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  • Cápsula do tempo encontrada em estátua de Jesus Cristo do século XVIII
    Iniciado por karoxa
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Cápsula do tempo encontrada em estátua de Jesus Cristo do século XVIII

A estátua de Jesus Cristo da igreja de Santa Águeda estava em mau estado. Quando foi retirada da parede, descobriram duas cartas de 1777 escondidas no sítio mais improvável.


As cartas foram escritas por Joaquín Mínguez, capelão da catedral de Burgo de Osma

Nos filmes norte-americanos é comum ver grupos de amigos adolescentes a enterrarem o que podemos chamar de cápsulas do tempo. Lancheiras, caixas de sapatos ou simplesmente garrafas: tudo serve para guardar cartas, autocolantes, selos, discos e fotografias, que anos mais tarde são desenterrados para recordar um tempo que já não regressa.

Mas antes de Hollywood, um capelão de uma catedral espanhola já sabia o que era uma cápsula do tempo. O grupo Da Vinci Restauro foi contratado para restaurar uma estátua de Jesus Cristo crucificado. A peça de arte, que estava na Igreja de Santa Águeda, no norte de Espanha, tinha começado a abrir pequenas fendas e a soltar-se da cruz. Mas foi quando o grupo de preservação levantou a estátua para a observar que surgiu a grande surpresa.

Feita em madeira, a estátua era oca por dentro. E dentro daquilo que é o rabo da estátua, estava – nada mais nada menos – do que duas cartas. Escritas à mão, amareladas, tinham a data de 1777 e estavam assinadas por Joaquín Mínguez, o tal capelão da catedral de Burgo de Osma.

As duas cartas descrevem o dia a dia económico e cultural na Espanha do século XVIII. O El Mundo conta que o autor começa por revelar que o escultor da imagem de Jesus Cristo é Manuel Bal, um artista que criou outras obras em madeira espalhadas pelas igrejas da região. Joaquín Mínguez elabora sobre o bom período agrícola que se vive mas lamenta as pragas – como a febre tifóide – que devastam as populações.

Fora da vida rural, o capelão detalha o clima político que vive em Espanha. Fala sobre o rei Carlos III, o monarca da altura, e menciona a Inquisição, que só terminou em 1834. As duas cartas foram enviadas ao Arcebispo de Burgos, onde ficarão arquivadas. Mas o propósito de Joaquín Mínguez não foi esquecido: foram feitas cópias dos documentos originais e colocadas no exacto sítio onde foram encontradas. Afinal, a intenção das cápsulas do tempo é serem descobertas e fascinar quem as encontra.

Fonte: Observador
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