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  • Sobre pedidos de ajuda
    Iniciado por F.Leite
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     Muitas coisas há que nos tolhem a vida impedindo-nos de alcançar a felicidade tão mal ordenada. Parece que o mundo inteiro conspira para que as pessoas não alcancem os seus desejos e objetivos e que pelo contrário todos os seus planos saiam frustrados.

     Muitos dos pedidos de ajuda que me chegam giram à volta deste problema, pessoas que não conseguem dar a volta aos problemas com que a vida malogradamente os presenteia e que de uma forma inconsciente se renderam ao desespero e à fatalidade como se de um destino se tratasse.

     Podem ser vários os motivos que levam a este estado, mas que necessitam de tratamento antes que os problemas de saúde também se instalem causados pela necessidade de sintonia entre o corpo e a mente. Se a mente não está bem o corpo vai copiar o estado da mente pois é a mente que controla o corpo e o oposto também acontece.

      Mas porque é que não conseguimos alcançar os nossos objetivos? Esta é uma questão que terá sempre respostas diferentes de individuo para individuo, mas que eu vou tentar generalizar por forma a que cada um que esteja interessado possa diagnosticar o seu caso e pôr em prática formas de mudança.

     De uma forma geral, parece haver algo que nos inspira a ser negativos, a trocar-nos as voltas quando buscámos o nosso bem estar. Assim como se houvesse um pensamento que se imiscui na nossa mente e na mente de quem nos rodeia por forma a que as nossas intenções fracassem ou não tenham o alcance desejado. Talvez que o nosso livre arbitro não seja tão livre quanto isso. Mas esse é um problema que se pode contornar.

     Outras vezes são aqueles em quem confiamos que falham quando mais precisamos. Nestes casos é necessário revisar as nossas memórias para ficar a saber se as contrapartidas que oferecemos aos outros em matéria de amizade, entreajuda e respeito estão ao nível do que esperamos deles. Não podemos esperar amor daqueles a  quem impomos a nossa forma de viver, de quem desprezamos as opiniões sem nos esforçarmos por tentar compreender o porquê de pensarem diferente. Daqueles a quem não damos provas de ali estar nos momentos difíceis. Daqueles a quem não temos nada para dar que os complete e os faça sentir felizes.

    Tudo isto é importante porque a vida é feita de trocas como nos negócios e qualquer negócio só tem interesse se beneficiar os dois negociantes. Tanto na amizade como no amor as coisas só funcionam se ambas as partes saírem beneficiadas e a generalidade das pessoas mais não pretendem que receber sem dar sequer o indispensável para manter a relação. A dificuldade aqui está em que quem o faz nega a si mesmo que o faz tal o amor próprio com que se vê e a primazia que dá às suas necessidades.

     Nas relações laborais também é a amizade que se semeia que vamos colher como contrapartida pois é a forma como os outros nos vêm que gera a forma como nos tratam. Respeitar, dar-se ao respeito e entreajuda são coisas fundamentais e só não funcionam quando aqueles com quem trabalhamos são graxistas ou oportunistas que vêm todos os outros como rivais e mais não fazem que pregar rasteiras para serem bem vistos pelo patrão. Nestes casos mais vale mudar de emprego e aprender a conhecer os outros pelo que são e não pelo que aparentam ser.

     A solução em todos os casos não está em aprender a ser hipócrita para dar aos outros uma nova imagem daquilo que não somos. A solução está sim em mudarmos em nós aquilo que nos prejudica nas nossas relações com os outros. Ciúmes, sentimentos de posse, exigir que os outros ajam à nossa maneira e não saber ouvir e compreender os outros ou ainda apresentar-mo-nos como um exemplo a seguir e quase sempre quando o exemplo da nossa vida é uma trampa, são formas de destruir uma relação, seja ela um amor ou uma simples amizade. Quem o faz não pode apelar que foi bruxedo quando a relação acaba pois foi o próprio que envenenou a relação.

     Restaurar uma relação que se deteriorou não é fácil pois depende dos dois intervenientes e muitas vezes também dos outros que por traz foram dando palpites e instigando a atitudes de acordo com a forma de pensar e de ver de cada um. Gera-se uma bola de neve que muitas vezes mata à nascença qualquer tentativa de reconciliação. Nestes casos devemos agir com lógica e simplesmente partir para outra tendo o cuidado de não continuar a labutar nos mesmos erros que fizeram terminar a relação.

     Nunca uma relação acaba sem motivo. Mesmo quando o fim dessa relação é inspirado por forças a que chamamos de ocultas, elas fazem-no criando na mente a ilusão de que algo existe que justifica que a relação acabe. Se era uma relação de amor e levou a que uma das partes se unisse a um terceiro é porque era um amor de ilusão e mal alicerçado da parte de quem falhou. Se quem perde ama o outro de verdade procurará ter uma conversa séria, sem discussões ou vozes alteradas e procurará saber do que motivou a mudança de sentimentos e saberá aconselhar o outro a rever a sua vida e o seu ato. O problema é que nestas conversas muitas vezes fala mais alto o amor próprio ofendido que o real interesse em resolver o problema a bem para ambas as partes.

     Se a relação simplesmente deixa de ser interessante para uma das partes, a parte que continua interessada deve procurar saber da outra parte o motivo do desinteresse. Deve contar que não é fácil ao outro justificar-se pois as pessoas não estão habituadas a falar do que lhes vai na alma, dos seus segredos nem tão-pouco das suas duvidas. É como se estas coisas fossem fraquezas que não querem ou têm medo de demonstrar, como se ao fazê-lo se declarassem inseguras e por isso mesmo inferiores. São coisas da mente humana que só desfilam quando se consegue criar um ambiente de confiança e demonstrar que estamos dispostos a compreender o outro e a respeitar as suas opções.

     Muitas vezes também, a relação nunca chegou a existir, houve sim um sentimento de posse de uma ou de ambas as partes, como se o outro tivesse a obrigação de se auto-destruir na personalidade e passar a fazer parte integrante da nossa vida expondo-se à nossa vontade como se fosse a coisa mais natural do mundo. Para estes só um tratamento psiquiátrico profundo poderá resolver o problema.

     Tudo está na nossa mente e na nossa forma de agir. Não vale a pena culpar terceiros e descartar totalmente responsabilidades pois algo fizemos que permitiu que as coisas acabassem por falhar, nem que a falha tenha sido não ter dado atenção aos indícios de que algo começava a insinuar-se na relação. O mau hábito de valorizarmos os nossos problemas estando sempre a falar deles e de minimizar os problemas dos outros não lhes dando o devido valor.

     Há duas formas de auxiliar nestes casos. Uma forma e com a qual eu não concordo e por isso mesmo não faço (fiz até concluir que era errado), é recorrer a energias espirituais das quais não se conhece a proveniência nem as intenções e usá-las para de alguma forma influenciarem a mente do outro a mudar a sua forma de ver a relação, seja ela de amizade ou de amor. Quando consegue resultados e pessoa vai agir de forma condicionada e o amor será uma alucinação. Parecerá que existe mas será algo que lhe ultrapassa a vontade e os sentidos.

     Normalmente eu nas ajudas recorro à auto sugestão induzida. A pessoa conta da sua vida, dos seus motivos e das sua fragilidades. E é nas fragilidades que admite possuir que o tratamento incide. Naquelas coisas que faz muitas vezes de forma mecânica ou inconsciente e que lhe acabam por trazer as consequências que não deseja. Quando a pessoa admite que a sua forma de agir está errada e que quer a mudança, seja na insegurança, nos medos, na falta de iniciativa, na vergonha e em tantas outras coisas que o privam da auto-confiança, é levada a um estado de relaxamento físico e mental que lhe deixam o subconsciente propicio a aceitar uma forma nova de agir quando é preciso tomar decisões.

     Conforme os "defeitos" que quer mudar estão mais ou menos enraizados na sua mente, mais ou menos tratamentos terão que ser feitos. A pessoa está sempre consciente de tudo o que é dito e inclusive é no visualizar-se na pessoa que quer ser que está o sucesso do tratamento.

     É um tratamento que funciona pois a nossa mente parece ter sido criada por forma a mais facilmente ouvir os outros que a mudar por si mesma. Tal como diz o povo nós emprenhamos pelas orelhas e é no aproveitamento deste emprenhar que o tratamento se baseia, fazendo com que novas forma de agir germinem quando a mente fica aberta a sugestões. Consegue-se que a pessoa se torne mais auto-confiante e otimista e que os outros passem a confiar nele e a gostar da sua companhia, ingredientes necessários para ter uma vida social e amorosa equilibrada, sem truques nem hipocrisias.

     O problema é que as pessoas entendem quase sempre que são as melhores do mundo e que são os outros que estão errados e que esses sim, têm que mudar à viva força. Também aqui são coisas da mente humana.