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  • Desde miúdo que consigo prever alguns acontecimentos. É normal?
    Iniciado por sirius76
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Sou novo neste fórum e as minhas dúvidas são mais que muitas, por isso espero retirar daqui alguma resposta que faça sentido.
Tenho 34 anos, sou uma pessoa saudável e sem qualquer histórico familiar de qualquer doença mental.
Desde de miúdo que consigo prever alguns acontecimentos, uns banais e outros com alguma relevância, mas nunca liguei nem dei importância. Achava sempre e dizia quando acontecia algumas desta premonições, que conseguia adivinhar coisas. Fui crescendo e comecei a achar que não era casualidades ou intuição, mas nunca dei importância. Depois de me casar, a minha mulher começou a perceber que algo não era normal, tal como eu "adivinhar" o que ela vai dizer mesmo sem abrir a boca, completar frases de assuntos que são só dela, "adivinhar" por exemplo que vou encontrar uma determinada pessoa, mesmo pessoas com quem nunca falei mas que algum dia já a tinha visto, olhar para o telemóvel no momento em que a minha mulher me vai ligar, dizer com determinação de determinados acontecimentos se se realizam no momento ou se vão realizar-se noutro dia (dizer o dia exacto para o acontecimento), sei lá mais coisas de coincidências estranhas demais para ser tudo coincidências!!!
Não vejo "coisas", simplesmente estou no dia-á-dia e as estas situações aparecem na minha cabeça como se de uma ideia se trata-se ou como se eu estivesse a pensar nelas. Outras vezes abro a boca e digo as coisas que os outros vão dizer ou estão a pensar.
Não consigo fisicamente sentir qualquer alteração que me fizesse sentir diferente ou sentir alguma energia de outra pessoa, ou pelo menos não dou por isso.
Já várias pessoas (das poucas que falo disto) têm me dito que deveria de visitar um centro espirita, para realmente esclarecerem-me. Por outro lado também já me disseram (um pessoa que frequenta um centro espirita), que se lá fosse, seria um caso bastante interessante de avaliar.

Agradecia que alguém me desse "uma luzinha" sobre este assunto.
Obrigado e desculpem o extenso texto (muito mais haveria para dizer).

Bom, tens um dom, parece-me, o da premonição..., É o que eu acho...

Bem vido ao forum


Templa
Templa - Membro nº 708

AndreiaLi
#2
Olá, parece-me como a Templa disse que consegues fazer previsões. Como uma vez me disse uma pessoa que aprecio, esse dom pode ser desenvolvido através da realização de pequenos exercicios diários. Tenta adivinhar pequenas coisas, como a cor duma roupa que determinada pessoa vai usar no dia seguinte, que situações vão acontecer durante a semana... mas escolhe um momento/hora do teu dia para realizares o teu treino, não esperes simplesmente que essas premonições "te surjam". Cria um diário relativo a este assunto, e anota os teus progressos.

Agradeço os vossos comentários, desde já! relativamente ao pequeno exercício que me sugerem, já tentei realizá-lo mas não resulta dessa maneira. isso é o mesmo que me perguntarem o que vai ser o "amanhã". O que eu noto é que se tento adivinhar, dou por mim a imaginar ou sonhar em varias possibilidades, e isso é mais jogo de tentativas. O que me acontece, é mais ou menos como receber um SMS com determinados acontecimentos sem que eu faça por isso. Noto também, quando tenho momentos mais descontraídos ou estou mais relaxado, as coisas aparecem na minha cabeça como muita facilidade e em maior número. Quando tenho alturas de maior stress de trabalho ou alguma preocupação, deixo de receber essas ideias por vários dias.

Tenho um amigo meu que está a realizar sessões de meditação e até já conseguiu chegar ao nível de contactar com o seu espírito guia. Este meu amigo, disse-me que algo assim seria bom para mim e para perceber do que se trata, o meu receio é vir a perceber como funciona e depois não consigo levar uma vida normal. Por outro lado gostaria de saber o que se trata, o problema é que como não me sinto há vontade de falar neste assunto, será difícil ir a ter com alguém e desabafar tudo isto e ainda por cima com um estranho, correndo o risco de tudo isto ser "macaquinhos da minha cabeça".

#4
Olá Sirius,
Achei muita piada à tua analogia com a sms. :)

Eu entendo perfeitamente a tua preocupação e o teu dilema relativamente às consequências que a evolução desse teu dom possa ter no teu quotidiano normal. E acredito que o livre arbítrio está sempre presente e temos sempre a escolha de aceitar ou renegar determinados dons. No entanto, acredito igualmente que ninguém tem um dom por mero acaso. Não é fortuito, se os temos, por algum motivo será. E a importância desse motivo, por vezes (ou quase sempre) ultrapassa o nosso entendimento neste plano terreno.

Conheço uma pessoa que tem uma capacidade mediúnica mais "incómoda", consegue ver entidades, e há anos que tenta a todo o custo ignorar essa faculdade. Independentemente das pessoas que consultou e das garantias que lhe foram dadas, essas percepções não cessaram por completo, e por vezes até foram amplificadas. E tende também a atribuir explicações de actos perfeitamente normais a fenómenos paranormais, imaginando, muitas vezes, problemas onde eles não existem.
Ou seja, o medo de aceitar o dom, a médio/longo prazo, acaba por criar situações muito mais incómodas e castradoras da qualidade quotidiana de vida do que a opção de o enfrentar e tentar entender. Mas claro, isso é fácil de dizer para quem está de fora, por isso respeito a decisão dela.

Acho que a meditação é uma óptima sugestão, pois vai ajudar-te na parte mais complicada de todo esse processo: a triagem entre as intuições válidas e producentes e as não válidas e, consequentemente, contraproducentes.

Há algumas semanas entrei no carro, liguei a ignição, mas não arranquei. Estava com um mau pressentimento, que não conseguia explicar, mas que me impedia de avançar com o carro. Era uma sensação de grande desconforto, intensa. Desliguei, sai do carro e, por mera intuição, abri o capot, e estava lá um gatinho, com uma expressão muito assustada, agarrado a uma peça do motor e a poucos centímetros da correia de distribuição. Resultado: durante os três, quatro dias seguintes, não consegui resistir a abrir o capot antes de arrancar com o carro. Sabia, racionalmente, que estava a ter um comportamento condicionado, pois não tinha qualquer indício intuitivo para agir assim, apenas a preocupação latente que pudesse suceder de novo.  Mas esse exercício foi válido, pois foi mais um exemplo para me ajudar a fazer essa triagem e a distinguir intuição de preocupação.
"What we do in life echoes in eternity"

Boas, sirius.

Devo dizer-te que fiquei muito contente ao aperceber-me de que não estou "sozinho" no mundo.

O que descreves leva-me a crer que, de facto, sejas médium. Mas lá está, a todos podemos aplicar esse termo. Tenho a convicção de que todos nascemos com a possibilidade de desenvolver tal "dom". No entanto, e segundo os "estudos" que tenho feito, o ser humano está, de década para década, tão mais egoísta que o "cega" e o impede de ver o que está para além da matéria - desculpa-me a introdução descrente na raça humana mas julgo que isto também seja algo fundamental para compreender tudo o que se conecta à mediunidade. Isto porque, nesse "estudo", também reparei que só as pessoas focadas no "próximo" conseguem de facto ser sensíveis a coisas como as que descreves.

Sendo mais objetivo, tenho passado por experiências muitos semelhantes à tua. Desde prever a finalização de uma frase de alguém, a prever acontecimentos e outras tantas coisas. Lá está, acho que para quem tem um "razoável" entendimento do comportamento humano e uma dose mais pequena de egocentrismo é mais fácil experimentar situações dessas. Contudo, creio também que o ser humano é tão especial que, talvez, apenas poucos de nós consigam mesmo ser sensíveis a este ponto (ao que descreves).

Eu tenho 21 anos e já passei por bastantes coisas destas também. A dada altura (quando encontrei o fórum) fui aconselhado também a ir a um centro espírita e/ou falar com pessoas "entendidas". Nessa altura, concentrei-me e decidi que, para já, não o iria fazer. Isto porque pensei: "se este sou eu e eu sou assim, vou descobrir-me sozinho" - claro, nem sempre é assim tão simples e línear. No entanto, hoje, estou um pouco mais ciente das minhas "faculdades", mais assertivo (em previsões, por ex), mais correto na avaliação de pessoas que não conheço e indo por aí fora. Acho que passa mesmo muito pela auto-descoberta. Mas essa é uma decisão de cada um.

Obviamente, e como disse o Yesterdays muito bem, por vezes estas situações podem ser castradoras da tua qualidade de vida. Dou-te o meu exemplo. Sinto tudo: vibrações, indisposições, falsidade, nervosismo, praticamente tudo. Resultado: uma ansiedade que dura dia e noite. Absorvo o que não é meu e acabo por me prejudicar e por não ajudar. Lá está, acho que passa mesmo pela auto-descoberta. Nos dias que correm, tenho andado mais "brando" por me ter começado a focar em mim como "objeto" central da minha vida - não podia ser de outra forma - mas sem cair no egoísmo. Com isto, consigo descartar sensações, detetar situações/comportamentos e já me consigo ajudar a mim e aos outros. É como diz o Yestardays: triagem de intuições.
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