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  • Crença vs Obsessão
    Iniciado por Propheta
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Bom dia a todos os membros. Queria deixar-vos este meu desabafo que tanto me tem dado que pensar.

Assumo-me perante vós como um céptico em todas as questões de oculto e religião. Apesar de baptizado, nunca acreditei que de facto existisse Deus ou o Diabo, Céu ou Inferno, espíritos, bruxedos, etc. No entanto, respeito a opinião do próximo e também sou da opinião de que nunca devemos dizer nunca.

Recentemente, têm acontecido na minha família alguns episódios que me fazem questionar se de facto o oculto é real ou se a crença desmedida nestes factos conduz à obsessão e à quase loucura...

A minha família materna sempre foi muito crente em Deus e no oculto, que existem videntes, pessoas que lançam feitiços, etc. No entanto, ultimamente essa crença tem sido a justificação para tudo o que de negativo se passa na vida da minha mãe e irmã. Ambas sempre tiveram uma personalidade muito controladora e obsessiva com a perfeição. Qualquer situação negativa, por mais insignificante, era sempre uma tragédia. A relação de uma com a outra é quase ao nível de amor-ódio, tão depressa se tentam apoiar como controlar mutuamente. A minha irmã, em especial, sempre foi uma pessoa ríspida, focada em si mesma, muitas vezes desagradável, especialmente se tudo não corresse ao seu gosto.

A minha irmã foi mãe de um menino que começou a desenvolver problemas de comportamento cerca dos 2 anos. Na minha óptica o problema sempre foi a constante repressão dos pais, a tentativa de disciplinar pela autoridade, sem ter paciência para entender a criança ou dedicar-lhe tempo. A solução era jogos no telemóvel, televisão ou enchê-lo de brinquedos. Quando tinha uma birra pior, era chamado de muitos nomes feios, como "monstro"... Quase como se quisessem que a criança fosse já um adulto, que não se sujasse, que não fizesse birras, que fizesse tudo sem questionar. O resultado foi uma criança (agora com 6 anos) que na escola é exemplar e inteligente, mas em casa é um terror. Agride os pais e a avó qd se sente frustrado, atira com tudo o que tem à mão, tornando-se quase impossível de dominar.

A minha irmã separou-se há cerca de ano e meio, isso só piorou o comportamento da criança e levou a uma bola de neve. Subitamente, ambas começaram a acreditar piamente que tudo era fruto de feitiçaria. Começaram a contactar pessoas de seu conhecimento que "analisaram" a situação e diziam a causa do problema. Primeiro, disseram que era um mau olhado colocado sobre a minha irmã, e fizeram um tratamento para afastar o mal. Depois o problema era na casa. Depois, o problema era que o menino tinha cofre aberto e dom de vidência (de notar que uma tia minha sempre disse ter esse dom também, e apesar de já ter burlado a minha irmã, continuam a acreditar nela) e estava possuído por um espírito de um homem mau. Ultimamente acreditam que o meu falecido pai reencarnou nele só porque por vezes diz "nesta casa quem manda sou eu, sou teu pai", será verdade ou será que apenas se limita a repetir o que ouve constantemente dos próprios pais durante os ralhetes?

Isto tudo deu origem a um turbilhão de orações, defumos, banhos de sal, etc, sem qualquer resultado. Além disso, tudo o que o menino diz é interpretado como um sinal do oculto. Por exemplo, ele uma vez disse "mamã, esta noite entrei na tua cabeça e roubei-te a inteligência", comentaram isso com uma "pessoa de confiança" e foi logo associado a supostos poderes de vidência do menino.

Questiono: se essas pessoas a quem elas recorreram são tão fiáveis, porque erram tanto no diagnóstico? Parece que por muito que se diga que a causa do problema é A ou B, e que depois a situação não melhore, elas crêem cegamente nisso. Porque aceitam sempre justificação para sucessivos insucessos no "tratamento"? O menino foi diagnosticado como normal por um pedo psiquiatra, será que o problema não será antes o comportamento da mãe? Da sua incapacidade para educar a criança num cenário que, aos meus olhos, parece um misto de depressão com bipolaridade?

Além disso, uma outra parte toca-me pessoalmente e está a afectar a minha vida de forma grave. Estou numa relação há 3 anos em que a minha companheira sempre se deu bem com a minha mãe e irmã, mas cerca de 6 meses após o divórcio da minha irmã e poucos meses após anunciar que me iamos viver juntos, tudo mudou radicalmente. Subitamente, elas deixaram de se querer relacionar com a minha companheira, acusando-a de ir à bruxa e ter lançado um feitiço para ficar comigo só para ela e me afastar delas as duas, dizem que "estou benzido". Disseram-me que ela queima velas em casa para levar a cabo esse feitiço, mas nunca vi qualquer vela a arder em casa nem senti qualquer cheiro, e raramente estamos em casa sem ser em conjunto. Depois, já não era ela quem queimavas as velas, mas alguém em nome dela. Disseram-me ainda que sabem qual a bruxa que ela consultou, que é em Lisboa (a 50 km de onde moramos, impossível de ela se deslocar lá sem dar nas vistas e estamos sempre juntos foram do horário de trabalho) mas quando confrontadas, não me quiseram dizer a morada dessa "bruxa". Ou seja, não me apresentam factos que provem nada. Inclusive, a minha mãe disse que recebeu um telefonema anónimo de um amigo meu a dizer que a minha companheira tinha um amante, mas nenhum amigo meu conhece, tem o contacto ou sequer sabe o nome da minha mãe ou onde ela mora. O número não vem listado, logo parece-me impossível, até porque só me informou disso 15 dias após supostamente ter acontecido, quando já não havia registos de chamadas para comprovar o que quer que fosse... Como desvalorizei, foi quando começou a conversa sobre bruxaria.

A minha companheira sempre tentou falar com elas desde esse dia, mas elas recusam sequer encará-la, fogem. Já tive imensas discussões com elas por achar que estão a ser injustas, dizem que há um feitiço para me afastar delas mas são elas que se estão a afastar das pessoas, quando a minha companheira nunca lhes fez mal nem faltou ao respeito. Nessas discussões, a minha mãe e irmã têm um comportamento tão agressivo e obessivo com essa crença, quem até já coloco a questão: será que há mesmo algo, que o que elas dizem pode mesmo estar a acontecer? Ou será sofreram uma lavagem cerebral de alguém num momento de fragilidade?

Resumindo: Como podem as pessoas ser crentes sem cegar perante a realidade? Porque crêem as pessoas em coisas que lhes são ditas, sem receberem qualquer prova, e dando como inválidos factos que estão comprovados? Porque continuam a crer em determinadas pessoas após tantos "diagnósticos" errados?



Sinceros cumprimentos,

Propheta

Olá, o assunto é de facto delicado e bem exposto.
A obsessão é na parapsicologia um estado de interação de uma entidade parasita movida de magnetismo e capaz de influenciar o pensamento do individuo por meio da sugestão. É na demonologia comum um fenómeno de possessão. Estes fenómenos ocorrem sem necessidade de rituais de qualquer género, e muitas vezes são resultado da lei do retorno.
A criança referida é certamente médium, agora saber determinar o grau de desenvolvimento é mais difícil, digamos que pelo exposto não me parece que a criança vivencie fenómenos que a ponham em estado de perigo, agora se tem mediunidade a desenvolver-se é preciso educar essa mediunidade e não é a supertição ou religião que ajudam (minha opinião) mas sim a parapsicologia e as ciências ocultas.
Como livrar esses parasitas que causam a obsessão? Bom, uma terapia multidimensional pode ser sugestivo, ou o passe magnético, uma corrente espírita, entre outras mas o fundamental é a força mental da pessoa e isso é uma questão puramente psicológica.
"Faz o que tu quiseres
Amor é a Lei,amor sob Vontade"

Deuses ditando a Aleister Crowley

#2
     Já teve uma resposta expondo uma hipótese possível como a minha opinião é diferente, vou expor-la e assim fica com duas opiniões diferentes para analisar.

    A sua mãe e a sua irmã têm aspetos de personalidade idênticos pois como diz são controladoras e obsessivas com a perfeição. Isto deve-se a herança genética, pois a sua irmã herdou da sua mãe esses traços de personalidade e a sua mãe provavelmente terá herdado de outro ascendente ou por mistura genética dos pais. É assim como se misturasse duas personalidades e o resultado fosse um individuo com uma personalidade com características de ambos.

    Claro está que quem se acredita que o carácter e a personalidade são características da alma não concorda de todo com isto, mas a ciência que produz os remédios com que tratamos as doenças já fez estudos que chegaram a esta conclusão. Não são só doenças que se herdam pela genética, a personalidade também, embora esta por força de vontade e apoio psicológico se consiga alterar. É o filho que tem o feitio do tio, que é desconfiado como o pai e trabalhador como o avô. O povo já tinha dado conta disso, só não sabia porquê.

    O seu sobrinho entre outros factores genéticos pode ter herdado a mediúnidade, mas nada do que conta é prova de que assim seja. Indícios ou suspeitas não servem de prova. Poderá ser uma criança possessiva que vive o trauma de não ter a atenção que deseja e por isso as birras que aliás parece que agora estão na moda. A violência que demonstra não será de admirar se foram jogos o passatempo que lhe proporcionaram. Em quase todos os jogos existe um uso da violência excessivo e numa fase em que se lapida a personalidade esta violência interioriza-se.

    Acho errado andar a levar a criança ou pertences dela a médiuns ou adivinhos.

    Quanto ao seu caso, a sua irmã e mãe precisavam de apoio psicológico, pois além de controladoras e obsessivas, agora também são possessivas. Na sua irmã é um trauma devido à separação do marido. Provavelmente terá sofrido com essa separação e inconscientemente não quer que você passe pelo mesmo. A sua mãe terá sido influenciada pela filha visto ser pessoa facilmente sugestionável.

    Intimamente agirão julgando ser para seu bem e nem se darão conta do sofrimento que lhe estão a causar, mas não o fazem por influencias ocultas. O problema está na forma como entendem a vida e no habito de sempre tentarem que as coisas sejam como elas querem que sejam. No mínimo serão elas que se obsediam a elas mesmas.

    Se quer ser feliz, siga a sua vida com quem ama pois o seu futuro não vai ser por certo com a sua mãe ou a sua irmã, mas sim com a sua companheira e estas situações  que relata poderão ficar latentes na vossa mente e no futuro criar problemas de relacionamento entre vós os dois.

Bom dia, e muito obrigado pelas vossas respostas.

A situação que relatei é de facto delicada, uma vez que pretendo ter filhos num futuro próximo mas a minha companheira está relutante em fazê-lo num ambiente destes, com receio que a minha mãe e irmã não aceitem uma filho nosso.

Tenho uma família grande do lado materno, com vários primos e tios, mas que é muito distante entre si, é uma família muito conflituosa até entre si. Os meus pais separaram-se quando eu tinha 10 anos e vivi até à idade adulta com o meu pai. O meu pai e avós paternos já faleceram há muito, tenho uma boa relação com um tio paterno mas mora no Algarve e raramente nos vemos pessoalmente. Dessa forma, a minha mãe, irmã e sobrinho são a minha única família direta, e é frustrante afastarmo-nos com base numa situação destas.

Consultei alguns tópicos no forum e do que li, a minha mãe e irmã podem até ser Vampiros de Energias. Será essa uma explicação plausível?


Sinceros cumprimentos,

Propheta