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  • Magia, o processo
    Iniciado por penalua
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Olá pessoal, tenho tido algumas dúvidas e alguma curiosidade acerca do processo que envolve rituais e magia e gostava de saber se alguém me pode dizer como é que se faz a magia? como é que o Homem a descobriu? foi apartir da religião? como é que se descobriram como fazer certos rituais? como é que o encadeamento de imaginemos patas de galinha ou de um coelho ao irem para uma panela com outra coisa qualquer pode desencadear consequências noutra pessoa?
Sou um cético metódico ou um dogmático com dúvidas ou lá como se diz e gostava que alguém pudesse responder-me a estas perguntas.

Ligeia
Citação de: penalua em 11 julho, 2012, 23:12
(...)
Sou um cético metódico ou um dogmático com dúvidas ou lá como se diz e gostava que alguém pudesse responder-me a estas perguntas.

Boa noite, Penalua, bem-vindo ao fórum  ;)
O que queres dizer será mais "cético moderado" pois todo o cético é, naturalmente, metódico... Um dogmático com dúvidas é uma impossíbildade filosófica  ;D

No que à "história da magia" diz respeito, aguardemos pelos especialistas cá da casa.


Boas. Não percebo nada disto, mas tenho uma mente e tento usá-la, que é um desperdício estar parada.

Desde sempre a Natureza no seu esplendor, brutalidade e encanto, incutiu no homem primevo o espanto, o medo, a contemplação. Eram os relâmpagos e as trovoadas; eram as chuvas torrenciais; era o sol que trazia a luz, após o período de escuridão, e era um alívio o seu regresso; eram as estrelas; a lua que os encantava com a sua luz intensa, ali suspensa nos céus como uma fogueira, parecendo cair sobre o Homem a qualquer momento; os eclipses que os devem ter perturbado sobremaneira nas suas rudes mentes, levando-os a pensar que alguma força superior lhes havia roubado o sol; eram os arco-íris deslumbrantes; eram os rios, mares, lagos, cascatas; eram as montanhas enormes que tocavam o céu; eram as florestas densas; eram as flores maravilhosamente perfumadas e coloridas; eram os animais (aves, peixes, mamíferos, etc.) num sortido estonteante; o nascimento e a morte; a vegetação e os frutos que nasciam ciclicamente...
O homem primevo teve o impulso natural para querer conhecer estas maravilhas que o rodeava; querer saber porque assim acontecia. É a natural apetência do Homem para dominar, pelo conhecimento, os fenómenos que presencia. E nisso, ele teria que começar por algum lado. Não havia método científico ainda. Não havia manuais feitos, nem conhecimentos armazenados. Havia apenas a curiosidade e uma mente que começava a despontar no seu fulgor. Então surgiram homens especiais. Aqueles mais curiosos, e que não se dedicavam exclusivamente à busca de alimentos, terá começado a descobrir padrões na Natureza: só em determinadas alturas os pássaros nidificavam; só em certas alturas os frutos surgiam; só em certas alturas fazia mais calor ou chovia mais... e foi assim que o Homem primitivo começou a percepcionar os contornos dum maravilhoso mecanismo natural. E eles diziam aos outros quando iriam surgir este e aquele fruto; a época de estio e das chuvas; da reprodução dos animais selvagens, etc., etc..  E isto traz ao homem que detém tais conhecimentos uma vantagem sobre os outros. Passam a respeitá-lo mais, pela sua singularidade, pela sua estranheza. Estes homens sentem-se superiores porque sabem que dominam algo mais que os outros sobre os segredos que a Terra Mãe encerra nas suas entranhas e na sua cúpula: ventre fecundo que os criou e sustenta e alberga. Isolaram-se na sua comunidade; separaram-se dos outros para continuarem as suas actividades reflexivas; os seus estudos dos "sinais" da Natureza, dos seus padrões, ou seja, daquilo que era repetitivo e se poderia percepcionar até chegar às causas que produziam tais fenómenos. Estes homens passaram a ser conhecidos por Magos (homens sábios). E a Magia, enquanto sistema de saberes, de conhecimentos adquiridos, começa a despontar como primórdios de uma ciência ainda na forja que pretendia descobrir os segredos da Natureza: da Physikos, como lhe chamavam os gregos (Physikos = Natureza).
Naturalmente que há um momento crucial na senda do conhecimento em que os Magos (Sábios) fazem trajectórias diferentes. Uns seguem uma via mais racional, exigindo das suas mentes curiosas a explicação dos fenómenos à luz da causalidade/efeito, e daqui aparece a corrente positivista/racional que deu origem aos nossos actuais cientistas, à Ciência como a conhecemos, com a matemática como pilar. E, por outro lado, aqueles que seguiram uma via mais interior, ou supersticiosa, presa ao imaginário do fantástico, do oculto, do espiritual, mantendo a busca na explicação de fenómenos paranormais, dos segredos do além morte, do fascínio pelos "mundos dos sonhos", do Sagrado, recorrendo muitas vezes a ervas alucinogénicas que os levavam a estados alterados da consciência, "viajando" para outras dimensões, ou, no caso das religiões, à contemplação interior, da alma, vaso da pureza divina cuja busca e sublimação eram o caminho da pureza e salvação.
É sobretudo nesta última via, que (exceptuando o caso das Grandes Religiões: Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, etc.) surge o xamanismo de entre os Magos, para lidar, entendendo-o, com o mundo do além, dos espíritos. E aqui, mais do que em qualquer outra situação, não é a matemática com o seu rigor que impera, mas a Palavra, o Ritual, o Símbolo. É pela força da Palavra, pelo escrupuloso cumprimento do Ritual de invocação, usando-se os Símbolos identitários do agente ou da comunidade, que os ligavam aos seus antepassados e, por via destes, às divindades, é que o homem acede, ainda em vida, ao Plano Superior, só acessível ao comum dos mortais pela transição (morte física).

Assim, e em modo de conclusão, a Magia, como fonte de saber primordial, deu origem à nossa Ciência actual; às Grandes Religiões; e ao Xamanismo na sua acepção mais ampla, onde a bruxaria e outras práticas invocativas de seres espirituais têm lugar.
A Palavra, como expressão/acção sonora do pensamento (pensamento que é a criação do nosso espírito), tem uma força enorme. Uma Palavra pode dar origem a uma guerra ou à paz. A Palavra é dum poder extraordinário. Cria emoções extremas, desde a tristeza à alegria. É extraordinária a sua força.
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele" (João 1:1-3).

Penso que a Magia a que te referes se prende com invocações (uso da Palavra), com os rituais envolvidos na simbologia. Sou da opinião que pela Palavra, e pelo uso dos Símbolos (criação do agente e que serve de reforço à Palavra e à Execução do Ritual, e cujo significado é o próprio que lho atribui) se consegue alcançar a união entre as Existências Paralelas/Opostas e, por via disso, alcançar também um certo resultado esotérico, sobrenatural, a que a Técnica (Ciência Convencional), talvez, um dia, possa aceder, se direccionar o objecto do seu estudo para a Metafísica.


Citação de: Arph em 17 julho, 2012, 12:30
Boas. Não percebo nada disto, mas tenho uma mente e tento usá-la, que é um desperdício estar parada.

Desde sempre a Natureza no seu esplendor, brutalidade e encanto, incutiu no homem primevo o espanto, o medo, a contemplação. Eram os relâmpagos e as trovoadas; eram as chuvas torrenciais; era o sol que trazia a luz, após o período de escuridão, e era um alívio o seu regresso; eram as estrelas; a lua que os encantava com a sua luz intensa, ali suspensa nos céus como uma fogueira, parecendo cair sobre o Homem a qualquer momento; os eclipses que os devem ter perturbado sobremaneira nas suas rudes mentes, levando-os a pensar que alguma força superior lhes havia roubado o sol; eram os arco-íris deslumbrantes; eram os rios, mares, lagos, cascatas; eram as montanhas enormes que tocavam o céu; eram as florestas densas; eram as flores maravilhosamente perfumadas e coloridas; eram os animais (aves, peixes, mamíferos, etc.) num sortido estonteante; o nascimento e a morte; a vegetação e os frutos que nasciam ciclicamente...
O homem primevo teve o impulso natural para querer conhecer estas maravilhas que o rodeava; querer saber porque assim acontecia. É a natural apetência do Homem para dominar, pelo conhecimento, os fenómenos que presencia. E nisso, ele teria que começar por algum lado. Não havia método científico ainda. Não havia manuais feitos, nem conhecimentos armazenados. Havia apenas a curiosidade e uma mente que começava a despontar no seu fulgor. Então surgiram homens especiais. Aqueles mais curiosos, e que não se dedicavam exclusivamente à busca de alimentos, terá começado a descobrir padrões na Natureza: só em determinadas alturas os pássaros nidificavam; só em certas alturas os frutos surgiam; só em certas alturas fazia mais calor ou chovia mais... e foi assim que o Homem primitivo começou a percepcionar os contornos dum maravilhoso mecanismo natural. E eles diziam aos outros quando iriam surgir este e aquele fruto; a época de estio e das chuvas; da reprodução dos animais selvagens, etc., etc..  E isto traz ao homem que detém tais conhecimentos uma vantagem sobre os outros. Passam a respeitá-lo mais, pela sua singularidade, pela sua estranheza. Estes homens sentem-se superiores porque sabem que dominam algo mais que os outros sobre os segredos que a Terra Mãe encerra nas suas entranhas e na sua cúpula: ventre fecundo que os criou e sustenta e alberga. Isolaram-se na sua comunidade; separaram-se dos outros para continuarem as suas actividades reflexivas; os seus estudos dos "sinais" da Natureza, dos seus padrões, ou seja, daquilo que era repetitivo e se poderia percepcionar até chegar às causas que produziam tais fenómenos. Estes homens passaram a ser conhecidos por Magos (homens sábios). E a Magia, enquanto sistema de saberes, de conhecimentos adquiridos, começa a despontar como primórdios de uma ciência ainda na forja que pretendia descobrir os segredos da Natureza: da Physikos, como lhe chamavam os gregos (Physikos = Natureza).
Naturalmente que há um momento crucial na senda do conhecimento em que os Magos (Sábios) fazem trajectórias diferentes. Uns seguem uma via mais racional, exigindo das suas mentes curiosas a explicação dos fenómenos à luz da causalidade/efeito, e daqui aparece a corrente positivista/racional que deu origem aos nossos actuais cientistas, à Ciência como a conhecemos, com a matemática como pilar. E, por outro lado, aqueles que seguiram uma via mais interior, ou supersticiosa, presa ao imaginário do fantástico, do oculto, do espiritual, mantendo a busca na explicação de fenómenos paranormais, dos segredos do além morte, do fascínio pelos "mundos dos sonhos", do Sagrado, recorrendo muitas vezes a ervas alucinogénicas que os levavam a estados alterados da consciência, "viajando" para outras dimensões, ou, no caso das religiões, à contemplação interior, da alma, vaso da pureza divina cuja busca e sublimação eram o caminho da pureza e salvação.
É sobretudo nesta última via, que (exceptuando o caso das Grandes Religiões: Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, etc.) surge o xamanismo de entre os Magos, para lidar, entendendo-o, com o mundo do além, dos espíritos. E aqui, mais do que em qualquer outra situação, não é a matemática com o seu rigor que impera, mas a Palavra, o Ritual, o Símbolo. É pela força da Palavra, pelo escrupuloso cumprimento do Ritual de invocação, usando-se os Símbolos identitários do agente ou da comunidade, que os ligavam aos seus antepassados e, por via destes, às divindades, é que o homem acede, ainda em vida, ao Plano Superior, só acessível ao comum dos mortais pela transição (morte física).

Assim, e em modo de conclusão, a Magia, como fonte de saber primordial, deu origem à nossa Ciência actual; às Grandes Religiões; e ao Xamanismo na sua acepção mais ampla, onde a bruxaria e outras práticas invocativas de seres espirituais têm lugar.
A Palavra, como expressão/acção sonora do pensamento (pensamento que é a criação do nosso espírito), tem uma força enorme. Uma Palavra pode dar origem a uma guerra ou à paz. A Palavra é dum poder extraordinário. Cria emoções extremas, desde a tristeza à alegria. É extraordinária a sua força.
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele" (João 1:1-3).

Penso que a Magia a que te referes se prende com invocações (uso da Palavra), com os rituais envolvidos na simbologia. Sou da opinião que pela Palavra, e pelo uso dos Símbolos (criação do agente e que serve de reforço à Palavra e à Execução do Ritual, e cujo significado é o próprio que lho atribui) se consegue alcançar a união entre as Existências Paralelas/Opostas e, por via disso, alcançar também um certo resultado esotérico, sobrenatural, a que a Técnica (Ciência Convencional), talvez, um dia, possa aceder, se direccionar o objecto do seu estudo para a Metafísica.




sem palavras.... Não poderia acrescentar nem uma vírgula. Parabéns, excelente resposta. :)
:::Verinha Mágica:::

chacalnegro
Citação de: Arph em 17 julho, 2012, 12:30
Boas. Não percebo nada disto, mas tenho uma mente e tento usá-la, que é um desperdício estar parada.

Desde sempre a Natureza no seu esplendor, brutalidade e encanto, incutiu no homem primevo o espanto, o medo, a contemplação. Eram os relâmpagos e as trovoadas; eram as chuvas torrenciais; era o sol que trazia a luz, após o período de escuridão, e era um alívio o seu regresso; eram as estrelas; a lua que os encantava com a sua luz intensa, ali suspensa nos céus como uma fogueira, parecendo cair sobre o Homem a qualquer momento; os eclipses que os devem ter perturbado sobremaneira nas suas rudes mentes, levando-os a pensar que alguma força superior lhes havia roubado o sol; eram os arco-íris deslumbrantes; eram os rios, mares, lagos, cascatas; eram as montanhas enormes que tocavam o céu; eram as florestas densas; eram as flores maravilhosamente perfumadas e coloridas; eram os animais (aves, peixes, mamíferos, etc.) num sortido estonteante; o nascimento e a morte; a vegetação e os frutos que nasciam ciclicamente...
O homem primevo teve o impulso natural para querer conhecer estas maravilhas que o rodeava; querer saber porque assim acontecia. É a natural apetência do Homem para dominar, pelo conhecimento, os fenómenos que presencia. E nisso, ele teria que começar por algum lado. Não havia método científico ainda. Não havia manuais feitos, nem conhecimentos armazenados. Havia apenas a curiosidade e uma mente que começava a despontar no seu fulgor. Então surgiram homens especiais. Aqueles mais curiosos, e que não se dedicavam exclusivamente à busca de alimentos, terá começado a descobrir padrões na Natureza: só em determinadas alturas os pássaros nidificavam; só em certas alturas os frutos surgiam; só em certas alturas fazia mais calor ou chovia mais... e foi assim que o Homem primitivo começou a percepcionar os contornos dum maravilhoso mecanismo natural. E eles diziam aos outros quando iriam surgir este e aquele fruto; a época de estio e das chuvas; da reprodução dos animais selvagens, etc., etc..  E isto traz ao homem que detém tais conhecimentos uma vantagem sobre os outros. Passam a respeitá-lo mais, pela sua singularidade, pela sua estranheza. Estes homens sentem-se superiores porque sabem que dominam algo mais que os outros sobre os segredos que a Terra Mãe encerra nas suas entranhas e na sua cúpula: ventre fecundo que os criou e sustenta e alberga. Isolaram-se na sua comunidade; separaram-se dos outros para continuarem as suas actividades reflexivas; os seus estudos dos "sinais" da Natureza, dos seus padrões, ou seja, daquilo que era repetitivo e se poderia percepcionar até chegar às causas que produziam tais fenómenos. Estes homens passaram a ser conhecidos por Magos (homens sábios). E a Magia, enquanto sistema de saberes, de conhecimentos adquiridos, começa a despontar como primórdios de uma ciência ainda na forja que pretendia descobrir os segredos da Natureza: da Physikos, como lhe chamavam os gregos (Physikos = Natureza).
Naturalmente que há um momento crucial na senda do conhecimento em que os Magos (Sábios) fazem trajectórias diferentes. Uns seguem uma via mais racional, exigindo das suas mentes curiosas a explicação dos fenómenos à luz da causalidade/efeito, e daqui aparece a corrente positivista/racional que deu origem aos nossos actuais cientistas, à Ciência como a conhecemos, com a matemática como pilar. E, por outro lado, aqueles que seguiram uma via mais interior, ou supersticiosa, presa ao imaginário do fantástico, do oculto, do espiritual, mantendo a busca na explicação de fenómenos paranormais, dos segredos do além morte, do fascínio pelos "mundos dos sonhos", do Sagrado, recorrendo muitas vezes a ervas alucinogénicas que os levavam a estados alterados da consciência, "viajando" para outras dimensões, ou, no caso das religiões, à contemplação interior, da alma, vaso da pureza divina cuja busca e sublimação eram o caminho da pureza e salvação.
É sobretudo nesta última via, que (exceptuando o caso das Grandes Religiões: Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, etc.) surge o xamanismo de entre os Magos, para lidar, entendendo-o, com o mundo do além, dos espíritos. E aqui, mais do que em qualquer outra situação, não é a matemática com o seu rigor que impera, mas a Palavra, o Ritual, o Símbolo. É pela força da Palavra, pelo escrupuloso cumprimento do Ritual de invocação, usando-se os Símbolos identitários do agente ou da comunidade, que os ligavam aos seus antepassados e, por via destes, às divindades, é que o homem acede, ainda em vida, ao Plano Superior, só acessível ao comum dos mortais pela transição (morte física).

Assim, e em modo de conclusão, a Magia, como fonte de saber primordial, deu origem à nossa Ciência actual; às Grandes Religiões; e ao Xamanismo na sua acepção mais ampla, onde a bruxaria e outras práticas invocativas de seres espirituais têm lugar.
A Palavra, como expressão/acção sonora do pensamento (pensamento que é a criação do nosso espírito), tem uma força enorme. Uma Palavra pode dar origem a uma guerra ou à paz. A Palavra é dum poder extraordinário. Cria emoções extremas, desde a tristeza à alegria. É extraordinária a sua força.
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele" (João 1:1-3).

Penso que a Magia a que te referes se prende com invocações (uso da Palavra), com os rituais envolvidos na simbologia. Sou da opinião que pela Palavra, e pelo uso dos Símbolos (criação do agente e que serve de reforço à Palavra e à Execução do Ritual, e cujo significado é o próprio que lho atribui) se consegue alcançar a união entre as Existências Paralelas/Opostas e, por via disso, alcançar também um certo resultado esotérico, sobrenatural, a que a Técnica (Ciência Convencional), talvez, um dia, possa aceder, se direccionar o objecto do seu estudo para a Metafísica.



Excelente post!! Parabéns

Citação de: UnknownNarrator em 17 julho, 2012, 20:33
Boas Arph!
Ao ler o teu post encontra-se muito de um autor chamado Mircea Eliade. Por acaso conheces-gostas?

Boas.
Já tinha ouvido falar desse filósofo e historiador das religiões, mas confesso que nunca li o seu pensamento sobre essas matérias, nem alguma obra dele. Fiz apenas um exercício de memória, colocando-me no lugar do homem primitivo e, seguindo um sistema de conclusões lógicas, ver como nascia o "feiticeiro/sacerdote" (xamã) da tribo, e o complexo percurso até chegar à Ciência; Religião; Xamanismo.

Acho que é algo tão lógico que não pode oferecer grandes dúvidas, pois tudo, necessariamente, nasceu do caos, cabendo ao Homem, nas suas múltiplas perspectivas de análise, dar organização (logos) ao mundo que mentalmente, e nas várias dimensões analíticas (racionais/espirituais/mitológicas/xamânicas, etc., etc), vai criando/desvendando.

Obrigado a todos.

obrigado arph, gostei muito da tua resposta e ajudaste-me bastante.

Fenrir
A magia é coisa ensinada pelos espíritos/demônios, desde os primórdios... sem o auxílio deles, a magia não funciona... e tenho dito!

chacalnegro