Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.508
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • Assunto... generalista?
    Iniciado por Jamaica92
    Lido 1.120 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
Bem, para começar vou dizer que não sei se esta história se insere neste tópico, mas visto eu estar confusa com o que se passou não sei bem onde é que isto se insere!
Não sou uma pessoa que acredita em destino, eu costumo dizer que o destino somos nós que o fazemos. Não sou pessoa que acredita que as coisas acontecem por uma razão. Não sou pessoa que acredita em Deus, não sou religiosa. E aquilo que se passou comigo esta noite fez-me questionar acerca de tudo.
A minha intenção com este tópico é ver se alguém me ajuda a perceber se realmente foi obra do destino ou simples coincidência e nada de mais.
Ontem à noite depois do jogo Espanha-França mandei uma mensagem a um amigo meu a perguntar se ele tinha alguma coisa combinada ou se queria ir comer um gelado (coisa que eu raramente faço, fico à espera que seja ele a mandar mensagem). Ele responde-me que não tem nada combinado e mais tarde aparece em minha casa para sairmos. Decidimos que vamos a Santarém e vamos ao McDonalds. Pedimos o que queremos e depois ficámos à conversa dentro do carro (coisa que também já não é habitual fazermos, costumamos comer e voltar para casa), mas depois ainda fomos comprar mais uma água. Pelo caminho de volta a casa um carro ultrapassa-nos e o meu amigo não é pessoa de "Ah passaram-me agora vou picar" mas naquele momento virou-se para mim e disse "Olha o gajo, vou picá-lo um bocado" (porque era um carro de menos potencia ao dele). Mas não conseguimos ultrapassa-lo por não haver oportunidades e decidimos ir até mais à frente da minha casa. O meu amigo diz que vai só até à rotunda e volta para trás, mas não o consegue ultrapassar e segue até o conseguir. Quando ultrapassa depois diz que vai virar o carro, mas eu digo-lhe que há um cruzamento mais à frente e que ele pode virar lá. Mas não vira e vira um pouco mais à frente. Com isto, aparece um outro carro a buzinar e a olhar para nós que ficamos "O que é que se passou com aquele? Não fizemos nada!" e seguimos caminho. Neste instante passa uma mota por nós, o meu amigo assusta-se por causa do barulho e eu começo-me a rir a dizer que o homem ia com a pressa toda. No fim de eu dizer isto, só vemos a mota a andar no ar no meio das árvores. Eu entro em pânico, digo ao meu amigo para parar o carro porque o homem está morto e começo à procura para ver se ele estava bem, mas não se conseguia ver nada e só se ouvia gemer. O meu amigo liga para o 112 e quando dou por mim estão várias pessoas lá a dizer que também viram o que se passou e à procura do homem para ver se ele estava bem. Passado um bocado chega a GNR e só um bom bocado depois chega a ambulância e depois os bombeiros para cortarem as árvores porque o homem estava no meio de uma.
Eu fiquei em choque porque tudo aquilo era surreal para mim. Não é normal acontecerem aquelas coisas. E depois metade das pessoas que lá estavam eram minhas conhecidas. A casa onde tinha as árvores era conhecida do homem que bateu. Os meus pensamentos depois eram só que aquilo eram demasiadas coincidências. Se o carro não tivesse ultrapassado nós não tínhamos ido até mais à frente, se o carro não tivesse buzinado nós tínhamos arrancado mais depressa. Aconteceram tantas coisas que não costumam acontecer que parece que tudo o que aconteceu porque tinha de acontecer, porque estava destinado a nós lá estarmos naquele momento àquela hora. Porque se fosse mais tarde ou mais cedo ninguém tinha visto nada e o homem arriscava-se a morrer lá no meio das árvores.
Agora, alguém me pode explicar se isto foi realmente algum "sinal", se foi obra do destino ou simplesmente aconteceu porque tinha de acontecer?

Esta história é interessante (claro que lamento o acidente e os feridos e todo o sofrimento) no sentido em que representa o que pode levar uma pessoa a pensar o que tu começaste a pensar, e a questionar tudo!

Não posso provar com palavras aquilo que afirmo, porque são experiências a nível espíritual, mas sei, que não existem coincidências. De uma forma cósmica-espíritual-terrestre, tudo está interligado e para cada acção há uma consequência e por aí fora.

Talvez o homem da mota, viesse a ter um acidente mesmo que as coisas se tivessem passado de outra maneira. Ninguém pode saber. Não te podes é culpar pelo que aconteceu, porque a vida é mesmo assim.
"Nada é absoluto, tenho um relógio avariado que está certo duas vezes por dia"

"Sejas uma pedra ou um grão de areia, na água ambas se afundam"

#2
viveste um grande momento aí! e é sempre bom que te questiones acerca das tuas convições... mesmo que não se esborrache todos os dias um homem contra uma árvore diante dos teus olhos.

mas se te questionas por esse motivo específico, e já que eu li o teu relato, terei todo o gosto em deixar aqui a minha modesta opinião acerca do assunto.

sempre se deram acidentes, e hoje em dia, com estas coisas dos veículos a motor e do crescimento exponencial da população, dão-se obviamente muitos mais acidentes, todos os dias e de todos os tipos. não é assim tao raro.

e se formos a ver, vemos que a própria noção de "acidente" é antípoda à noção de "destino".

o destino não é acidental, é determinado.

por outras palavras, o que está determinado não pode ser considerado um acidente pois já foi previsto anteriormente. E se não suceder como foi previsto, então a isso chamamos de acidente.

a questão é que, a dado ponto, podemos fazer da casualidade o nosso destino. Aí sim, qualquer acidente que nos aconteca, já nos estava destinado.

e nessa noite, dentro do vosso carro, qual era o vosso destino? pelo que eu vejo, voçês estavam mais sujeitos á casualidade do que ao destino... estavam descontraídos, "go with the flow", mais kilómetro menos kilómetro...e é claro: quando não se sabe para onde vamos, existem mais probabilidades de haver "acidentes" à nossa volta... ou melhor, existem mais probabilidades de nos encontrarmos em situações que nos façam questionar acerca da vida.