"Casa dos Ingleses", Sarilhos, Moita

Pelas fotos ficámos encantados!!!

pois nós tambem 

A Quinta do Esteiro Furado ou Quinta dos Ingleses como é também conhecida fica situada numa recatada propriedade agrícola à beira rio plantada na freguesia de Sarilhos Pequenos, perto do Montijo. É uma quinta secular que tem fundação no Séc. XVII e resultou da unificação de outras duas propriedades, a Quinta do Brechão e a de Martim Afonso.A fachada é desprovida de elementos ornamentais, é eloquentemente desenhada e bem servida por escadarias e torreões que a completam e embelezam,há uma cruz de Santiago numa das torres. No alçado poente tem no rés do chão uma galeria com colunas e uma escada que deu acesso em tempos anteriores a uma ampla varanda ladeada de duas torres.As traseiras são singelamente traçadas, no rés do chão há mais uma galeria com uma boa série de colunas que mais se assemelha a um convento, dando acesso a áreas que seriam certamente  de serviços.Ao nível do primeiro andar, corpo principal da casa divide-se em duas partes abrindo  espaço a um magnífico terraço que se adivinha ter uma vista desafogada sobre aquele postal ilustrado.No alçado poente a traça assume um tom mais rural e novamente reforçando um cariz eclesiástico por uma torre que parece ter sido sineira.Fazendo parte deste conjunto há uma capela dedicada à Santíssima Trindade, que foi ricamente decorada com painéis de azulejos policromados. Tem um pequeno coro alto que lhe dá uma tom ainda mais romântico e uma dimensão de pequena igreja.  Apenas escutando as memórias das pedras, acabei por reunir uma série de elementos que me permitem alvitrar que esta quinta foi primitivamente uma  propriedade clerical.Segundo o testemunho de uma descendente da família que aqui habitou, esta quinta pertenceu à mesma linhagem desde cerca de 1800, o que antecede a extinção das ordens religiosas em 1834, ou se considerarmos uma possível margem de erro de uma longínqua memória familiar, podemos admitir a hipótese de ter sido mais uma propriedade vendida em hasta pública por essa ocasião. Para quem gosta de aventuras e tiver coragem de aqui vir á noite sem duvida será um local de eleição.....
Pelo que me disseram já faleceram nesta propriedade imensas pessoas.... será que estas almas ainda andam pelos corredores.....















     

Olá

É a primeira vez que faço um comentário por isso espero não cometer nenhum erro
Bem, eu sou da Moita mas a minha infância sempre foi passada no Rosário e sempre ouvi falar desta quinta. Num dia destes estava a ver o site e deparei-me com este post, e fiquei logo muito entusiasmada porque já fui la bastantes vezes e é um local que sempre me intrigou... Ontem, mostrei isto à minha avó ( que foi nasceu e foi criada no Rosário ) e ela contou-me a história. Então é assim:
Esta casa começou por ser construída e habitada por ingleses ( por isso o nome que dão à casa ) e depois de algum tempo foi comprada por um senhor muito rico que vim a descobrir que é meu tio, ou seja era tio da minha bisavó, mãe da minha avó. Chamava-se João e era um homem muito rico, mas também muito solidário com as pessoas... A minha avo chegou a aprender costura la numas casas que serviam para os empregados dormirem ( nessa altura ela ainda não sabia que ele era seu tio ). Ela disse-me que um dia quando já sabia que ele era seu tio entrou lá e diz que nunca viu uma casa tão grandiosa e tão bonita como aquela... Praia, igreja, era um sonho.... Esse homem como era muito rico não tinha apenas aquela quinta mas também tinha várias casas nos arredores e quando morreu deixou a quinta para o seu filho mais velho, também chamado João mas esse seu filho começou a ter problemas com drogas e álcool e não quis saber da casa e deixou a casa abandonada ( ouve um tempo que ele deixava o gado que tinha pastar dentro da casa, e de uma casa que havia naquele espaço ).... Quando viu que estava a ficar sem dinheiro e lugar para onde ir resolveu voltar para lá mas quando voltou deparou com a casa neste estado e sem dinheiro para obras, arranjou outra casa mas muitas vezes está lá com uma arma para ver o que se passa lá, pois ouve tempos que os drogados ficavam la e plantavam cannabis e o homem foi chamado à atenção senão a câmara tirava-lhe a casa...

Bem e é esta a história que a minha avó me contou xDDD E o mais interessante disto tudo é que descobri que o dono é da minha familia 

Ao olhar para a imagem senti um ambiente muito pesado.

Existe algo lá, alguma coisa que parece deixar o ambiente muito pesado, é difícil de descrever.

E também estou como o red jazz, não visitem a casa à noite, está muitíssimo degradada.

O pentagrama, penso que foi desenhado após o abandono da casa. É recente.

Muita luz

só de olhar para as fotos, consegue-se sentir que houve algo de muito negativo, e triste em todo o complexo,
Alex Tens maneira de deixar algum gravador durante a noite... não aconselho visitas nocturnas a este complexo, devido ao seu pessimo estado de conservação é muito perigoso.

Boas pessoal, essa casa não tem nada de especial. Eu ja lá estive e corri tudo de uma ponta a outra, a unica coisa que um amigo meu me contou, é que foi la uma vez e encontrou um senhor que lhe deu a fumar uma de bolota caseira. nada de especial...

bom desculpem vir desenterrar o topico mas eu sou da moita e sempre que esta bom tempo vou dar uma volta de bicicleta e passo sempre por aí quando eu e os meus amigos passamos lá estam sempre 3 pessoas idosas lá um homem e duas mulheres por isso nunca pensamos em ir la mas achoq ue vou tentar descobrir o dono para ir lá á pesca e á apanha da ameijoa e lamejinha xp talvez faça uma visita a casa alguem tem recomendações por lugares onde não deva passar ?

Ontem foi um dia em cheio! Deu para ir aos sítios que planeava visitar, mas em todos bati com o nariz na porta. 
Como fui passear para aqueles lados lembrei-me logo desta quinta e tinha que lá ir. Como também estava com outra fisgada lembrei-me também de dar um pulo ao Muxito. Por isso nesse dia foi matar dois coelhos de uma cajadada só!
Em Sarilhos Pequenos pedi ajuda para encontrar a quinta. O senhor só me dizia: mas aquilo está tudo em ruínas, está tudo a cair, não tem nada para ver...Enfim lá me indicou o caminho. Encontrei o portão aberto mas depois está uma rede a tapar o caminho, com uma tabuleta que diz "Propriedade Privada, Proibida a Entrada". Fiquei um pouco chateada e desiludida. Pensava que o muro que se vê nas fotos estava junto á estrada que vai para o Rosário. Mas da estrada de alcatrão está o portão, e a propriedade ainda tem uma estrada de terra para lá chegar e não é junto á estrada...
Da estrada de alcatrão, quem vai para o Rosário, o portão fica do lado direito e mais um pouco á frente, do lado esquerdo está o que o senhor me disse que era uma vacaria.
No fim de contas, visitei os dois locais e de nada me serviu. Fiquei na mesma, ainda por cima já era de noite e a essa hora já não ia ver nada de jeito.

Fiz duas visitas a esta casa e não vi nada de extraordinário sobre o paranormal. É uma casa muito bonita mesmo, no seu tempo deveria causar muita inveja mas paranormal que é bom não vi nada que não consegisse explicar. Tirei fotos, filmei, gravei audio, tentei inclusive fazer evp e não tenho nada assim a apontar. Ainda estou a analisar o audio melhor. Deixo aqui umas duas ou três fotos para que opinem. Sou novata nisto pode estar a escapar-me alguma coisinha. Obrigada. 😊

Esta casa deixou-me completamente fascinado.

É linda mesmo!
Pena o estado de degradação da mesma

Dos sitios mais calmos e relaxantes onde já estive.
É realmente triste o estado degradado em que se encontra e a forma como foi vandalizado.

Boa tarde a todos!
Sei que este tópico já tem alguns anos, mas fiquei fascinada pelas fotos e histórias que outros membros aqui postaram.
Decidi pesquisar sobre a quinta na torre do tombo e gostaria de partilhar com vocês os documentos oficiais a que tive acesso. Espero que gostem.



(Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Câmara Eclesiástica de Lisboa, Memórias Paroquiais, Autos do Padre José Rodrigues, datada de 1799 Moita, Setúbal )



(José Queiroz, "Ceramica portugueza", Lisboa: Typographia do Annuario Commercial, 1907, p. 447)

Adorei os documentos antigos Miss.Iron!!

A Quinta do esteiro Furado ou Quinta dos Ingleses - Sarilhos Pequenos Deparei com esta ruína num outro site de referência inteiramente dedicado a este tema . A Quinta do Esteiro Furado ou Quinta dos Ingleses como é também conhecida fica situada numa recatada propriedade agrícola à beira rio plantada na freguesia de Sarilhos Pequenos, perto do Montijo. É uma quinta secular que tem fundação no Séc. XVII e resultou da unificação de outras duas propriedades, a Quinta do Brechão e a de Martim Afonso. O solar terá sido edificado em data incerta entre 1718 e 1721. Embora seja uma propriedade civil, a sua traça lembra com facilidade uma quinta eclesiástica pela sua característica arquitectura, A fachada é desprovida de elementos ornamentais, é eloquentemente desenhada e bem servida por escadarias e torreões que a completam e embelezam. No alçado poente tem no rés do chão uma galeria com colunas e uma escada que deu acesso em tempos anteriores a uma ampla varanda ladeada de duas torres. As traseiras são singelamente traçadas, no rés do chão há mais uma galeria com uma boa série de colunas que mais se assemelha a um convento, dando acesso a áreas que seriam certamente de serviços. Ao nível do primeiro andar, corpo principal da casa divide-se em duas partes abrindo espaço a um magnífico terraço que se adivinha ter uma vista desafogada sobre aquele postal ilustrado. No alçado poente a traça assume um tom mais rural e novamente reforçando um cariz eclesiástico por uma torre que parece ter sido sineira. Fazendo parte deste conjunto há uma capela dedicada à Santíssima Trindade, que foi ricamente decorada com painéis de azulejos policromados. Tem um pequeno coro alto que lhe dá uma tom ainda mais romântico e uma dimensão de pequena igreja. Foi vandalizada durante os anos 90 do século passado e profanada em todos os sentidos. Ali foram perpetrados graves crimes de lesa património tendo sido completamente espoliada de todo o seu interior, além da hedionda profanação de sepulturas. O culto da capela é atribuído a S. Giraldo por aqui estar sepultado um tal de Giraldo Huguens e sua mulher, falecidos em 1657, a quem é atribuído o epitáfio de "Instituidor desta irmandade dos cavaleiros de Santiago" tornando esta quinta primitivamente uma propriedade clerical. No séc. XVII residiu aqui Geraldo de Huygens, comerciante flamengo, que embora não fosse o senhorio da propriedade (tenho algumas escrituras do séc. XVII em que aparece apenas como arrendatário), aqui edificou uma ermida dedicada à SS.ma Trindade e S. Geraldo, santo do seu nome. A Ermida foi edificada entre 16 de Julho de 1629 (data de colocação da 1.ª pedra) e 26 de Maio de 1630 (data da sua bênção e 1.ª missa). Nas memórias paroquiais da Moita em 1758 a ermida e quinta aparecem na posse de Manuel Lopes de Oliveira, Desembargador do Paço, sendo que o pároco atribui à ermida o estado de «profanada». Teve a ermida obras de restauro em 1799 por iniciativa de D. Clara Maria, viúva de José Baptista, Homem de Negócio da Praça de Lisboa, ficando então com o título de «Ss.ma Trindade e N.ª Sr.ª da Boa Viagem». A Provisão de licença para obras data de 27 de Março 1799 e a de licença para ser de novo benzida e ter missa de 22 de Maio de 1799. Nos autos de 1799 encontramos uma carta do pároco da Moita – Pe. José Rodrigues, datada de 11 de Março, em que este diz que «nesta ermida não se diz missa há muitos anos». (Registos: Arquivo Histórico do Patriarcado, Ms. 298. fls. 245 e 248; Autos: A.N.T.T., Câmara Eclesiástica de Lisboa, Mç. 1839) Segundo o testemunho de uma descendente da família que aqui habitou, esta quinta pertenceu à mesma linhagem desde cerca de 1800, o que antecede a extinção das ordens religiosas em 1834 O seu destino foi traçado por uma rifa, quando o último proprietário desta família a sorteou pela terceira vez... um fim bastante inglório para tão nobre propriedade. Mais tarde em 1908 , Lord Bucknall e Carlos Creswell proprietários da Casa Comercial Creswel & Cª, firma corticeira da região, chegaram a utilizar a capela como armazém de lenha...

https://www.facebook.com/pedro.lua80/media_set?set=a.10200161922303862.1073741838.1025391256&type=3

aqui fica o link  para a minha viagem a essa bela casa

Obrigado Pompety,
Dá uma trabalheira desgraçada, mas é uma coisa que adoro fazer, fico contente que alguém os aprecie assim como eu.