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  • Os genes definem a forma de um organismo?
    Iniciado por Danny_Almeida
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A biologia molecular defende que a forma de um qualquer organismo está contida no seu DNA. Sendo assim, seria de esperar que neste momento em que tantos milhares de milhões de Euros foram gastos em investigação nesta área fosse possível encontrar alguns genes que determinassem a forma de uma qualquer estrutura corporal, como por ex. a forma do nariz (redondo, achatado, pontiagudo...). A verdade é que esses genes ainda não foram encontrados e talvez nem existam...
O biólogo Rupert Sheldrake no seu recente livro "The Science Delusion" dá o exemplo de uma alga unicelular chamada Acetabularia. Esta alga, que pode atingir os 10cm, é constituída por três partes principais: os rizinoides (uma espécie de raízes onde se encontra o núcleo da célula), o caule e o chapéu. O que esta alga tem de especial é o facto de caso lhe retiremos o núcleo e depois lhe cortemos o chapéu, ela consegue regenerar-se e formar um chapéu novo, mesmo na ausência de material genético.
Este facto é um autêntico quebra-cabeças para qualquer especialista em biologia molecular. Como é que se pode restaurar uma parte da alga sem o "livro de instruções"?
Rupert Sheldrake tem uma teoria para responder a este desafio, chama-se "teoria dos campos morfogenéticos". Esta teoria advoga que todos os seres vivos são portadores de um campo virtual que determina a forma de qualquer ser vivo. Esse campo, que transcende a dimensão espacial, deriva dos campos de seres anteriores da mesma espécie e é reforçado com a reprodução das espécies, sendo um campo de uma espécie recente muito menos estável do ponto de vista morfológico do que um campo mais antigo. Isto não quer dizer que os genes não interfiram no processo morfológico, já que são responsáveis pela sintetização dos aminoácidos necessários para a formação de proteínas, quer dizer apenas que os genes são responsáveis pela criação dos blocos, mas não da forma como estes estão dispostos.
A teoria dos campos morfogenéticos também se aplica aos comportamentos e aos grupos. Rupert Sheldrake afirma no seu livro "A New Science of Life", fundamentadamente, que por ex. o tempo que um conjunto de ratos demora a ultrapassar um determinado problema tende a diminuir com o passar do tempo, mesmo em experiências independentes realizadas em dois extremos distintos do planeta. Ou seja, caso um grupo de ratos seja confrontado com uma situação problemática na Austrália, demorará mais tempo a resolve-la do que outro conjunto de ratos que sejam confrontados com a mesma situação uma semana depois na Inglaterra.
A ciência, como tudo o resto, está em constante mudança, evolução. As verdades de ontem são os erros de hoje e quem sabe se as verdades de hoje não serão os erros de amanhã. Portanto eu encaro com satisfação os dissidentes, aqueles que pensam fora dos limites impostos pelas ortodoxias, que exploram florestas virgens e navegam por águas nunca d'antes navegadas.
Principal interesse: Parapsicologia Ciêntifica.

Blog: http://neodualista.blogspot.pt

Citação de: Danny_Almeida em 03 junho, 2013, 20:57
... Sheldrake afirma no seu livro "A New Science of Life", fundamentadamente, que por ex. o tempo que um conjunto de ratos demora a ultrapassar um determinado problema tende a diminuir com o passar do tempo, mesmo em experiências independentes realizadas em dois extremos distintos do planeta. Ou seja, caso um grupo de ratos seja confrontado com uma situação problemática na Austrália, demorará mais tempo a resolve-la do que outro conjunto de ratos que sejam confrontados com a mesma situação uma semana depois na Inglaterra.

Olá. Gostei da tua apresentação, apesar de não estar inteirada dos estudos desta área. Parece-me no entanto estranho a questão dos ratos... talvez vá ler o estudo. Só conhecia essa situação quando falamos de evolução da espécie e com um período de tempo considerável entre a primeira passagem e a segunda. No caso referido, parece-me à partida bastante duvidoso, há muitos estudos cujos resultados são simplesmente inválidos devido à constituição do próprio estudo em si. Neste caso pergunto-me adicionalmente e como foram controladas as variáveis parasitas, como se controla a espécie de ratos, o meio ambiente em que vivem, a experiencia anterior. É conhecido que animais sujeitos a experiencias x estão mais aptos para ultrapassar obstáculos y... bom a teoria desse campo que falas não me parece totalmente ilógico, simplesmente parece estranho poder obter correctamente tais resultados... mas irei ler a respeito quando tiver tempo, certamente ;)

Cara CientificaMente, acho que o teu comportamento é o mais correto. Não devemos acreditar em tudo o que nos dizem, devemos sim investigar, procurar e depois estabelecer se acreditamos ou não em determinado fenómeno. Por essa razão prefiro a palavra "investiga" à palavra "acredita".
Em relação aos ratinhos, o Sheldrake não fez nenhum estudo, ele fez uma coletânea de estudos anteriores em que os ratos eram confrontados com um determinado problema. Quanto às variáveis parasitas sei que os ratos eram da mesma espécie e creio que não hajam razões para pensar que foram criados de maneira diferente (afinal são ratos de laboratório).
De qualquer modo ele dá outros exemplos sobre os campos morfogenéticos como por exemplo a diminuição do tempo de cristalização de determinadas substâncias ao longo do tempo (por vezes há casos em que diminui para metade em apenas algumas décadas).
Caso investigues o assunto mais a fundo sugiro que o faças em inglês, já que em português não há muita informação  ;)
Principal interesse: Parapsicologia Ciêntifica.

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