Vezes sem conta ...

Excertos ...

Numa frágil ignomínia,
O pouso do tédio, não submete
Era aquela sintonia,
Onde o novo, se repete.

vezes sem conta ...

Entre o principio e o fim,
Um caminho de escuridão,
Duas semanas em que, em mim
São semanas de ebulição.

vezes sem conta ...

Quinze dias, várias horas
A duração de um fósforo, a consumir
No fim, senti as tuas esporas
Foste incapaz de despedir.

vezes sem conta ...

Mesmo na morte, a alma
Tem a sua flagelação,
O corpo dá a ideia, calma
Não se nota o turbilhão.

vezes sem conta ...

Tu, como animal fugaz,
Reconheceste tua presa
Um dia mais tarde dirás,
Foi erro teu, de certeza.

vezes sem conta ...

É a justa medida, da fraqueza
É típico da tua natureza,
Iludindo com destreza,
Ignorando, sendo a Realeza.

vezes sem conta ...

Mentiras que assolam
Descobertas bem cedo,
São muros que isolam
Assim nasce o Medo.

vezes sem conta ...

Será que és capaz ?
Não é para ti um tormento,
Saber que não conseguirás,
Arrancar-me do teu pensamento ?

vezes sem conta ...

O silêncio, gritante ...
Som de alma rasgada,
Espaço, Tempo sufocante
Página da vida arrancada.

vezes sem conta ...

É humana a condição,
Ninguém o irá negar,
Mesmo tendo outra opção,
Comigo irás sonhar.

vezes sem conta ...

Continuarei infinitamente,
Nos teus sonhos habitarei,
Numa loucura inocente,
Sei que em ti ... Jamais morrerei !

By: Seth