Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.423
Total de mensagens
369.439
Total de tópicos
26.913
  • O que é a Transcomunicação Instrumental?
    Iniciado por Damiano
    Lido 2.163 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
Por vezes surgem dúvidas sobre o que é uma Transomunicação Instrumental, tradução portuguesa de Instrumental Transcommunication (ITC), frequentemente confundida com Electronic Voice Phenomena (EVP) ou Fenómeno de Voz Electrónica.

Nada melhor para nos esclarecer esta questão do que a Dra Anabela Cardoso, directora dos Cadernos TCI e uma das mais prestigiadas investigadoras de reputação internacional e autora de Electronic Voices-Contact with Another Dimension?, publicada este mês pela O-Books [Ver nesse sentido https://portugalparanormal.com/index.php/topic,9472.0.html]



O que é a Transcomunicação Instrumental?


Transcomunicação Instrumental (TCI) é um termo criado pelo físico alemão Professor Dr. Ernst Senkowski para abarcar o vasto leque de mensagens anómalas recebidas através de meios electrónicos, tais como gravadores digitais e analógicos, rádios, televisores, computadores e outros. É uma maneira objectiva, de acordo com o espírito da era tecnológica em que vivemos, de tentar a comunicação com outros níveis de existência, a que também podemos chamar dimensões. Contudo, não é precisamente o componente tecnológico que faz com que a TCI seja mais válida do que os métodos tradicionais de tentar estabelecer contacto com dimensões desconhecidas; a principal razão reside no facto de que as provas que ela produz revestem forma física objectiva, que as torna especialmente aptas para serem submetidas a estudo e exame utilizando o método científico, condição essencial, na nossa época, para estabelecer a autenticidade. Nesta apresentação incidirei especialmente na TCI áudio, uma vez que foi com este método que experimentei mais assiduamente e obtive resultados mais importantes.

Podemos propor que a TCI permite aos que afirmam ter feito a transição para outro mundo, depois da sua morte física, comunicar connosco de um modo que a maioria das pessoas do nosso mundo pode entender. A ciência moderna ensinou-nos que apenas as provas objectivas são válidas, e a TCI cumpre com este critério. É muito possível que esta tenha sido a razão que levou os nossos amigos invisíveis a pesquisar, e finalmente a adoptar este método. Já na literatura especializada do século XIX, há indícios que apontam para a probabilidade do seu estudo e preparação no mundo seguinte (ver Anabela Cardoso, 2010).

Efectivamente, a TCI teve a sua origem nas, para nós, dimensões invisíveis da vida. Os pioneiros que, independentemente, viveram a experiência das comunicações electrónicas – os Padres católicos, também cientistas, Ernetti e Gemelli, e os investigadores Attila von Szalay em colaboração com Raymond Bayless e Friedrich Jürgenson – foram apanhados de surpresa pelas suas experiências. Para eles o acontecimento foi totalmente inesperado e de nenhum modo o provocaram. A iniciativa pertenceu ao mundo seguinte e muitos anos se passaram antes que os fenómenos se fizessem sentir também no nosso mundo. Entidades no mundo seguinte, entre as quais cientistas e investigadores, segundo nos dizem os próprios comunicantes (v. Senkowski 1995), foram os responsáveis por este novo método de comunicação entre os dois mundos. Nós, investigadores e experimentadores na Terra, somos os felizes contemplados que beneficiamos dos seus esforços.

Os comunicadores devem ter considerado que a TCI seria uma maneira mais eficiente de transmitir a sua mensagem principal, isto é que toda a vida sobrevive à morte física e transita para outra dimensão, para um mundo que hipoteticamente poderá fazer chegar até nós a sua realidade transcendental, se ela nos for apresentada de maneira objectiva, de preferência sob uma forma susceptível de ser analisada com a sofisticada tecnologia do nosso tempo.

Os que assim comunicam também nos dizem que a TCI não necessita das formas tradicionais de mediunidade. Deste modo, as mensagens que nos são transmitidas da dimensão seguinte da vida são muito menos susceptíveis de serem corrompidas pelas distorções e erros que podem muito facilmente surgir quando a mente humana é usada como canal.

Aparentemente, o elemento subjectivo nas mensagens de Transcomunicação Instrumental diz respeito à interpretação linguística de algumas mensagens verbais. Algumas destas mensagens, embora não todas, são acompanhadas por um alto nível de interferência estática provocada pelo uso do chamado 'ruído branco' como suporte acústico de fundo. O ruído branco, ou para ser mais precisa, o ruído em geral, pois outros ruídos podem também ser utilizados como ruídos de fundo, parece desempenhar um papel importante nas comunicações por TCI, possivelmente como originador, transportador ou potenciador do sinal anómalo modulado pelos comunicantes para formar discurso humano e transmitir informação. A interferência do ruído estático é especialmente evidente em algumas mensagens recebidas pelo método das Vozes Directas de Rádio (VDR), em que as comunicações vêm directamente do altifalante do rádio.

Usamos o termo 'vozes microfónicas' ou 'psicofónicas', para as mensagens que só se podem escutar quando se faz 'playback' da gravação. São as famosas psicofonias (Electronic Voice Phenomena, EVP, no mundo anglo-saxão), como foram inicialmente chamadas. Mas o método das VDR não só permite comunicações mais longas do que as psicofonias, pode também permitir diálogos directos entre o operador terreno e os invisíveis comunicantes. Infelizmente, como acima disse, a presença de ruído branco proveniente do rádio pode, por vezes, tornar problemática a interpretação imediata e directa do discurso dos comunicantes. Todavia, a ciência informática permite actualmente 'limpar' grande parte dessa interferência causada pelo suporte acústico de fundo, e aguardamos com confiança que, no futuro, se verifiquem desenvolvimentos ainda mais notáveis neste âmbito.  Além disso, a práctica da "escuta concentrada", como lhe chamou Friedrich Jürgenson, especialmente das vozes anómalas, que exibem frequentemente características acústicas peculiares, ajuda a treinar o ouvido - através do conhecido factor de 'reconhecimento de padrão' - a interpretar correctamente cada palavra individual. Este treino não é diferente daquele que ocorre quando aprendemos a interpretar o discurso normal. O cérebro percebe diferenças subtis entre fonemas e pode também, em certa medida, fazer uso do contexto como auxiliar na atribuição de significado. Mesmo quando ouvimos uma língua estrangeira que nos é desconhecida, o cérebro tenta dar sentido aos sons que recebe, do mesmo modo. O estudo desta técnica, que nos permite ouvir e interpretar sons, é conhecido como psicolinguística. A psicolinguística demonstrou o papel que o treino pode desempenhar, ajudando-nos a distinguir entre uma variedade de sons extremamente similares. Esta comprovação faz-se, por exemplo, através do acordo sobre o conteúdo do que se ouve obtido pelas avaliações individuais dos membros de painéis profissionais de escuta, constituídos, evidentemente, por técnicos nativos do idioma que se submete a análise. A habilidade de um músico experiente para distinguir entre diferenças imperceptíveis no timbre e amplitude é outro exemplo de como o cérebro se pode tornar apto no reconhecimento dos sons.

As experiências levadas a cabo nos primeiros anos da TCI pelo eminente parapsicólogo alemão Professor Dr. Hans Bender, da Universidade de Freiburg, com o grande pioneiro Friedrich Jürgenson, e mais tarde pelo Dr. Renato Orso, em Turim, Itália, demonstraram que grupos de pessoas, com capacidades auditivas e linguísticas semelhantes, dão provas de interpretações independentes concordantes sobre a interpretação de mensagens verbais recebidas por TCI. Este tipo de experiência é de particular interesse para ajudar a convencer os cépticos da natureza genuína das comunicações. Pode também ser tentado por qualquer pessoa com o treino adequado, que se considere recipiente de comunicações anómalas. 

Esta página oferece apenas uma pequena amostra dos milhares de comunicações, psicofonias e, sobretudo, VDR que recebi pessoalmente desde 1998. Os 'clips' áudio publicados são pequenos fragmentos extraídos de comunicações muito mais longas. Deixo aqui um convite aberto a cientistas e expertos acústicos para que estudem, analisem e tirem as suas próprias conclusões sobre a realidade destas vozes. Será para mim um grande prazer fornecer cópias destas, ou de outras, gravações nos formatos que os especialistas possam desejar. Estarei também ao dispor dos leitores, e de outras pessoas interessadas, para trocar informações sobre os extraordinários fenómenos da TCI. 

As vozes que constam deste 'site' estão publicadas na forma em que foram recebidas. Nalguns casos excepcionais, claramente indicados, com o fim de aumentar a inteligibilidade e a compreensão do conteúdo, bem como mostrar a potenciais operadores de TCI como podem trabalhar com as suas próprias gravações, ao segmento áudio original segue-se uma versão ligeiramente processada com equalização para realçar as frequências da voz humana e/ou redução do ruído de fundo.


Anabela Cardoso
Directora/Editora de Cadernos TCI

Artigo retirado do sítio dos Cadernos TCI
«Para aqueles que não querem pensar existe o alimento dos templos»
(Manuscrito de Urga)