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  • Uma coisa estranha nunca vem só
    Iniciado por Minaki
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Bem, nem quero acreditar na quantidade de coisas estranhas que aconteceram a noite passada. Já há meses que não sentia nada de paranormal e foi como se numa noite tivesse voltado tudo em catadupa. :-\ Preparem-se que o relato vai ser L-O-N-G-O!
Tudo começou quando o companheiro da minha mãe (C) começou a dizer que tínhamos em casa um Quadro Maldito. Trata-se de um quadro com um menino com ar triste a segurar um gatinho nos braços que ele e a minha mãe encontraram no lixo há uns meses juntamente com outro com umas flores amarelas. Ele meteu na cabeça que era um dos quadros amaldiçoados das crianças que choram do Giovanni Bragolin. Começou a dizer que o puto ia saltar do quadro e atormentar-nos e depois ia pegar fogo à casa. Certo. Se fosse para pregar fogo ao raio da casa já o teria feito não? Mas ele insistia que o quadro estava assombrado e que tinha pesquisado sobre isso e que as pessoas só estavam "a salvo" enquanto não conhecessem a história do quadro e que, assim sendo, agora é que a "festa" ia começar e que o puto ia saltar da moldura.
Disse-lhe quadro não tem ponta de um chifre a ver com o Bragolin e que quem saía do quadro não era o miúdo mas sim o gato e que a casa ainda não tinha ardido. A minha mãe claro quis saber o porquê de tal afirmação e expliquei-lhe que já sentira uma presença animal a saltar no sofá ao lado do nosso coelho.
Dei por mim a pensar no Sobrenatural e a pensar que o miúdo estava a apontar claramente para o quadro que estava não muito dele... o das flores. Pus-me a olhar para ele e não disse nada a ninguém mas não tardei a ver vários rostos no plano de fundo do quadro, apesar de não ter visto nada de estranho nas flores em si.
A conversa sobre o quadro e a maldição e os espíritos e o raio que o parta lá continuou. A minha mãe já não estava a achar piada e também já estávamos todos cheios de sono porque já passava das 2 da manhã e por isso foi para a cama e o companheiro dela foi atrás. Eu fiquei a acabar de ver uma série que estava a dar na TV e fui um pouco mais tarde. Quando entrei no meu quarto vi luz vinda do exterior e percebi que ainda ninguém tinha fechado os estores. Abri as cortinas e ia fecha-los quando reparei que os vidros estavam embaciados. Estranhei. Estava calor. Notei que no vidro direito havia umas marcas, como se uma criança pequena se tivesse divertido a fazer desenhos nos vidros, mas não conseguia perceber o que era. Lembrei-me das aulas de EVT e afastei-me um pouco para ver melhor. Qual o meu espanto quando vejo claramente uma mão no vidro mesmo sabendo que só tinha tocado nas cortinas. Fui ao quarto ao lado e acendi a luz (só depois me apercebendo que eles os dois já estavam a dormir) e perguntei se alguém tinha ido à minha janela e porque raio o vidro estava embaciado e tinha lá a marca de uma mão. A minha mãe disse que provavelmente devia ter sido ela que tivesse lá ido e eu disse que não, que era uma mão demasiado pequena, então o C lá se levantou para ir ver a tal mão. Ficámos os dois a olhar e eu reparei que havia mais qualquer coisa ao lado, bastante maior que a mão, como um desenho. A princípio não conseguia perceber o que era e pensei que fosse aleatório mas passado um bocado comecei a dizer "Um nariz, dois olhos, uma boca... e dois chifres". Voltei ao pé da minha mãe e disse "Tenho a cara de um demónio e uma mão no meu espelho... vai ser uma longa noite." Ela lá se levantou também e estávamos os três feitos parvos a olhar até que a minha mãe desenha com o dedo uma cruz por cima da cara do demónio e depois com a mão desembacia o vidro, apagando tudo.
Ela decidiu então que tinha perdido o sono e que tinha fome e fomos os três para a cozinha. Lembro-me que a primeira coisa que me veio à cabeça quando lá cheguei foi uma imagem de uma publicidade antiga que tenho à minha frente neste momento. Trata-se de uma publicidade a um livro chamado Cruz de Fogo. A imagem que me veio à cabeça foi parte da capa: uma rapariga rodeada de chamas e lembro-me de pensar "E o quê? A casa vai mesmo arder e eu vou ser essa rapariga? É preciso mais que isso para me assustar." Mas a partir daí não tive mais pensamentos aleatórios.
Estávamos a falar de espíritos e coisas estranhas para passar o tempo e acabei por contar à minha mãe que já várias vezes vira um espírito que usava as mesmas roupas do meu avô e que achava que se andava a fazer passar por ele e calhou em conversa dizer-lhe que me lembrava que numa das vezes até o tinha visto com a boina. Lá surgiu a teoria de que quem eu via podia afinal não ser alguém a fazer-se passar pelo meu avô mas sim ser o avô da minha mãe porque ele também usava uma boina igual e a boina do meu avô até podia ser a antiga boina dele.
A certa altura eu perguntei que horas eram e o C disse que passava pouco das 3 da manhã e eu disse que era melhor pararmos com aquelas conversas porque 3 da manhã é a hora dos demónios (já não sei onde li isso). O C chamou a minha atenção para uma moedinha que estava em cima da mesa. Eu já a tinha visto mas como me tinha parecido uma moeda de um cêntimo não tinha ligado. Peguei nela e vi que era uma moeda inglesa antiga. Virei-a e no verso estava escrito "In God we trust": confiamos em Deus. Comentei o facto com a minha mãe e disse que já estavam a ser muitas coisas estranhas seguidas.
No meio da conversa toda senti-me várias vezes atraída para uma enorme fotografia minha que estava no corredor atrás do C. Sentia que estava muito bem a conversar e que do nada olhava para trás. A fotografia estava estranha porque apesar de a luz da cozinha estar acesa, a do corredor estava apagada então a parte de cima da foto estava meio às escuras e só se via bem a parte de baixo. Depois percebi que a minha mãe também parecia estar a olhar várias vezes para o corredor. Perguntei-lhe se estava à espera de ver algum vulto a passar e ela disse que não. O C perguntou para onde estava ela a olhar e ela disse que não dizia (por causa da história das 3 horas).
A conversa evoluiu e oiço a minha mãe dizer que tinha medo de espelhos e eu disse que também sempre me sentira desconfortável com espelhos e fotografias. Nesse momento percebi claramente que também ela estava a olhar para a minha foto. Perguntei-lhe se havia algo de errado com a minha cara e o C disse que às vezes tinha a sensação que a foto se mexia. A minha mãe disse que também já tinha visto mas não tinha dito nada porque pensava que era de tar paranóica ou de olhar para a cara durante tanto tempo. Eu fiquei parva porque apesar de ser paranóica com fotos porque penso sempre que as pessoas se vão mexer a qualquer momento nunca vira tal acontecer e muito menos numa foto minha. A primeira coisa que pensei foi na possibilidade de haver um espírito na foto. Pensei que os espíritos se "prendiam" a sítios ou objectos com significado na sua vida e aquela era uma foto MINHA, não fora de mais ninguém. Então porque haveria um espírito de estar preso à minha foto? Talvez estivesse ligado à casa em si, mas fosse como fosse também queria ver a foto mexer. Acontece que como vejo mal ao longe e estava sem óculos quando olhava para a foto via tudo desfocado por isso o C lá foi buscar-me os óculos e eu e a minha mãe ficámos a olhar para o quadro. Ela disse que via a boca a mexer e pedia-lhe para falar mais alto porque não ouvia nada e assim não a conseguia perceber. Eu bem que me esforçava mas não via nada a mexer :( Então lembrei-me de umas coisinhas chamadas Orbes e pedi ao C para ir buscar a máquina e tirar fotos ao quadro e a outras partes da casa.
Depois (pelo menos para mim) é que veio a parte estranha. Ele teve de ir buscar a máquina à sala e acendeu a luz da sala e do corredor. Quando voltou a apaga-la, eu e a minha mãe, que ainda estávamos a olhar para a foto, ficámos encandeadas e deixámos de ver. Só víamos preto. Continuei a olhar fixamente e depois aconteceu uma coisa engraçada. Eu e a minha mãe víamos a mesma coisa. Ora a foto estava normal e colorida (e bem colorida que nessa foto tenho um vestido vermelho) ora estava estranha, tipo radiografia, com o fundo todo preto e algumas coisas brancas. Da rapariga da foto em si só se via a cara e os braçinhos brancos, o que lhe conferia um ar bastante assustador e macabro, como ouvi a minha mãe ecoar os meus pensamentos. Pensei que aquele efeito se devesse ao facto de estarmos encandeadas e desviei um bocado o olhar até voltar ao normal mas quando voltei a olhar para a foto continuava como que a "piscar". Ora normal, ora radiografada. Decidi ignorar e concentrar-me no rosto e não tardei a ficar de boca aberta: os meus longos cabelos negros e os meus dentinhos de rato desvaneceram-se subtilmente e vi claramente uma menina loira a sorrir-me. Desviei o olhar e ouvi a minha mãe praguejar que não só não a ouvia como não a conseguia ver claramente. Disse-lhe que era uma menina loira e ela respondeu que também tivera essa impressão mas que ficara sem certezas porque a imagem mudava muito depressa. E se mudava. Num momento era ela, no momento seguinte era novamente a minha foto normal. Era muito difícil conseguir ver e sentia que estava a esforçar a vista, mas continuei a tentar vê-la melhor. A minha mãe não só a via tentar falar imenso como chegou a ver um rapazinho a ir ter com ela e a perguntar-me se o que estava no fundo não eram árvores. Eu só vi a boca mexer uma vez embora a tenha visto piscar os olhos, mas não vi mais nada. Como nenhuma de nós conseguia perceber o que ela dizia, acabámos por desistir.
Como tenho uma outra foto assim grande comigo ainda mais novinha (talvez uns 3 anos de idade) no meu quarto, perguntei à minha mãe se já tinha visto mais alguma das minhas fotos mexer ou se era só aquela grande do corredor. Respondeu-me que era só aquela e geralmente sempre de noite ou quando havia menos luz. Essa parte é fácil de adivinhar: é quando os espíritos se manifestam mais facilmente. Mas o facto de se mostrar só naquele quadro e de que, tirando o facto de ela ser loira e eu ser morena, a considerar bastante parecida comigo, suponho que esteja a usar aquele quadro para nos dizer que teria mais ou menos a idade que eu tinha naquela foto. Ora a minha mãe não sabe que idade é essa mas diz algures entre os 6 e os 7/8 anos e eu claro que instintivamente penso que tem 7 anos de idade. Desde pequena que os as idades 7 anos e 17 anos me ecoam na cabeça.
O problema é que não sabemos mais nada e não sabemos como ajudar a menina. Ainda lhe disse que se não conseguia falar podia sempre tentar escrever mas nada. A primeira coisa em que pensei foi no famoso jogo do copo e estremeci só de pensar. Pela experiência que tenho há sempre vários espíritos em torno da minha família por isso seria uma sorte invocarmos precisamente o dela. Ainda podíamos sempre apanhar um que soubesse o que nós queríamos e se fizesse passar por ela. Além disso sempre jurei a mim mesma nunca fazer esse "ritual".
A minha mãe que ao que parece está sempre na mesma onda que eu murmurou qualquer coisa sobre conhecer alguém que fazia sessões espíritas. Não sei que tipo de sessões espíritas são nem perguntei porque se por um lado quero ajudar a menina também fujo dessas coisas como o diabo da cruz. Alguém tem sugestões?

p.s: ainda não decidimos se vamos ou não ficar com os quadros
"Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura..." - Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

experimenta um centro espirita da tua zona eles talvez te consigam ajudar!
Homem!... Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses.»

Citação de: Edhelar em 27 junho, 2010, 09:46
experimenta um centro espirita da tua zona eles talvez te consigam ajudar!
Concordo.

#3
Eu não sei qual é o centro espírita mais próximo da minha zona. Alguém conhece algum na área de Sintra ou Lisboa?

Não sei se isto é relevante mas desde essa noite que não consigo dormir mais de duas horas seguidas. Acordo a meio da noite sem sono nenhum e com a pica toda e depois não consigo dormir a não ser a partir das 6/7 da manhã. Até é giro ver o sol a nascer mas quando a única coisa que está a dar na TV a essas horas são tele-vendas torna-se meio irritante e a falta de um sono decente começa a irritar-me.

Não sinto qualquer presença no quarto nem oiço barulhos nem coisa nenhuma, simplesmente acordo de repente e não consigo voltar a dormir. Será que pode estar relacionado?

Ontem apareci no quarto da minha mãe pouco depois da 1 da manhã (tinha-me deitado pouco antes da meia-noite por isso só dormi uma horita) e ela diz que estava estranha e muito branca e que tinha os olhos muito abertos e muito fixo e até me perguntou se eu estava sonâmbula  ou assim :-\ Ela diz que eu não entrei no quarto de forma normal e que entrei muito silenciosamente (tão silenciosamente que ela nem tinha dado por mim haha) e que nem me tinha visto até o C se virar e começar a falar comigo e comecei a falar numa voz muito calma, tinha os braços ao longo do corpo e quase não me mexia, como se estivesse ali mas não estivesse e acha que a menina do quadro tem alguma coisa a ver e diz que ouviu barulhos vindos da sala, como se estivesse alguém a tentar abrir a porta.

Eu sinceramente lembro-me de tudo perfeitamente por isso não acredito que estivesse possuída mas como não tenho experiência nessas coisas não sei se é possível ou não porque eu sentia-me meio "mole" mas atribuí isso a fraqueza por ausência de sono. É possível uma pessoa estar possuída ou sob a influência de um espírito de alguma forma e mesmo assim ter total consciência e controle das suas acções?
"Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura..." - Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

Citação de: Minaki em 29 junho, 2010, 14:32
Eu não sei qual é o centro espírita mais próximo da minha zona. Alguém conhece algum na área de Sintra ou Lisboa?
Olá :)

aqui. Pode ser que encontres algum próximo da tua zona ;)
"Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinal" A.Einstein

Citação de: ppcom em 29 junho, 2010, 15:30
Olá :)

aqui. Pode ser que encontres algum próximo da tua zona ;)


Bem, visto que não tem de Sintra os mais próximos serão os de Lisboa. A ver vamos se consigo lá ir mas com isto tudo bem que preciso. Obrigada pela lista :)
"Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura..." - Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

tenta por sal e Arruda em cima da foto e diz se resultouse o centro de espirita não tiver ao teu dispor conseguires la ires tenta ir a um mediun ou assim
Depois da morte não há nada e a morte também não é nada
não tou bem certo mas pronto

procura centros espiritas na internet. Vais achar algum. Muita Paz
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

#8
Olá, li com muita atenção sobre o tópico.  Admiro a vossa coragem e ausencia de medo. O pensamento que me veio à cabeça foi " não deixes de dormir ", é sabido de identidades que usam a energia para os seus fins. Podes até ficar doente se continuares a não dormir.
Sempre odiei a ideia de trazer o que foi de outros para casa, por isso a ideia desses quadros esquisitos arrepiam me logo! Porque alguém havia de querer algo triste em casa?  :-\   Também sou apologista de jogo do copo ou a tabua, nunca! Já li demasiadas coisas que impõem respeito. Disseste que o companheiro da tua mãe foi buscar a camera. Não usaste?

P.s.: vi agora que já tem 4 anos o post! Como ficaram as coisas?

#9
Muito embora este seja um velho post, a verdade é que dá que pensar.