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  • Músicas Infantis Sinistras!
    Iniciado por Intrigada7
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Em relação aos contos infantis, não sei já onde li..que alguns deles foram baseados em histórias reais e depois modificados em algumas partes de forma a virarem contos. Já não sei onde li isso mas se encontrar de novo, posto aqui.  :P

anokidas
Citação de: Ceinwyn em 04 fevereiro, 2013, 11:35
Anokidas ;)

O teu post veio confirmar uma teoria que sempre tive relativamente á historia do chapeuzinho vermelho... pedofilia camuflada!! >:(
Confesso que sempre senti um certo...nojo, dessa historia ::)
As outras, bela adormecida e etc desconhecia tal conteúdo...


(ok tudo muito bonito casamento com a sapinha e tal, a criança toda contente e por fim...olha o veio outro bicho e o sapo morreu...temos pena já não há casório >:D)

E não é a única... na historia da carochinha é o mesmo...
Ela lá encontra a moeda, procura entre os pretendentes e lá gosta do rato...quando estão todos felizes ele cai no caldeirão e morre....

Essa do João Ratão é sinistra lembro-me de ser miúda e ficar a pensar nas dores que o desgraçado teve quanto morreu queimado no caldeirão. :laugh:

Devia ser abolida das histórias infantis para crianças >:(
Conheço muitas histórias mas já são adaptadas à nova geração ,porque nem sempre a história tem de ter uma moral e nem devem ser sinistras para aprender a mesma.


Coitadinho do João Ratão...realmente  :-\ :-\ :-\

Na minha escola a do choffer era assim:
"Ô Motorista! Pode correeeer! Na -nome da escola- ninguem tem medo de morrer!"

E eu ao fundo: EU TENHO!!!!!

Eu sei várias do meu tempo de escola, algumas mesmo MUIIIIITO más...muito más mesmo
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

BlackMiau
Que linda falua,
que lá vem, lá vem,
é uma falua,
que vem de Belém.

Eu peço ao Senhor Barqueiro
que me deixe passar,
tenho filhos pequeninos
não os posso sustentar.

Passará, não passará,
algum deles ficará,
se não for a mãe à frente,
é o filho lá de trás.

A introduzir a crise nas mentalidades desde pequenos :D
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

As músicas infantis tradicionais, assim como os contos infantis tradicionais, parecem-nos sinistras, mas de facto estão a exercer funções fundamentais no desenvolvimento e organização da mente das crianças.

A mente infantil está cheia de medos enormes, que as crianças são incapazes de perceber, ordenar e conter. As músicas e as histórias ajudam as crianças a pensar sobre esses medos num contexto seguro, através de uma música ou de uma história.

E, sobretudo os contos infantis, apresentam uma hipótese de resolução desses medos, dessas inquietações que assolam a mente das crianças.

Por muito que o herói da história seja pequeno, jovem, tolo, incapaz, pobre, ou o que quer que seja, é capaz de vencer inimigos formidáveis como bruxas, dragões, lobos, gigantes e outros tipos de monstros.

Para a criança o facto de esses heróis serem capazes de vencer os perigos e serem "felizes para sempre" dá-lhe a esperança, o conforto, a certeza de que ela também será capaz de enfrentar os seus medos e de superar as adversidades.

Eu fartei-me de cantar o atirei o pau ao gato, e sempre adorei gatos desde que me entendo como gente. Essa musica nunca foi um incentivo para, efectivamente, atirar paus a gatos.

Tudo é simbólico.  ;)
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

sofiagov
Citação de: Cassandra em 06 setembro, 2015, 19:54
As músicas infantis tradicionais, assim como os contos infantis tradicionais, parecem-nos sinistras, mas de facto estão a exercer funções fundamentais no desenvolvimento e organização da mente das crianças.

A mente infantil está cheia de medos enormes, que as crianças são incapazes de perceber, ordenar e conter. As músicas e as histórias ajudam as crianças a pensar sobre esses medos num contexto seguro, através de uma música ou de uma história.

E, sobretudo os contos infantis, apresentam uma hipótese de resolução desses medos, dessas inquietações que assolam a mente das crianças.

Por muito que o herói da história seja pequeno, jovem, tolo, incapaz, pobre, ou o que quer que seja, é capaz de vencer inimigos formidáveis como bruxas, dragões, lobos, gigantes e outros tipos de monstros.

Para a criança o facto de esses heróis serem capazes de vencer os perigos e serem "felizes para sempre" dá-lhe a esperança, o conforto, a certeza de que ela também será capaz de enfrentar os seus medos e de superar as adversidades.

Eu fartei-me de cantar o atirei o pau ao gato, e sempre adorei gatos desde que me entendo como gente. Essa musica nunca foi um incentivo para, efectivamente, atirar paus a gatos.

Tudo é simbólico.  ;)

;) ;)

Penso que os tradicionais contos eram muito menos prejudiciais às crianças do que a violência que vêem nos desenhos animados de hoje e nos violentos jogos de consola.

#25
Citação de: oculto em 07 setembro, 2015, 10:56
Penso que os tradicionais contos eram muito menos prejudiciais às crianças do que a violência que vêem nos desenhos animados de hoje e nos violentos jogos de consola.

... e em tudo o que aparece na televisão como filmes, séries, até novelas, já para não falar na internet que é coisa que muitas crianças acedem sem supervisão parental. A violência está em todo o lado.

É irónico que estando a violência espalhada como está, e sendo tão explícita e desenquadrada como é, haja um esforço para mudar as músicas infantis tradicionais, para além de que a indústria do cinema, estúdios como a Disney, também já começaram a adulterar os contos infantis tradicionais, por serem tão violentos!

Não se percebe!
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

#26
Bruno Bettelheim, que é um psicólogo judeu norte-americano, tem um livro que gostei particularmente de ler que se chama "psicanálise dos contos de fadas". Nesse livro o autor fala de alguns contos tradicionais à luz da psicologia (mais concretamente da corrente psicanalítica) e é aterrador pensar que contamos esses contos aos nossos filhos e que eles poderão assimilar valores que são o oposto daquilo em que acreditamos. Muito interessante para quem tiver curiosidade em ler.
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Só de pensar nas figuras da Bruxa e do Lobo Mau, por exemplo, é de arrepiar.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Citação de: Faty Lee em 09 setembro, 2015, 16:55
Bruno Bettelheim, que é um psicólogo judeu norte-americano, tem um livro que gostei particularmente de ler que se chama "psicologia dos contos de fadas". Nesse livro o autor fala de alguns contos tradicionais à luz da psicologia (mais concretamente da corrente psicanalítica) e é aterrador pensar que contamos esses contos aos nossos filhos e que eles poderão assimilar valores que são o oposto daquilo em que acreditamos. Muito interessante para quem tiver curiosidade em ler.

Dá alguns exemplos, por favor. Estou curiosa :-)

Citação de: Marlene em 10 setembro, 2015, 12:32
Dá alguns exemplos, por favor. Estou curiosa :-)

Apenas uma correção que já fiz em cima, o título não é "psicologia dos contos de fadas" mas "psicanálise dos contos de fadas". Já o li há muitos anos ;D

O autor não é contra os contos de fadas, mas escreveu este livro para pais e pessoas que lidam com crianças, para terem alguma noção das coisas que se incutem e que poderão não corresponder, necessariamente àquilo que se pretende transmitir à criança. Lembro-me por exemplo de ele falar sobre a presença quase constante da morte do pai ou da mãe (ou de ambos), que poderá gerar um medo angustiante na criança, perante a perda. É o caso da Branca de Neve. Por outro lado, por exemplo, as mãe que morrem são quase sempre substituídas por madrastas más ou malévolas, criando um cenário pouco animador para aquelas crianças que vivenciam separação dos pais devido à morte. Estas madrastas não cumprem com o papel suposto de "mãe" e isto poderá criar conflitos interiores na criança, não apenas por antecipação (e se acontece à minha mãe...), mas por realização, quando elas próprias não têm mães, mas sim madrastas (levando a que muitas delas não gostem das suas mães substitutas sem razão aparente).

Ah, mas há coisas giras, por exemplo, lembro-me que ele falava sobre a Branca de Neve, que tinha perdido a mãe e pelo facto de a madrasta dela ser má, ela teve que ser "salva" por 7 homens e depois pelo príncipe. Este "salvamento" só por homens, ajudará determinadas crianças do sexo feminino, com idades entre 4/5 anos a resolver o seu complexo de Electra (igual do Édipo, só que é para meninas). Em muitos contos, existe um grande significado psicológico para a crianças.

Mas claro está, tudo depende da idade e a maturidade psicológica da criança para compreender a história em si e também para resolver os seus próprios conflitos interiores. Há crianças em que estes contos podem não ter "grande impacto" sob o ponto de vista funcional e outras verem as suas vidas condicionadas com "memórias" de algo que não é real. Isto faz-me lembrar, uma criança que tive há uns anos atrás e tinha já 11 anos na altura e para ela, a resolução dos problemas passava por ter uma "varinha mágica", ou seja uma resolução irrealista da situação em que se encontrava.

O livro está disponível em PDF na internet. Eu não posso colocar aqui o link :(

Tudo de bom!
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Membro nr. 34334