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  • Bitcoins. O que são, como se produzem e para que servem.
    Iniciado por Paraphenomenal
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Oito coisas que deve saber sobre as moedas virtuais que os hackers estão a exigir para desencriptarem os ficheiros dos 45 mil ataques que fizeram a 74 países, em 10 horas, na sexta-feira.



Os hackers que organizaram o gigantesco ataque informático que atingiu 74 países em 10 horas (e que envolveu mais de 45 mil ataques) exigiram um resgate em bitcoins para devolver os ficheiros encriptados às empresas. Tinham seis horas para pagarem o resgate e o valor ia subindo à medida que as horas iam passando, explicou Kurt Baumgartner, principal investigador da Kaspersky Lab, à CNN. "A maior parte das pessoas que pagaram os resgates estão a pagar cerca de 300 dólares nas primeiras horas", acrescentou. Mas o que são, para que servem e que perigos escondem estas moedas virtuais?

1- O que são bitcoins?

São moedas virtuais, que não se veem, não se tocam, não se sentem. São códigos encriptados, para os quais existem carteiras próprias na web ou no computador, e cuja emissão e transmissão não é controlada por nenhum banco central ou Governo. Estas operações são feitas por uma rede de computadores distribuída pelo mundo inteiro, cujo histórico é aberto e transparente, sendo guardado numa base de dados a que se chama blockchain. Os donos dos computadores que participam na produção de bitcoins são uma espécie de "mineiros".

2- Quem são os "mineiros", que produzem bitcoins?

São indivíduos que disponibilizam super computadores a esta blockchain para validar e gerar consenso entre as transações. Em troca, recebem bitcoins. Quando a moeda virtual apareceu, bastava descarregar um software num computador normal para contribuir para a validação das operações, mas, hoje, os "mineiros" são tantos, que são precisos computadores específicos, ASIC, para fazer a mineração. O grau de dificuldade é cada vez maior e o tempo necessário para obter lucro com o investimento também.

Joaquim Lambiza, diretor-geral da Captain Wings, empresa que produziu o primeiro ATM de bitcoins em Portugal, explicou ao Observador em 2014 que, para conseguir obter o retorno de cinco mil euros de investimento num super computador, (ou seja, para receber em bitcoins o equivalente a este valor), é preciso que ele esteja a trabalhar 24 horas por dia durante 250 dias. Ao valor do aparelho soma-se o gasto com a eletricidade. E é cada vez mais difícil entrar no sistema.

"É como ter um ferro de engomar constantemente ligado", explicou Ricardo Gonçalves, outro "mineiro", ao Observador, que, em 2013, investiu 900 euros num computador normal e em duas placas gráficas "relativamente poderosas" para minerar litecoins, uma moeda que resulta da modificação que fizeram no código da moeda lançada por Nakamoto. "Já era tarde para entrar na mineração de bitcoins", conta. Já era preciso um ASIC.

3- O que é que os "mineiros" recebem em troca?

À medida que o super computador dos "mineiros" vai confirmando as transações na rede, eles vão recebendo parcelas da moeda em questão. Mas em 2014 já eram tantos os "mineiros" envolvidos que estava a tornar-se cada vez mais difícil entrar no processo de mineração e contribuir para a validação das transações. Ou seja, é cada vez mais difícil receber bitcoins. "O próprio sistema que regula a produção deteta quando há muito poder informático a entrar na plataforma e aumenta a dificuldade do enigma criptográfico que o computador tem de resolver para conseguir minerar", explicou Joaquim Lambizo ao Observador.

4- Onde é que se produzem mais bitcoins?

Na China. De acordo com um artigo publicado pela BBC, em 2016, há uma instalação de super computadores numa montanha chinesa — tão elevada que é preciso levar garrafas de oxigénio para lá chegar — e onde não há rede de telemóvel, só internet. Nesta montanha, há uma empresa que tem centenas de computadores a validar as transações.

Chandler Guo, o fundador da empresa, conta que são emitidas 50 bitcoins por dia e que o peso destas "minas" na China tem vindo a crescer exponencialmente. Em 2016, representavam 70% da atividade mundial.

5- Como se controla a inflação nesta moeda?


A inflação da bitcoin está predefinida matematicamente na tecnologia, logo está controlada, bem como a quantidade de moedas que podem ser produzidas: 21 milhões. Atualmente, a cada dez minutos, são gerados 12,5 novas moedas, ou seja, bitcoins, que podem ser divididos em oito casas decimais – cêntimos das bitcoins chamam-se satoshis. Após a emissão das 21 milhões de moedas permitidas, a economia da bitcoin passa a ser deflacionária.

6- Há risco de haver burla nas transações com bitcoins?

Sim, há risco, mas é ínfimo em relação a outras moedas descentralizadas, que podem alterar saldos sem ninguém perceber. Chama-se double spending, que, em português, significa algo como "gasto duplo" — os consumidores utilizam a mesma moeda para efetuarem duas transações. E a culpa é de um sistema que se chama "ataque 51%". Como funciona?

Todos os super computadores que estão ligados ao sistema geram 100% do poder de processamento de bitcoins, que está dividido por várias pools (computadores que agregam "mineiros") e por "mineiros". Como há poucas pessoas a minerarem sozinhas, porque é mais difícil obter retorno, as pools mais conhecidas agregam mais "mineiros" e podem fazer uma distribuição desproporcional do poder de processamento. Ou seja, quando uma só pool é responsável por 51% das confirmações do sistema, o risco de burla aumenta. Porquê? Porque as confirmações das transações demoram mais tempo a serem efetuadas ou podem nem sequer existir. Nesse compasso de espera, o utilizador fica livre para utilizar a mesma moeda em várias operações.

7- O que diz o Banco de Portugal sobre as bitcoins?

Em 2014, foi inaugurado o primeiro ATM para bitcoins, onde os utilizadores desta moeda podem trocar o valor que têm em bitcoins por euros. Na altura, o Banco de Portugal alertou para os "riscos de utilização destas moedas virtuais", advertindo que o ATM "não está integrado no sistema de pagamentos português".

Citada pela agência Lusa, a instituição financeira sublinhava que "as moedas virtuais não são seguras" e que as entidades que as emitem e comercializam "não são reguladas nem supervisionadas por qualquer autoridade do sistema financeiro, nacional ou europeias". Além disso, "em caso de desvalorização parcial ou total das moedas virtuais, não existe um fundo que cubra eventuais perdas dos utilizadores", acrescenta o banco central.

Mais: o consumidor pode perder o dinheiro na plataforma de negociação e corre o risco de o dinheiro poder ser roubado", sem que haja garantia de reembolso. O BdP alerta ainda que "as transações em moeda virtual podem ainda ser utilizadas indevidamente em atividades criminosas, incluindo no branqueamento de capitais".

8- Quem é que criou as bitcoins?

Durante muito tempo, acreditou-se que o pai das moedas virtuais era um japonês chamado Satoshi Nakamoto, mas, à partida, esse seria o pseudónimo do empresário australiano Craig Wright, que há cerca de um ano revelou ser o criador das bitcoins. À BBC, Craig Wright apresentou documentos e provas que só podiam estar na posse do verdadeiro pai das moedas virtuais, como as mensagens numeradas que incluíam os primeiros códigos encriptados. Apesar de ter apresentado essas provas, essa autoria ainda não esta provada. O verdadeiro criador das bitcoins ainda está por descobrir.

fonte: http://observador.pt/2017/05/12/bitcoins-o-que-sao-como-se-produzem-e-para-que-servem-as-moedas-virtuais-que-os-hackers-exigem-como-resgate/
ILYM

Um bom investimento , eu compro muito  :) para terem a noção dos computadores de produzir a bitcoin

Sou apenas mais um , neste mundo ...



Evolução do valor do Bitcoin em dólares americanos durante o ano de 2017  (08/12/2017 14h 40m).


Será um bom investimento ou apenas um "boom" de novidade :/
ILYM

Esse tipo de moeda esta a ser usada para coisas indevidas visto que não há qualquer controle, nem é possível saber que faz esses movimentos. Não tarda ou começam a ter um Registro obrigatório onde a pessoa se tenha que identificar o será proibida de usar.
Abençoado seja o seu santíssimo nome em favor de todos nós Deus nosso Pai.

#5
Citação de: misticopt28 em 08 dezembro, 2017, 17:20
Esse tipo de moeda esta a ser usada para coisas indevidas visto que não há qualquer controle, nem é possível saber que faz esses movimentos. Não tarda ou começam a ter um Registro obrigatório onde a pessoa se tenha que identificar o será proibida de usar.

Pois é isso mesmo , não há controle , mas é uma forma de ganhar bom dinheiro , por cada 1000 euros que compro no espaço de 1 mes e pouco já tenho mais 400 acho um bom investimento e pode ser transferido para a nossa conta , enquanto não der barracada vou investindo , não acredito que seja como dizes , muito dificil vai ser de controlar isso , mas logo se verá pela experiencia que tenho eu recomendo este site , são muito exigentes , desde de dados pessoais , etc...

link removido
Sou apenas mais um , neste mundo ...

Eu acredito que no futuro será tudo Bitcoin. Deixará de haver dinheiro "fisico" e tudo será pago virtualmente.
Os niveis de corrupção baixavam bastante, visto que há controlo nas transações, fica registado quem paga e quem recebe pagamentos... Deixaria de existir as famosas malas de dinheiro, entregues pela "Porta do Cavalo". Os terroristas já não eram financiados em dinheiro fisico e mesmo que fossem pagos virtualmente é facil descobrir quem está envolvido.
Por outro lado não tinhamos de andar a contar troco... muitas vezes somos enganados no troco das compras e nem reparamos nisso no local.
Os meliantes que circulam pelas ruas já não podia usar a mesma cantiga "Sócio, orienta aí uns trocos"...

Na minha opinião, será vantajoso.
"Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume ao tamanho de seu saber." - Albert Einstein

Citação de: _Indigo_ em 09 dezembro, 2017, 01:57
Eu acredito que no futuro será tudo Bitcoin. Deixará de haver dinheiro "fisico" e tudo será pago virtualmente.
Os niveis de corrupção baixavam bastante, visto que há controlo nas transações, fica registado quem paga e quem recebe pagamentos... Deixaria de existir as famosas malas de dinheiro, entregues pela "Porta do Cavalo". Os terroristas já não eram financiados em dinheiro fisico e mesmo que fossem pagos virtualmente é facil descobrir quem está envolvido.
Por outro lado não tinhamos de andar a contar troco... muitas vezes somos enganados no troco das compras e nem reparamos nisso no local.
Os meliantes que circulam pelas ruas já não podia usar a mesma cantiga "Sócio, orienta aí uns trocos"...

Na minha opinião, será vantajoso.

Vai ser muito mais avançado do que isso. Sistemas de transacções por identificadores biométricos.

Eventualmente o Bitcoin irá desaparecer na minha opinião, apenas porque não levou o aspecto da privacidade em conta, moedas virtuais como o Zcash, Dash ou por exemplo o Monero oferecem um maior nível de privacidade, e eventualmente depois dos hackers começarem a ser apanhados uns atrás dos outros através das transacções em bitcoin irão mudar para uma das alternativas referidas ou outra similar.

Do ponto de vista do investimento, de momento nenhuma parece boa ideia, se fosse investir (leia-se: deitar dinheiro para a lareira) preferia algo tipo Zcash.

O melhor mesmo é só obter bitcoins ou outra moeda virtual qualquer se precisar dela naquele momento para algo específico.

Os bitcoins e outras moedas virtuais como outras moedas reais depende exclusivamente da confiança, e claramente o facto de estar a ser valorizada através sobretudo de ataques virtuais que forçam a compra da maioria das moedas... eventualmente isto terá de mudar e os bitcoins terão de descer e muito o seu valor actual, eventualmente até quase ao zero porque o número de serviços legítimos disponíveis em moedas virtuais tipo bitcoin ainda é muito reduzido para justificar um valor tão elevado.

Ainda assim metais preciosos e coisas que ao longo dos milénios sempre foram utilizados como moeda de troca, não perecíveis e alguns alimentos e bebidas (como bebidas alcoólicas, sal, açúcar) poderão ser melhor ideia... basta lembrar que basta um qualquer pico electromagnético do Sol ou de armas humanas concebidas para o efeito e tudo o que é eléctrico e electrónico poderá deixar de funcionar permanentemente... e lá se vão os bitcoins, Zcash e por aí em diante à vida. E mesmo sem pico electromagnético basta uma guerra ou algum governo mais zeloso que bloqueie o acesso ao que quer que seja que faça funcionar os bitcoins e por aí em diante e lá se vai o seu valor.

É preciso lembrar que o bitcoin só tem sido um "sucesso" porque o governo dos EUA não disse que era ilegal, basta fazerem uma lei a proibir e de repente desaparecerá praticamente do mapa... porque já se sabe que o que é feito nos EUA é copiado na Europa, Austrália e outros rapidamente.

Por último:
Se vão INVESTIR em moedas virtuais guardem as mesmas em dispositivos físicos desenhados para o efeito com ecrã para conseguirem ver a operação que estão a autorizar no próprio dispositivo, ex.: TREZOR, Ledger Blue, bitlox, keepkey. A TREZOR e a Ledger Blue permitem até utilizar como dispositivos FIDO U2F, o que pode ser muito útil para proteger algumas contas online (tipo: google, contas de alguns serviços de moedas virtuais, etc.) tornando-se assim dispositivos ainda mais úteis no dia a dia.
Ter em atenção que estes dispositivos podem ser actualizados e é boa ideia actualizá-los para corrigir vulnerabilidades que vão sendo descobertas e obterem novas funcionalidades (nomeadamente suporte para novas moedas virtuais, etc.).

#9
E será que a bolha rebentou?

Honestamente acho que não.
As criptomoedas têm tido um ataque cerrado por todos os lados. Logo esta desvalorização era mais que esperada. E hoje com as noticias de hoje ai vão elas ladeira abaixo.

É incrível ver, que podemos comprar ou subscrever toda a "porcaria" que os bancos nos querem vender. E nestes casos podemos apanhar pancada com força. Não tem mal nenhum. Mas como não controlam a "coisa" proíbem seus clientes de fazerem o que bem querem com o seu dinheiro. Isto tudo no bom nome da defesa ou protecção dos seus clientes.

Seja como for, por enquanto, como não controlamos a coisa, vamos tentar acabar com ela. Será que conseguem? Veremos.

Eu continuo com as minhas. Como o risco será ficar a zero, não será muito diferente das acções do BES ou do BANIF.

Bons negócios.


"As criptomoedas sofrem esta segunda-feira mais uma sessão de fortes quedas, penalizadas pelos anúncios de vários bancos, que proibiram os seus clientes de transaccionar os títulos com recurso a crédito.

A bitcoin, que é a mais relevante das criptomoedas, afunda 16% para 7.175 dólares, o que de acordo com as cotações da Bloomberg corresponde a um mínimo de Novembro passado e representa uma queda de mais de 60% face ao máximo de sempre fixado em Dezembro nos 19.511 dólares.

As restantes criptomoedas estão também em queda acentuada, com a ripple e a ethereum a caírem até 14%.

O desempenho fortemente negativo da sessão de hoje surge depois de instituições financeiras dos dois lados do Atlântico terem decidido proibir os seus clientes de usarem os seus cartões de crédito na aquisição de moedas virtuais. De acordo com a Reuters, os bancos temem que a queda do valor destas moedas deixe os seus clientes impossibilitados de reembolsar as suas dívidas.

O Lloyds Banking Group revelou ontem que tomou esta decisão depois da deliberação dos norte-americanos JPMorgan Chase e Citigroup. Na semana passada, a Mastercard, a segunda maior rede de pagamentos do mundo, revelou que os clientes que adquiriram moedas virtuais com cartões de crédito levaram a um crescimento de um ponto percentual nos volumes de transacções realizados no estrangeiro, no último trimestre do ano passado.

A desvalorização das criptomoedas é também influenciada pela fuga dos investidores dos activos mais arriscados, um movimento que se deve às expectativas de subida da inflação e que está a afectar fortemente os mercados accionistas nas últimas sessões.

O número crescente de vozes nos mercados financeiros a alertar para uma bolha nas criptomoedas também terá contribuído para este movimento de quedas aceleradas nas moedas digitais.

O economista Nouriel Roubini não esteve, na semana passada, com rodeios quando falou à Bloomberg sobre o forte crescimento e estoiro das criptomoedas, especialmente a bitcoin. O professor de economia salientou que a bitcoin é "a maior bolha na história da humanidade" e que esta "mãe de todas as bolhas" está "finalmente" a estoirar. " - Jornal de Negócios.