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  • Troca de bebés no Brasil tem solução inesperada
    Iniciado por Edhelar
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Queila Fagundes encontrava-se separada do marido. Achava que ele a traía, e ele pensava o mesmo sobre ela. Mas a mulher tinha uma desvantagem: o aspeto do filho de ambos. O pequeno Lucas Daniel, de um ano, não se parecia nada com o pai. A própria cor era suspeita. Filho branco, com um pai negro... Para começarem os insultos não era preciso mais, e as famílias dos cônjuges ajudavam. Mas Queila sabia a verdade. A fim de calar as más línguas e provar de uma vez quem era o pai do filho, resolveu fazer um teste de ADN. Pediu dinheiro emprestado e foi a uma clínica.
O resultado deixou-a abismada. Negativo. Duplamente negativo. O bebé não era nem do marido nem dela.
Afastada a possibilidade de erro no teste, começou à procura de uma explicação. Foi ao Hospital de Santa Lúcia (Goiânia), onde tivera lugar o parto. Outra mulher tivera lá um filho na mesma altura, a 25 de Março de 2009. Poderia ter havido uma troca?
Podia. Depressa se chegou à conclusão que cada uma das mulheres tinha levado para casa o filho da outra. Queila levara Lucas, Eliane Oliveira ficara com Samuel Davidson. Curiosamente, ambos os partos haviam tido os seus momentos dramáticos. Para Queila, foi uma paragem cardíaca que a fez desmaiar; o choro de Daniel acordou-a. Já no caso de Eliane o problema foi com o recém-nascido (da outra, mas na altura ela não sabia). Samuel teve falta de ar e foi diagnosticado com pneumonia. Durante quase uma semana, esteve à beira da morte.
Outro facto um pouco estranho na altura do parto (o género de coisa que as pessoas só lembram retrospetivamente, quando há qualquer problema) teve a ver com uma particularidade física. Samuel nasceu com o dedo mindinho do pé sobreposto ao dedo vizinho. Lucas não. Mas quando Queila pediu às enfermeiras que lhe tirassem a meia do pé para ver, disseram-lhe que sim.
Ela ficou tranquilizada, uma vez que essa característica física existe na sua família. Mas afinal não era verdade.

Uma oferta providencial
Queila e o marido com Lucas Daniel, filho biológico do outro casal

Com todas estas confusões, resolver o problema nunca ia ser fácil. Logo que o hospital se apercebeu da troca, chamou Eliane e pediu-lhe para fazer um teste de ADN, cujo resultado foi o previsível. Também ela ficou devastada. As duas mulheres entraram em contacto e procuraram a melhor saída.

Um juiz resolveu que a troca devia ser desfeita. Mas as mães não conseguiam cumprir a decisão. Como era possível entregar os filhos que criavam e amamentavam há um ano?

O princípio de uma solução chegou pelos media. A história começava a espalhar-se, e as mulheres foram à televisão. Ao ver o programa, os membros de um conhecido duo de música sertaneja - João Capataz e Carreira, para que conste - comoveram-se. E ofereceram-se para ajudar, comprando casas vizinhas a cada uma das mulheres na cidade de Nerópolis.

Atualmente é lá que vivem. Não chegaram a concretizar a 'destroca', pois uma das crianças chorou sempre que tentaram que dormisse com a mãe biológica. Na verdade, as duas famílias passam a maior parte do tempo na mesma casa.

"Para nós, Deus nos deu gémeos", explica uma das mães. Apenas acontece que cada um desses gémeos também tem dois pais e duas mães.

Tudo a dobrar, portanto. E se calhar, antes assim.

Fonte:Jornal Expresso Online

Quando estamos quase a perder a fé na humanidade, lá vem algo que nos diz que ainda vale a pena.
Homem!... Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses.»

Sekhmet

Concordo, Isto é que são boas notícias, tanto quanto a notícia é boa! Nada daquelas desgraças que diariamente nos deixam devastados.
Templa - Membro nº 708

Uma escolha inteligente e acertada,pensaram nas crianças em 1º lugar ;)

DiogoM
Sem duvida acho que fizeram bem em não trocar novamente os bebes.  :)