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  • O fenómeno dos telefonemas do além parte II
    Iniciado por Anitacleo
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Como resultado final, o perito concluiu que não existiam evidências que comprovassem que os locutores, denominados aqui de "Voz do Edson Vivo" e "Voz da Caixa do Celular", sejam diferentes, dado a proximidade dos coeficientes encontrados. Ou seja, a voz na caixa postal da Zilda tinha sido demonstrada matematicamente que era a voz do Edson. Como isso poderia acontecer, já que o Edson havia morrido 25 dias antes no hospital? A promessa de que ele falaria de "Lá", caso morresse no hospital, se concretizou com a declaração de amor pelo celular, na voz interpretada como "Eu te amo... avisei"?

Seria a comprovação científica de que os mortos vivem após a morte e se comunicam por telefone? Aparentemente um caso perfeito, mas que se esbarra em algumas problemáticas. A princípio, a identificação do número de quem ligou e deixou mensagem na caixa postal não pôde ser averiguada. Zilda contatou sua companhia telefônica para saber de ligações efetuadas a ela naquela data, mas foi informada que a quebra de sigilo telefônico só seria possível mediante meios judiciais, conforme as leis brasileiras (O que não foi empecilho para Adolf Homes com leis alemãs mais flexíveis de telefonia).

A ocorrência torna-se fraca para comprovação de vida pós-morte pela ciência, mesmo tendo sido constatado que não existe evidência de diferentes origens vocais. Mesmo sabendo-se que uma voz humana serve como umas das identificações para diferenciar cada indivíduo, ela peca porque a ocorrência como um todo não se deu debaixo de estrito controle científico. Essa é a grande dificuldade para este tipo de pesquisa na modalidade da transcomunicação por telefone, devido a sua aparição ser de natureza espontânea, aleatória e de conteúdo imprevisível.

É certo que outras modalidades de pesquisa na Transcomunicação Instrumental podem ser feitas sob controle científico, mas a telefônica até o momento ainda fica prejudicada. Só o fato de que a amostra de voz da caixa postal do celular não esteve debaixo de controles científicos iniciais, já seria hipótese alternativa para que, por exemplo, ela pudesse ser uma fraude.
Como uma fraude? A simples fraude poderia ter sido perpetrada por alguém brincalhão que tinha em posse uma gravação de voz do Edson quando vivo, e a utilizou remetendo-a ao celular da Zilda. Naturalmente uma análise técnica posterior apontaria a probabilidade das vozes terem origem de uma mesma pessoa, mas não comprovaria que a voz veio do mundo espiritual ou de um brincalhão da esquina utilizando uma gravação antiga.

O simples fato de não ter identificado o número do telefone que chamou o celular da Zilda, permite vazão a outras hipóteses. E a dificuldade torna-se ainda maior se um número fosse identificado, mas os transcomunicadores achassem que o espírito usou o celular de alguém para se comunicar com seu ente querido. As questões ficariam difíceis de serem descartadas.

Uma possível fraude, de deixar um recado em caixa postal, seria mais fácil do que a fabricação de uma fraude de uma conversação direta entre o espírito e o vivo. Mas não seria impossível! Seria bem plausível simular uma conversação quando o farsante do outro lado da linha tenha trechos pré-gravados do falecido, com algumas sentenças e expressões mais prováveis de se dizer. Daria para enganar o incauto, fazendo-o acreditar numa comunicação do Além. Uma posterior análise de verificação de falantes apontaria como legítima unicidade de voz entre o falecido quando vivo e o que agora se comunica.

Uma cena do filme de Woody Allen, Um misterioso assassinato em Manhattan, mostra exatamente Larry Lipton (Woody Allen) utilizando diversos gravadores com trechos de voz pré-gravados, montados e concatenados, para simular uma conversa com outra pessoa no telefone. É por isso ser de fundamental importância, antes de tudo, a análise da autenticidade da gravação, na busca e verificação de alguma montagem ou edição. Não se pode afirmar que isto tudo tenha ocorrido no episódio do celular de Zilda Monteiro, mas para a ciência todas as hipóteses naturais têm que ser descartadas com segurança.

Por todos esses problemas inerentes, ainda não há qualquer comprovação científica de que alguma chamada telefônica tenha origem de um mundo espiritual. Entretanto, não é por falta de comprovação matemática, na "equação das vozes", que será impedimento para as pessoas continuarem a narrar que passaram por experiências marcantes, quando ouviram seus parentes falecidos e mantiveram conversações com eles por telefone.

Soluções para contornar todos essas variáveis, em busca da comprovação, podem ser arquitetadas em um ambiente de pesquisa controlado. O que resta para a transcomunicação telefônica é uma maior pesquisa e estudo, visando a busca desse almejado objetivo.


Fonte:Transcomunicação.com
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