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  • Requerimento
    Iniciado por Fallen Phoenix
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Bem pessoal com este tópico venho pedir ajuda a alguem que seja de Oliveira de Azeméis ou de quem se possa deslocar para cá para fazer uma pequena investigação à Quinta do Comandante que se situa em Santiago de Riba-UL mais exactamente no Outeiro.




A minha primeira visita à casa não cheguei a entrar. Tinha eu por volta de 3/4 anos e ela estava fechada na altura. Ainda tive mais oportunidades de passar por lá mas estaria encerrada ou não havia tempo.

Vim a saber que parece que um dos portões fora derrubado ou caiu devido à ferrugem e que (fonte própria) andaram a limpar grande parte da vegetação.

Já me vieram dizer que aquilo está muitou assombrado e que ninguem do Outeiro entre lá à noite e avisaram-me para não ir mas pronto eu vou na mesma.


Alguém está disposto? Se sim ou queiram saber mais detalhes, falem comigo por PM ou adicionem-me no MSN.


Obrigado pela vossa atenção
"Im on the Hype Train to Awesome City!! Choo Choo Motherfuckers!"

Gostei do título "Requerimento" ;)

Beijinho
Templa - Membro nº 708

Citação de: Fallen Phoenix em 07 janeiro, 2010, 01:27
Bem pessoal com este tópico venho pedir ajuda a alguém que seja de Oliveira de Azeméis ou de quem se possa deslocar para cá para fazer uma pequena investigação à Quinta do Comandante que se situa em Santiago de Riba-UL mais exactamente no Outeiro.





Já me vieram dizer que aquilo está muito assombrado e que ninguém do Outeiro entre lá à noite e avisaram-me para não ir mas pronto eu vou na mesma.





Fallen achei esta tua frase no mínimo interessante,ou seja: AVISARAM-TE... pois poderá revelar duas coisas.

Uma a casa é mesmo assombrada e podes passar mal, teres experiências traumatizantes

ou

a casa é assombrada por outro tipo de fantasmas, com negócios obscuros e ocultos e correres perigo de vida se fores descoberto ao espiares as instalações...

Margarida
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

esquecime da segunda opção ;D

mas disseram para nao ir por estar assombrada.


e alias, rondam os homens da camara de dia, nao deve haver nada de noite.
"Im on the Hype Train to Awesome City!! Choo Choo Motherfuckers!"

é investigares se puderes
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

Mas que raio de investigadores somos nós se não formos a casas por estarem assombradas?Temos que lá ir precisamente por estarem assombradas.Neste caso se dizem que está,então vai lá confirmar.
Dou-te o meu apoio. ;)É pena ser muito longe,senão também ia :(
Believe to see...

Citação de: Templa em 07 janeiro, 2010, 13:20
Gostei do título "Requerimento" ;)

Beijinho

O título está muito bom! ;D

Estou curioso com o resultado da investigação!  ;)
"Extraordinary claims require extraordinary evidence" - Carl Sagan

"Just 'cause you feel it doesn't mean its there." - Radiohead

Estou em pulgas para saber mais coisas sobre essa casa...

Então essa investigação?
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

hmmmmmmmm interessante... ;)

Precisamos de mais.... não é justo deixares a malta nesta expectativa
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

#10
A ideia ficou congelada, agora que estou a tirar a carta ainda facilita mais as coisas se a tiver antes de Setembro pois a minha "equipa" (que não tem aparelhos praticamente ;D) não tem disponibilidades.

Fiquei tambem a saber através de um grande amigo meu que la ia muitas vezes só por diversão (de dia) mas que deixou de ir quando ficou cheio de mato. Nos dias das limpezas deixou de ir mesmo quando aparentava que alguem vivia por lá, algo do género (ciganos). Indícios como roupa, uma fogueira apagada etc.

Quero ir lá na mesma e ando a forçar o meu "parceiro do crime" a ir mas ele não vai.

Vou agora buscar informação sobre a quinta cá em casa.

P.s.: O pai deste meu "parceiro" foi um dos que andou a limpar aquilo. ;D

Aqui vão algumas informações da quinta:



QUINTA DO OUTEIRO –
   A primeira informação que possuímos dos antepassados desta Quinta do Outeiro ou, agora, Quinta do Comandante, remonta a 18 de Setembro de 1836, quando, na Igreja de S.João da Madeira, o P.José Joaquim Correia de Magalhães, tio materno, baptizou o recém nascido José, filho de Maria Joaquina Correia de Magalhães, natural de Casaldelo, S. João da Madeira e de Joaquim José da Fonseca, do Outeiro, Santiago de Riba Ul. A criança era neta paterna de Maria Teresa e de Manuel José da Fonseca, de Santiago de Riba Ul, e materna de José Soares da Costa Magalhães e de Rosa Joaquina Correia de Resende. Foram padrinhos, Domingos José da Fonseca e Maria Emília da Fonseca, ao tempo, os proprietários da Quinta do Outeiro.
   Com esta notícia, retirada do acervo da biblioteca municipal de S. João da Madeira, ficámos a saber que aqui se juntaram duas famílias poderosas – uma de S. João da Madeira e outra de Santiago de Riba Ul.
   Continuando os passos destas famílias vamos encontrar José Maria da Fonseca, solteiro, a pedir o aforamento do baldio, perto da igreja de Santiago. Em 1846, encontramos Manuel Joaquim da Fonseca, o proprietário da Quinta do Outeiro, a ser informador sobre impostos da região.
   Entre 1895 e 1905, compreendemos o potencial económico destes homens: por exemplo, José Maria da Fonseca, da Casa do Outeiro, fez um donativo ao Hospital de Oliveira de Azeméis no valor, grande para a época, de 4.320$230 réis.
   Agora, já estamos com o comandante João Pais Baptista de Carvalho que, em 1955, era comandante do navio "Quanza" e era casado com Inês Eugénia Knall da Fonseca Pais de Carvalho, que faleceu no ano seguinte, em 1956, com 53 anos. Talvez por isso, o Comandante João Pais pede, logo de seguida, a passagem à reserva. Era ele, na altura, o Chefe do Departamento Marítimo do Norte.
   Em 1965, faleceu em Santiago de Riba Ul um vulto da cultura regional, o escultor Anselmo Brandão, grande amigo do Comandante João Pais e foi mesmo este que levou a chave do caixão.
   Em 15 de Dezembro de 1970, faleceu o comandante que, hoje, dá o nome à Quinta.
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45 - QUINTA DO COMANDANTE
   
A Quinta é enorme. Ainda dá para perceber a sua grandiosidade e a sua beleza de outrora. (...) As árvores de fruto, sobretudo citrinas, perfumam o local. Outras árvores, plantas e vegetação variada marcam o espaço em redor da casa principal.  
Ainda existem vestígios da estufa de plantas cuja entrada é centrada por uma estátua e que dá acesso ao quintal quando atravessada para o outro lado.
A capela está localizada no lado esquerdo da fachada principal da casa.
(...) No interior (da casa) sobressaem os espaços destinados aos quartos, por serem muitos! As paredes estão decoradas com papel e em alguns locais, estão pintadas à mão, paisagens e imagens ligadas à natureza. Os candeeiros são de estilo inglês, em tecido, com forma de chapéu.
Os hábitos de leitura pareciam ser típicos desta família, sobretudo em língua alemã e francesa.
As divisões são pequenas, mas todas têm abertura para o exterior, em forma de janela ou portas com varandas. O acesso ao 1ºandar, pode ser feito por uma escadaria interna, ainda com restos de quadros, que parece, eram um gosto daquela família ou por umas escadas exteriores de ferro trabalhado.
O fogão de sala tem presença forte, porque escuro, mas simultaneamente discreto, situado praticamente ao nível da parede.
As casas de banho são duas, pequenas, claro, mas com as louças que hoje estão presentes nas nossas casas. E penicos encontram-se, pelo menos, três!
A música, em discos de vinil, também estava presente.
      (In "A Voz do Caima"- nº1 - 15/4/2002 -p.16)

   "- O Comandante era o Capitão de Marinha, João Pais, que esteve à frente da Capitania do Porto, em Matosinhos. Era natural de Ponte de Sôr.
   A casa tinha sido uma herança da sogra, que era uma senhora alemã e vinham passar férias à Quinta. Tinham caseiros e um procurador, também já falecido, chamado Augusto João Ferreira, que tinha a seu cargo a administração da Quinta.
   Um filho do Comandante, o Eng.º João Pedro, trabalhava na Sacor, no Porto e morreu recentemente; o outro filho, o Eng.º Miguel está em Lisboa e, às vezes, ainda aparece por aí."
   "Aquilo era quase uma Casa-Museu. Tinha uma variedade de peixes marinhos que o Comandante trazia que era um sonho. E animais embalsamados, era por todo o lado. Tinha armas de toda a qualidade: pistolas, espingardas, eu sei lá!... Eu gostava era dos quadros, tinha colecções muito bonitas pelas paredes". (Declarações do Fernando "Batata" ao jornal A Voz do Caima - In "A Voz do Caima"- nº 1 - 15/Abr. /2002 - p.16)
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   A casa agora existente data do século XVIII, mais propriamente de 1792, numeração inscrita em pedra sobre uma outra já existente. A construção inicial era constituída por dois pisos, rés-do-chão e primeiro andar, e pela capela que existe ao lado. Já em meados do século XIX, é acrescentado o 3º piso à casa, que desde então mantém os seus traços mais fortes, sem quaisquer alterações de fundo. O interior da Casa era quase um museu, repleto de quadros, peças de louça de colecção, material bélico e frescos pintados directamente sobre as paredes. O sogro do Comandante, Pedro Maria da Fonseca, teve rendimentos durante toda a vida, aproveitando-a para se dedicar a alguns "hobbies", um dos quais a pintura. Segundo Miguel Paes: "-Pintava muito bem. Teve aulas com grandes pintores da época e pintou a casa toda, desde o tecto, as paredes, um arco que dividia a sala, com flores e animais aquáticos".
Os animais de louça que decoravam a casa eram também pertença do sogro do Comandante que, a certa altura, se tornou discípulo de Columbano Bordalo Pinheiro. Aquelas peças eram originais da Fábrica de Louças das Caldas, do século XIX. O Comandante preservou esta obra do sogro, conservando um espólio de Pintura familiar e, mais tarde, chegou a comprar mais peças, para completar a colecção de louças das Caldas, que ainda hoje se conserva junto dos descendentes de João Paes.
   Existia também material bélico, o que era natural, uma vez que ele era oficial de marinha. Tinha armas antigas, munições, uma série de espingardas, pistolas, revólveres, que também se mantêm, actualmente, na família. "- A casa tinha todo um charme especial. As melhores recordações que guardo são os tempos de infância, das brincadeiras com os miúdos que se juntavam ali. A Casa e a Quinta eram muito grandes, oferecendo muitos esconderijos, que eram um regalo para as nossas brincadeiras e que nos maravilhavam." - depoimento de Eng.º Miguel Paes.
      (In "A voz do Caima" - nº 1 - 15/Abr. /2002 - p. 17)

   46 - COMANDANTE JOÃO PAES DE CARVALHO

   O Comandante João Paes de Carvalho era natural de Ponte de Sor. Ficando órfão de pai muito cedo, mudou-se com a mãe e com os irmãos para Coimbra.
   A mãe, voltando a casar-se, tomou uma decisão que não agradou aos filhos que, por sua vez, saíram de casa.
   O Comandante, estudante na altura, de Engenharia, abandonou os estudos e enveredou pela aviação naval, onde ele poderia ir ganhar algum dinheiro. Foi aí que fez o seu curso de cadete.
   Em 1920, numa viagem de cadetes ao Porto, encontrou Inês, por quem se apaixonou e com quem quis casar. O problema, contudo, surgiu com aquele que se havia de tornar seu sogro... Conservador, não aceitava que a sua filha casasse com um "aviador maluco", segundo a sua própria expressão. E o Comandante cedeu da aviação, mas casou com Inês. Ficou, posteriormente, ma Marinha de Guerra, trocando os aviões pelos navios.
   A sua vida foi bastante preenchida e muito rica. Comandou uma série de navios, fez viagens por todo o mundo e, numa parte mais final da sua carreira, foi Capitão do Porto de Leixões, passando, posteriormente, a Chefe do Departamento Marítimo que abrangia os portos desde Viana do Castelo até Aveiro. Aí completou a sua carreira de comandante.
   O comandante João Paes faleceu em 1970, (na cidade do Porto) com 74 anos e a esposa, Inês, em 1956 com 53 anos.
   João Paes entrou para a Marinha no fim da I Guerra Mundial. Na Segunda Guerra, Portugal foi neutro, mas aconteceu um episódio engraçado face à nossa situação de neutralidade colaborante com os Aliados.
   Num determinado dia desse período histórico, foi detectado um submarino alemão em águas territoriais portuguesas, junto ao Porto. Esse submarino foi apresado pela Marinha Portuguesa, sendo o Comandante o responsável por esse aprisionamento.  
   Porém, a maneira de ser do Comandante ("pessoa fora de série, com uma humanidade extraordinária", segundo caracterização de seu filho Miguel Paes), considerava que os alemães, apesar de inimigos de guerra, eram, antes de mais, seres humanos, tendo-os tratado tão bem que acabou por ser condecorado pelo Estado alemão de Hitler.
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