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  • Viagem Astral, Mediunidade e Criatividade
    Iniciado por Lilith Lua Negra
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Estou a pensar que, quando dizem que todos somos médiuns, isso prende-se com o nosso Dom, os artistas têm mediunidade para com as coisas da arte, têm Guias artistas que os inspiram, depois há pessoas que têm mesmo o dom da mediunidade, por isso têm Guias mediúnicos que os ajudam, têm essa missão.

Será que funciona assim?

Era bom que fosse, porque ia fazer com que todas as pessoas acreditassem, de uma vez por todas, que somos todos artistas, só temos de descobrir o nosso Dom, isso fazia todos mais felizes, porque um dos males das pessoas é acharem que os outros são melhores que elas e não conseguem perceber que cada um é uma peça do puzzle e que sem todas, ele jamais poderá formar uma imagem perfeita.

O meu Dom é o da Criatividade, mas sozinha não o tenho, preciso da ajuda dos meus guias, ou do meu Anjo da Guarda, não sei, uma vez numa Viagem Astral  vi um Anjo, não sei se ele existe, pois não percebo muito de Anjos,


Foi uma experiência muito intensa que estou aqui a contar em primeira mão, nunca contei o fim a ninguém, porque como é habitual, não valia a pena, não iam acreditar em mim,  eu não tinha provas... Afinal até tinha estas, mas na altura nem me lembrei que fossem e pensei que  não era importante.

Foi muito intenso, primeiro a mestre disse para eu subir por um arco-iris, até lá acima, mas eu não consegui imaginar isso, não fazia grande sentido e decidi ir a voar como nos sonhos,  fui até um portão enorme, consegui com esforço alcançar o puxador redondo e pesado... Credo, lembrei-me agora mesmo, aquele puxador foi algo muito importante para mim até hoje e só agora percebi porquê, esta casa para onde vim depois disso tem os puxadores exactamente iguais mas mais pequenos, sendo que são grandes demais para o que costumam ser, acho que este é o meu sítio de paz, ando sempre a pensar que um dia talvez tenha de sair daqui, porque a casa é arrendada, acho que afinal foi para me dizerem que é aqui que pertenço, que bom, ainda bem que estou a escrever isto, as coisas revelam-se na altura certa, nunca me tinha preocupado por ter de sair daqui ou não, é um bom presságio.

Mas continuando, passava uma luz branca muito forte por baixo da porta, branca brilhante e muito intensa, depois abri o portão e só ficou aquela luz a tomar conta de tudo, era uma luz que não feria e era tipo neblina, apareceram dois vultos que à contra luz pareciam vestidos de escuro, não vi as caras, mas sei que sorriam de saudade e benevolência, foi o que senti, o da frente era a minha avó paterna e atrás dela o meu primo, eu sempre tive uma amizade fora do vulgar por ele, e mais tarde foi ele quem me mostrou o caminho para o esoterismo, essa minha avó era a pessoa que mais gostei, era forte de espírito e de garra e foi sempre muito fria comigo, eu pensava que ela não gostava de mim e vivia com muita pena de ela ter partido sem nunca me ter dito o que eu queria ouvir, que gostava, em vida ela dizia a toda a gente que gostava do meu irmão porque lhe fazia lembrar o filho e que nunca gostou de meninas, pois ali estava ela, mas o mais engraçado é que eu sabia, senti que só podiam ser eles e era evidente que estavam lá.

Eu ia contando algumas coisas que sentia, porque eu não vi nada disto na altura, só via o que vemos quando fechamos os olhos, ou seja, nada. Depois a mestre disse para eu continuar, para atravessar até lá ao fundo e eu fui, ía descrevendo o que nem sequer via, estava só a pensar que fosse assim, havia um muro de pedra e depois do muro acabava o lugar e podia ver que estava situado no céu azul claro acima das nuvens, fui a correr e dei um salto para cima do muro, gosto de fazer isso, e quando ía a espreitar lá para baixo para saber a que altura ficava, apareceu um anjo gigante, era  um rapaz, estou-me a lembrar que não havia som nenhum, não vi a cara, estava de túnica, curta e branca, com um cinto vermelho fininho e sandálias, apareceu de repente por detrás do muro baixo a voar para cima, tinha duas asas muito grandes e fortes, como as de uma águia e eu sabia que se chamava Miguel Ângelo, o pintor mesmo, eu sou fã do Leonardo da Vinci e nunca pensei que o Miguel Ângelo me pudesse vir assim à cabeça, seria mais normal ser o Leonardo :oops:  em pequena eu pensava que era a reencarnação dele.

Sei que não foi só imaginação porque até posso desenhar o que vi e além disso eu pensava que o meu Anjo da Guarda era um outro que me espera quando estou a meditar para me levar a algum lado, não sei onde porque adormeço e nunca chego a ir a lado nenhum, a esse chamo Hannael, mas fui eu que escolhi o nome, vi num livro de anjos e escolhi ao calhas, mas ele deve gostar porque nunca reclamou, adiante, a seguir a mestre disse que ele me ía levar a um lado mas que não me ía dizer onde era,  pensei que ia fazer uma regressão mas não,  vi-me a voar nos braços no Anjo no espaço e passávamos planetas e estrelas durante bastante tempo, por baixo de nós havia algo que eu nunca vi em lado nenhum, era um arco íris, no inicio eu nem achei que isso fizesse sentido, por isso não o aí colocar ali sem me dizerem nada, o que ele tinha de diferente eram as cores, eram as mesmas, mas diferentes, não é possível pintá-las, era um arco íris no meio do escuro e as cores eram perfeitas, intensas, entre o brilho e a luz própria, como se estivesse vivo, e eu nunca vi aquilo, por isso sei que estive lá.

Depois havia uma gruta plantada no espaço e o arco íris terminava aí, o anjo foi embora e eu fui até à entrada da gruta, vi que era uma fonte e a água era muito fresca e pura, mas eu não lhe toquei, sabia apenas, depois senti os lados a mudarem de cor e ficarem de tonalidade púrpura e sentei-me no "chão" virada de costas para a fonte, depois vi como se estivesse a ver outras pessoas, mas era eu à mesma, sentada de vestido branco (eu não usava vestidos nessa altura) e por trás da fonte apareceu Jesus, vestido de branco, com cabelo comprido, mas não vi a cara, o estranho, é que eu nunca acreditei que ele existisse, então comecei a chorar, como agora, porque eu perguntei se estava a agir bem numa decisão importante que tinha tomado e ele, sem responder, debruçou-se por trás de mim, eu nunca me virei,  envolveu o meu rosto com as mãos e deu-me um beijinho na testa, depois sorriu, como a minha avó e o meu primo, sem que eu visse, mas soubesse, que estava a sorrir de benevolência, gostava de mim e para não ter medo das minhas decisões, estariam sempre bem.

Depois não havia mais nada para fazer e abri os olhos... Até essa altura eu seria incapaz de descrever isto, porque não tinha visto nada, o que eu relatava á mestre não eram estes pormenores todos era só o básico, estou a abrir a porta, vejo a minha avó e o meu primo, saltei para um muro, apareceu o Miguel Angelo, vou por cima dum arco íris, há uma gruta, não, é uma fonte, vou esperar aqui e depois só chorei.

Estava decepcionada porque achava que era só um pensamento, pensava que ia ver tipo um filme e fechei os olhos e era tudo escuro, ela também ficou triste, porque estava a iniciar-se nestas sessões e não lhe dei a confiança que desejava, ela disse mais ou menos assim, "foste mesmo lá mas tu só acreditas no que vês e não confias no que sentes".

Quando fui para casa ía meio triste, porque fiz uma pergunta e deram-me uma resposta, precisava que essa resposta fosse verdade, mas para isso tinha de provar a mim mesma que tinha estado lá, então apercebi-me que embora não tivesse visto nada enquanto lá estive, no momento em que estava a pensar nisso e mesmo agora, eu lembrava-me de tudo e mais difícil, eu tenho a mania de dizer que os humanos não conseguem imaginar nada para além do que já conhecem porque não podem imaginar cores primárias diferentes e eu ví as cores naquele arco-íris.

Mas estava a falar da mediunidade e como nunca tenho com quem falar sobre estas coisas, agora parece que podia ficar aqui a noite toda e nunca mais parar, é uma pena quando dizem que não sei falar de nada, porque só falam de coisas sem interesse, politica e a vida superficial, não tenho cultura geral porque não sou cusca, não quero saber, mas sei falar daquilo que sinto e daquilo que sou.
Por exemplo, hoje aconteceu-me um "milagre" pequenino para alguns, mas para mim muito grande.

Aconteceu porque pedi ajuda, nunca peço nada material, só luz, mas é essa luz, traduzida em  inspiração que preciso e alguém lá em cima sabe que o que preciso são ideias, assim a criatividade vem até mim sem que eu tenha de fazer nada, sei e pronto, depois faço e não tenho dúvidas de como fazer, porque sei sempre tudo, se não souber, logo aparece alguém ou alguma coisa que sabe e me ensina e sai-me sempre tudo bem.

Ontem estava eu a pensar que nunca peço nada a ninguém e estava orgulhosa disso, acho que a humildade estava a dormir a sesta.

Pouco depois vi no face book um apelo de uma amiga, lembrando-nos que há animais abandonados que nem sequer têm onde beber água e este calor é o inferno para eles, que não merecem.

Então resolvi ajudar, pensei, vou colocar uma coisa na rua e eles vão lá e bebem a água... mas acontece que aqui não há sombras, eu saio se manhã e volto à tarde, a água só vai estar fresca por pouco tempo.

Não posso colocar nada lá fora que custe dinheiro, senão roubam... Nem posso deixar a água ao sol, uma tigela tem de estar tapada, com o quê?

Pensei, pensei e por fim pensei, estranho, costumo ter tantas ideias que só tenho de escolher qual me apetece fazer e agora não sai nada.

Mas faz falta, preciso inventar alguma coisa, Anjo das ideias, ajuda-me por favor, os cães que andam por aí e não são poucos, não têm a sorte do meu, por mim e por eles, dá aí uma ideia que funcione, pois não consigo imaginar nada que ninguém queira roubar e que sirva para a água se manter relativamente fresca. Não aconteceu nada...

Era tarde e fui dormir, de manhã fui trabalhar, quando fechei o portão do pátio lembrei-me que era suposto deixar ali água, mas não havia solução à vista.

Quando cheguei ao meu serviço, enquanto falava com uma amiga sobre coisas completamente diferentes, a ideia já estava na minha cabeça.

Algo tão genial que não lembra a ninguém, inutilizando algo que por si só já ninguém iria querer roubar e que eu tenho aos montes para deitar fora... Toda a gente tem e todos podem fazer o mesmo...

Vou deixar em suspense, tentem pensar no que poderá ser, quem sabe se o meu anjo não deu a ideia a mais alguém?
Hoje já é tarde, fiquei a escrever, amanhã faço a ideia e ponho aqui uma fotografia,

Boa noite a todos
O equilíbrio consegue-se entre o que é espírito e o que não o é.

Que lindo Lilith!! :')

Não consigo imaginar qual foi a tua ideia, mas outra ideia boa seria um guarda-chuva velho, aberto e preso ao local onde irá ficar a água...

Bons sonhos ****

Citação de: Pompety em 11 julho, 2013, 02:29
Que lindo Lilith!! :')

Não consigo imaginar qual foi a tua ideia, mas outra ideia boa seria um guarda-chuva velho, aberto e preso ao local onde irá ficar a água...

Bons sonhos ****

Eu acho genial, talvez funcione melhor com uma pedra dentro para fazer peso.

Para ficar mesmo económico, arranjei um garrafão vazio, com laca de cabelo normal dei umas "sprayzadas" para depois a tinta agarrar melhor, usei uma tricha velha, uma tacinha de yogurte para colocar a tinta (tinta de parede branca, para reflectir o calor) e um x-acto para cortar a abertura no fim.
Dei duas demãos, usei um secador entre demãos para secar mais rápido e em menos de 15 minutos estava pronto:



Também se pode usar um vaso de barro velho e respectivo prato, o vaso até pode estar partido, se for apenas para tapar o sol e impedir que a água aqueça muito, nesse caso a água mete-se no prato e o vaso por cima invertido, se partirmos um bocado que dê para eles chegarem, à água melhor, quanto mais partido menos cobiçado.

procura-se que a água não fique demasiado quente, o que no verão é quase inevitável, num local sem sombras e usar algo que ninguém se lembre de "pedir emprestado"  ;D

Amanhã já vejo se funciona.
O equilíbrio consegue-se entre o que é espírito e o que não o é.

Excelente ideia Lilith!! :o
Para o branco reflectir a luz do Sol...
Fantástico...
E quanto ao vaso, exactamente, quanto mais partido, menos cobiçado... É triste que hajam pessoas que pensam em roubar um vaso que servirá para matar a sede a animais indefesos...

Para a água demorar ainda mais a aquecer podes substituir por água congelada...

:)

Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem