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  • porque temos medo da morte?
    Iniciado por carlos
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Raedon
Citação de: tvneves em 20 março, 2010, 13:09
eu não tenho medo da morte. eu acredito que a morte é só uma passagem para um outro plano, muito melhor.
eu nao gostava de viver neste mundo para sempre...acredito que haja um muito melhor.
tenho receio de sofrer sem morrer isso sim...se é que me faço entender. quanto á morte dos meus...acredito que a separaçao é curta, só partiram mais cedo do que eu para o local que nos é destinado. saber que lá chegaram é reconfortante. sei que parece estranho para muitos de vós mas é a maneira como encaro a morte.

Eu encaro da mesma forma que tu. Mas é raro encontrar quem veja assim as coisas.
Cumprimentos  ;)

Homem morre em acidente com camião
Ia ao lado do motorista
2010-03-09
FRANCISCO PINTO

Um morto e um ferido, foi o resultado de um acidente, ontem, na EN216, em Mogadouro. Na curva da Fonte das Três Bicas, o camião articulado caiu para o lado direito. O ajudante do motorista morreu esmagado. A remoção do veículo demorou mais de dez horas.

A vítima mortal é Anselmo do Rosário, de 29 anos, residente em Resende e era ajudante do camionista. O condutor do camião, de 25 anos, residente em Valongo, sofreu alguns ferimentos. Mas, após ver o estado em que o companheiro de viagem ficou, entrou em estado de choque, tendo sido levado para a Urgência do Centro de Saúde Mogadouro.

O acidente aconteceu na curva da Fonte das Três Bicas, em sentido ascendente, tendo o camião articulado tombado para o lado direito da via. No local, não eram visíveis marcas de travagens, situação que deixou as autoridades e bombeiros sem resposta para o sucedido. O veículo pesado pertence a firma transportes António Frade, com sede em S. Julião do Tojal, Loures, e estava ao serviço do Minipreço.

Segundo António Salgado, comandante dos bombeiros de Mogadouro, "foi um acidente aparatoso. A curva é bastante apertada, o que levou a que o tractor de reboque tenha um comportamento imprevisível caso se accione o travão. A remoção do veículo é uma tarefa complicada, já que houve recursos a vários meios, no sentido de voltar a colocar o camião sobre rodas e não provocar danos avultados na sua estrutura".

Ao que foi possível apurar, a empresa de transportes está certificada desde 2002 e opera há cerca de 20 anos. Nas operações de socorro estiveram envolvidos 14 bombeiros das corporações de Mogadouro e Sendim, apoiados por cinco viaturas e duas retroescavadoras.
Fonte: JN

Eu pensava que não tinha medo da morte. E se calhar não tenho.
Mas hoje, foi um dia que me coração bateu mais depressa.
No passado dia 8 deste mês, este jovem faleceu. No dia da sua despedida, minha mãe disse-me que tinha falecido um rapaz lá da terra e que era da minha idade.
Fiquei desconfiada e liguei a um amigo a perguntar se sabia de alguma coisa. Disse-me que não.
Deixei passar porque tinha um dia cheio de trabalho mas o nome dele não me saía da cabeça, mas como não fui a casa dos meus pais nessa altura, também não pude ir ao cemitério. Anselmo, era o nome de um amigo de infância, de escola. Era a única coisa que eu tinha em mente.
Mas hoje fui... Fui, e apesar de algo me dizer que era ele, não queria que fosse.
Lembro-me dele nos tempos de escola. No 9º ano, eu fui para outra escola. Ele foi trabalhar.
Anos mais tarde, o reencontro foi este. E ao ver que ele partiu numa altura em que estava casado e com filhos pequenos, deixou-me a pensar...
Há muitos anos atrás, perdi um amigo. Na verdade, há 10 anos e ainda hoje quando faz anos que ele morreu, não consigo engolir bem que isso aconteceu.
Foram pessoas com marcas diferentes na minha vida, mas ambos deixaram meu coração triste.
O outro acompanhei bem de perto, este não...
Mas aquele nó na garganta ao ver a lápide dele, ver as diferenças que ele tem desde que o deixei de ver, ver o que a nossa vida mudou e pensar.... Foi tudo tão rápido. E tenho a certeza que será também rápido o dia em que nos vamos reencontrar.
Mas agora que sei que partiste, só te peço que não fiques triste porque estamos todos juntos na mesma.
Vou guardar o teu sorriso na minha mente.
Que assim seja  :'(
"Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelho."

a morte não é nada. para mim não é nada. nao tenho medo de morrer, tenho medo de deixar alguns para trás. isso é um medo de vivo mas depois de morto acredito que não haja motivos. o nosso "sistema" desliga... faz crash e nao arranca mais. tem tudo guardado mas nao se recupera. é nada. mesmo nada.
"Im on the Hype Train to Awesome City!! Choo Choo Motherfuckers!"

Raedon
Os meus sentimentos Lilicas, que ele descanse em paz, e encontre o seu caminho, seja ele qual for. Cumprimentos

Citação de: Raedon em 22 março, 2010, 01:08
Os meus sentimentos Lilicas, que ele descanse em paz, e encontre o seu caminho, seja ele qual for. Cumprimentos

Bigado  :-*
Eu só quis dizer com isto que tudo passa depressa e tudo acaba quando menos se espera... Por isso, temos de dar valor às coisinhas mais pequeninas da nossa vida e não deixar que coisas más nos façam guardar sentimentos tristes dentro de nós.
A morte, ela sim, tira-nos a oportunidade de dizer às pessoas de quem gostamos, que gostamos. De olhar para o céu e ver a beleza que ele contempla...
É disto que eu tenho medo.
"Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelho."

#50
Citação de: Raedon em 22 março, 2010, 01:08
Os meus sentimentos Lilicas, que ele descanse em paz, e encontre o seu caminho, seja ele qual for. Cumprimentos

Nós só temos consciência da morte quando acontece com alguém que nos é chegado. Caso contrário, as notícias de morte dos jornais são somente números de uma estatística.

tvneves
sim raedon é raro encontrar pessoas que encarem tão bem a morte, aliás só a palavra morte não é muito bonita...eu encaro mais como uma viagem...só que uns foram mais cedo.
eu já perdi muitos amigos e pessoas que me são muito queridas e claro que na altura chorei, como choro em todas as despedidas mas hoje ao relembrá-los fico com um sorriso na cara porque sei que estão bem e que um dia nos reencontraremos num sitio e que a partir daí nunca mais nos separamos. eles só foram mais cedo e um dia vou lá ter. como se fosse apenas um país diferente.

Raedon
Citação de: tvneves em 22 março, 2010, 14:09
sim raedon é raro encontrar pessoas que encarem tão bem a morte, aliás só a palavra morte não é muito bonita...eu encaro mais como uma viagem...só que uns foram mais cedo.
eu já perdi muitos amigos e pessoas que me são muito queridas e claro que na altura chorei, como choro em todas as despedidas mas hoje ao relembrá-los fico com um sorriso na cara porque sei que estão bem e que um dia nos reencontraremos num sitio e que a partir daí nunca mais nos separamos. eles só foram mais cedo e um dia vou lá ter. como se fosse apenas um país diferente.

Eu também sofri muito quando era um pouco mais novo com a partida dos meus dois avôs maternos, gostava muito deles e praticamente eles criaram-me em criança. O meu avô faleceu devido a problemas de coração e depois a minha avó passados 3 meses foi ter com ele.
Naquela altura andava muito abatido, mas depressa percebi uma coisa quando comecei a ver a Morte de outra forma, eles ao fim de contas foram-se juntar novamente, noutro mundo, noutra dimensão, e sei que estarão lá à minha espera quando chegar a minha vez também de partir. :)

Ainda por cima tinha discutido com o meu avô na noite antes de ele falecer (brincadeiras para ele, eu como era criança levei a mal, e discutimos, tudo por futebol  :P), com esperanças de no dia a seguir fazer as pazes com ele, mas não tive tempo de o voltar a ver com vida.

Enfim tempos depois recebi um sinal dele, a como nunca esteve chateado comigo  :'(

tvneves
pois raedon tambem acho que deves ficar feliz por saber que estão juntos. sabes, eu não considero a morte de uma pessoa uma perda...porquê uma perda?..eu até acho é que tivemos a honra da partilhar muitos momentos com essas pessoas e de conhecê-las neste mundo..não se perde...só se ausenta por um tempo.
e tambem acho que se o meu marido partir primeiro eu tambem vou estar deserta para o reencontro...
mas claro, raedon, isto porque acreditamos que existe algo tão bom para além da morte...caso contrário a morte seria realmente uma chatisse..

Raedon
#54
A Morte em si não me mete medo, pois como já falámos considero uma partida para um novo "Mundo".
Mas o que me assusta é a forma de morrer, ou seja estar a "morrer" durante anos, doente, numa cama de hospital e não poder partir para perto dos que amo, deve ser um grande castigo!  :-\

Mas quanto ao teu marido, como deste o exemplo, eu não me suicidaria para ir ter com ele no teu caso, esperaria que o meu tempo chegasse ao fim  :-\

Cumprimentos

tvneves
não me expliquei bem...claro que não me suicidava para ir ter com ele! :o
era só uma maneira de te dizer que não teria medo de morrer porque sei que teria lá gente á minha espera..e iria feliz por saber que o reencontrava, quando chegásse a minha hora, claro  ;)

Raedon
Claro, eu percebi, mas apenas quis dar outro exemplo do que algumas pessoas secalhar seriam capazes de fazer  ;)
Cumprimentos e já agora obrigado por esta conversa, gosto muito de falar destes assuntos com pessoal fixe como tu  ;D ;D

AndreiaLi
Provavelmente, a maior questão a que se propõem responder filósofos e religiosos é justamente sobre a transitoriedade da vida e o seu suposto fim.

Muitas pessoas vêem na morte o fim de tudo; outras a vêem como a conclusão de um ciclo; já outras se esquivam até de falar dela; para alguns ela é terrível; para outros a salvação; para muitos é transitória, antes de um novo nascimento. O fato é que a Morte é um dos maiores mistérios da Vida e, através de seu estudo, poderemos entender a chave da vida.

Samael Aun Weor, filósofo gnóstico do século XX, ensina que a Morte é apenas uma etapa em muitas de nossas existências, através das quais temos a oportunidade de despertar a consciência.

Assim como não temos consciência da realidade de muitos dos fenómenos naturais e psicológicos da vida (como quando estamos dormindo, por exemplo), não temos consciência do que ocorre durante e depois da morte do corpo físico.

De acordo com os postulados gnósticos, para a maioria das pessoas três fenómenos cercam o completo desconhecimento do que é a Morte.

O primeiro fenómeno está ligado ao Medo do Desconhecido, pois é impossível ter verdadeira experiência sobre o que ocorre após a partida deste plano físico, enquanto não se domina técnicas psicológicas como a Projecção Astral, ou o Acesso a Vidas Passadas, ou mesmo a Meditação Interior Profunda, ou ainda até que se estude (não apenas se leia) obras maravilhosas como o Bardo Todol – O Livro Tibetano dos Mortos; o Popol Vuh – O Livro Maia dos Mortos; ou mesmo o Livro Egípcio dos Mortos, todos verdadeiras obras-primas da filosofia e da mística de antigos povos.

O segundo fenómeno que cerca a Morte diz respeito ao Apego. É impossível encarar com serenidade a Mãe Morte, como diziam os antigos gnósticos, enquanto não se desperta a consciência e não se constata a transitoriedade da vida, desapegando-se de tudo aquilo que entendemos como nossos afectos, nossos bens, nossos parentes, nossos títulos, nosso corpo físico, enfim, tudo que o Ego imputa como de propriedade de uma mente e de um conjunto de memórias que nos ligam a outras pessoas. Destaque-se, entretanto, que desapego não significa desamor, falta de consideração e agradecimento ou falta de reconhecimento pelas dádivas que a divindade nos brinda.

O terceiro fenómeno ligado à Morte refere-se ao Comodismo, ou seja, como ensina a Psicologia Gnóstica do Autoconhecimento, para que haja o novo é necessário que o velho se transforme, seja substituído, e quando falamos em corpo físico esta transição chama-se Morte. Como pode alguém encarar a morte com naturalidade, se mesmo em vida não quer mudar, não quer deixar o velho (os traumas, o passado) para trás, não quer Morrer em Si Mesmo e passar pela Morte Mística Psicológica, como ensina o Livro Egípcio dos Mortos?

Por isso, para os amantes da sabedoria iniciática, conhecidos como gnósticos, a Morte é algo inerente à vida, fazendo parte dela e constituindo-se apenas na visão "do lado de cá do muro" para aqueles que ainda não deixaram o corpo físico.

revista terceiro milénio.

Temos que aceitar a morte como lei da vida, é algo que temos garantido á nascença. No meu caso, o que me preocupa mais, é quem poderei deixar cá, especialmente se tiver alguém dependente de mim...deixar de ver as pessoas que amo. Mas tenho que me resignar com a ideia de que um dia terei de deixar este mundo. é a lei da vida :-X
"só se desilude, quem se ilude"

A morte natural pode ser a liberdade. O sofrimento final pode ser o último patamar de um caminho cheio de espinhos.