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  • Materialização de Katie King-factos e relatos
    Iniciado por MissTiny
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A materialização é um fenômeno extraordinário pelo qual os Espíritos se apresentam, por assim dizer, corporificados.  "Podemos vê-los, tocá-los, fotografá-los, ouvi-los falar; em uma palavra, nos certificarmos por todos os meios possíveis de que, temporariamente, eles são tão vivos como os observadores." (DELANNE, Gabriel. O fenômeno espírita: testemunho dos sábios.) Nada há de sobrenatural, tudo é regido pelas vias naturais.

"Na materialização mediúnica, apoiados nos recursos ectoplásmicos oriundos dos médiuns, dos assistentes, dos planos superiores, corporificam-se os Espíritos." (Zalmino Zimmermann. Perispírito) Hernanni Guimarães Andrade critica o termo materialização, pois informa que o que ocorre de fato é uma ação modeladora do espírito sobre a matéria ectoplásmica.

Em certas sessões, na presença de médiuns dotados de considerável força psíquica, vêem-se formar mãos, rostos, bustos e mesmo corpos inteiros, que têm todas as aparências de vida: calor, tangibilidade, movimento. Essas mãos nos tocam, nos acariciam ou batem; mudam de lugar os objetos e fazem vibrar os instrumentos de música; esses rostos se animam e falam; esses corpos se movem e passeiam por entre os assistentes. Pode-se agarrá-los, palpá-los; depois, eles se desvanecem num repente , passando do estado sólido ao fluídico, após efêmera duração. (Leon Denis. No invisível)

Fenômeno incomum, mas rigorosamente demonstrado pelas pesquisas espiritistas.  Inúmeros foram os sábios (Gustave Geley, Charles Richet, Alexander Aksakof, Oliver Lodge, Russel Wallace, Ernesto Bozzano, etc.) que presenciaram esse fato mediúnico, contudo, foram as experiências e conclusões de Crookes que tiveram imensa repercussão na Inglaterra e na Europa, marcando um dos momentos mais importantes na história do Espiritismo. (Zalmino Zimmermann. Teoria da mediunidade.)

William Crooks relatou em sua obra "Fatos espíritas", após três anos de profundas observações, a autenticidade das materializações do Espírito Katie King, operadas com o auxilio da jovem médium Florence Cook.

As pesquisas de Crooks não deixaram dúvidas com relação à existência de duas personalidades distintas, isto é, ficou demonstrado que não havia fraude, sendo que Florence Cook (médium) e Katie King (Espírito) eram individualidades totalmente independentes.

Florence Marryate, que acompanhava Crookes nas investigações, relata:
Miss Cook é uma mocinha morena, de olhos e cabelos negros. Às vezes, Katie parecia-se muitíssimo com ela, mas em outras sessões a dissemelhança era palpável. [...] Vi muitas vezes miss Cook e Katie, uma ao lado da outra. Não tenho, pois, dúvida de que eram duas criaturas diferentes. W. Crookes também constatou o mesmo fato. (Florence Marryate. A Morte Não Existe)


Katin King convidou o renomado pesquisador a entrar na cabine onde se encontrava a médium e, então, com o auxílio de uma lâmpada fosfórica, pôde ver, perfeitamente, o Espírito materializado ao lado da médium em transe, provando-se, assim, a existência de duas personalidades diferentes. (Zalmino Zimmermann. Teoria da Mediunidade)

Zalmino Zimmermann, em sua obra Teoria da Mediunidade, cita as importantes informações de Gabriel Delanne, que reproduzimos abaixo, in verbis:

Nela (Miss Cook) não há lugar para dúvidas. A médium é uma jovenzinha de 15 anos, incapaz de organizar e levar a bom termo tão colossal embuste, sob a meticulosa observação de jornalistas, escritores, e cientistas de primeira ordem. Tomaram-se todas as medidas, sempre com sua aquiescência, para impedir qualquer fraude. Procedeu-se em relação a ela como se teria feito com o mais hábil dos prestidigitadores. Imobilizam-se suas mãos por meio de cordas, cujos nós e laçadas são costurados e selados; com uma correia cinge-se sua cintura e fica sujeita às maiores precauções; as extremidades se fixam no solo mediante uma argola de ferro. Outras vezes passavam-lhe uma corrente elétrica pelo corpo de modo que um galvanômetro indicasse os seus menores movimentos. Entretanto, a aparição se mostrava completamente liberta, vestida com véus dispostos com arte e que desapareciam ao mesmo tempo em que o fantasma. Katie King difere tanto da médium Florence Cook que mesmo os incrédulos mais sistemáticos, como o Dr. Sexton, pôde vê-las juntas, enquanto Miss Cook jazia em transe, amarrada em sua cadeira. Seu testemunho confirma o da escritora Florence Marryat e o de Sir. William Crookes, que tinham podido ver a cena. (...) Mas o que demonstra peremptoriamente a independência absoluta de Katie King, é que ela fala com a médium estando completamente desperta. Pela leitura dos relatórios de Sir William Crooks vemos que, em sua última aparição, o Espírito se despediu de Miss Cook, quando esta foi despertada e posta em seu estado normal.

Leon Denis, em sua obra "No Invisível", traz-nos outro relato de Florence Marryat, in verbis:

Assisti diversas vezes às investigações feitas pelo Senhor Crookes, para se convencer da existência da aparição. Vi madeixas escuras de Florence Cook esparsas no chão, diante da cortina, à vista de todos os assistentes, enquanto Katie passeava e conversava conosco. Vi, em várias ocasiões, Florence e Katie, ao pé uma. da outra, de sorte que não posso ter a mínima dúvida de que eram duas individualidades distintas... No correr de uma sessão, pediu-se a Katie que se desmaterializasse em plena luz.

Consentiu em submeter-se à prova, embora nos dissesse em seguida que lhe havíamos feito muito mal. Foi encostar -se à parede do salão, com os braços estendidos em cruz. Acenderam -se três bicos de gás. O efeito produzido em Katie foi terrífico. Vimo-la ainda durante um segundo apenas; depois, ela desvaneceu-se lentamente. Não posso melhor comparar a sua extinção que a uma boneca de cera derretendo -se ao calor de um braseiro. Primeiramente, os dois lados do rosto, vaporizados e confusos, parecia entrarem um no outro; os olhos se afundavam nas órbitas; o nariz desapareceu e a fronte se desmanchou. Os membros e o vestido tiveram a mesma sorte; ia tudo caindo no tapete, como uma coisa que desmorona. A luz dos três bicos de gás olhávamos fixamente para o lugar que Katie King havia ocupado.

Zimermmann ainda lembra que Charles Darwin, depois de ler a obra de Crooks, aceitou um convite para participar de uma reunião:

Segundo o médico italiano Dr. Giulo Caratelli, Darwin, em carta à sua amiga Lady Derby, relata o ocorrido, declarando-se perplexo diante do que presenciou e que, embora sua formação "fortemente racional", era levado a aceitar totalmente o "trabalho honesto e atento" de Crooks, amigo muito estimado e admirado.

Leon Denis lembra que os contraditores passaram a implantar a falsa informação de que Crooks houvera se retratado. W. Crookes, todavia, após 30 anos de publicação da sua obra, em congresso realizado em Briston, no ano de 1898, do qual ele era presidente, disse categoricamente:

Trinta anos se passaram, depois que publiquei as narrativas de experiências tendentes a demonstrar que, fora de nossos conhecimentos científicos, existe uma força posta em ação por uma inteligência que difere da inteligência comum a todos os mortais. Nada tenho que retratar; mantenho minhas observações já publicadas. Posso mesmo acrescentar -lhes outras muitas.

Note-se como agem os antagonistas! Já pensou se Crooks não tivesse a oportunidade de desmentir os boatos?

Nada obstante, os antagonistas continuam levantando objeções ridículas, primárias e risíveis. Mesmo após os testemunhos que atestam a distinção entre Miss Cook e Katie King, dizem que esta última nunca existiu e que era a médium disfarçada. Tal conclusão origina-se da semelhança que muitas vezes existia entre as duas. Bem se vê que falta conhecimento do Espiritismo para muitos críticos!

A semelhança que existia decorre do fenômeno conhecido como materialização conjugada: "Por apoiar-se o manifestante no perispírito do próprio médium, ou ser por ele estreitamente influenciado, (...) a aparência do Espírito materializado parece, muitas vezes, apresentar semelhanças com a do médium. Esse tipo de manifestação surge em determinadas circunstâncias ou condições, sabendo-se, entretanto, que o médium pode servir-se aos dois tipos de materialização." (Zalmino Zimmermann. Perispírito) Todavia, cumpre registrar que, conforme informam os relatos, nem sempre havia semelhança entre a médium e o Espírito.
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Devemos destacar um fato notável envolvendo a sociedade dialética de Londres:

Em 1869, a Sociedade Dialética de Londres, uma das mais autorizadas agremiações científicas, nomeou uma Comissão de trinta e três membros, sábios, literatos, prelados, magistrados, entre os quais Sir John Lubbock, da Royal Society, Henry Lewes, hábil fisiologista, Huxler, Wallace, Crookes, etc., para examinar e "aniquilar para sempre" esses fenômenos espíritas, que, dizia a moção, "são somente produto da imaginação". Depois de dezoito meses de experiências e de estudos, a Comissão, em seu relatório, reconheceu a realidade dos fenômenos e concluiu em favor do Espiritismo.(Leon Denis. Depois da morte)

Pelo exposto, não foi sem motivos que Charles Richet disse:

As experiências de Crookes são de granito e nenhuma crítica prevalece contra elas. Aconselho a lerem com cuidado os relatos de Crookes e hão de se convencer da realidade dos fatos, a menos que se resignem a tratar Crookes de imbecil, o que seria uma imbecilidade.

Eis mais um dos fatos espíritas. William Crookes, assim como Tomé, tocou o fenômeno com os dedos.

William Crookes e as pesquisas com materializações do espírito Katie King


Fonte:O blog dos espíritas

No fim de 1800 e inícios de 1900 é onde surgem as maiores falsificações devido à emergência da fotografia. O oculto foi tão prolífico que até Óscar Wilde escreveu sobre o assunto num dos seu contos. É neste período que vemos as primeiras fotos de "falecidos" junto a vivos e "fadas" junto a pessoas, etc. Sendo, estas fotos são demasiado suspeitas.
The only thing worse than being blind is having sight but no vision.

Hora nenhuma se vê a medium e o suposto espirito juntos porque será?e quando mostram a cabeça da medium está atras do espirito impendindo assim a sua identificação se isso for chamado de prova sólida e o que sobra para as provas circunstanciais?acho uma ingenuidade acreditar em um relato desse.Alem do mais essa medium depois foi pega em fraude.