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  • Alguém já ouviu falar do demónio Incubus?
    Iniciado por Lara KISS s2
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Citação de: Intrigada7 em 18 janeiro, 2012, 06:41
Os Incubus e os Succubus também estavam associados à explicação que se dava antigamente à paralisia do sono...

Porque???
Don´t be afraid

#16
Porquê? Penso que isso era uma tentativa de explicar a paralisia do sono, uma vez que não se detinha os conhecimentos científicos dos dias de hoje. Quando tive episódios de paralisia do sono e comecei a pesquisar sobre isso na Internet, encontrei muitas referências a Incubus e Succubus.

"Nas lendas medievais, sucubo era um demônio feminino que assumia a forma ilusória de humano e viria para os homens, especialmente os monges, em seus sonhos para seduzi-los e ter relações sexuais com eles, extraindo a energia destes homens para sustentarem-se, muitas vezes até ao ponto de exaustão ou morte. Essa lenda foi uma explicação para o fenômeno dos sonhos molhados e paralisia do sono. "

"Muitas culturas têm o que se chamada de mitos da paralisia do sono. Por exemplo, as pessoas de Newfoundland, no Canadá, descrevem uma "bruxa velha" que aparece de noite e se senta sobre o peito das pessoas, impedindo-as de se mover, e os vietnamitas têm um "fantasma cinza". Os íncubus e súcubus medievais eram os demônios que vinham à noite e seduziam pessoas inocentes. Imagina-se que sejam casos de paralisia do sono. Hoje em dia mais provavelmente as pessoas vão relatar que apareceu um ET de um metro e vinte de altura com grandes olhos amendoados, pretos e enviesados que as tirou do quarto à noite e as levou para um disco voador onde foram operadas ou sexualmente manipuladas e mais tarde devolvidas às suas camas... "

Durante a paralisia do sono há quem tenha alucinações (os chamados sonhos lúcidos, senão estou em erro) e esses demónios que as pessoas alegavam ver, talvez fizessem parte das alucinações.

Citação de: Intrigada7 em 21 janeiro, 2012, 04:25
Porquê? Penso que isso era uma tentativa de explicar a paralisia do sono, uma vez que não se detinha os conhecimentos científicos dos dias de hoje. Quando tive episódios de paralisia do sono e comecei a pesquisar sobre isso na Internet, encontrei muitas referências a Incubus e Succubus.

"Nas lendas medievais, sucubo era um demônio feminino que assumia a forma ilusória de humano e viria para os homens, especialmente os monges, em seus sonhos para seduzi-los e ter relações sexuais com eles, extraindo a energia destes homens para sustentarem-se, muitas vezes até ao ponto de exaustão ou morte. Essa lenda foi uma explicação para o fenômeno dos sonhos molhados e paralisia do sono. "

"Muitas culturas têm o que se chamada de mitos da paralisia do sono. Por exemplo, as pessoas de Newfoundland, no Canadá, descrevem uma "bruxa velha" que aparece de noite e se senta sobre o peito das pessoas, impedindo-as de se mover, e os vietnamitas têm um "fantasma cinza". Os íncubus e súcubus medievais eram os demônios que vinham à noite e seduziam pessoas inocentes. Imagina-se que sejam casos de paralisia do sono. Hoje em dia mais provavelmente as pessoas vão relatar que apareceu um ET de um metro e vinte de altura com grandes olhos amendoados, pretos e enviesados que as tirou do quarto à noite e as levou para um disco voador onde foram operadas ou sexualmente manipuladas e mais tarde devolvidas às suas camas... "

Durante a paralisia do sono há quem tenha alucinações (os chamados sonhos lúcidos, senão estou em erro) e esses demónios que as pessoas alegavam ver, talvez fizessem parte das alucinações.

acho este assunto muito interessante pois só descobri este assunto aqui no forum... obrigada pela explicação.... :laugh:
Don´t be afraid

Eu também acho o assunto muito interessante. De nada  ;)

gostava mesmo de saber se haverá relatos sobre este assunto...
Don´t be afraid

#20
Citação de: sandrapechorro em 13 fevereiro, 2012, 12:05
gostava mesmo de saber se haverá relatos sobre este assunto...

Então não há? Se pesquisares aqui no fórum encontras alguns.

Citação de: Marlene em 18 fevereiro, 2012, 18:10
Então não há? Se pesquisares aqui no fórum encontras alguns.

Inclusive como evocalos.  :(
Antes de Julgar, procura ser justo; antes de falar, aprende. Eclesiástico cap 18 verc 19

Existe um filme dos anos 80 com esse nome "incubus" e relata o que se foi falnado por aqui

Citação de: Marlene em 18 fevereiro, 2012, 18:10
Então não há? Se pesquisares aqui no fórum encontras alguns.

a onde? mesmo com esses demónios?

Como invoca los não quero, ufa  :o
Don´t be afraid


#25
ninguém viu mesmo esses demónios,  e no primeiro relato ele fala em sonhos e esses demónios quando aparecem, actuam carnalmente e não em sonhos e o segundo é muito vago....

e na Internet não existe muita informação tenho que fazer uma pesquisa mais profunda.

obrigada  ;)

muita luz e paz para ti


já fiz uma pesquisa e gostei desta:



Incubus e sucubus



A palavra incubus vem do latim e significa "aquele que está acima". A palavrasuccubus também é latina e significa "aquele que está embaixo". Os incubieram considerados demônios que infestavam as mulheres, enquanto que ossuccubi corrompiam os homens. Vale notar a intervenção patriarcal em tais significados.
A crença na possibilidade da relação sexual entre um ser espiritual e um homem ou mulher mortais é muito antiga e conhecida no mundo todo.
Na mitologia grega, tais amores estranhos geralmente eram chamados de semideuses. Com a chegada do Cristianismo, porém, o assunto acabou ganhando um aspecto muito mais sombrio, especialmente pelo fato de a Igreja Católica dar tanta ênfase ao pecado cometido pelos mortais e às suas punições. O incubus e o succubus eram ambos considerados demônios, então.
Muitos sacerdotes discutiam sobre a natureza dos incubi e dos succubi e do pecado envolvido em um possível acasalamento com eles. Muitos afirmavam que o demônio (muitas vezes chamado de assexuado) ora se transformava em um, ora em outro, para assolar tanto homens quanto mulheres.
De fato, o argumento utilizado por sacerdotes cristãos era o de que o demônio era muito perspicaz e depravado sexualmente, e que desta forma poderia receber o sêmen de um homem (agindo como um succubus) e, na mesma noite, transmití-lo a uma mulher (agindo como incubus).
No entanto, outros sacerdotes diziam que era impossível a geração de frutos a partir dessas uniões, e declaravam que seu único propósito era o de fazer homens e mulheres desfrutarem do sexo, para sua condenação.
Havia também a teoria de que o demônio poderia sim, gerar filhos, e a própria história do "anticristo" é a de que ele teria sido gerado por um demõnio com uma bruxa. O filme 'O Bebê de Rosemary' é um bom exemplo contemporâneo desta afirmação.
A ideia da amante do demônio chamou a atenção de muitos escritores, um dos quais, Joris-Karl Huysmans, tratou-o com um discernimento mais amplo do que a maioria, em sua brilhante a assustadora visão, 'La-Bas'. Huysmans começou nesse livro a dar uma figura do satanismo praticado na cidade de Paris de seus dias, na década de 1890. A maior parte do que ele escreve é baseada em fatos.
Seu herói é seduzido e acaba tendo um caso amoroso com uma jovem mulher casada, que é uma satanista secreta. Ela se vangloria, diante dele, de um estranho poder que ela possui. Se existe um homem que ela deseja, tudo o que ela tem que fazer é pensar nele fixamente antes de dormir, para conseguir desfrutar da relação sexual com ele em seus sonhos.
Segunda ela, esse poder foi-lhe dado pelo Mestre Satanista, um padre destituído. Mais tarde, ela leva seu amante a uma Missa Negra realizada pelo ex-padre mas, enojado, ele se prepara da má influência dela.
O que é interessante neste relato de copulação com os incubi é que ele ecoa uma outra explicação muito mais antiga, e parece ser improvável que Huysmans soubesse dos fatos, já que ela vem da Inglaterra.
Na antiga peça de Thomas Middleton, The Witch, da qual Skakespeare cita a canção "Black Spirits", usada em 'Macbeth', uma das bruxas é forçada a dizer:
Que homem jovem podemos desejar nos dar prazer,
Mas de quem desfrutamos em um incubus?
A maior parte da doutrina das bruxas de Middleton foi tirada do livro 'Discoverie Of Witchcraft', de Reginald Scot, no qual ele descreve os efeitos dos ungüentos das bruxas: "Dessa forma em uma noite de luar elas parecem ser levadas pelos ares, em festa, cantos, danças, beijos, carícias e outros atos de relação sexual, com jovens que elas tanto desejam e amam".
Não há menção do ungüento das bruxas no 'La-Bas', mas a possibilidade dessas experiências por meio da pura auto-sugestão não parece de forma alguma difícil demais de ser feita. Algumas bruxas americanas fazem uso de um ungüento chamado toloachi e dizem que as mulheres que o usam "não têm necessidade de homens". Sua composição é secreta e aparentemente alucinógena, mas um ingrediente principal é a Datura Tatula, uma planta parente do estramônio.
Esse específico tipo de alucinógeno, ou experiência em sonho, parece ser a verdadeira base de todas as histórias sobre os incubi e os succubi, sem precisar de nenhum recurso de diabos ou demônios.
O tema da relação sexual com o demônio, ou com uma amante do demônio, geralmente acontece nas confissões extorquidas das bruxas e lidas durante seus julgamentos em tempos antigos. É claro que muitas das "confissões" eram forçadas, e em muitos casos as pessoas eram torturadas para confessar aquilo que seus acusadores exigiam.
Em muitos dos antigos relatos de relações sexuais entre os incubi e ossuccubi e os seres humanos, a ênfase é colocada no intenso prazer advindo desss abraços. Depois de 1470, porém, os relatos compilados por caçadores de bruxas começaram a mudar sua atitude e história horríveis e nojentas passaram a ser contadas, sobre como a relação com o demônio era repulsiva e agonizante.
Assim, exigia-se que as bruxas acusadas sob tortura concordassem em afirmar que todos os aspectos sexuais eram repulsivos, fazendo com que as imaginações causadas pelas idéias de um sexo afrodisíaco não pudessem jamais acontecer.
Os autores do 'Malleus Malleficarum' estavam interessados nos detalhes de tais relações sexuais, é claro. Esse livro foi publicado pela primeira vez em 1486 e durante muitos anos foi o manual oficial da perseguição das bruxas. Seus autores sacerdotais nos dão uma descrição menos desagradável de tais copulações, o que mostra a possível natureza auto-sugestiva de tais relatos.
Eles dizem que em todos os casos dos quais eles tiveram conhecimento, o demõnio sempre apareceu de forma visível a uma bruxa. "Mas com relação a qualquer espectador, as próprias bruxas sempre foram vistas deitadas de costas nos campos ou nas florestas, nuas até o umbigo, e parece estar claro a partir da disposição do tronco e dos demais membros que fazem parte do ato venéreo e do orgasmo, assim como também da agitação de suas pernas e das coxas, que, embora totalmente invisível aos espectadores, elas estavam copulando com os demônios incubi, apesar de que, às vezes, isso fosse raro, mas no final do ato um vapor muito escuro, com a altura aproximada de um homem, aparecia suspenso no ar levantando-se do corpo da bruxa".
Considerando-se a atmosfera da Idade Média, quando o prazer sexual era equacionado com o pecado e a ignorância, a superstição e a regressão, controlando as mentes das pessoas, cenas como essas eram totalmente compreensíveis sem a intervenção de quaisquer "demônios", exceto aqueles que existiam nas mentes dos participantes, tanto das mulheres como dos "espectadores" escondidos.
Relatos das relações de homens com os succubi são menos freqüentes e, quando aconteciam, muitas vezes seguiam padrões das histórias dos incubi. Osuccubus toma a forma de uma linda mulher, mas sua vagina é fria como gelo e, às vezes, seu amante vê suas pernas terminando em uma forma de patas partidas.
Mais uma vez, os relatos mais antigos dos succubi os apresentam como demônias bonitas e apaixonadamente atraentes, que apareciam para sacerdotes ou eremitas sagrados com o objetivo de tentá-los – uma aventura que na maioria das vezes era bem-sucedida.
Os relatos do corpo frio como o gelo do succubus parecem ser meramente imitados daqueles contos semelhantes dos incubi, pois a maioria das histórias dos succubi representa-os como sendo diabolicamente sedutores e atraentes, tomando a forma de cortesãs de prostitutas para tentarem os homens. Os relatos nunca falavam do momento da chegada desses demônios porque as pessoas só se davam conta de sua presença quando o ato sexual já estava em andamento.
O Lamiae e o Empusae da lenda pagã eram seres parecidos, e a origem da maioria dessas histórias parece estar presente nos sonhos eróticos que vêm para os homens à noite sem vontade consciente. Em sua maior parte, esses sonhos são prazerosos, mas se sentimentos de culpa e o terror do pecado faziam-se presentes, os fantasmas assumiam uma forma mais sombria, e o sonhador entrava nos reinos dos pesadelos.
Ao analisarmos todos esses fatos, o que podemos dizer é que aquela era uma época autoritária, de poderio máximo da Igreja, onde pecadores eram severamente punidos e humilhados. Assim, sentir desejo sexual ou mesmo ter orgasmos espontâneos durante os sonhos era considerado repulsivo na época. Desta forma, alegar que um ser do demônio tenha lhe visitado à noite era muito mais digno de compaixão que de condenação.
Da mesma forma, relatos de sacerdotes cristãos que se diziam tentados por belas mulheres, chamadas de demônios, ao nosso ver nada mais eram do que uma maneira de tentar safar-se da situação. Era muita mais fácil dizer que o demônio tinha atacado à noite do que dizer "uma mulher entrou aqui, fez sexo comigo e eu gostei". Eles não podiam dizer isso e acabou tornando-se um pacto silencioso a crença em tais seres diabólicos.
Torna-se clara tal afirmação ao analisarmos alguns relatos da época, especialmente marcados pelo teor de uma sociedade patriarcal. O incubus, demônio masculino, tomava as mulheres porque elas eram bruxas, porque elas iam às florestas... Os succubi, por sua vez, pegavam o homem desprevinido, puro e inocente, e lhe tentavam. Naquela época, uma visão como essa tinha muito crédito, mas hoje em dia é engraçado e até absurdo ainda encontrarmos pessoas que defendam tais teses.
Incubi e succubi tornam-se, então, meras desculpas para justificar o comportamento humano natural de sentir prazer durante o ato sexual e de desejar outras pessoas, mesmo enquanto estamos dormindo, em sonhos. Tornam-se um bode expiatório da Igreja para condenar todos aqueles que possuem tais sentimentos, condenando-os como pecadores e acusando-os de manter relações com o próprio demônio.
Tornam-se uma desculpa de sacerdotes cristãos que desejavam outras mulheres mas não podiam, devido ao celibato. Tornam-se uma desculpa para justificar uma mulher grávida sem ao menos ser casada, especialmente se esta mulher fosse filha de alguém importante na época e que temia perder seu status social. Tornam-se desculpas para justificar um filho que não fosse parecido com o marido da mulher (transferência de sêmen através de tais seres?).
Enfim, as utilidades dos incubi e succubi eram diversas na época e até hoje tais crenças ficam incorporadas às mentes de algumas pessoas, relacionando sonhos sexuais a presença de espíritos ou mesmo em filmes aparentemente inconscientes como 'O Bebê de Rosemary'.
Quando pensamos em crenças medievais, pensamos que se tratam de algo muito antigo e ultrapassado. Mero engano. Tais crenças ainda estão presentes em nossa sociedade, devido ao preconceito e à velha história de que "as pessoas não gostam de ler". Apenas estudando, conhecendo e vivendo, aprenderemos.
Don´t be afraid

Ligeia
Obrigada, Sandrapechorro  ;)

Pensei que querias ler relatos, independentemente do tipo de manifestação (onírica ou encarnada) do Incubus ou da Sucubus.

"Gostei muito" disto: "Tornam-se uma desculpa de sacerdotes cristãos que desejavam outras mulheres mas não podiam, devido ao celibato. Tornam-se uma desculpa para justificar uma mulher grávida sem ao menos ser casada, especialmente se esta mulher fosse filha de alguém importante na época e que temia perder seu status social. Tornam-se desculpas para justificar um filho que não fosse parecido com o marido da mulher (transferência de sêmen através de tais seres?)". A ser assim há tanto demónio destes por aí... ("não, querido, a criança é a cara chapada do teu primo, mas isso é obra maléfica do demónio que se mete debaixo das minhas saias sempre que vais trabalhar")  ;D

chacalnegro
Citação de: Ligeia em 24 fevereiro, 2012, 22:04
Obrigada, Sandrapechorro  ;)

Pensei que querias ler relatos, independentemente do tipo de manifestação (onírica ou encarnada) do Incubus ou da Sucubus.

"Gostei muito" disto: "Tornam-se uma desculpa de sacerdotes cristãos que desejavam outras mulheres mas não podiam, devido ao celibato. Tornam-se uma desculpa para justificar uma mulher grávida sem ao menos ser casada, especialmente se esta mulher fosse filha de alguém importante na época e que temia perder seu status social. Tornam-se desculpas para justificar um filho que não fosse parecido com o marido da mulher (transferência de sêmen através de tais seres?)". A ser assim há tanto demónio destes por aí... ("não, querido, a criança é a cara chapada do teu primo, mas isso é obra maléfica do demónio que se mete debaixo das minhas saias sempre que vais trabalhar")  ;D
;D ;D ;D

#28
Citação de: Ligeia em 24 fevereiro, 2012, 22:04
Obrigada, Sandrapechorro  ;)

Pensei que querias ler relatos, independentemente do tipo de manifestação (onírica ou encarnada) do Incubus ou da Sucubus.

"Gostei muito" disto: "Tornam-se uma desculpa de sacerdotes cristãos que desejavam outras mulheres mas não podiam, devido ao celibato. Tornam-se uma desculpa para justificar uma mulher grávida sem ao menos ser casada, especialmente se esta mulher fosse filha de alguém importante na época e que temia perder seu status social. Tornam-se desculpas para justificar um filho que não fosse parecido com o marido da mulher (transferência de sêmen através de tais seres?)". A ser assim há tanto demónio destes por aí... ("não, querido, a criança é a cara chapada do teu primo, mas isso é obra maléfica do demónio que se mete debaixo das minhas saias sempre que vais trabalhar")  ;D

Como a lenda do Boto Rosa no Norte do Brasil.  ;D
A Lenda do Boto
Por Thais Pacievitch

Esta lenda tem sua origem no boto-cor-de-rosa, um mamífero muito semelhante ao golfinho, que habita a bacia do rio Amazonas, e também pode ser encontrado em países, tais como: Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela. As diferenças básicas são as seguintes: o golfinho vive no mar, e o boto vive em água doce, o golfinho tem cor acinzentada e o boto pode ser acinzentado, preto ou possuir cor avermelhada.

Durante as festas juninas, quando são comemorados os aniversários de São João, Santo Antonio e São Pedro, a população ribeirinha da região amazônica celebra estas festas dançando quadrilha, soltando fogos de artifício, fazendo fogueiras e degustando alimentos típicos da região. Reza a lenda que é quando o boto-cor-de-rosa sai do rio transformando-se em um jovem elegante e belo, beberrão e bom dançarino, muito bem vestido trajando roupas, chapéu e calçados brancos. O chapéu é utilizado para ocultar (já que a transformação não é completa) um grande orifício no alto da cabeça, feito para o boto respirar. É graças a este fato que, durante as festividades de junho, quando aparece um rapaz usando chapéu, as pessoas lhe pedem para que ele o retire no intuito de se certificarem de que não é o boto que ali está.

A tradição amazônica diz que o boto carrega um espada presa ao seu cinto, mas que, no fim da madrugada, quando é chegada a hora de ele voltar ao leito do rio, é possível observar que todos seus acessórios são, na verdade, outros habitantes do rio. A espada é um poraquê (peixe-elétrico), o chapéu é uma arraia e, finalmente, o cinto e os sapatos são outros dois diferentes tipos de peixes.

Este desconhecido e atraente rapaz conquista com facilidade a mais bela e desacompanhada jovem que cruzar seu caminho e, em seguida, dança com ela a noite toda, a seduz, a guia até o fundo do rio, onde, por vezes, a engravida e a abandona. Por isso, as jovens eram alertadas por mulheres mais velhas para terem cuidado com os galanteios de homens muito bonitos durante as festas, tudo pra evitar ser seduzida pelo infalível boto e a possibilidade de tornar-se, por exemplo, uma mãe solteira e, assim, virar motivo de fofocas ou zombarias.

O boto ou Uauiara, também é conhecido por ser uma espécie de protetor das mulheres, cujas embarcações naufragam. Muitas pessoas dizem que, em tais situações, o boto aparece empurrando as mulheres para as margens do rio, a fim de evitar que elas se afoguem, as intenções disso até hoje não são muito conhecidas...

Assim sendo, na região norte do Brasil, quando as pessoas desejam justificar a geração de um filho fora do casamento, ou um filho do qual não se conhece o pai, é comum ouvir que a criança é filha do boto.  >:D
Antes de Julgar, procura ser justo; antes de falar, aprende. Eclesiástico cap 18 verc 19

Ligeia
Antes filho do boto que do primo ou do incubus!

É uma lenda bem bonita, Bachor  :)