Terreiros

Olá Shanoca.

Em primeiro quero dizer o seguinte: um terreiro de umbanda é um templo onde se cultua uma religião. E como religião, a Umbanda é tão valida como as outras, não é pior nem melhor. Se escolheste um centro espirita e é lá que tê sentes bem, eu dou-tê o meu apoio e espero que consigas resolver por lá o que procuras. Que sejas muito feliz. Para mim todas as religiões são válidas, nós é que temos que escolher aquela onde nos sentimos bem. Por isso desejo-tê muita força no caminho que escolheste. Que ele tê traga a luz.

Quanto ao assunto do piercing e ao facto de tê teres sentido mal eu faço uma ideia do porquê. Se quiseres eu digo-tê por mp.

Agora vamos entender o porquê das velas.
Em primeiro lugar temos que ter consciencia que nem todas as casas contam o preço justo por este ou outros elementos. Logo uma vela pode ir dos 8 aos 80.

Agora o porquê. Temos que entender que a Umbanda é uma religião magistica por natureza e como tal se serve de vários elementos. A vela é uma delas. Mas a principal função deste elemento igneo é fortalecer a tua ligação com os teus guias, com os orixas. Criam um link. Através desse elemento igneo tu recebes vibrações mais fortes que tê vão fortalecer.

Quero pedir desculpa se falei algo que não devia.

Paz e luz.

Pois secalhar devia ter procurado uma resposta,e sim não digo q a Umbanda nao seja valida não foi nada disso acredita,e agora que me explicas-te tem sentido ainda assim optarei pelo o caminho q por agora vai de encontro com a minha consciência como tinha dito anteriormente. Eu por acaso procurei o porque de me ter sentido assim encontrei respostas mas não as entendi na totalidade se me quiseres explicar por pm agradecia imenso e com disse ,nao sei o que me reserva o amanha na umbanda conheci pessoas q frequentaram um centro espirita durante anos e depois optaram pela umbanda.
abraço e obrigado mais uma vez

Saudações Shanoca.

Deves entender que tudo tem sua hora e que nada adianta estar com pressa. O facto de teres a mediunidade desenvolvida, não significa que esteja em equilíbrio. E esse equilíbrio consegue-se com o tempo.

Amigo João, cada um tem sua forma de actuar. De nada adianta fazer contas e enumerar qual o melhor ou qual o pior. O que interessa é o objectivo final. É certo que existem formas rápidas de solucionar o assunto, mas as mais lentas também resultam. Resta saber qual aquela que a Shanoca se adapta melhor.
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Concordo e assino em baixo. Ter a mediunidade desenvolvida, não significa que seja capaz de desempenhar um bom trabalho mediunico. Falta-lhe o equilíbrio para tal demanda.

Não vejo a mediunidade como uma missão, mas sim como uma característica humana que todos têm. Só que uns a têm mais desenvolvida que outros.

Só corrigindo um pouco, de acordo com a umbanda que conheço. Não são 7 Orixás, mas sim 7 linhas de umbanda.

Linha da fé ou cristalina - Oxalá e Egunitá

Linha do amor ou mineral - Oxúm e Oxumaré

Linha do conhecimento ou vegetal - Oxóssi e Obá

Linha da Justiça ou Ignea - Xangô e Egunitá

Linha da Lei ou Eólica - Ogún e Iansã

Linha da Evolução ou Telúrica - Obaluaiê e Nanã

Linha da Geração ou Aquática - Iemanjá e Omolú


A pressa de incorporar

"É comum e natural a pressa que alguns médiuns iniciantes tem em incorporar, ou mesmo desenvolver outras qualidades mediúnicas.

É preciso compreender que desenvolver a mediunidade não é entrar num terreiro e já "sair incorporando".
Entendemos a pressa do médium em "se desenvolver" e em trabalhar e aprender com seus Guias.
Mas para isso torna-se necessário um tempo de maturação por parte do médium, não só apenas perante sua própria mediunidade e seu desenvolvimento, mas também perante si mesmo, perante a sua religião e acima de tudo da responsabilidade do serviço mediúnico.
Esse processo leva seu tempo, mas enquanto ele ocorre é necessário a real vontade de aprender, conhecer, se melhorar e querer servir e estudar a sua mediunidade.

Antes mesmo de "atender" com seus Guias o médium tem que ter a humildade de atender as necessidades da espiritualidade e de sua casa de outra forma. Pois o serviço mediúnico e religioso começa antes do atendimento dos Guias e acaba depois.
Querer atropelar o seu tempo natural de desenvolvimento, é por em risco todo um processo de crescimento.

Se as etapas existem é porque são necessárias.

Sair incorporando a toda hora e em qualquer lugar ou mesmo querer escutar seus Guias "de qualquer jeito" são formas comuns de atrair para a vida do médium iniciantes kiumbas (espíritos obsessores) que se divertem com a inocência, pressa e imprudência do médium colocando vários entraves para o seu desenvolvimento. Lembre-se o desenvolvimento mediúnico deve ser feito em um local preparado para tal.

Achar-se "preparado", ser "preparado" ou mesmo estar "preparado" são coisas distintas.

Tudo tem seu tempo e esse tempo não é igual para todos e não é apenas analisado pelo seu/sua dirigente, mas também e principalmente pela sua própria espiritualidade.

É comum encontrarmos médiuns "afoitos" abandonando um terreiro por achar que não está a ser "valorizado" por seu dirigente porque acha-se preparado e não foi reconhecido.
Precipitar o processo pode acarretar em desânimo, frustração e pode transformar um bom médium num mistificador, vaidoso e arrogante, fazendo talvez com que se desvirtue do seu caminho e comece a culpar a Umbanda, seu terreiro, seu/sua dirigente por seus desajustes.
Por isso, calma!!!

Existe muitos fatores que devem e precisam serem analisados antes de colocar um médium a dar consultas ou passe como é mais conhecido.
E o médium que depois de uma análise de seu dirigente e da espiritualidade da casa foi indicado para receber seu preparo, deve ter muita humildade e não sentir-se envaidecido pelo posto, ou melhor tarefa que lhe foi designada e entender que apesar do preparo ele nunca estará realmente "preparado" para tal compromisso, pois o preparo é constante.
Agora que ele assumiu essa tarefa de forma consciente e não emocional sua atenção e responsabilidade perante seu desenvolvimento mediúnico precisa aumentar, pois ele passa a ser um expoente dentro do seu terreiro e como tal tem a responsabilidade, se não a obrigação de ser um exemplo e uma força na casa.

Incorporação na Umbanda exige, disciplina, vontade de se melhorar, maturidade, firmeza e segurança emocional para não se deixar influenciar pelas necessidades dos assistidos ou mesmo tecer julgamento unilateral da pessoa ou da situação que está a ser exposta, evitando assim o risco de interferir na comunicação e no atendimento da espiritualidade.
E tudo isso deve ser aprendido e praticado por um médium de Umbanda antes mesmo de se achar preparado para exercer sua mediunidade através do serviço da Luz de nossos amados Guias e Orixás.

Lembro que o entusiasmo é importante, o amor e a fé também, mas a determinação e a paciência também o é.

O tempo é leal conselheiro e se esse for seu caminho dentro da Umbanda, não se aprese nem se preocupe, o tempo chegará no momento que você estiver pronto para iniciar uma nova etapa no seu desenvolvimento. Até lá procure servir a espiritualidade, seu terreiro, seus irmãos de corrente e assistência da melhor maneira possível.

E lembre-se que a pressa é inimiga da perfeição..., da compreensão e consequentemente da sua evolução."

Por: Heldney Cals e Santiago Júnior

Estava citando os setes orixás regentes dos chakras mais comumente usados, e que coincidentemente eles estão enumerados em cada uma das suas citações onde eles aparecem no primeiro nome, e quando falei é em chackra mesmo não na linha de umbanda.
Sem discussão de fundamentos, pois se verificarmos sua citação ainda estaria faltando alguns orixás.
Logo digo que ela deverá elucidar no terreiro que ela foi e ver os fundamentos deles.

Eu entendi. Simplesmente achei que podia somar mais alguma informaçao.

Quanto aos orixas que falei, têm por base os fundamentos da casa onde trabalho. Mas vc tem razão, se tivermos em conta o panteão africano faltariam bastantes.

Eu entendi. Simplesmente achei que podia somar mais alguma informaçao.

Obrigado pela explicação!

Fico grato pelo nosso entendimento!

Eu não quis passar por cima do seu post. Só quis adicionar mais informação.

Olá. Bem vou contar a minha experiência como Umbandista em relação a piercings e cabelo colorido. Eu frequento um Terreiro há mais de 2 anos e nunca me senti discriminada pelas entidades, já pelas pessoas da assistência não comento eheh. Tive o cabelo vermelho, passei para azul, depois roxo, tenho piercing no nariz, língua e orelhas. A primeira vez que fui com o cabelo azul (eu e o meu namorado) recebemos olhares da assistência e então, pelo menos eu, fiquei com receio do que a entidade fosse dizer. Quando chegamos ao caboclo ele ficou a olhar para nós, andou à nossa volta espantado, sempre a olhar para o cabelo e disse: "Como vocês fizeram isso filhos? Isso sai? Porque fazem isso? Que toco jeitoso filho." sempre com um sorriso nos lábios. E nós explicamos que gostamos de cor da nossa vida, faz-nos sentir alegres e felizes. Depois noutra gira, de baianos, onde eu já estava com o cabelo castanho, a baiana disse-me: "Então filha, porque tirou a cor? Estava tão formosa." =) E eu disse que sentia necessidade de mudar, e ela só acenou com a cabeça em jeito de confirmação. Em relação aos piercings, há fundamentos da casa para quem está a desenvolver tais como vestir branco, não levar jóias (anéis, brincos, etc...) não ter maquilhagem nem unhas pintadas, tudo na base da humildade. Então como o piercing do nariz não estava cicatrizado ainda eu perguntei ao caboclo se tinha de o tirar ao que ele respondeu "Isso é ornamento né filha?" e eu concordei, não disse mais nada. Na próxima gira esqueci-me de tirar e não me foi dito nada.
Com isto tudo, só espero que encontres um bom Terreiro, onde te sintas em casa, assim como eu. As entidades são compreensivas e sabem que tens sempre o livre arbítrio, então nunca te obrigam a fazer nada, apenas aconselham.
Há sempre a hipótese de não teres ido a um bom Terreiro, onde muitas vezes os médiuns fingem estar incorporados.
Axé e muita Luz no teu caminho espiritual!

tópico com muitos esclarecimentos, muito bom...