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  • Pirâmides de vidro
    Iniciado por Seth
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Citação de: Gens em 13 junho, 2012, 12:04
De acordo com a informação que circula em vários autores esotéricos de renome (excluo todos os duvidosos e pseudo tipo Samael) como Helena Blavatski a Atlântida terá sido uma civilização que atingiu um elevado grau de desenvolvimento tecnológico e que tentou contruir um Império à escala global. O centro de desenvolvimento tecnológico localizar-se-ia no Oceano Atlântico, mas nunca li nenhuma autor que referisse um local em concreto. Especulo que se trataria da actual América ou de uma ilha no Atlântico. Sabe-se que antes do fim da última glaciação as águas do Oceano Atlântico estavam mais baixas, e havia até pelo menos mais duas ilhas entre Portugal e a Madeira, além dos arquipélagos da Macaronésia serem mais extensos.

A queda da Atlântida terá coincidido com o fim da última glaciação. Uma série de catástrofes naturais muito severas conduziram ao fim da Civilização.

A sustentar esta hipótese estão os seguintes argumentos:

- lendas sobre um dilúvio universal são comuns a vários povos terrestres.

- semelhanças culturais e artísticas entre povos de diferentes continentes.

- artefactos inexplicáveis encontrados em diferentes pontos da Terra.

Uma vez que a ilha se afundou no Oceano, alguns autores afirmam que está no fundo do mar à espera de ser descoberta. No entanto, devido à deposição de sedimentos será pouco provável que se encontre algo.


A blavastky também gosta de contar a sua peta.
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

Citação de: akasha867 em 13 junho, 2012, 12:19
A blavastky também gosta de contar a sua peta.

Hum... ela admitiu que quando era jovem simulou algumas coisas... mas relativamente à obra que publiicou depois, creio, não há nada a apontar. A malta teosófica dizia que Marte tinha vida, isso é que ainda está por provar. Bem como a Atlântida, coisa na qual eles acreditam piamente. Mas por exemplo, que o átomo era divisível foi provado.
C'est dans l'air.

Citação de: Gens em 13 junho, 2012, 12:31
Hum... ela admitiu que quando era jovem simulou algumas coisas... mas relativamente à obra que publiicou depois, creio, não há nada a apontar. A malta teosófica dizia que Marte tinha vida, isso é que ainda está por provar. Bem como a Atlântida, coisa na qual eles acreditam piamente. Mas por exemplo, que o átomo era divisível foi provado.

é a parte esotérica é boa, mas mesmo assim o resto. Também achavam que o khrisnamurti era o novo messias e correu mal.
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

Citação de: akasha867 em 13 junho, 2012, 12:38
é a parte esotérica é boa, mas mesmo assim o resto. Também achavam que o khrisnamurti era o novo messias e correu mal.

Só conheço dois autores teosóficos de referência, a Halena e o Charles.

O que a Helena escreveu não constitui novidade nenhuma. Está disperso por textos de filósofos gregos, autores romanos, médicos islâmicos medievais, tratados alquímicos, etc.
C'est dans l'air.

chacalnegro
#19
Citação de: Gens em 13 junho, 2012, 12:04
De acordo com a informação que circula em vários autores esotéricos de renome (excluo todos os duvidosos e pseudo tipo Samael) como Helena Blavatski a Atlântida terá sido uma civilização que atingiu um elevado grau de desenvolvimento tecnológico e que tentou contruir um Império à escala global. O centro de desenvolvimento tecnológico localizar-se-ia no Oceano Atlântico, mas nunca li nenhuma autor que referisse um local em concreto. Especulo que se trataria da actual América ou de uma ilha no Atlântico. Sabe-se que antes do fim da última glaciação as águas do Oceano Atlântico estavam mais baixas, e havia até pelo menos mais duas ilhas entre Portugal e a Madeira, além dos arquipélagos da Macaronésia serem mais extensos.

A queda da Atlântida terá coincidido com o fim da última glaciação. Uma série de catástrofes naturais muito severas conduziram ao fim da Civilização.

A sustentar esta hipótese estão os seguintes argumentos:

- lendas sobre um dilúvio universal são comuns a vários povos terrestres.

- semelhanças culturais e artísticas entre povos de diferentes continentes.

- artefactos inexplicáveis encontrados em diferentes pontos da Terra.

Uma vez que a ilha se afundou no Oceano, alguns autores afirmam que está no fundo do mar à espera de ser descoberta. No entanto, devido à deposição de sedimentos será pouco provável que se encontre algo.

Gens, escrita esotérica não serve de prova nesta questão. Não podemos por ao lado de provas materiais, prova de carácter eotérico/oculto. Estamos a comparar o incomparável. A única referência palpável à existência da Atlântida é única e exclusivamente um relato oral do sacerdote egípcio a Sólon, transposto para o diálogo de Timeu e Crítias, de Platão. O relato, apesar de vívido e bem elaborado falha logo à partida na cronologia. É dito logo à partida que os factos ocorreram 9000 anos atrás, mas que os atenienses lhe moveram guerra. Ora Atenas só aparece cerca de 800 a.C!!! Toda a descrição geográfica: a ilha comprida e a ilha redonda coincidem com Creta e Thera, ambas sede da potência marítima minóica, em competição com cidades gregas, como Micenas e com os egípcios. Thera foi destruída por um vulcão em 1450 a.C., o que coincide com a destruição da Atlântida. Esta cronologia já é compatível com o aparecimentos das primeiras cidades do Peloponeso e com o Império Novo egípcio. Por outro lado, Tera estava localizada a ocidente das Colunas de Hércules do Egeu. A interpretação de Gibraltar com as colunas de Hércules é bastante mais tardia e coincide com o aparecimento das colónias gregas do Mediterrâneo ocidental, como Marselha e Ampúrias.
Todo o problema de interpretação da Atlântida enquanto potência para lá da Europa, em pleno oceano, advém deste erro de interpretação.
Se esquecermos Gibraltar e assumirmos o ocidente do Egeu como localização provável, vemos que a Atlântida encaixa como uma luva na ilha de Tera minóica e, essa sim, apesar de destruída pelo vulcão ainda conserva abundantes vestígios da civilização que lá floresceu.

Se não existisse nenhum relato sobre a Atlântida, nenhum ocultista lhe faria menção, viravam-e para qualquer outro mistério que despertasse a atenção. Agora andam na moda os Anunnakis...

O facto de haver lendas similares em várias culturas e partes do globo, não significa uma dispersão a partir de uma civilização perdida ou de visitantes espaciais. Chama-e a isso mobilidade cultural. Hoje como temos carros e aviões, partimos do princípio que as pessoas, no passado, estavam imóveis por falta de transporte. Não há ideia mais preconceituosa. As coisas demoravam a chegar, mas chegavam. Veja-se o caso da rota da seda, com origem na China e com término no Império Romano. A seda percorria milhares de quilómetros, mas chegava ao seu destino, só que em vez de demorar 24h, demorava 6 meses. Outro facto, é que o Atlãntico podia ser percorrido sim, na Antiguidade. Todos sabemos que Cabral não foi o primeiro a descobrir o Brasil e os vikings percorreram todo o Atlântico norte até chegar à costa americana, 400 anos antes de Colombo.

Artefactos inexplicáveis não quer dizer que não venham a ter uma explicação futura. Por enquanto, se queremos ter uma postura séria, devemos admitir que são inexplicáveis e não são esta ou aquela coisa. Por exemplo as famosas pilhas de Bagdad, apontadas por alguns autores "ocultistas" como prova de contactos extraterrestres. Podiam ser... Mas verificou-se que a voltagem produzida era tão diminuta que nem sequer suportava uma lâmpada. Por outro lado eram muito eficazes a fazer electrólise e a dourar metais, arte que os Citas (habitantes no norte do actual Iraque) eram exímios. Por outro lado, não tinham nada de excepcional e fossem fontes de electricidade. Thales de Mileto, na Grácia antiga, já tinha descrito o princípio da electricidade estática esfregando uma vareta de âmbar num pano de lã.

Gens, não há mal nenhum em acreditar que a Atlântida existiu tal como os ocultistas a definem, no entanto deve ser assumido como crença e não como prova histórica. O mito da Atlântida foi muito importante enquanto ícone da sociedade ideal, do paraíso perdido, por isso os escritores utópicos do Renascimento lhe fazem constantes alusões, mas nenhum debateu a sua verdade histórica porque isso nem sequer era o objectivo.

#20
Platão era um autor esotérico. Um dos mais importantes. Portanto, faz todo o sentido a cronologia. Assim como faz sentido a questão da conquista de Atenas, pois segundo o mito esotérico os atlantes teriam tentado criar um Império à escala global.

A existência da Atlântida de facto é uma espécie de crença esotérica/maçónica.

Quanto aos contactos extraterrestres, não figuram em nenhum autor de esotérico de referência.
C'est dans l'air.

chacalnegro
Citação de: Gens em 13 junho, 2012, 13:08
Platão era um autor esotérico. Um dos mais importantes. Portanto, faz todo o sentido a cronologia. Assim como faz sentido a questão da conquista de Atenas, pois segundo o mito esotérico os atlantes teriam tentado criar um Império à escala global.

A existência da Atlântida de facto é uma espécie de crença esotérica/maçónica.

Quanto aos contactos extraterrestres, não figuram em nenhum autor de esotérico de referência.

Gens todos somos esotéricos se escrevermos sobre esoterismo. Se escrevermos sobre história somos historiadores. Se escrevermos história com dados provindo da nossa imaginação podemos ser duas coisas segundo a intenção de escrita: fantasiosos ou embusteiros. A cronologia de Platão não faz sentido nenhum porque nenhuma coisa pode ser antes de existir e Atenas só aparece 8200 anos depois da data apontada para a existência da Atlântida, logo não pode ter entrado em guerra com uma civilização que desapareceu há esses mesmos 8200 anos.