Senti a morte a chegar

Dia 10 de Janeiro de 2006 recebi um telefonema de uma amiga que me acordou a pedir para ir ter com ela ao embaixado no centro do porto porque estava a precisar de falar...
Apesar de nem 8 da matina serem e de estar sonolenta, disse-lhe que me ia preparar e apanhar o autocarro para ir ter com a ela a baixa...

Sempre gostei de ser amiga em todas as ocasiões principalmente quando alguém precisa de um ombro amigo o meu nunca falta...
Mas nessa manha não conseguia estar a tenta a nada do que ela me falava, sentia falta de ar, tristeza, sentia o peito apertado e até chorei sem nenhum motivo aparente...

A minha amiga pensava que eu tinha algum problema que não queria contar mas na verdade eu apenas sabia que alguma coisa estava a acontecer...
Disse-lhe que não sabia o que era mas que queria ligar para o meu irmão e não tinha saldo, bem ela também não tinha por isso não liguei...

Continuei a ficar cada vez com mais falta de ar e tive de sair do café para respirar melhor. Lembro de ela disser ao rapaz que estava na porta do café que eu estava a ter uma crise de claustrofobia...

Mas não, eu sentia que alguém da minha família estava a morrer e tive a confirmação quando recebi uma mensagem do meu irmão (que estava também sem saldo para ligar) que queria falar comigo e era urgente!

O meu coração disparou e cegamente entrei na loja de jogo em frente a antiga paragem do 72 para telefonar ao meu irmão...
Lembro-me que tinha a boca seca e a garganta a colar...
Quando o meu irmão atendeu a chorar, sofri e vi a imagem do meu pai na minha cabeça... e depois ouvi-o dizer   – Raquel o pai morreu! –   a dor foi incrível não dá para explicar o que senti...

Não via o meu pai há um ano, estávamos meios chateados apesar de saber que era amada por ele e ele por mim...

O meu pai morreu porque não conseguia respirar os pulmões deixaram de trabalhar...
Podia por o nome da doença ou dar mais pormenores mas acho que assim já dá para entender bem a minha historia...

Nessa noite deitei-me e senti o meu pai ele veio se despedir e responder-me a algo que a minha mente repetia vezes sem fim... A voz dele estava suave e cheia de paz...
Fiquei mais aliviada... mas até hoje triste...

fiquei muito emocionada com a tua história...
Sinto muito pela tua perda...uma pessoa tão chegada a nós realmente pode fazer-nos pressentir quando alguma coisa não está bem...
beijinhos

Oh que triste, lamento. Ao mesmo tempo é uma história bonita e realmente tens aí um dom...!

lamento a tua perda... realmente é uma historia triste...

Lamento, realmente deve ser uma sensação horrível...

obrigada a todos... realmente foi muito triste ainda é...

sei o que isso é mas nao era a morte mas sim o meu irmão no hospital de sao joao que a beira da ala dos doentes com hepatite apareceu e me deu a mao

Lamento mesmo a tua perda Raquel! Ainda por cima o teu Pai morreu sem puderes fazer as pases com ele... 

Comovente! Lamento pelo teu pai! também tenho uma relação complicada com o meu, mas mal li o teu post, liguei-lhe. E gostei da parte em que dizes que era amado por ti e tu por ele! É assim que deves recordar

A spiderzinha também tem andado fugida. Eu, já que não tenho relatos para conntar, ao menos vou dando conta das faltas... Vê se apareces!

Lamento mesmo a tua perda Raquel! Ainda por cima o teu Pai morreu sem puderes fazer as pazes com ele... 

sim é verdade que não estive com ele fisicamente mas as pazes foram feitas quando o espírito dele se veio despedir e responder a uma pergunta que eu fiz na minha cabeça durante o dia todo...

Só não consigo habituar-me à ideia que nunca mais irei poder sentir o toque quente de um abraço dele ou de um beijo, um carinho, a voz do meu pai, o olhar meigo... é isto que me mata por dentro, é a falta destas pequenas e tão grandes sensações de afecto.

Mas eu senti a paz dele e senti que tudo estava 'bem' se é que 'bem' é a palavra certa para definir a situação...

Quem não ficou bem foi eu pois uma parte de mim desapareceu no momento eu que ele morreu... mas quem sabe se um dia quando chegar a minha vez se o irei voltar a encontrar a minha espera de braços abertos para me receber cheio de amor para dar... espero que sim

Claro que sim, Raquel Um dia vais sentir novamente o calor de um abraço do teu pai!

Comovente! Lamento pelo teu pai! também tenho uma relação complicada com o meu, mas mal li o teu post, liguei-lhe. E gostei da parte em que dizes que era amado por ti e tu por ele! É assim que deves recordar

Fico feliz por saber que de alguma forma 'ajudei' mesmo feliz acredita e sim liga-lhe e ouve e perdoa e tenta compreender e obriga-o também a ouvir perdoar e compreender a tua parte, pois todos somos diferentes e apenas temos de saber encontrar-nos nas partes em que somos iguais e aceitar todas as outras...

Claro que sim, Raquel Um dia vais sentir novamente o calor de um abraço do teu pai!

Peço a Deus para que sim

A spiderzinha também tem andado fugida. Eu, já que não tenho relatos para conntar, ao menos vou dando conta das faltas... Vê se apareces!

Já cá estou  senti que estavas a chama por mim 

sim é verdade que não estive com ele fisicamente mas as pazes foram feitas quando o espírito dele se veio despedir e responder a uma pergunta que eu fiz na minha cabeça durante o dia todo...

Só não consigo habituar-me à ideia que nunca mais irei poder sentir o toque quente de um abraço dele ou de um beijo, um carinho, a voz do meu pai, o olhar meigo... é isto que me mata por dentro, é a falta destas pequenas e tão grandes sensações de afecto.

Mas eu senti a paz dele e senti que tudo estava 'bem' se é que 'bem' é a palavra certa para definir a situação...

Quem não ficou bem foi eu pois uma parte de mim desapareceu no momento eu que ele morreu... mas quem sabe se um dia quando chegar a minha vez se o irei voltar a encontrar a minha espera de braços abertos para me receber cheio de amor para dar... espero que sim

Fizeste me chorar  ...

Meu avo morreu em abril ou março de 2010 ele morreu falecido  com 84 anos.

eu ainda sinto falta dele eu ainda penso nele  buaaaaaaaaaaaa