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  • Mídia: suas influências e valores
    Iniciado por Anitacleo
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Podemos afirmar que a história da evolução humana tem na comunicação uma grande alavanca propulsora, e sua evolução – desde as pinturas rupestres até as poderosas redes sociais ou até mesmo a tecnologia digital totalmente presente e acessível em nossas vidas – sempre teve como objetivo a transmissão de conhecimentos e aproximação dos seres, proporcionando a vida em conjunto baseada em uma troca intensa e permanente de mensagens entre indivíduos.

Realmente, com o tempo, a comunicação humana foi se desenvolvendo, porém o grande salto exponencial ocorreu no ano de 1450 com o surgimento da imprensa moderna, criada por Gutenberg. Certamente, foi um marco para humanidade, pois, com a arte de imprimir livros, tornou-se possível multiplicar o conhecimento e libertá-lo das mãos de monges escribas que detinham o controle de toda a informação disponível. Segundo Victor Hugo: "A invenção da imprensa é o maior acontecimento da história. É a revolução mãe... é o pensamento humano que larga uma forma e veste outra... é a completa e definitiva mudança de pele dessa serpente diabólica, que, desde Adão, representa a inteligência."

Essa inteligência a que se refere Hugo podemos compreender como sendo o livre-arbítrio, ou seja, a partir de então as bases racionais estariam acessíveis a todos, e caberia a cada ser estabelecer como usar esse "novo poder" capaz de nortear o pensamento humano.

E, assim, o progresso vem pautando o aprimoramento das técnicas e meios de comunicação que temos disponíveis atualmente, e talvez a mais emblemática forma de pluralização de conhecimento seja o advento da TV aberta, que, segundo dados do IBGE de 2010, estaria presente em mais de 95% dos lares. Certamente, podemos imaginar o poder desse vigoroso veículo de comunicação, que, quando foi criado, talvez não se tenha imaginado que ela, a TV, seria colocada como principal objeto nas salas de tantas famílias, e acabaria tendo tanta influência na vida das pessoas. Desde modos, maneiras e comportamentos até opiniões e opções político-partidárias, e porque não dizer também até despertar sentimentos destrutivos, como o que temos observado desfilar pelas ondas da TV aberta, mobilizando milhões, repetimos, milhões de lares que torcem para que a vingança e o ódio estabelecido entre os protagonistas possam dar os contornos da trama que vivem.

Realmente, devemos estar atentos aos efeitos nocivos que tais fatos podem causar, principalmente em crianças e jovens, em que o efeito é praticamente hipnótico. A reflexão que desejamos provocar deve ser focada principalmente na proposta de conteúdo que compartilhamos através dos veículos de comunicação, sobretudo a TV, pois não se pode negar que, quando bem aplicados, a TV e outros meios de comunicação transformam-se em poderosos agentes multiplicadores de mensagens instrutivas e positivas. Há quem diga que o conteúdo apresentado é o espelho do que pensa e deseja a população em geral, ou seja, a tela nada mais é do que um reflexo do inconsciente coletivo. Certamente, uma constatação é que a proliferação do mal, que vemos todos os dias, é o resultado direto da atmosfera constituída pelas formas-pensamentos de milhões de pessoas que ainda se detêm nos mais primitivos modos de relacionamento humano.

Mas podemos também nos perguntar: e se tivéssemos repetido frequentemente mensagens de paz, amor e respeito entre os semelhantes, não poderíamos também ter hoje refletido nas telas o pensamento de uma população capaz de cultivar valores mais espiritualizados? A nosso ver é preciso selecionar constantemente aquilo que desejamos consumir como mensagem, fazendo escolhas, produzindo conteúdos edificantes, como o que se propõe este jornal e tantos outros veículos de comunicação com propósitos nobres, fazendo mais e mais em prol da transformação segundo os princípios cristãos, pois não podemos esquecer que foi o Cristo quem nos ensinou a importância de perdoarmos nossos inimigos.

Folha Espírita -Edição setembro/2012
Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é irrelevante!