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  • Morrer por Amor! (não são lamechices)
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''A tradição é a personalidade dos imbecis"

Cade o restante hemmmmmmmmmmmm...bjs :-* :-* :-* :-* :-* :-* :-*
"A fé em Deus nos faz crer no incrível, ver o invisível e realizar o impossível."
"Senhor dá-me serenidade para aceitar tudo aquilo que não pode e não deve ser mudado. Dá-me força para mudar tudo o que pode e deve ser mudado. Mas, acima de tudo, dá-me sabedoria para distinguir uma coisa da outra."


Lindissimo :'(


Por favor post o resto da história é incrivel!!!!!


:-* :-* :-* :-* :-*

Parte II (finalmente  ;))

Antes de mais nada, um Bom Ano cheio de luz para todos!!

...Por onde começar?!...

Após a visão, as peças do puzzle começaram a encaixar (mesmo se ainda faltam algumas). O que antes me parecia surreal, afinal, tinha/tem sentido.

Ao aperceber-me do meu erro ao virar as costas ao Amine, decidi "procurá-lo", enviei-lhe algumas mensagens onde lhe explicava que tinha percebido o sentido das suas convicções. Que precisava de o ver e de falar com ele. Não recebi nenhuma resposta da sua parte. Fiquei uma semana sem sair de casa, completamente dilacerada. Precisava dele, mas ...nada.
O Marcelo (o brasileiro "espirita") apareceu-me em casa. "Sonhei com você. Que precisava de falar comigo. Eu telefonei, sem resposta decidi vir sem avisar." Disse-lhe que era verdade que precisava de falar com ele, que não aguentava a ausência e silêncio do Amine, contei-lhe da visão, á qual ele me diz que foi uma visão regressiva, (que eu já sabia). Discutimos sobre isso e tentamos encaixar as peças, as coincidências dos factos. Nesse mesmo dia contactamos a mãe dele (que também é dada á espiritualidade), ela só disse, que era estranho eu ser tão nova e ter desencadeado sozinha, sem apoio ou "terapeutas", uma "regressão" e a qual não estava concluida.


Durante esse mês, senti-me doente, se não eram as insónias que me atormentavam eram os sonhos, sempre os mesmos aos quais acordava aos gritos e a chorar. Nada fazia sentido, para quê ter conhecido o Amine, ter tido a visão se as dores não desapareceram e se me sentia "patologicamente infeliz" por não o ter comigo?!? Afinal fui eu que o abandonei.

Mais tarde, decidi quebrar com este ciclo e ignorar as dores, os sonhos e a ausência dele, peguei a minha vida em mãos e fiz algo que não deveria ter feito, ignorar completamente a minha "espiritualidade". Se a intuição me dava sinais, pura e simplesmente os ignorava, não queria saber.

Dediquei-me aos estudos, tinha os exames á porta. A ida para Portugal por alturas do Natal prometia-se tranquila. Rever a familia e amigos e algumas borgas iriam-me fazer bem. Até que, ao chegar a casa o meu irmão todo entusiasmado salta-me para os braços e diz-me "Tenho aqui uma musica que sei que vais gostar". Ok, deve ser trance ou d&b, pensava eu. Mal ele põe a música e ouço os primeiros acordes, as lágrimas começam a cair. "Eh Ana, não sabia que ias gostar tanto do som!?!

Lá sabia ele, que a música que ele tinha encontrado fora a mesma que o Amine me pôs a ouvir, e que com algum esforço eu tentava trauteá-la e encontrá-la para me sentir perto dele, era a única coisa que tinha como recordação dele, alguns acordes e algumas palavras que me causaram vertigens.


(Pausa)






"não é porque as coisas são dificéis que não ousamos, é por não ousarmos que as coisas são dificéis"

Templa - Membro nº 708

Moon*
Isto deixa uma pessoa assim na expectativa do próximo capitulo.

AndreiaLi
#21
Sou fascinada por todo o tipo de historias de amor e pelo sentimento em si... por favor revela-nos os seguintes paragrafos que completam esta tua bela vivência... mesmo que o final não seja feliz.

Ficamos à espera do resto. Leva o tempo que achares necessário para resolveres essa situação.
O importante é que mereces ser feliz e se te lembras disso agora é porque tens uma nova oportunidade de recuperar o que perdeste.
Agarra-te aos teus sentidos, eles ajudam-te.  :) :-*
"Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana." Teilhard de Chardin

Bom dia! Obrigada a todas pela vossa paciência e entusiamo! ;)  :-*


De volta a Bordéus, decidi não pensar no sucedido. Tinha que rever para os exames.
No fim destes, eu e a minha colega decidimos sair. Estavamos no multibanco para levantar guita quando, sinto um pequeno arrepio, um murro no estomago, a tensão que baixa, a sensação que o tempo pára. E em câmara lenta, viro a cara e nisto aparece-me ele, de passo seguro, passa ao meu lado, uma troca de olhares, um sorrisito triste e...eu ali bloqueada, não consegui falar nem mexer-me, apenas o vi a passar e a continuar o seu caminho. A minha colega vê-me ali, literalmente colada, sem reacção "Viste um fantasma?", "Não antes pelo contrário...vi-o e não fiz nada!". Devo dizer que fiquei um bocadinho perturbada com o meu bloqueio, mas tinha a certeza de que não nos éramos indiferentes.

Já na discoteca, encontro o colega dele. Cumprimentamo-nos e ele pergunta-me directamente sem papas na língua o que nos tinha acontecido, pois o Amine tinha deixado de sair á noite, que só se viam na universidade ou na cantina e que o sentia um pouco em baixo. Ok?!!! :o :( Não foi necessário revelar-lhe muito, ele tinha percebido.

O tempo foi passando, a dor por vezes abatia-se (abate-se), as recordações e os sonhos ressurgiam (ressurgem). Por momentos sentia-o perto de mim, como se ambos tivessemos a pensar um no outro, chegava a ser confortável, sentir a presença do outro em nós, como se estivessemos unidos por...não sei muito bem o quê!

Tive os meus momentos de completo desânimo, entre casa, universidade e trabalho, nada mais, a vontade de sair era muito pouca, várias vezes a minha colega saía e telefonava-me para ir ter com ela, eu raramente aceitava e quando não aceitava, minutos depois ela enviava uma mensagem "Devias ter vindo, vi o Amine em tal sítio". Ela sabia que se eu tivesse saído talvez os nossos caminhos se reencontrassem.

Durante um ano cruzei-me com ele algumas vezes, as reacções são as mesmas, a mesma troca de olhares, a mesma intensidade e o mesmo bloqueio, também porque a situação não o permite. Ou será orgulho? Medo?

A minha vida começou a tomar um novo rumo, tinha uma agenda carregada, entre motivações e ocupações "esqueci-o".

Quando menos esperava no ano passado, decidimos com o pessoal ir a um restaurante libanês. Entramos, escolhemos uma mesa e sentados á nossa frente estava um grupo de árabes, um deles desde que entrei começou a fixar-me. Começava a incomodar-me porque o olhar que ele me lançava era de dúvida. Fiz questão de não ligar.

Ao sairmos, esse mesmo grupo sai ao mesmo tempo e não é que eles nos seguem até ao bar?!

Já no bar, entusiasmadas a dançar, esses fulanos colocam-se atrás de nós. O tal que me fixava mete conversa " Eu já te vi em algum lado, tu és marroquina?", já habituada a esta pergunta, desato á gargalhada e digo-lhe que nunca o tinha visto e que sou portuguesa.  ::) O fulano :o "Por acaso tu não te chamas Ama, a portuguesa?". Passei por todas as cores! :o "O quê? Ama?! É Ana e não Ama e como sabes o meu nome?". O fulano sorri e "No restaurante reparei em ti e sabia que te tinha visto nalgum lado. Ama a mulher do Amine! Reconheci-te pela fotografia." Oh ~treta~!!
"É bem possível que seja eu, mas não sou a mulher do Amine!"  >:(
O fulano sorri e chama todos os colegas dele "Eih olhem é Ama a mulher do Amine!", eles vêm todos, metem-se á minha volta todos divertidos a cumprimentarem-me, a "tirarem-me as medidas", a dançarem como a cultura deles dita. Foi totalmente inesperado e cómico.Quando pararam com este "ritual" eu reafirmei que não era a MULHER dele! Que tinha curtido o momento, e a espontaneidade festiva deles, mas que não havia mais nada entre nós. Sorri-lhes e sai da pista de dança para me repousar um bocado e ter a minha pausa wc.

Mais tarde de volta á pista, lá estavam eles, encostados ao balcão a fisgar as miúdas. Eu e a minha colega estavamos numa boa a dançar frente a frente, quando surge o Amine por detrás dela. O mesmo olhar, a mesma segurança, o mesmo sorriso. Ele instala-se ao lado do tal fulano, eles discutem e olham na minha direcção, um aponta do seu indicador e o outro afirma com a cabeça sorrindo e olhando. Fiz como se nada fosse, queria estar na minha. Passado uns minutos o "mouro" aproxima-se, eu tento puxar a minha colega contra mim, para que ele passa-se por trás dela, pois havia espaço, mas não ele empurra-a e passa coladinho a mim, os olhares que se encontram e persistem um no outro á sua passagem, a sua mão que procura a minha, arrepiando-me toda, o mesmo sorriso já conhecido e eu...mais uma vez bloqueada a "contemplá-lo". Vi-o a posicionar-se alguns metros atrás de mim, ele continuava a sorrir e a olhar-me como se ele me esperasse e eu sem reacçao alguma. Passado uns minutos, deixei de o ver...

Se tive uma oportunidade de o reencontrar porquê o meu bloqueio?

Verdade é que nunca mais o vi.



"não é porque as coisas são dificéis que não ousamos, é por não ousarmos que as coisas são dificéis"

Moon*
Oh rapariga, nao tens o numero dele? Marca algo com ele, mas diz-lhe dos flash sobre a tua vida passada que tiveste e que a partir dai quando o vês bloqueias. E está última parte é muito importante que tu lhe digas!

Não sabes qual a universidade dele? Vai lá.

Vês o tal primeiro amigo dele? Dá-lhe uma carta.

Combina algo com ele rapariga!

As coincidências e sinais que surgiram durante a minha existência e esta experiência, levam-me a acreditar que existe de facto um fio condutor...o "maktoub"("o que já está escrito", o destino). Mesmo se por vezes travo batalhas entre o meu cepticismo e a minha espiritualidade.

Através das minhas introspecções, apercebi-me que sempre procurei o "amor" e o afecto, tive como toda a gente as paixonetas platónicas, as curtes experimentais mas desprovidas de sentimento, as paixões ardentes de "fogo de palha". De cada vez que me envolvia com alguém, intuitivamente sabia que não era o "tal"(não acredito em principes, nem sou ingenua), mas que se surgiu no meu caminho, seria para aprender algo, mesmo se tivesse que sofrer. Com o Amine, e os factores do nosso encontro revelaram-me o porquê desta procura "incessante", o porquê de cada relação acabar constantemente em fiasco, as dores nos locais precisos, o fascínio pela cultura islâmica.

Uma conhecida minha muçulmana disse-me que na sua cultura, um espelho significa de facto o passado, chaves (é universal) que o nome Amine significa "digno de confiança", a quem poderá ter sido dada uma missão, neste caso uma mensagem. Prefiro pensar que ele no meu caminho foi mais que o mensageiro que desencadeou "memórias recalcadas" de uma "vida passada".

Numa outra analise com um outro conhecido, decidimos pegar nas coincidencias.
1º Fascínio pela cultura;
2º Batismo que desencadeou as dores;
3º Receio com os cães;
4º Sensações de dor (pescoço,pulsos,costas,garganta);
5º Sonhos repetitivos:cena do rio-cena da perseguição;
6º Visões:espelhos, punhais, chaves, sangue;
7º Semelhanças fonéticas entre amo-te(amor) e lamote(morte);
8º Ana e Amine (Ama e Anima) * não vos referi no tópico, mas quando ouvi o seu nome pensei em ANIMA (o que está animado, com vida)
9º As suas convicções e palavras;
10º A visão "regressiva", na qual as ultimas palavras eram, "morro amando" e "ama, liberta-te"- como se ao morrer por amor poderia libertar-me e "re-animar-me", voltar a ter vida.

Sinceramente...não sei no que pensar.


No verão passado, envolvi-me com um "artista-lunático-espiritual". Semanas mais tarde, ele diz-me que teve uma "visão" quando vinha ter comigo, que me via num deserto a caminhar seguramente em direcção ao sol poente  com uma ave de rapina a sobrevoar sobre mim, que eu me afastava, ele tentava impedir, mas eu continuava. "Marrocos, não sei porquê?!"-desabafa ele. Pergunto-lhe o porquê dessa visão e Marrocos por que cargas de água?!(Jamais voltei a falar disto com alguém,muito menos com ele). Ele diz que não sabia, era como se o amor estivesse ali á frente dele, que ele tentava agarrá-lo com as suas mãos, mas que eu escapava-lhe e que ele não podia impedir-me. Calei-me. Passado uma semana, acabamos.

Curioso, como uma terceira pessoa, completamente exterior a esta história possa ter tido uma percepção do género.

Neste momento, cansei-me com sinais e sonhos que não me levam a lado nenhum, ignoro o meu lado espiritual.

Dando lugar á razão, relativamente a isto tudo, só tenho um desejo. Ir a Marrocos e sentir a sua energia. Já me alertaram para o facto de que se eu for, possa desencadear novos estados catárticos. Se tiver mesmo que ser, que seja, e Não acredito que o encontrarei, mas acredito que me libertarei do passado!









"não é porque as coisas são dificéis que não ousamos, é por não ousarmos que as coisas são dificéis"

Citação de: Moon* em 09 janeiro, 2010, 12:59
Oh rapariga, nao tens o numero dele? Marca algo com ele, mas diz-lhe dos flash sobre a tua vida passada que tiveste e que a partir dai quando o vês bloqueias. E está última parte é muito importante que tu lhe digas!

Não sabes qual a universidade dele? Vai lá.

Vês o tal primeiro amigo dele? Dá-lhe uma carta.

Combina algo com ele rapariga!

Olá! Nah, por enquanto não mexo uma palha! Se tiver que ser, será no bom momento, se houver algum. ;)
"não é porque as coisas são dificéis que não ousamos, é por não ousarmos que as coisas são dificéis"

Moon*
Muito sinceramente acho que a tua história com o Anime ainda não fica por aqui, mas logo se vê essa parte.

Em relação ao resto, penso que estejas numa fase de Awake ou chamado também de Awakening, que é o Despertar evolutivo. Se tens nesta vida as coisas que tem é porque houve um caminho que já tinhas de forma evolutiva para nesta vida continuares desperta, se não tivesses já algum desenvolvimento não acredito que essas coisas assim do nada te surgissem. Independente da história que se calhar possas ter tido com ele no passado, se calhar esta é uma nova oportunidade para viverem algo que não conseguiram viver de forma plena e o final da tua última vida foi tão forte e intensa que com ajuda de um Despertar que já possuis não a esqueceste. De facto, esta é uma nova vida para ti, não tens obrigação de reviver um amor passado, mas se isso acontecer, acontecerá. Cada um de nós tem uma missão aqui na nossa vida, pessoas entram e saem, magoam ambas, mas muitas vezes conseguimos retirar lições bastante importantes para a nova etapa que virá acontecer. Como já deves ter reparado tu ainda estás na descoberta, e estas bloqueada em alguns aspectos depois de uma etapa de Despertar. Tens que fazer uma introspecção e trabalhar sobre isso e sobre a tua evolução espiritual, mas nesse caso só tu, sem procurares um amor e alguém que te dê carinho e atenção, porque normalmente isso as outras pessoas quando desaparecem ficamos a remoer por meses e sentimos para magoadas quando a outra pessoa já partiu rumo a continuação da sua vida. Se queres desligar-te de momento disto, é porque não deves estar preparada, as coisas vão se desencadear na altura correcta certamente.

Fica bem, e começa a meditar mesmo.  ;)

AndreiaLi
Espero que superes esse bloqueio... e que quando o conseguires possas tomar as decisões mais acertadas e favoráveis a ti mesma. Concordo, acho que devias investir nesse teu processo de auto-descoberta e auto-observação de ti mesma. A meditação é um bom impulso para tal sim.

Não evites o Amine, ele é a resposta para a tua pergunta, por isso evitá-lo é evitares a verdade.
Percebo o teu receio, mas não te custa mais este sentimento de incerteza, onde não tens segurança sobre o que pensas e sentes? Não te sentirias melhor se enfrentasses o que precisas de enfrentar para seguires em frente?
Notou-se, pelo teu relato, que ele te deu espaço para descobrires a verdade ao teu proprio ritmo, mas ele também deve precisar de ti. O mais importante é saberes do que é que foges, se dele ou se do teu futuro (porque do passado, não podes fugir).
bjs e força.  :) :-*
"Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana." Teilhard de Chardin