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  • Grigio,o cachorro fantasma de Dom Bosco
    Iniciado por Helena
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Muita gente conhece o italiano João Melchior Bosco, o padre que ajudava crianças pobres da cidade de Turim. Aqui o Brasil, existe a obra dos Salesianos, onde existem várias instituições escolares, Oratórios e igrejas, onde se contam as história de lutas e vitórias do educador.
O assunto igualmente lendário, mas pouco conhecido, é o episódio do cão Grigio, um suposto fantasma que auxilou-o a se safar de vários casos, cuja intervensão divina se fez através deste particular espectro peludo de quatro patas.

"(...) Durante os primeiros dias de seu ministério ele correu perigo tanto por causa de bandidos, que pensavam que ele tinha dinheiro, como por parte de comerciantes e funcionários públicos da cidade, que se ressentiam de suas tentativas de organizar e educar sua futura mão-de-obra barata. Ao longo dos anos, Dom Bosco sobreviveu a diversos atentados contra sua vida. Eles poderiam ter sido bem-sucedidos não fosse pelas repetidas - e quase inesplicáveis - intervensões do enorme Grigio. Quando Bosco estava em perigo, o grade cachorro aparecia do nada para perseguir seus atacantes. Assim que a ordem era restabelecida, ele simplesmente se virava e ia embora.

Com o passar dos anos, a reputação de Bosco cresceu e nem ladrões nem funcionários locais ousavam tocá-lo. O poderoso Grigio, que sempre era atraído pelos problemas, simplesmente desapareceu, sem nunca mais ser visto."



Um cão capaz de "prever o futuro"

Em outra ocasião, seu protetor o impediu de sair de casa.

Era noite, e Dom Bosco precisava sair. Mama Margarita procurou dissuadi- lo, mas ele a tranqüilizou, pegou o chapéu e já ia saindo, acompanhado por alguns rapazes. No portão, encontraram o Grigio estendido no chão.

- Oh, o Grigio, tanto melhor, estaremos bem acompanhados! Levanta-te e vem conosco, disse o Santo.

Porém o cão, em vez de obedecer, rosnou e não se mexeu. Um dos rapazes o fustigou com o pé para ver se conseguia levantá-lo, mas ele arreganhou os dentes ameaçadoramente.

Mama Margarida disse então ao filho:

- Não quiseste ouvir-me, ouve agora o cão: não saias a esta hora!

Para satisfazer o desejo da mãe, Dom Bosco retornou à casa. Pouco depois, apareceu correndo um vizinho para preveni-lo de que não saísse naquele momento, pois quatro indivíduos armados rondavam pelos arredores, decididos a matá-lo.

O fato foi confirmado mais tarde por pessoas dignas de fé. Esse cão capaz de "prever o futuro" e agir em conseqüência era mesmo um simples animal irracional? O Fundador dos Salesianos não responde a esta pergunta. Mas ele fez a seus discípulos uma interessante narração, que transcrevemos abaixo com suas próprias palavras.

Relato de Dom Bosco

O Grigio foi assunto de muitas conversas e hipóteses várias. Muitos de vós o vistes e até acariciastes. Deixando de lado as histórias peregrinas que dele se contam, vou expor a pura verdade.

Por causa dos freqüentes atentados de que eu era alvo, fui aconselhado a não andar sozinho ao ir à cidade de Turim ou de lá voltar.

Regressei bem escoltado ao Oratório

Em fins de novembro de 1854, numa tarde escura e chuvosa, voltava da cidade, pela rua da Consolata. Em determinado ponto percebi que dois homens caminhavam a pouca distância na minha frente. Aceleravam ou diminuíam o passo, toda vez que eu acelerava ou diminuía o meu. Quando, para não me encontrar com eles, tentava passar para o lado oposto, eles com grande habilidade colocavam-se à minha frente. Quis voltar sobre meus passos, mas não houve tempo: dando dois pulos para trás, lançaram-me um manto sobre o rosto. Um deles conseguiu amordaçar-me com um lenço. Queria gritar, mas já não podia.

Nesse preciso momento apareceu o Grigio. Urrando como um urso, lançou- se com as patas contra o rosto de um, com a boca escancarada contra o outro, de maneira que mais lhes convinha envolver o cão do que a mim.

- Chama o cachorro! - gritaram espantados.

- Chamo, sim, mas deixem os transeuntes em paz.

- Chama logo!

O Grigio continuava a urrar como urso enfurecido. Eles retomaram o caminho, e o Grigio, sempre ao meu lado, acompanhou-me. Regressei ao Oratório bem escoltado por ele.

Nem sequer cheirou a comida

Nas noites em que ninguém me acompanhava, assim que passava as últimas casas via despontar o Grigio de algum lado da rua. Muitas vezes os jovens do Oratório o viram entrar no pátio. Alguns queriam bater nele, outros, atirarem-lhe pedras.

- Não o molestem é o cão de Dom Bosco - disse-lhes José Buzzetti.

Então todos se puseram a acariciá-lo e o seguiram até o refeitório, onde eu estava ceando com alguns clérigos e padres, e com minha mãe. Ante tão inesperada visita, ficaram todos amedrontados.

- Não tenham medo, é o meu Grigio, deixem que ele venha - disse eu.

Dando uma longa volta ao redor da mesa, veio ter comigo, fazendo festa. Eu também o acariciei e ofereci-lhe sopa, pão e carne, mas ele recusou. Mais: nem sequer cheirou a comida.

Continuando então a dar sinais de satisfação, apoiou a cabeça sobre meus joelhos, como se quisesse falar-me ou dar-me boa-noite; em seguida, com grande entusiasmo e alegria, os meninos o acompanharam para fora. Lembro- me que naquela noite havia regressado tarde para casa e um amigo me havia trazido em sua carruagem.

Procuraram-no, mas ninguém o encontrou

A última vez que vi o Grigio foi em 1866, quando ia de Murialdo a Moncucco, à casa de Luís Moglia, meu amigo. O pároco de Buttigliera quis acompanhar- me por bom trecho de caminho, e isso fez com que a noite me surpreendesse no meio da estrada.

- Oh! se tivesse aqui o meu Grigio, que bom seria! - pensei.

Naquele momento o Grigio veio correndo em minha direção, com grandes demonstrações de alegria, e acompanhou- me pelo trecho de caminho que ainda devia percorrer, uns três quilômetros. Chegado à casa do amigo, conversei com toda a família e fomos cear, ficando meu companheiro a descansar num canto da sala. Terminada a refeição, disse o amigo:

- Vamos dar de comer a teu cachorro.

E tomando um pouco de comida, levou-a ao cão, mas não o encontrou, por mais que o procurasse por todos os cantos da sala e da casa. Todos ficaram admirados porque nenhuma porta, nenhuma janela fora aberta, e os cães da casa não deram nenhum alarme. Procuraram o Grigio nos quartos de cima, mas ninguém o encontrou.

Foi essa a última notícia que tive do Cinzento. Jamais soube de seu dono. Sei apenas que esse animal foi para mim uma verdadeira providência nos muitos perigos em que me vi metido.Muitos anos depois desse fato, D. Bosco estava nas montanhas da Ligúria e, perdido entre aqueles desfiladeiros, à noite, sem saber que direção tomar para chegar ao povoado, invoca o seu anjo da guarda. Eis que aquele mesmo cão Grigio que o havia libertado em Turim se aproximou, brincou com ele e o conduziu no caminho certo, até a casa a que D. Bosco queria chegar. Depois desapareceu. "Sociedade Apostolado"






é por esta e por outras que eu adoro cães/lobos!!

Dogs rules!  =DD

Um dia destes postei por aí uma história com alguns contornos semelhantes a este, passada num hospital dos Estados Unidos.


Templa
Templa - Membro nº 708