Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.508
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • Os dons são todos dádivas divinas?
    Iniciado por Lilith Lua Negra
    Lido 5.298 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
Se tiverem opiniões para me ajudar agradeço.

À cerca de 5 anos uma amiga minha disse-me que as pessoas perdem os dons se os usarem para ganhar dinheiro, estando a referir-se aos médiuns.

Isso deixou-me cheia de dúvidas na altura, porque:

- Eu sempre ganhei dinheiro com os meus dons, desde pequena que vendo coisas que faço, nunca tive qualquer tipo de "azar" com isso, muito pelo contrário, os negócios sempre me correram bem. Faço assim, se as coisas correm bem é porque estou no bom caminho, se correm mal paro logo para reflectir no que posso estar a fazer de errado e esta forma de pensar sempre funcionou bem.

- Nessa altura, num Centro Espírita, uma médium disse (sem me conhecer de lugar nenhum) que o que eu pintava e escrevia não era eu que fazia, que era ajudada pelos espíritos que me acompanhavam.

Pensei, se ela sem saber se eu pinto ou escrevo acertou em cheio, se eu própria por vezes me custa a acreditar que fui que pintei ou escrevi, porque não aprendi o suficiente para fazer o que faço, então é porque ela está certa.

Não tenho mediunidade para comunicar ou incorporar os espíritos como ela, mas eles conseguem influenciar o que eu faço, talvez eu tenha mediunidade para os dons que tenho, assim como ela tem para os dela.

Se tenho mediunidade nesses dons e ela nos dela e se eles vêm dos espíritos, então da mesma forma que ela não deve ganhar dinheiro com os dons dela, eu não devia ganhar com os meus.

Mas eu tenho muitas teorias, uma delas é que todos os seres têm um dom, todos nós somos artistas, podemos não nos dar valor por estarmos habituados, mas aos olhos dos outros, os nossos feitos tomam outras dimensões, se a pessoa estiver a fazer o que gosta, normalmente é porque está a trabalhar no seu dom, seja cozinheira, mãe, dona de casa, não tem de ser uma coisa que a sociedade considere "nobre" como ser cabeleireira, advogada ou médica, nada disso, eu tenho uma amiga que só tem a 4ª classe, trabalha num hospital, o dom dela é o carinho que tem com os doentes, ela é uma artista nisso, fala de cada doente como se falasse de uma obra de arte e ama-os como tal, tem muito mais valor que certos médicos que trabalham pelo dinheiro.

Estou confusa, a sério, porque conheço uma médium que deixou a mediunidade para ir trabalhar para uma escola, porque embora levasse dinheiro ele não era suficiente para pagar as despesas e se não levasse dinheiro era como estar desempregada.

Será que não tinha dinheiro para sobreviver por estar a usar a mediunidade para ganhar dinheiro?

Isso aplica-se apenas ao dom da mediunidade, ou a todos os outros?

Não faz sentido, porque devemos trabalhar no nosso dom.

Uma coisa que faz algum sentido é que, talvez não devêssemos ganhar dinheiro com coisas "divinas".

Por exemplo, eu só pintei uma imagem divina, a de Nossa Senhora do Ar num prato de Porcelana, ficou muito bonito, mas alguma coisa me disse que não o podia vender e ofereci a uma amiga, será que é por aí?

Falo do que sinto, não só não sinto inspiração para pintar esses temas, como o que sinto quando penso nisso é estar a faltar ao respeito a Deus, não que pense que isso tenha lógica ou não, mas não sinto vontade, no entanto escrever acerca de temas que envolvam Deus é algo que faço desde que sei escrever, não consigo parar, claro que não é a troco de nada, nem percebi ainda porque escrevo tanto, não consigo parar.

Devia era deixar de pensar, ainda fico maluca, estou baralhada, a sério.

Queria deixar o meu emprego para me poder dedicar de corpo e alma ao meu maior dom, o que me faz tão feliz e continuo cheia de dúvidas.
O equilíbrio consegue-se entre o que é espírito e o que não o é.

Ola Lilith,

Que bela questão que levantaste agora :)
Tal como tu, eu sou uma fascinada pela escrita e escrevo desde que me lembro, sendo para mim tão fácil como respirar. Não o faço para o publico nem ganho nada com isso para além das palavras sempre gentis de quem "me" lê.
Para mim os dons são efectivamente divinos porque nós somos também seres divinos... a nossa arte pode ter várias origens, uma vez que, algumas teorias dizem que nos acompanham de outras vidas. Na astrologia estão associadas a casa do SN ;)

Pessoalmente não creio que a minha escrita seja "inspirada" por espíritos, mas posso dizer que é um dom divino e quando escrevo sinto-me a expressar o melhor de mim, a dar o melhor de mim ao mundo: a minha alma na totalidade. Sinto-me totalmente ligada a "Deus".

Quanto a cobrar pelos nossos dons, acho tudo isso muito relativo e acredito que deve ser visto caso a caso. Uma vez li um artigo sobre quiromancia que dizia que se devia cobrar pela leitura como forma de "valorizar" o dom... por isso não condeno quem o faz. Repara, se tu escreves um livro sobre auto ajuda e o pões a venda, obviamente que vais estar a ganhar dinheiro e a ajudar os outros. Creio que a questão aqui está no objectivo com que fazes as coisas. É diferente escrever um livro com o intuito de ganhar dinheiro ou escrever um livro desejando ajudar os outros... Os lucros acabam sempre por vir, mas é na energia que aplicas à acção que está o verdadeiro segredo ;)

Relativamente a tua questão sobre deixares o teu emprego, partilho contigo um conselho amigo que me ajudou em tempos : " Procura a verdade na tua vida. Pesa numa balança tudo o que é verdadeiro e o que não e aplica essa verdade a tudo o que faças".
A tua verdade é diferente da minha, mas é no "viver em verdade" que encontramos todas as respostas. As respostas certas ;)

E a propósito dos dons estou a ouvir Ed Sheran, com uma musica que diz "The best things in life came free to us..." e isto também é verdade  :D
"Listen: this world is the lunatic's sphere,
Don't always agree it's real,
Even with my feet upon it
And the postman knowing my door...
My address is somewhere else."

Faço dois exercícios que costumo recomendar aos outros:

Exercício 1

- Se morresse agora e me perguntasse a mim mesma do que me arrependia de não ter feito!

- De não ter aproveitado os dons que me deram!

Se morresse hoje possivelmente teria falhado na minha missão. Quem sabe se os volto a ter e ainda há tanto para fazer, sinto que nem comecei e não sei o tempo que tenho para os concretizar.

Exercício 2

- Quando tiveres dúvidas traça o caminho A e o B, vê-te e pondera cada um deles, depois escolhe o que te faz mais feliz!

- Mais feliz é o B...

Aliás, o A dá-me poder financeiro, mas não me realiza, tanto que ando no meio termo, tenho o A e o B, acontece é que o tempo para o B já não chega, os meus projectos cresceram comigo e 2 horas por dia não chegam nem para começar.

Se confiar na minha consciência, ela diz-me que quando estamos no caminho certo tudo corre bem.

Vou ponderar, para não me esquecer de nada, posso conseguir o meio termo com o B, faço o que gosto e sustento-me ao mesmo tempo.

Acho que a dúvida vem do medo, tenho medo que perca o dom por o usar para ganhar dinheiro... Por isso perguntei, para perceber porque é que os médiuns não podem ganhar dinheiro com o que fazem, se é a sua vocação, parece-me muito injusto, nem sei se isso não é apenas um mito, não tenho exemplos suficientes para comparar e poder concluir por mim.

Não se pode ajudar os outros e viver dessa vocação ao mesmo tempo?

Os músicos, os médicos, os cabeleireiros, os advogados, os professores, usam os seus dons e a sua vocação (alguns nem por isso) mas são profissões remuneradas, muitas delas até pelo estado, ou seja, pela contribuição obrigatória de todos nós, os impostos.

Os padres recebem ordenado, alguém sustenta os conventos e igrejas, será o Estado ou apenas o voluntariado?

Ou seja, se um padre é autêntico, tem o dom e a vocação, pode viver disso.
Se um médium é autêntico, tem o dom e a vocação, se viver disso perde o dom.

Conclusão, sempre que algo não faz sentido é porque não é verdade, mas não tenho dados suficientes para conseguir ver o sentido desta questão.

Preciso de ajuda, verdadeira claro, para saber se alguém conhece exemplos:

1 - Médiuns autênticos que tenham sido castigados e perderam o dom, ou que a vida lhes corra muito mal.
2 - Médiuns autênticos que tenham vidas prósperas, apenas usando os seus dons, há já alguns anos.

Blackstar, muito obrigada, a tua opinião já me fez ver uma série de outras questões, como por exemplo a dos livros de auto ajuda, podemos englobar a Bíblia, Allan Kardec, Brian Weiss, Alexandra Solnado, etc, etc, etc.

Se houver mais alguém que consiga reflectir nisto e ajudar-me com o seu raciocínio lógico, com as suas ideias, agradeço.

O equilíbrio consegue-se entre o que é espírito e o que não o é.

Relativamente a livros ou pessoas que possam influenciar faltou referir Jacque Fresco. Se alguém já leu ou tem um livro deste autor dou-lhe os mais sinceros parabéns :)
Não me trates por VOCÊ!!!
Respeito mais tratando-te por TU do que tu a tratares-me por VOCÊ!

Acredito que os dons são dádivas sempre divinas: a missão que viemos cumprir. Receber dinheiro pela atividade, só se torna negativo quando há exploração do sofrimento de outra pessoa, ou seja, pedir muito dinheiro por um trabalho ou então fazê-lo mal feito ou incompleto para que a pessoa volte. Se não for esse o teu caso, fica tranquila que tudo correrá bem.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

#5
Existe na Bíblia uma parábola que fala dos talentos, lá explica que devemos sim usar os talentos e além de usa-los devemos se possível multiplica-los.
Comecei assim para dizer que existem vários Talentos (Dons), se é digno usa-los para ganhos financeiros, a resposta é sim, mas cabe ao possuidor do Talento verificar a quantia a ser cobrada, para cada pessoa que busca o luz do seu Dom,  o preço deve ser estipulado pelo possuidor do Dom.

* O preço poder ser caro o suficiente para uma pessoa pagar e se sentir melhor, como os citados anteriormente, compra de uma obra de arte, livro, manicure e etc....

* Sobre os feitiços, este preço deve ser caro o suficiente para que a pessoa não ande mais a estar com pessoas erradas, e certas pessoas apreende somente mexendo no bolso.

* Mas o principal:O preço deve ter um valor que mostre a quem adquiriu que o dinheiro foi bem utilizado. E a quem cobrou verificar se o valor estipulado era realmente necessário e justo, segundo o objetivo da obra realizada e o seu entendimento.

Logo o possuidor deve estipular um preço que não seja apenas cobiça, mas que este preço tenha um significado tanto para o possuidor do Dom ou Talento como para quem deseja este serviço.  :angel:
Antes de Julgar, procura ser justo; antes de falar, aprende. Eclesiástico cap 18 verc 19

Muito obrigada pelas vossa respostas.

Estive a pensar no que disseram e agora já não me estou a sentir culpada por ganhar uma retribuição pelo meu trabalho, acho que ninguém me vai castigar por fazer o que mais gosto, se for um preço que me faça sentir retribuída pelo meu esforço e justo para quem compra, afinal se fosse voluntariado recebia dinheiro à mesma pelo meu trabalho, isto é verdade.

Desde que começou a crise que optei por outro sistema para o meu preçário, para ficar ao alcance de todos, hoje vim lendo o que deixaram aqui e estive a pensar, (penso muito eu), quem sabe se esta oportunidade que me surgiu agora, que tentei durante toda a vida sem conseguir, a de poder ficar por minha conta a fazer o que gosto, não será uma forma de Deus me dizer que é assim a forma correcta de agir?

Com este sistema ninguém fica descontente, a pessoa precisa de alguma coisa e pergunta-me quanto custa, eu dou 3 sugestões a 3 preços diferentes, desde o menos ao mais elaborado, depois combinamos as quantidades e acertamos o valor total, se forem muitas peças baixo um pouco o valor e depois faço sempre um pouquinho melhor do que a pessoa está a contar, não só para ela ficar satisfeita, voltar e divulgar pelos amigos, mas porque a maior retribuição é gostarem do que fazemos, os aplausos inspiram mais, assim fico satisfeita também, isto tem funcionado muito bem, normalmente também me pagam sempre um pouquinho mais.
Acho que vou optar por arriscar, só de pensar nisso sinto uma inspiração enorme.

Blackstar - Esqueci-me de dizer que precisamente por ser tão trabalhoso, minucioso e demorar tanto do nosso tempo, ser de uma responsabilidade tão grande quando não se recebe nada em troca, a maior parte das vezes as pessoas nem reconhecem o estudo, porque não gostam de admitir algo menos positivo, abandonei a numerologia, quando o meu projecto estava quase pronto, foram 6 anos e não cheguei a fazer nada com ele. Talvez lhe pegue de novo, quem sabe se não o testo aqui?

Ex3m - Nunca li esse autor, vai ficar na minha lista de espera. Obrigada.

Cleópatra - Eu também penso assim, se os dons não fizessem parte da nossa missão, isso ia-nos baralhar bastante na altura de fazermos as nossas opções de vida. Obrigada pela tua opinião tão positiva, deixou-me cheia de coragem.

BACHOR - Ainda bem que lês a Bíblia, aí está um exemplo que acho justo, equilibramos o preço com o prazer que damos, já agora desconto um pouco porque me pagam para fazer algo que também a mim dá prazer.
A parte dos feitiços, compreendo, também sou contra, mas fiquei um pouco triste, eu não associo a mediunidade a feitiços, num Centro Espírita onde fui e me mandaram comprar uma vela, não a cheguei a usar (nem a paguei  :-[, ficou pelo preço da entrada, também vim embora a meio) e não achei piada nenhuma, num outro também paguei (na altura desconhecia que havia gratuitos) não me disseram para fazer nada, apenas falaram comigo e deram bons conselhos, mas sei que há pessoas a quem mandam fazer coisas, "trabalhos", não sei quais, mas é coisas com encruzilhadas e cemitérios, também sou contra, não acredito em trabalhos nenhuns, mas acredito que o facto de se comunicarem com espíritos é positivo e não tem a ver com feitiçaria, a mim ajudou imenso. Como eu costumo pensar, há sempre um pouco de bom e de mau em todo o lado, senão estávamos sempre todos de acordo, mas aí concordo, nada de feitiçarias, Muito obrigada pela tua ajuda e atenção.

O equilíbrio consegue-se entre o que é espírito e o que não o é.

Citação de: Lilith Lua Negra em 07 julho, 2013, 22:20

Ex3m - Nunca li esse autor, vai ficar na minha lista de espera. Obrigada.



LOL, eu tambem nunca li mas há alguns videos engraçados na net.
Não me trates por VOCÊ!!!
Respeito mais tratando-te por TU do que tu a tratares-me por VOCÊ!

hoje passei os olhos por esta amiga do paranormal, quero apenas contribuir, dando-lhe o parecer sobre mim.

- Sou artista formado, com trabalho e exposições fora do país, e sinto que o que faço nas diversas técnicas de artes plásticas, vem somente do meu trabalho e experiência, e pouco valorizo, porque é da minha competencia executar.

- Quando preciso de uma opinião tenho que pedir a alguem com bons conhecimentos, pelo menos mais do que eu.

- Tudo o que tenho notado da minha parte emocional, tive que separar da espiritual, para não haver confusão

- Sempre tive que viver dos chamados dons, que não passam de formas de viver normais em cada ser humano.

- com imensos anos de mediunidade e estudo nunca vi relação entre dinheiro e perda de mediunidade, o espirito nada tem a ver com a matéria, conheço poucos casos de perda de mediunidade autentica e as pessoas nem cobravam nada.

-Por outro lado tenho casos de quem leve muito dinheiro e nunca a perderam.

- A minha sincera opinião e pessoal, a mediunidade deve ser partilhada para se aprender, estudada com espiritos de luz e independente de qualquer religião ou filosofia, muito muito trabalho para se poder confrontar com trabalhos feitos por quem quer destruir a vida de outros amarrando entidades de igual qualidade inferior.

- Espero tenha contribuido, cumprimentos

Cristo diz:


"Dá a César o que é de César, dá a Deus o que é de Deus.. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça "--

A verdade doi, mas liberta

Com o devido respeito não comento religiões, ainda tenho biblias de estudo posso oferecer alguma. Tive capacidade suficiente para separar religiões da parte espiritual. mesmo depois de passar por diversas, são já algumas centenas e todas são verdadeiras.
Felizmente fiquei com o conhecimento QB, para poder dialogar sobre esses temas que pouco me dizem.

Faça a pergunta aos seus guias espirituais. É assim que eu sei se devo ou não receber alguma compensação monetária.
Os dois testes mais duros no caminho espiritual são a paciência para esperar o momento certo e a coragem de não nos decepcionar com o que encontramos.
Paulo Coelho

Claro não me esta a ensinar nada, até já convidei aqui neste espaço se tem mediunidade, poder se juntar a nós em reunião e gravar a mesma, até á data ninguem aceitou.
Pouco mais tenho a dizer pois não vivo de conversas.
cumprimentos

Este é um assunto complexo ao qual tentarei responder com os conhecimentos que posso transmitir aqui.

O dom que decorre da inspiração, e que gera pintores, poetas ou cientistas ao gerar obra, baseada no conhecimento técnico ou na produção manual, pode ser alvo de comércio, desde que o executor da obra seja honesto e não use ou profane temas, símbolos ou conhecimentos Sagrados.

Depois há capacidades que decorrem apenas da nossa evolução ao longo das vidas passadas. Aqueles que nesta vida cumprirem boa parte das dívidas kármicas, se fores muito estudiosos, trabalhadores e desenvolverem actividades que expandam a sua visão do mundo, e se praticarem um estilo de saudável, nascerão mais inteligentes. Mais uma vez, esta inteligência que resulta da acção de cada não deve ser utilizada para profanar e fazer comércio com símbolos e conhecimentos Sagrados.

Já quando se trata de capacidade mediúnicas, poder de visão, clarividência e clariaudiência... quando se trata destas capacidades a regra é que não se pode cobrar por algo que nos «foi dado de graça». Não nos esqueçamos que Dante coloca no Inferno um astrólogo que fazia comércio com os seus conhecimentos de astrologia.
C'est dans l'air.

Citação de: Lilith Lua Negra em 07 julho, 2013, 00:22
- Eu sempre ganhei dinheiro com os meus dons,

Queria deixar o meu emprego para me poder dedicar de corpo e alma ao meu maior dom, o que me faz tão feliz e continuo cheia de dúvidas.

Anda aqui alguma confusão entre "dom" e talento. De uma forma muito simples:

"Dom": Característica, capacidade, concedida ao indivíduo que lhe permite o acesso a informação vedada às pessoas "normais". Procede essa informação de outros planos/dimensões. Não deve ser objecto de comércio. Se a pessoa ocupar todo o seu tempo nessa "actividade" e não tiver portanto outra fonte de rendimento poderá aceitar o que lhe for dado. Nunca fará um preçário;

Talento: Característica(s) concedida(s) a todo o indivíduo que nasce, sujeitas a desenvolvimento. O talento de um orador pode levar à profissão de padre, advogado, relações públicas, político, etc. Todas elas são remuneradas, e bem pois é o seu trabalho. Um pintor que disso faz profissão tem que ser remunerado pelo seu trabalho. O facto da sua inspiração poder vir do "outro lado" a meu ver não altera a regra geral. É a sua profissão, é o seu ganha pão.

Tanta vez, na vida de cada um, somos inspirados pela "musa". Pois a musa pode estar dentro de nós ou ter vindo de "fora" deixar-nos a ideia. A maior parte das vezes não o sabemos nem nunca o saberemos. Podemos e devemos explorar ao máximo os nossos talentos. Como em tudo, a nossa consciência nos alertará em caso de exagero.