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  • [Dicas] Falácias Argumentativas
    Iniciado por Halmenara
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FALÁCIAS ARGUMENTATIVAS






Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na capacidade de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso.

Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica. É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia.

É importante observar que o simples fato de alguém cometer uma falácia não invalida toda a sua argumentação. Ninguém pode dizer: "Li um livro de Rousseau, mas ele cometeu uma falácia, então todo o seu pensamento deve estar errado". A falácia invalida imediatamente o argumento no qual ela ocorre, o que significa que só esse argumento específico será descartado da argumentação, mas pode haver outros argumentos que tenham sucesso. Por exemplo, se alguém diz:
"O fogo é quente e sei disso por dois motivos: 1. ele é vermelho; e 2. medi sua temperatura com um termômetro".

Nesse exemplo, foi de fato comprovado que o fogo é quente por meio da premissa 2. A premissa 1 deve ser descartada como falaciosa, mas a argumentação não está de todo destruída.

Uma vez sabendo identificar falácias,

você vai começar a vê-las por todo lado. Nos discursos de candidatos a cargos políticos, nas notícias de jornal (tanto impresso quanto televisivo), nas reuniões de condomínio, nas frases de vendedores (de imóveis, de carros e planos de saúde, de cartões de crédito). Há quem cometa falácias sem malícia, meramente como resultado de raciocínio apressado ou ingênuo. Mas é mais freqüente encontrar falácias em argumentos de pessoas ou instituições que querem enganar o ouvinte, querem convencê-lo a concordar com o enunciado (seja votar, comprar ou decidir, manipulando a vontade do interlocutor).




Para quem é professor, por exemplo, é mais importante levar seus alunos a entender como identificar falácias enunciadas por outros, e como não cometer uma falácia, do que ensinar uma grande quantidade de fatos a serem memorizados e logo esquecidos. Aquilo que o professor ensina aos seus alunos deveria ficar com eles até o fim dos seus dias, protegendo-os de políticos capciosos, vendedores oportunistas e de vizinhos intimidadores, desejosos de manipular o pensamento dos seus ouvintes, enganando-os com argumentos falsos ou desviados.

Assim, uma falácia não é apenas um erro; é um erro de um certo tipo, que resulta do raciocínio impróprio ou fraudulento. A falácia tem todo o aspecto de um argumento correto e válido, embora não o seja. Esse é seu grande perigo: parece correto, mas não é, além do que, leva a outros erros de pensamento, como conclusões erradas. Existem três grandes categorias de falácias:

(A) aquelas baseadas em ''truques de palavras'';

(B) aquelas que representam a perversão de métodos de argumentos legítimos, especialmente o indutivo; e

(C) aquelas que representam argumentos extraviados ou desencaminhados.



Para cada tipo de falácia daremos o nome, uma definição e um ou mais exemplos. [O autor do artigo ficará feliz em receber de leitores sugestões de falácias aqui omitidas para serem acrescidas numa nova atualização].


A. Truques de Palavras

- 1. Equívoco
- 2. Conotação Contrabandeada
- 3. Eufemismo e Hipérbole
- 4. Ênfase Incorreta na Frase
- 5. Uso Incorreto de Etimologia
- 6. Acidente
- 7. Coisificação, ou Reificação


B. A Perversão de Métodos Legítimos de Argumentação

- 8. Depois do Fato, Portanto Devido a Ele
- 9. Números Grandes
- 10. Significância Ambígua
- 11. Citação Fora do Contexto, ou Contextualização
- 12. Falácias de Estatística
- 13. Composição
- 14. Divisão
- 15. Falácia Genética
- 16. A Ladeira Escorregadia


C. Argumentos Extraviados

- 17. Reivindicação à Perfeição, ou a Exigência de Perfeição
- 18. Circularidade, ou Evitando a Questão
- 19. Auto-Contradição
- 20. Non-sequitur, ou "Não Segue"
- 21. Generalização Precipitada
- 22. Generalização Desmedida
- 23. Argumentando a Partir da Ignorância
- 24. Jogo da Meia-Verdade
- 25. Falácia do "Homem de Palha"
- 26. Falácia de Bifurcação, ou de "Branco ou Preto"
- 27. Mudança do Ônus da Prova
- 28. Falácia das Premissas Escondidas
- 29. Estereótipos
- 30. Condenando a Fonte
- 31. Argumento ao Povo, ou Falácia do "Trio Elétrico"
- 32. Argumento de Autoridade ou de Antigüidade
- 33. Apelação ao Status Sócio-Econômico
- 34. Apelação à Pobreza
- 35. Argumento Dirigido às Emoções, ao Sentimento de Pena
- 36. Falácia da Conclusão Irrelevante
- 37. Falácia de "Dois Erros Fazem um Certo"
- 38. Apelação para Consideração Especial
- 39. Apelação pela Novidade
- 40. Apelação pela Repetição
- 41. Falácia da Redução ao Absurdo
- 42. Diversão
- 43. A Falácia Temática
- 44. Reducionismo Excessivo
- 45. Ameaça de Uso de Força

Fonte: www2.uol.com.br/aprendiz/n_colunas/f_litto/





TIPOS DE FALÁCIAS


1 - Apelo à Força (argumentum ad baculum)





Definição:

Consiste em ameaçar com conseqüências desagradáveis se não for aceita ou acatada a proposição apresentada.

Exemplo:

- Você deve se enquadrar nas novas normas do setor. Ou quer perder o emprego?

- É melhor exterminar os bandidos: você poderá ser a próxima vítima.

- Cala essa tua boca, ou não te dou o dinheiro para o show.

- Ou nós, ou a desgraça, o caos.

Contra-argumentação:

Argumente que apelar à força não é racional, não é argumento, que a emoção não tem relação com a verdade ou a falsidade da proposição.





2 - Apelo à Misericórdia, à Piedade (argumentum ad misericordiam, ignorância de questão, fuga do assunto)





"Como é que podem condenar este homem pelo assassinato da sua mãe?

Ele é um órfão!"




Definição:

Consiste em apelar à piedade, à misericórdia, ao estado ou virtudes do autor.

Exemplo:

Ele não pode ser condenado: é bom pai de família, contribuiu com a escola, com a igreja, etc.

Contra-argumentação:

Argumente que se trata de questões diferentes, que o que é invocado nada tem a ver com a proposição. Quem argumenta assim ignora a questão, foge do assunto.




3 - Apelo ao Povo (argumentum ad populum)





Definição:

Consiste em sustentar uma proposição por ser defendida pela população ou parte dela. Sugere que quanto mais pessoas defendem uma idéia mais verdadeira ou correta ela é. Incluem-se aqui os boatos, o "ouvi falar", o "dizem", o "sabe-se que".

Exemplo:

"Dizem que um disco voador caiu em Minas Gerais, e os corpos dos alienígenas estão com as Forças Armadas."

Contra-argumentação:

Os educadores, os professores, as mães têm o argumento: se todos querem se atirar em alto mar, você também quer? O fato de a maioria acreditar em algo não o torna verdadeiro.



4 - Apelo à Autoridade





"Segurar seu Chiuaua vai me impedir de pegar a gripe.

"Isso parece improvável, porque você acredita nisso?"

"É verdade! Meu vizinho me disse. Seu tio é médico homeopático com quatro diplomas universitários!"



Definição:

Consiste em citar uma autoridade (muitas vezes não - qualificada) para sustentar uma opinião.

Exemplo:

Segundo Schopearhauer, filósofo alemão do séc. XIX, "toda verdade passa por três estágios: primeiro, ela é ridicularizada; segundo, sofre violenta oposição; terceiro, ela é aceita como auto-evidente". (De fato, riram-se de Copérnico, Galileu e outros. Mas nem todas as verdades passam por esses três estágios: muitas são aceitas sem o ridículo e a oposição. Por exemplo: Einstein).

Contra-argumentação:

Mostre que a pessoa citada não é autoridade qualificada. Ou que muitas vezes é perigoso aceitar uma opinião porque simplesmente é defendida por uma autoridade. Isso pode nos levar a erro.




5 - Apelo à Novidade (argumentum ad novitatem)







Definição:

Consiste no erro de afirmar que algo é melhor ou mais correto porque é novo, ou mais novo.

Exemplo:

"Saiu a nova geladeira Pólo Sul. Com design moderno, arrojado, ela é perfeita para sua família, sintonizada com o futuro."


Contra-argumentação:

Mostre que o progresso ou a inovação tecnológica não implica necessariamente que algo seja melhor.




6 - Apelo à Antigüidade (argumentum ad antiquitatem)







Definição:

É o erro de afirmar que algo é bom, correto apenas porque é antigo, mais tradicional.

Exemplo:

"Essas práticas remontam aos princípios da Era Cristã. Como podem ser questionadas?"

Contra-argumentação:

Argumenta que o fato de um grande número de pessoas durante muito tempo ter acreditado que algo é verdadeiro não é motivo para se continuar acreditando.





7 - Falso Dilema







Definição:

Consiste em apresentar apenas duas opções, quando, na verdade, existem mais.

Exemplos:

"- Brasil: ame-o ou deixe-o".
- "Você prefere uma mulher cheirando a alho, cebola e frituras ou uma mulher sempre arrumadinha?"
-" Você não suporta seu marido? Separe-se!"
- "Quem não está a favor de mim está contra mim".

- "Ou é pau, ou é pedra! "(e o plástico?)


Contra-argumentação:
Simples. Mostre que há outras opções.



8 - Falso Axioma







Definição:

Um axioma é uma verdade auto-evidente sobre a qual outros conhecimentos devem se apoiar. Por exemplo: duas quantidades iguais a uma terceira são iguais entre si. Outro exemplo: a educação é a base do progresso. Muitas vezes atribuímos, no entanto, "status" de axioma a muitas sentenças ou máximas que são, na realidade, verdades relativas, verdades aparentes.

Exemplo:

"Quem não cola não sai da escola."
"Quem não estuda não vence na vida."
"Quem compra o que não pode , vende o que não deve."
"Quem não arrisca não petisca. (Seguro morreu de velho)"



Contra-argumentação:

Mostre que muitas frases de efeito, impactantes, bombásticas, retóricas, muito respeitadas podem ser meras estratégias mediantes as quais alguém tenta convencer, persuadir o ouvinte/leitor em direção a um argumento. No caso dos provérbios, mostre que se contradizem:
- Ruim com ele, pior sem ele X Antes só do que mal acompanhado.
- Depois da tempestade vem a bonança X Uma desgraça nunca vem sozinha.
- Longe dos olhos, perto do coração X O que os olhos não vêem o coração não sente.



9 - Generalização Não - Qualificada (dicto simpliciter)







Definição:

É uma afirmação ou proposição de caráter geral, radical e que, por isso, encerra um juízo falso em face da experiência.

Exemplo:

"A prática de esportes é prejudicial à saúde."

"O amor é uma falácia."


Contra-argumentação:

Mostre que é necessário especificar os enunciados. Othon Garcia (Comunicação em Prosa Moderna, FGV, 1986, p. 169) ilustra como se pode especificar a falácia acima, dada como exemplo: A prática indiscriminada de certos esportes violentos é prejudicial à saúde dos jovens subnutridos.



10 - Generalização Apressada (erro de acidente)







Definição:

Trata-se de tirar uma conclusão com base em dados ou em evidências insuficientes. Dito de outro modo, trata-se de julgar todo um universo com base numa amostragem reduzida.

Exemplos:

"- Todo político é corrupto."
"- Os padres são pedófilos."
"- Os muçulmanos são todos uns fanáticos."



Contra-argumentação:

Argumente que dois professores ruins não significam uma escola ruim; que em ciência é preciso o maior número de dados antes de tirar uma conclusão; que não se pode usar alguns membros do grupo para julgar todo o grupo. Faça ver que se trata, na maioria das vezes, de estereótipo: imagem preconcebida de alguém ou de um grupo. Faça ver também que são fonte de inspiração de muitas piadas racistas, como as piadas de judeus (visto como avarento), de negro (vista como malandro ou pertencente a uma classe inferior), de português (visto no Brasil como sem inteligência), etc. É por isso que essa falácia está intimamente relacionada ao preconceito.





11 - Ataque à Pessoa (argumentum ad homimem)






Definição:


Consiste em atacar, em desmoralizar a pessoa e não seus argumentos. Pensa-se que, ao se atacar a pessoa, pode-se enfraquecer ou anular sua argumentação.

Exemplo:

"- Não dêem ouvidos ao que ele diz: ele é um beberrão, bate na mulher e tem amantes."

Observação: Uma variação de "argumentum ad homimem" é o "tu quoque" (tu também): Consiste em atribuir o fato a quem faz a acusação. Por exemplo: se alguém lhe acusa de alguma coisa, diga-lhe "tu também"! Isso, evidentemente, não prova nada.  

Contra-argumentação:

Mostre que o caráter da pessoa não tem relação com a proposição defendida por ela. Chamar alguém de corrupto, nazista, comunista, ateu, pedófilo, etc. não prova que suas idéias estejam erradas.



12 - Bola de Neve (derrapagem, redução ao absurdo reductio ad absurdum)






Definição:

Consiste em tirar de uma proposição uma série de fatos ou conseqüências que podem ou não ocorrer. É um raciocínio levado indevidamente ao extremo, às últimas conseqüências.

Exemplos:

"- Mãe, cuidado com o Joãozinho. Hoje, na escolinha, ele deu um beijo na testa de Mariazinha. Amanhã, estará beijando o rosto. Depois.... Quando crescer, vai estar agarrando todas as meninas."

"- O álcool e uma dieta pobre também são grandes assassinos. Deve o governo regular o que vai à nossa mesa? A perseguição à indústria de fumo pode parecer justa, mas também pode ser o começo do fim da liberdade. (Veja, agosto 2000, p.36) "

Contra-argumentação:

Argumente dizendo que as conseqüências, os fatos, os eventos podem não ocorrer.




13 - Depois Disso, logo por Causa Disso (post hoc ergo propter hoc)









Definição:

É o erro de acreditar que em dois eventos em seqüência um seja a causa do outro. No extremo, é uma forma de superstição: eu estava com gravata azul e meu time ganhou; portanto, vou usá-la de novo.

Exemplo:

"- O chá de quebra-pedra é bom para cálculos renais. Tomei e dois dias depois expeli a pedra."

Observação: uma variação deste sofisma é o chamado "non sequitur" (não se segue, "nada a ver") em que uma conclusão nada tem a ver com a premissa:
"Venceremos, pois Deus é bom. "(Deus é bom, mas não está necessariamente a seu lado; os inimigos podem dizer a mesma coisa).

"Penso, logo, existo. A pedra existe, logo, a pedra pensa."

Contra-argumentação:

Mostre que correlação não é causação: o fato de que dois eventos aconteçam em seqüência não significa que um seja a causa do outro. Diga que pode ter sido apenas uma coincidência.



14 - Falsa Analogia







Definição:

Consiste em comparar objetos ou situações que não são comparáveis entre si, ou transferir um resultado de uma situação para outra.

Exemplos:

"- Minhas provas são sempre com consulta a todo tipo de material. Os advogados não consultam os códigos?
Os médicos não consultam seus colegas e livros?
Não levam as radiografias para as cirurgias?
Os engenheiros, os pedreiros não consultam as plantas?
Então?"

"- Os empregados são como pregos: temos que martelar a cabeça para que cumpram suas funções."

"- Tomei mata-cura e fiquei bom. Tome você também." (essa é muito usada por artistas e celebridades em comerciais)

Contra-argumentação:

Argumente que os dois objetos ou situações diferem de tal modo que a analogia se torna insustentável. Mostre que o que vale para uma situação não vale para outra.


15 - Mudança do Ônus da Prova






Definição:

Consiste em transferir ao ouvinte o ônus de provar um enunciado, uma afirmação.

Exemplo:

"Se você  acredita em Deus, como pode explicar o mal   que há no mundo?"



Contra-argumentação:

Mostre que o ônus da prova, isto é, a responsabilidade de provar um enunciado cabe a quem faz a afirmação.



16 - Falácia da Ignorância (argumentum ad ignorantiam)







Definição:

Consiste em concluir que algo é verdadeiro por não ter sido provado que é falso, ou que algo é falso por não ter sido provado que é verdadeiro.

Exemplos:

"- Ninguém provou que Deus existe. Logo, Deus não existe."
"- Não há evidências de que os discos voadores não estejam visitando a Terra; portanto, eles existem. "


Contra-argumentação:


Argumente que algo pode ser verdadeiro ou falso, mesmo que não haja provas.



17 - Exigência de Perfeição







Definição:

É o erro de reivindicar apenas a solução perfeita para qualquer plano.

Exemplo:

"A automação cada vez maior dos elevadores desemprega muitas pessoas. Isso, portanto, é ruim, economicamente desaconselhável."

Contra-argumentação:

Argumente que planos, medidas ou soluções não devem ser vistos como integralmente perfeitos ou prejudiciais. Mostre que podem existir objeções para qualquer medida. Que os desvantagens de um plano são suplantados pelas vantagens.



18 - Questão Complexa (pergunta capciosa, falácia da interrogação, da pressuposição)






Definição:

Consiste em apresentar duas proposições conectadas como se fossem uma única proposição, pressupondo-se que já se tenha dado uma resposta a uma pergunta anterior.

Exemplos:

"- Você já abandonou seus maus hábitos?"
"- Você já deixou de roubar no mercado onde trabalha?"

Contra-argumentação:

Mostre que existem duas proposições e que uma pode ser aceita e outra não.
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19 - Argumentum ad verecundiam




O argumentum ad verecundiam ou argumentum magister dixit, também conhecido como argumento de autoridade, é uma falácia lógica que apela para a palavra de alguma autoridade a fim de validar o argumento. Este raciocínio é absurdo, pois a conclusão baseia-se exclusivamente na credibilidade do autor da proposição e não nas razões que ele tenha apresentado para sustentá-la.

Estrutura lógica

            A afirma a proposição B.
            Há algo de positivo em relação a A.
            Portanto, a proposição B é verdadeira.

            O grande psicanalista Freud fumava, então o fumo deve ser bom.
            E o argumento não leva em conta que Freud teve câncer devido ao fumo.

            Segundo Einstein: tudo é relativo.
            Um apelo à credibilidade do cientista para autenticar a declaração de que tudo é relativo.
           
Este argumento também inclui apontar a si mesmo como a autoridade em questão:
            Sou uma pessoa vivida, por isto você não deve questionar os meus conselhos.
            Tenho doutorado e publiquei livros. Como você se atreve a discordar de mim?


20 -Falácia de Composição (Tomar o todo pela parte):




É o fato de concluir que uma propriedade das partes deve ser aplicada ao todo.
Ex: "Este caminhão é composto apenas por componentes leves, logo ele é leve também."




21 - Falácia da Divisão (Tomar a parte pelo todo):





Oposto da falácia de composição. Assume que uma propriedade do todo é aplicada a cada parte.
Ex: "Você deve ser rico pois estuda em um colégio de ricos." ou "Formigas destroem árvores. Logo, esta formiga pode destruir uma árvore."





22 - Falácia do homem de palha:




"Não vou responder à realidade do teu comentário, mas vou criar um espantalho dele."


Consiste em atribuir falsas idéias ao oponente ou tentar manipular a opinião do ouvinte defendendo um ponto de vista reprovável ou fraco.

Ex: "Deveríamos abolir todas as armas do mundo. Só assim haveria paz verdadeira."



23 - Circulus in Demonstrando :





Ocorre quando alguém assume como premissa a conclusão a que se quer chegar.
Ex: "Sabemos que Mariazinha diz a verdade pois muitas pessoas dizem isso. E sabemos que Mariazinha diz a verdade pois nós a conhecemos."

 


24 - Ignoratio Elenchi (Conclusão sofismática):





Ou "Falácia da Conclusão Irrelevante". Consiste em utilizar argumentos válidos para chegar a uma conclusão que não tem relação alguma com os argumentos utilizados.

Ex: "Os astronautas do Projeto Apollo eram bem preparados, todos eram excelentes aviadores e tinham boa formação acadêmica e intelectual, além de apresentar boas condições físicas. Logo, foi um processo natural os EUA ganharem a corrida espacial contra a União Soviética pois o povo americano é superior ao povo russo."




25 - Anfibologia :




Ocorre quando as premissas usadas no argumento são ambíguas devido à má elaboração gramatical.

Acentuação :
É uma forma de falácia devido à mudança de significado pela entonação. O significado é mudado dependendo da ênfase das palavras.
Ex: compare: "Não devemos falar MAL dos nossos amigos." com: "Não devemos falar mal dos nossos AMIGOS".





26 - Argumentum ad Crumenam :




Esta falácia é a de acreditar que dinheiro é fator de estar correto. Aqueles mais ricos são os que provavelmente estão certos.

Ex: "Se o Barão diz isso é porque é verdade."




27 - Argumentum ad Lazarum :





Oposto ao "ad Crumenam". Esta é a falácia de assumir que apenas porque alguém é mais pobre, então é mais virtuoso e verdadeiro.

Ex: "A voz dos pobres é a voz da verdade."





28 - Argumentum ad Nauseam :




É a aplicação da repetição constante e a crença incorreta de que quanto mais se diz algo, mais correto está.
Ex: "Se fulano diz tanto que sua bicicleta é azul, então ela é."




Consulte também o "Guia das Falácias Lógicas do Stephem" (http://www.str.com.br/Scientia/falacias2.htm), de Downes Stephen, Brandom, Manitoba, Canadá, 1995-1998.

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Compilação, acréscimo de imagens: H.