Criatura da Floresta

Boas, vou-vos contar uma história que me foi contada pelo meu avô, sobre uma criatura que vive na floresta da aldeia de Pessegueiro, aqui mesmo no Norte de Portugal.

Segundo o meu avô, quando ele era um jovem, ou seja, há cerca de 40 anos, durante uma noite de Outono lá na aldeia de Pessegueiro, foi avistado por um grupo de amigos do qual ele fazia parte, uma criatura despida que se movia como um homem (em duas pernas), no entanto era extremamente magro e, na cabeça, tinha o que pareciam galhos de árvores.

A criatura ficou perplexa a olhar para eles, situação essa que deu a entender que os seus olhos eram humanos e que tinha o que se assemelhava a musgo no rosto. O meu avô e os seus amigos perseguiram a criatura, envergando pela floresta, atirando pedras à mesma mas, ao entrarem na floresta mais densa perderam a criatura de vista.

De seguida ouviram ruídos animalescos em uníssono com o arrastar da vegetação, o que, nas exactas palavras do meu avô,  fez " tudo nas redondezas parar, até os animais tinham medo". Nesse momento eles fugiram em pânico para o café da aldeia onde contaram o que se tinha passado. Obviamente que na altura ninguém acreditou na história deles, mas ao longo dos anos cada vez mais avistamentos desta criatura foram acontecendo até há 6 anos atrás, quando um grupo de jovens estava na rua, perto da floresta (a aldeia está mesmo repleta de floresta).

Este grupo de jovens era conhecido por ser desordeiro e consumirem álcool e drogas leves, e se não fossem as histórias ouvidas ao longo dos anos, eu não acreditaria na história que me contaram. Ora eles estavam na rua, como já tinha referido e ouviram ruídos estranhos, semelhantes ao arrastar de algo o que os fez aproximarem-se para verem o que por ali andava. Nesse momento um deles viu uma figura magra e estranha e exclamou "Olha aquele man, parece um galho !".

Apenas depois de dizerem isto, repararam nas armações na cabeça da figura e a associaram à descrição feita nas histórias passadas de geração em geração, correndo até aos cafés (com o tempo foram abrindo bem mais cafés do que na altura do meu avô) para chamarem gente para verem o "Man Galho".

No entanto ninguém percebeu do que eles estavam a falar, e só após uma explicação mais detalhada feita pelos jovens é que todos correram até lá, onde já não se encontrava a criatura, apenas um silêncio total.
Até hoje nunca mais foi vista a "criatura da floresta" ou "Man Galho", mas, na aldeia, a história nunca morreu e toda a gente sabe que naquela floresta, algo não humano existe.

Olá!

Poderias informar a que região de Portugal te referes??

Tras-os-montes?,Minho?


Nestas regiões bem como na Galiza,existem criaturas Imaginarias que vivem ainda nas poucas florestas intocadas pelo homem,são Os Olharapos ou Olhapins,e os Trasgus.

Estes, os Olharapos são criaturas com um ou três olhos muito próximos aos Ciclopes da Odisseia,dos Gregos portanto.
Os Trasgos ou Trasgus,chamados também Mafarricos, são criaturas em tudo semelhantes aos Gnomos e Elfos Nordicos,e cuja ocupação é pregar partidas ,aquelas que conhecem dos Poltergeists

Bem se não for esta a região fica aqui a informação. De qualquer forma o "Man Galho" é um caso a estudar na cultura popular.


De qualquer forma o Arquétipo que através destas criaturas irrompe na nossa consciência é o mesmo.

Julgo que é para os lados do Vouga, Aveiro...

Antes de mais muito obrigado Mysterium, obrigado por me informar dessas criaturas (fui logo pesquisar, para me informar mais) , é fantástico o que existe neste mundo paranormal !
A aldeia de Pessegueiro não é a de Pessegueiro do Vouga (existem várias com esse nome aqui no nosso país), é a seguinte: https://maps.google.pt/maps?q=Pessegueiro,+Santa+Maria+da+Feira&hl=pt-PT&ll=40.990945,-8.434625&spn=0.018367,0.042272&sll=40.052681,-8.020881&sspn=0.018626,0.042272&oq=Pessegueiro,+Santa+&t=h&hnear=Pessegueiro&z=15

Obrigado pela resposta !

História bem misteriosa.
Já tentaram explorar a floresta?

Segundo o que me contaram sim, várias vezes até, mas nunca foi encontrado nada estranho.. o que não é de espantar pois pela história a criatura parecia estar muito, "ligada" à flora da zona. Eu como lá não vivo, nunca fui.. e a minha vida não mo permite fazer uma exploração eu próprio, o que me deixa profundamente frustrado já que cresci a ouvir histórias.

Olá!

Uma floresta pelo facto de ser lugar á meia-luz nem totalmente escuro nem totalmente claro,
é local onde fazemos habitar por um lado os Numes protectores como os representantes dos nossos receios.

O nosso Imaginário é para ai que vai,ele gosta de lugares nem muito ordenados nem totalmente caoticos,é o lugar ideal para projeçoes autónomas.

Através da natureza das mesmas projeçoes o subconsciente compensa o Ego todo poderoso sempre a racionalizar o que está no campo da consciência,até ao seus limites.
Porém o Imaginário não têm limites logo compensa de forma saudável,a nossa necessidade de sonhar,de construir castelos no ar ,de criar monstros,os quais informa-nos que a imaginação têm os seus perigos e o que desconhecemos pode ser surpreendente.
Pessoalmente não creio que existam na realidade tais criaturas,mas é bom viver  com eles no nosso Imaginário.

Mais uma vez, fantástico comentário !

Eu acredito na existência desta criatura, não só pelo facto de ter sido contada por pessoas das quais não possuo qualquer razão para duvidar (o meu falecido avô), mas também pelo medo que residia nos olhos grupo de jovens que avistou o "Man Galho", há 6 anos atrás.

Alguma coisa eles viram ! Disso podem ter a certeza, fosse o que fosse, não era normal... Pois naquela zona os animais que vivem na floresta, são algo a que a povoação está mais que habituada, e nenhum dos animais que lá vivem podiam ter aquelas características tão estranhas como a criatura possuía ...

Olá!

Essa criatura,com essas caracteristicas, possui "irmãos" no mundo Celta chama-lhe Cerne ou Cernunus,e habita a floresta de Broceliande,na Bretanha. É um homem com hastes de cervo.
Habita também  Gales como nos conta o Mabinogion,bem como as lendas da velha Eirin,Irlanda.
É o green-man dos saxoes(inglaterra).
São casos de miscigenação por via oral  da cultura popular entre os povos.

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Por acaso não me eram totalmente desconhecidas essas criaturas (por causa de filmes, jogos), mas nunca as associei ao "Man Galho", talvez por eu próprio nunca o ter visto e apenas ter uma imagem mental do que ele é, construída a partir das descrições de quem o viu.

Eu concordo com o mysterium,a criatura pode ser, ou entao pertencer à familia do cernunnos. Isso explicaria os aparentes galhos q a criatura possui na cabeça, pois o cernunnos possui chifres que facilmente podem ser confundidos com galhos. É isso ou entao pode ser uma criatura totalmente desconhecida ate agr, nunca se sabe os segredos que as florestas contêm, o que aumenta este aparente mistério do "Man Galho".

Já se tentou filmar ou fotografar o "Man Galho"?
Tenho alguma curiosidade, pois noutros locais do mundo há provas da existência de criaturas miticas. Porque não aqui no cantinho da Europa?
Se pudesse ia aí "caçar"!

A maior parte dos avistamentos foi feita há bastantes anos, não havia a facilidade de captura de imagens que possuímos hoje em dia.. a mais recente, apesar dessa facilidade já existir, o medo subjugou a curiosidade...
E desde há 6 anos que não há sinal da criatura.

Também eu não posso, mas não sai do topo da minha lista de coisas para fazer.

Por nao ocorrer nenhum avistamento a 6 anos nao quer dizer que a criatura tenha desaparecido, apenas que aprendeu a esconder.se melhor.. segundo o que li e se percebi bem, sempre que foi avistada as testemunhas reagiram com comportamentos violentos, isso é uma boa razao para nao aparecer mais. Mas tambem gostaria de ver esta criatura com os meus proprios olhos, nao era má ideia fazer uma "caça".

warizon, tenta saber mais pormenores do man galho para se aprofundar acerca dele.

Tudo o que foi dito neste post é tudo o que se sabe, vindo do meu avô, amigos, e outros habitantes da zona.
Receio que, até haver um novo avistamento não haverá nenhuma informação nenhuma a adicionar, e mesmo que tal aconteça, poderia não haver qualquer informação nova.