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  • Afrodite
    Iniciado por Lunática
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Lunática


Afrodite

Deusa grega da fecundidade, da beleza e do amor, era oriunda da Ásia, réplica de Istar e de Astarte. Os Fenícios levaram o seu culto para Citera e Chipre, onde foi assimilada pelos Gregos. Estes forjaram então a sua lenda de forma a torná-la grega e a dar-lhe um nome de cunho helénico. Chamaram então à deusa Afrodite (do grego aphros, "espuma"). Reza a lenda que quando o Titã Cronos castrou seu pai, Urano, com uma foice, deitou ao mar o pénis decepado, que ficou a boiar nas águas. Afrodite terá sido assim gerada e terá crescido no pénis de Urano, indo um dia dar à costa de Chipre. Outra versão conta que o pénis se transformou em espuma, da qual nasceu Afrodite. Diz-se também que foi parar a Chipre ou a Citera transportada pelos Zéfiros. Nestas ilhas, terá sido criada pelas Horas (as Estações), que a vestiram e adornaram, levando-a em seguida até junto dos deuses. Uma outra lenda diz que terá sido criada por Nereu, uma divindade marinha.
Personificação da beleza feminina no Olimpo, tornou-se a deusa universal da fecundidade. Em tributo à sua beleza, Páris atribuiu-lhe a maçã da vitória num "concurso" de beleza instigado pela Eris (em mit. romana, Discórdia), no monte Ida, tendo saído vencedora em deterimento de Hera e Atena. Para convencer Páris a dar-lhe a vitória, Afrodite ter-lhe-á oferecido a mão de Helena, que ele aceitou - Hera oferecer-lhe-ia a realeza e Atena a invencibilidade da guerra. Por essa razão, Afrodite terá também estado na origem da Guerra de Troia. Nesta contenda protegeu sempre os Troianos, principalmente Páris, que ajudou a vencer Menelau, e Eneias, que quase era morto por Diomedes, que terá ainda ferido a deusa. Todavia, Afrodite não conseguiu impedir a derrota de Troia e a morte de Páris. Mas ainda conseguiu ajudar Eneias, Anquises e Ascânio (ou Iulo) a fugirem de Troia, a arder, e fundarem uma nova pátria. Daí que em Roma a veneração por Vénus (Afrodite), fosse muito grande, pois consideravam-se descendentes dos Iulii, que descendiam de Iulo e logo de Afrodite, mãe de Eneias. Júlio César dedicou-lhe por isso um templo, dedicado a Venus Genitrix(Vénus-mãe), deusa protetora da Cidade. Todavia, entre os Romanos, teria uma correspondência provavelmente com uma divindade itálica antiga, também chamada Vénus, cuja lenda poderá entroncar na Afrodite grega.
Afrodite era também uma deusa relativamente irascível e até vingativa, desferindo maldições contra quem a transtornasse ou a quem não lhe obedecesse, como aconteceu com as Lémnias, dotando-as de um cheiro nauseabundo que afugentava os seus maridos. Só os Argonautas quebraram aquele castigo de Afrodite. Também em Pafo, forçou as filhas de Cíniras a prostituírem-se com os estranhos que à terra chegassem.
Representava não só o amor sexual mas também a amizade entre os homens que está na base da vida em sociedade. Possuía várias designações esta deusa do Amor, da Beleza e da Fecundidade entre os Gregos. Era Afrodite Urânia, para o amor celeste, ou puro, como dizia Platão; A. Pandemos(ou Pandémia), no amor vulgar, popular; A. Ninfia, para o casamento; A. Hetaira, entre as cortesãs. Os Gregos deram-lhe também como pais Zeus e Dione, "casando-a" com Hefestos, o deus ferreiro e criando uma série de lendas sem nexo algum. Não deixou de ter, no entanto, várias aventuras amorosas com outros deuses, como Ares, Dioniso, Hermes, para além de mortais, como Adónis ou Anquises, do qual teve o herói Eneias. O belo e jovem Adónis terá sido provavelmente a mais arrebatada paixão de Afrodite, como o foi para Perséfone, senhora dos Infernos. Gerou-se então uma disputa acesa entre as duas mulheres, e Zeus teve que intervir, determinando que Adónis, regressado à vida, passaria o ano da seguinte maneira: um terço sozinho, outro com Perséfone e o outro com Afrodite. Todavia, esta acabara por passar dois terços com o jovem, enquanto Perséfone apenas o seu terço. Tendo sido morto por um javali, acabou Adónis por morrer muito jovem.
No caso de Ares, que terá tido também muitos ciúmes de Adónis (diz-se que terá enviado mesmo o fatal javali contra ele), gerou-se uma lenda famosa. Avisado Hefesto da infidelidade de sua mulher, logo terá congeminado uma vingança: para tal, fez na sua forja uma rede de ouro inviolável, com a qual apanhou os amantes no leito de traição. Então, terá chamado os outros deuses do Olimpo para presenciarem o espetáculo. Estes, no entanto, apenas se riram da vergonha que Ares e Afrodite sentiam. Poseidon tratou então de fazer com que Hefesto libertasse os dois amantes. Afrodite fugiu envergonhada para a "sua" ilha de Chipre e Ares para a Trácia. mas da sua relação com Ares nasceram Eros, o Amor, e Ânteros, Deimo e Fobo (o Terror e o Medo, respetivamente), a Harmonia e, segundo versões tardias, também Príapo, o deus de Lâmpsaco. Outro filho famoso foi Hermafrodito, um ser bissexuado nascido de uma união sua com Hermes.
No seu séquito divino, alinhavam as três Graças (ou Cárites): Aglaia, Eufrósina e Talia, originalmente deusas da Natureza. As insígnias de Afrodite eram o mirtilo, a rosa, a rola ou a pomba. Numa fase tardia, começou a ser representada semi-nua. Tinha santuários espalhados desde a Sicília até Chipre.

fonte: Infopédia

Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem