Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.508
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • A Justiça e a Bruxaria
    Iniciado por carlos cabral
    Lido 14.503 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
carlos cabral
não, não é inocente.È até bastante coerente.Mas só para quem pode vê-lo como coerente.
E quem o quiser ver como coerente e ou pelo menos quem precisar disso que me pergunte que eu respondo,em privado.
Só quem precisar.Quem não precisar que responda ao anuncio da SIC para ir passar vergonha na televisão a falar de anjos...

Eu não preciso.Eu tenho aqui um anjinho de 2 anos, mais linda que o Sol.Ela e a colecção de chupetas que eu lhe comprei.

porque é que me esta a dar a sensação que nao estamos a falar do mesmo? ::)
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

carlos cabral
porque não estamos mesmo.
Eu apresentei argumentos e você apresentou os seus.
The winner takes it all
Não me interessa continuar esta conversa no chat principal.

porque não? eu só lhe disse que você é inocente se neste momento acha que a própria bruxaria esta pronta a ir para os tribunais... As pessoas lá dentro não se entendem...
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

carlos cabral
Leia bem que eu comecei o topico a falar na Justiça.
A Justiça não são só os tribunais.
Antes de chegar a tribunal tem de passar por muitos sitios.

você começao topico assim:
CitaçãoA Justiça portuguesa não reconhece o uso de feitiçaria.A Justiça francesa, sim.
Não se pode ir ao tribunal acusar alguem de ter feito bruxarias contra nós porque eles não aceitam.
mesmo com provas.Alias...os juizes não pedem provas á vitima.Apenas anulam a queixa e não segue para investigação

Isto induz a falar de tribunais, queria dizer qual justiça?
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

carlos cabral
a portuguesa.A que a grande percentagem de portugueses se sente feliz

você disse a bocado que não era nos tribunais era onde? NA psp, ou na gnr? Não percebi sinceramente.
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

carlos cabral
a começar nos lesgisladores e a continuar na assembleia da republica para ser aprovado e depois investigado nas policias e julgados nos tribunais etc etc

não acha que lhe falta consenso, dentro do meio, que é demasiado vasto, disperso, para que tal coisa aconteça?
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

carlos cabral
não é nada disso se houver coerencia e queixas na policia até que eles comecem ver a bruxaria como um problema de saude publica.
De resto, o resto tambem se consegue porque como eu disse em cima, a bruxaria tem provas fisicas de que é posta em pratica.

Citação de: carlos cabral em 09 maio, 2011, 16:54
não é nada disso se houver coerencia e queixas na policia até que eles comecem ver a bruxaria como um problema de saude publica.
De resto, o resto tambem se consegue porque como eu disse em cima, a bruxaria tem provas fisicas de que é posta em pratica.

Eu nunca vi nada provado... nunca... e duvido que alguém tenha provas... duvido mesmo...

terra de cemitério prova 0
velas provam 0
fotografias provam 0

mas enfim...


"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

carlos cabral
#27
Citação de: akasha867 em 09 maio, 2011, 17:13
Eu nunca vi nada provado... nunca... e duvido que alguém tenha provas... duvido mesmo...

terra de cemitério prova 0
velas provam 0
fotografias provam 0

mas enfim...



Eu volto a responder outra vez á mesma pergunta.
"E quem o quiser ver como coerente e ou pelo menos quem precisar disso que me pergunte que eu respondo,em privado"
Não gosto de estar sempre a bater no ceguinho

Citação de: carlos cabral em 09 maio, 2011, 14:14
Quanto á Inquisição...
Eu aqui vou puxar dos galardões um bocado.
Eu sou medium de nascença.Eu sou medium puro e tenho informações que poucos outros seres humanos têm.
Informações essas que não vêm nos livros de Historia porque a verdadeira Historia não vem nos livros.Está nos registos Akashicos que duvido que alguem saiba o que é aqui.

Ainda bem que tens informações que nos deixa a todos na mais profunda ignorância.

Pensei que para conhecer os actos, as razões e mesmo os objectivos de cada acto da Inquisição basta-se apenas uma ida á Torre do Tombo onde estão a grande parte dos processos e penas individuais para conhecer as suas causas. E por estranho que posso parecer existem esses registos que estão plenamente descritos em muitos estudos por muitos catedráticos em História, como o do DR António Ribeiro Guerra.

Sendo que cada processo da Inquisição tinha a parte religiosa e a parte cível , tudo era escrito como um mero processo comum e os seus registos chegaram até hoje. O primeiro auto-de-fé teve lugar em Lisboa em 20 de Setembro de 1540. O ultimo em Lisboa no ano de 1766. Em 37 566 processos cerca de 200 foram queimados em fogueiras, por variadas razões. A principal razão era ser condenada por Judaismo. Essa era a principal razão.

Se quiseres consultar, vê, História de Portugal (ISBN 972-719-268-8), volume VII, página 206 e vês uma lista típica de um Auto de fé em Lisboa, domingo, dia 18 de Outubro de 1739.

58 penas, desde açoites, 5 anos de galés, exílio e hábito perpétuo, relaxados em carne (queimados) e tem um caso de bruxaria, vou-te transcrever porque vais achar interessante:

"Maria da Silva, 31 anos, solteira, filha de Manuel Ferreira, lavrador, natural da freguesia de Tendães e moradora na de S. Cristovão de Nogueira, Bispado de Lamego, presa por culpas de feitiçarias e ter pacto com o demônio, a quem reconhecia e adorava por Deus.

Pena:

Cárcere e Hábito perpétuo (3 a 5 anos de prisão), açoites, 5 anos de prisão na Ilha do Príncipe e não entrará mais na freguesia de Sinfâes."

Imagina a pena dos judeus ??? Pois queimados.

O próprio processo de extinção da Inquisição (Diário das Cortes e Extraordinárias da Nação Portuguesa, sessão de 24-03-1821; pp. 354.358) são muito claras dos objectivos do uso do Tribunal do Santo Oficio. Apenas poder e dinheiro. Metade dos bens do condenado revertiam a favor do denunciante, o restante ia para a Coroa. Por isso e apenas por isso eram condenados a penas capitais os judeus, devido ás suas fortunas. Até existia a pena de Relaxados em Esfinge, que basicamente era, desenterrar um judeu e queimar-lo, ou queimar um boneco que o representava (caso tivesse fugido), para depois distribuir o seu espólio.

Dizer que era por causa de bruxarias é apenas um desconhecimento profundo do acha conhecer.



Por curiosidade os tempos não mudaram, dessa lista de 58 acusações, enquanto tem uma de bruxaria, tem 3 acusados de "tomar outra mulher por esposa, estando a primeira viva".





"O conceito de um deus pessoal, que interfere com os acontecimentos naturais ou que é a causa independente dos acontecimentos naturais, transforma Deus num objecto natural ao lado de outros, um objecto entre outros, um ser entre seres, talvez o mais alto, mas mesmo assim, UM ser. Isto, de facto, é a destruição de qualquer ideia significativa acerca de Deus."
Paul Tillich, Teólogo Protestante

Citação de: Insanus em 10 maio, 2011, 00:40
Ainda bem que tens informações que nos deixa a todos na mais profunda ignorância.

Pensei que para conhecer os actos, as razões e mesmo os objectivos de cada acto da Inquisição basta-se apenas uma ida á Torre do Tombo onde estão a grande parte dos processos e penas individuais para conhecer as suas causas. E por estranho que posso parecer existem esses registos que estão plenamente descritos em muitos estudos por muitos catedráticos em História, como o do DR António Ribeiro Guerra.

Sendo que cada processo da Inquisição tinha a parte religiosa e a parte cível , tudo era escrito como um mero processo comum e os seus registos chegaram até hoje. O primeiro auto-de-fé teve lugar em Lisboa em 20 de Setembro de 1540. O ultimo em Lisboa no ano de 1766. Em 37 566 processos cerca de 200 foram queimados em fogueiras, por variadas razões. A principal razão era ser condenada por Judaismo. Essa era a principal razão.

Se quiseres consultar, vê, História de Portugal (ISBN 972-719-268-8), volume VII, página 206 e vês uma lista típica de um Auto de fé em Lisboa, domingo, dia 18 de Outubro de 1739.

58 penas, desde açoites, 5 anos de galés, exílio e hábito perpétuo, relaxados em carne (queimados) e tem um caso de bruxaria, vou-te transcrever porque vais achar interessante:

"Maria da Silva, 31 anos, solteira, filha de Manuel Ferreira, lavrador, natural da freguesia de Tendães e moradora na de S. Cristovão de Nogueira, Bispado de Lamego, presa por culpas de feitiçarias e ter pacto com o demônio, a quem reconhecia e adorava por Deus.

Pena:

Cárcere e Hábito perpétuo (3 a 5 anos de prisão), açoites, 5 anos de prisão na Ilha do Príncipe e não entrará mais na freguesia de Sinfâes."

Imagina a pena dos judeus ??? Pois queimados.

O próprio processo de extinção da Inquisição (Diário das Cortes e Extraordinárias da Nação Portuguesa, sessão de 24-03-1821; pp. 354.358) são muito claras dos objectivos do uso do Tribunal do Santo Oficio. Apenas poder e dinheiro. Metade dos bens do condenado revertiam a favor do denunciante, o restante ia para a Coroa. Por isso e apenas por isso eram condenados a penas capitais os judeus, devido ás suas fortunas. Até existia a pena de Relaxados em Esfinge, que basicamente era, desenterrar um judeu e queimar-lo, ou queimar um boneco que o representava (caso tivesse fugido), para depois distribuir o seu espólio.

Dizer que era por causa de bruxarias é apenas um desconhecimento profundo do acha conhecer.



Por curiosidade os tempos não mudaram, dessa lista de 58 acusações, enquanto tem uma de bruxaria, tem 3 acusados de "tomar outra mulher por esposa, estando a primeira viva".






Mas estes são os registos conhecidos. Mas, quantos crimes  e julgamentos populares não eram efectuados sem que  algum registo ficasse?  Estamos a recuar no tempo em que tudo era distante, muitas localidades rurais estavam isoladas, informação e policiamento não havia, registo  das pessoas eram feitos pelos organismos ligados à igreja etc etc...