marido. No livro, paradoxalmente, Basti fala muito sobre o assunto, dando voltas, mas sem esclarecer como Hitler viveu na Patagônia. Ele trabalha com "sugestões" e indícios, não com fatos e documentos.

A "pesquisa" resulta de maluquice ou de invenção de Basti, ou de apresentação de documentos conspiratórios mal digeridos e interpretados? Parece loucura de jornalista sensacionalista. De qualquer modo, é uma grande história, que, a rigor, não é tão nova assim. Basti tão-somente a requenta, acrescentando, como diz, "documentos secretos". Pensa-se, muitas vezes, que todos documentos secretos, por serem secretos, contêm "a" verdade. Nem sempre é assim, como sabem historiadores rigorosos. Muitos documentos, mesmo secretos, têm o objetivo de despistar e, algumas vezes, de reforçar mitos e esconder "a" verdade. Podem ser instrumentos de manipulação. Jornalistas têm o hábito, ao receberem documentos secretos, de publicá-los imediatamente, como se fossem um retrato preciso da realidade. Acertam, às vezes, e, outras vezes, erram. Mas, quando erram, tergiversam e publicam outra (a nova) versão. Jornalistas não gostam de ser corrigidos.
O principal equívoco de Basti talvez resida no fato de que o alicerce de sua argumentação é frágil. O jornalista pesquisou documentos da época, sobretudo despachos de agências de notícias, que necessariamente revelam as especulações do momento, sem nenhum apuro investigativo, ignorando toda a pesquisa posterior. Então, entre 1945 e 1950, pelo menos, falou-se muito na fuga de Hitler, mas, em seguida, o assunto praticamente morreu, exceto em fantasias de jornalistas sensacionalistas. O livro "O Dossiê Hitler" (Record, 627 páginas), contém as informações mais aceitáveis sobre o fim de Hitler. Foi elaborado pelos soviéticos, com base nos depoimentos de nazistas que estavam próximos de Hitler até a data de seu suicídio, como Heinz Linge e Otto Günsche. A Operação Mito, criada por Lavrenti Beria, para investigar a morte de Hitler, resultou no mais amplo relato sobre os últimos dias do ditador. Saiu em 2005 na Alemanha e em 2007 no Brasil. É a palavra (quase) final sobre o assunto e põe o livro de Basti no chinelo. Nas 42 páginas finais de "Hitler" (Dom Quixote, 849 páginas), nos capítulos "Extinção" e "Epílogo", Kershaw não leva a sério as fantasias divulgadas por Basti e, por isso, não as menciona. Afirma, com todas as letras, que Hitler morreu em 1945. Bormann e Müller também morreram.

Fonte: Revistabula
Torna-te aquilo que és ‐ Friedrich Nietzsche

Por acaso vi à uns meses este documentário na televisão e apesar do mesmo ser apelativo e bem estruturado não se pode dar credibilidade a tais afirmações até porque as provas que sustentam tais afirmações são escassas e muito pouco credíveis. Comparo estas afirmações aquelas que diziam que Adolf Hitler descendia de Judeus e que acabaram por ser acatadas pela sociedade como algo verdadeiro e indiscutível. O que é certo é que no final dos anos 90 um historiador acabou por desmentir tais afirmações embora eu não tenha a certeza que a maior parte da sociedade tenha realmente conhecimento desse desmentido. Neste caso será mais difícil comprovar a morte de Hitler no Bunker, na Alemanha, devido ao facto dos restos mortais terem sido completamente destruídos mas na minha opinião aqueles que fazem afirmações estonteantes e surpreendentes, como esta em que possivelmente Hitler terá fugido para a Argentina, é que devem demonstrar por meio de provas sólidas e inquestionáveis que as duas afirmações estão correctas e correspondem à realidade.

não acredito, porque algum dia a morte aparece a todos nós.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

sofiagov
talvez...mas também o Elvis está vivo  ::) ::)

enfim...
também já vi (acho que) na net que o michael Jackson estava vivo e tal...ok... :D :D :D

imortais  :D

CRI(P)TICO
Em Janeiro deste ano, apareceu mais uma versão que pode ser aliada a esta teoria.

'' Tese defende que Hitler fugiu para o Brasil.
Antes de chegar ao Brasil, ditador terá ainda passado por Argentina e Paraguai.

Uma tese de doutoramento em jornalismo que uma judia brasileira residente em Cuiabá, capital do estado do Mato Grosso, centro-oeste do Brasil, está a preparar, defende que o ex-ditador da Alemanha, Adolf Hitler, fugiu para o Brasil e terá vivido nesse país da América do Sul até 1984, quando terá morrido aos 95 anos.
Na versão oficial, Hitler e a sua amante, Eva Braun, suicidaram-se no bunker do então líder da Alemanha em Berlim em 1945, quando a cidade foi tomada pelas tropas soviéticas.

Simoni Renée Guerreiro Dias, que é formada em Educação Artística e está a preparar a tese para doutoramento em Jornalismo, nega a versão oficial e diz que Hitler, na verdade, simulou o suicídio e, com a ajuda de aliados que tinha no Vaticano, fugiu da Alemanha.

Sem Eva, sobre a qual a doutoranda não se debruça, Adolf Hitler terá fugido para a Argentina, de onde foi para o Paraguai, e, daí, para o Brasil.
Ainda de acordo com Simoni, que usou o que já conseguiu até aqui de informações para a tese para escrever o livro 'Hitler no Brasil - Sua Vida e Sua Morte', o führer instalou-se na pequena Nossa Senhora do Livramento, atualmente com 11 mil habitantes, a 42 km da capital do estado, passando a usar o nome de Adolf Leipzig.

Para Simoni, o apelido escolhido pelo suposto Hitler já é um indício, pois o ditador era apaixonado pela obra do compositor Bach, que nasceu em Leipzig.
A investigadora começou a investigar a alegada presença de Hitler em Nossa Senhora do Livramento depois de tanto ouvir histórias dos habitantes sobre um estrangeiro que tinha vivido na cidade até meados dos anos 80 do século passado e que se parecia muito com o ex-todo poderoso chefe do III Reich.

Ao conseguir uma fotografia, tirada em 1982, de Adolf Leipzig, Simoni ficou impressionada com a semelhança do "alemão velho", como o homem era chamado pelos habitantes locais, com Hitler e ficou definitivamente convencida depois de manipular o retrato no computador e colocar um bigode no rosto do fotografado.
Finalmente convencida, ela aprofundou a pesquisa e descobriu o que considera outras evidências.

Como relatos de que, quando Adolf Leipzig precisou ser internado num hospital de Cuiabá em 1979, uma freira polaca sobrevivente do holocausto reconheceu Hitler e teve um surto.
A tese de Simoni já recebeu fortes críticas de historiadores, que a acusam de ter pouca consistência histórica, mas ela diz ter um trunfo que poderá comprovar a sua versão.

Simoni conseguiu autorização para exumar os restos mortais de Adolf Leipzig, que estavam enterrados numa cova assinalada apenas com um pedaço de madeira sem nome, e vai tentar fazer um exame de ADN usando como comparativo um alegado descendente de Hitler que, curiosamente, a pesquisadora diz viver em Israel. ''

Fonte: Correio da Manhã

Agora há que esperar, para ver se a senhora consegue defender a tese com sucesso. ;D

Não acredito em nada disso. Para mim são teorias da conspiração, e era exactamente o que o Hitler queria, que não houvesse certezas sobre a sua morte.

Acredito em:

"No dia 22 de abril, Hitler enxergou finalmente a dura realidade, a guerra estava perdida. Após uma reunião com os militares, decidiu ficar em Berlim até o fim, e admitiu que a derrota alemã era iminente. Após expressar a intenção de que se iria matar, pediu ao médico Werner Haase orientação de como praticar um método fiável de suicídio. Haase sugeriu-lhe a combinação de uma dose de cianeto com um tiro na cabeça. O ditador nazista obtém através da SS o cianeto. Está pronto para enfrentar o seu último desafio contra Deus.No dia 28 de abril, Hitler foi informado de que Heinrich Himmer, genitor do extermínio dos judeus e responsável pelo terror da suástica, tentara negociar em separado, a paz com os aliados. O führer sentiu o peso da traição. Desde então passou a não confiar em mais ninguém. Suspeitava inclusive de que as cápsulas de cianeto em seu poder, dadas por Himmer, fossem falsas. Hitler decidiu testar o veneno em sua cadela preferida, Blondi. Dirigiu-se com Werner Haase ao banheiro que servia de canil para o animal. Abrindo a boca de Blondi, Haase espremeu com um alicate uma cápsula do veneno. O cão teve morte fulminante. Hitler, ao ver o seu animal preferido morto, não demonstrou qualquer expressão no olhar.

O Festim Final

Os últimos momentos de Hitler foram marcados pela tensão. No dia 29 de abril recebeu a notícia de que o aliado e ditador fascista, Benito Mussolini, juntamente com a sua amante, Clara Petacci, tinham sido fuzilados e pendurados em praça pública, tendo os corpos mutilados.
Hitler começou a executar o plano final da sua vida. Após testar o cianeto no cão alsaciano Blondi, chamou as secretárias, entregando-lhes cápsulas do veneno, caso quisessem usar quando chegassem as tropas russas.
Por volta das três da manhã do dia 29 de abril, Hitler casou-se formalmente com Eva Braun. Para realizar a cerimônia, Goebbels mandou vir um juiz municipal, Walther Wagner, que estava lutando em uma unidade da Volkssturm, a alguns quarteirões do bunker. A noiva começou a assinar a certidão de casamento como Eva Braun, mas deteve-se, riscou o B e escreveu Eva Hitler, nascida Braun. Bormann e Goebbels assinaram como testemunhas. Após a rápida cerimônia, foi realizado no apartamento particular do führer, o último festim do III Reich, servindo-se champagne e Fraulein Manzialy.
Eva Braun foi amante de Hitler por mais de doze anos. Tornar a sua esposa era um velho sonho, que o führer nunca lhe concedeu, pois tinha a convicção que um casamento iria atrapalhar a sua vida política e de líder do Reich. Já sem saída, à beira do fim, acedeu ao último desejo de Eva Braun. O sonho da jovem esposa duraria apenas trinta e seis horas.
A festa de casamento trazia uma atmosfera sombria, tendo como fundo musical às bombas sobre Berlim. Um cheiro de fumaça provinha do exterior e deixava o ar do bunker quase que irrespirável. Alguns convidados deixaram às comemorações furtivamente. O próprio Hitler retirou-se da festa, convocando a sua secretária particular Traudl Junge, para que redigisse um documento, que chamou de testamento pessoal, ordenando que ela fizesse mais três cópias.

Morte e Incineração dos Corpos

No dia 30 de abril, Hitler ordenou a Traudl Junge que destruísse todos os documentos existentes em seus arquivos. A trezentos metros, no telhado do hotel Adlon, soldados soviéticos disparavam suas armas contra os jardins da chancelaria. A hora do plano final de Adolf Hitler tinha chegado.
Por volta das 14h30, o motorista do führer, Erich Kempka, recebeu ordem de levar duzentos litros de gasolina para o jardim da chancelaria. Kempka teve dificuldades em conseguir tanto combustível, conseguindo juntar cento e oitenta litros, levando-os para a saída de emergência do bunker. Hitler não queria que lhe sucedesse o mesmo fim de Mussolini. Para que o seu corpo não fosse exposto em praça pública como troféu de vitória dos inimigos, pediu a seu guarda costas Otto Gunsche, que destruísse os seus restos mortais.
Às 15h00, o führer fez a sua última refeição, sem o acompanhamento de Eva Braun. Ao seu lado estavam as secretárias Traudl Junge e Gerda Christian, e a sua cozinheira Constanze Manzialy. Após a refeição, foi buscar a mulher no quarto. Reuniu no corredor em frente aos seus aposentos todos aqueles colaboradores mais íntimos, que lhe acompanharam até o último momento, entre eles Goebbels, Bugdorf, Artur Axmann, Heinz Linge, Hans Krebs, as secretárias e a cozinheira. Um a um Hitler apertou as mãos, em agradecimento. Terminada a despedida, retirou-se com a mulher para os aposentos.
Hitler ordenou aos seus colaboradores que esperassem dez minutos, depois entrassem. O aposento tinha duas portas de aço, a prova de fogo, de gás e de som. Do lado de fora, os últimos colaboradores fiéis a Hitler, aguardavam ansiosos o desfecho trágico do seu líder. Como as portas eram à prova de som, não ouviram o tiro fatal. Cerca de dez minutos depois, às 15h30, Heinz Linge abriu a pesada porta, deparando-se com o último horror de Hitler. Bormann, Goebbels, Gunsche e Axmann também entraram. Mais tarde, descreveriam a cena macabra:
Hitler estava no sofá, ao lado de Eva Braun, ambos mortos. No chão havia duas pistolas, mas só Hitler usara a sua, desferindo um tiro na boca. A bala vazara-lhe a têmpora do lado direito. No tapete ao lado do sofá, formava-se uma poça de sangue. Na parede e no próprio sofá, estavam respingos de sangue. Dois filetes de sangue escorriam da sua face. A julgar pelo pouco sangue que vertia do führer, os seus colaboradores chegaram à conclusão de que ele havia ingerido primeiro uma cápsula de cianeto, em seguida desferira o tiro. Eva Braun fizera uso apenas o cianeto.
Do lado de fora do bunker, granadas russas explodiam ensurdecedoramente no jardim da chancelaria. Entre intervalos dos bombardeios, Heinz Linge providenciou a retirada dos corpos do bunker. Otto Gunsche e Linge envolveram o corpo de Hitler em um cobertor, que lhe cobriu o rosto desfigurado, transportando-o para o jardim. Martin Bormann começou a transportar o cadáver de Eva Braun, mas foi interrompido por Erich Kempka, que se irritou ao ver que ele carregava desrespeitosamente àquela que se tornara a mulher do führer. Kempka tomou o cadáver de Eva Braun nos braços e terminou o trajeto até o jardim.
Os bombardeios dificultavam a queima dos cadáveres. Numa cratera feita por uma bomba a dois metros da saída do bunker, os corpos dos suicidas foram postos lado a lado. Martin Bormann descobriu o rosto de Hitler, olhou-o uma última vez, depois o cobriu novamente. Os cento e oitenta litros de gasolina trazidos por Kempka foram jogados sobre os corpos. Heinz Linge lançou um pedaço de tecido em chamas, provocando uma grande chama. Enquanto os corpos ardiam, Goebbels, Gunsche, Bormann, Axmann, linge, Hewel, Rattenhuber e Schaedler, ergueram a mão direita na saudação nazista de despedida, voltando ao bunker. Era o fim de Adolf Hitler, o poderoso führer do sombrio e sanguinário III Reich."

"A ciência não só é compatível com a espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade" - Carl Sagan